TODA A GRAMÁTICA PARA PERMITIR BUSCAS POR PALAVRA OU EXPRESSÕES
(Só ficaram de fora a Fonética e os Numerais)
Os Artigos
The Articles
(Ui ´A:tiklz)
Artigo Definido
The chair – define qual é a cadeira, não é uma cadeira qualquer, diz que é aquela cadeira e não outra!! se numa sala estiverem várias cadeiras só uma das cadeiras é que serve, só aquela e não as outras.
The Definite Article
(UE ´definit ´A:tikl)
The teacher
(UE ´ti:t1E)
The desks
(UE desks)
The head
(UE hed)
The lady
(UE ´leidi)
The girls
(UE gE:lz)
The chair
(UE t13E)
The hour
(Ui ´auE)
The air
(Ui 3E)
The boys
(UE b#iz)
The arms
(Ui A:mz)
Os substantivos acima indicados estão todos precedidos do artigo definido. Uns são masculinos, outros femininos, outros são nomes de coisas, são substantivos neutros em inglês. Uns estão no singular, outros no plural. No entanto o artigo empregado é sempre o mesmo.
Conclusão: o artigo definido em inglês é uniforme, não varia em género (masculino e feminino) nem em número (plural e singular).
Mas quanto à pronúncia o artigo «the» varia:
antes de sons consonânticos
(que não são «a, e, i, o, u»; todas as outras letras menos: «a, e, i, o, u»)
pronuncia-se (UE);
antes de sons vocálicos
(que são: «a, e, i, o, u»)
pronuncia-se (Ui)
(note-se que dizemos sons consonânticos e vocálicos, e não vogais ou consoantes).
Enfáticamente pronuncia-se sempre (Ui:) (enfaticamente – em que há ênfase, solenemente, empolado, afetado)
♣
O Artigo Indefinido
A chair – Não define qual a cadeira, se numa sala estiverem várias cadeiras pode ser uma cadeira qualquer.
The Indefinite Article
(Ui in´definit ´A:tikl)
A book
(E buk)
A chair
(E t13E)
A map
(E m"p)
A pear
(E p3E)
A knee
(E ni:)
A horse
(E h#:s)
A nephew
(E ´nevju)
no dicionário da Porto Editora está deste modo: (´nefju:)
A niece
(E ni:s)
An inkstand
(tinteiro p/caneta) (En ´iNkst"nd)
An arm-chair
(poltrona) (En ´A:mt13E)
An atlas
(En ´"tlEs)
An orange
(En ´#rind[)
An elbow
(En ´elbou)
An hour
(En ´auE)
An uncle
(En ´8Nkl)
An aunt
(En A:nt)
1 - Vemos palavras masculinas, femininas e neutras do singular.
Por que razão se usaram artigos diferentes nestas palavras? Não se trata de uma questão de género (masculino ou feminino): a forma «a» do artigo indefinido usa-se antes de sons consonânticos e a forma «an» antes de sons vocálicos e quando o «h» é mudo não existindo oralmente.
Veja-se a pronúncia de:
An hour
(En ´auE)
«a» quando isolado ou empregado com ênfase tem a pronúncia de (ei) (ei) e o «an» pronuncia-se ("n) (æn). Mas geralmente pronunciam-se (E) (ə) e (En) (ən).
2 – Prefere-se o emprego do artigo «a» nos exemplos seguintes e antes de outras palavras começadas por «eu, u» – o som (ju) – porque, neste som, o primeiro elemento é considerado uma consoante, em virtude de ser pronunciado com certa fricção do ar contra o palato/céu da boca.
É o mesmo som inicial da palavra «youth» (ju:θ) (ju:θ)
A European [An European]
A unique chance [an unique chance]
A University [an University]
A euphuistic expression [an euphuistic expression]
(euphuistic – afetado, conceituoso, sentencioso)
3 – Nos exemplos seguintes quando o substantivo é precedido de qualquer palavra ou prefixo o artigo é empregue de acordo com o som que se lhe segue imediatamente e não conforme o som inicial do substantivo e há que ver quando o «h» é mudo ou aspirado.
A good pupil
A Happy boy
A U-boat
A history lesson
An Idle student
An Intelligent girl
An army-cadet
An historical event
4 – o artigo indefinido não tem plural. Em lugar dos nossos «uns», «umas» os ingleses ou não usam artigo nenhum ou empregam determinativos.
Chairs...
Some chairs...
Many chairs...
Pupils...
Teachers...
Books...
Pencils...
Tall men...
Short women...
Big houses...
(Com uma primeira correção) 120407
Os Artigos
Emprego dos artigos em inglês
O estudo do emprego dos artigos definido e indefinido em inglês é um assunto muito complicado, sobre o qual se não podem estabelecer regras fixas. Somente a prática da língua nos pode ensinar a dominar este capítulo da gramática inglesa.
Podemos, no entanto, apresentar certas regras gerais que nos parecem úteis e devem ser utilizadas apenas como guias de modo algum como regras obrigatórias.
Seria desnecessário e fora do âmbito desta gramática apresentar aqueles casos em que o emprego dos artigos coincide nas duas línguas, isto é, em que os artigos definido e indefinido se usam do mesmo modo em inglês e português. Vamos apenas considerar os pontos em que as duas línguas diferem.
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Emprego do Artigo Definido
Casos em que se usa em português
e não se usa em inglês
1 – não se usa com nomes empregados genericamente adjetivados ou não:
(Nome - palavra com que se designa um ser concreto (pessoa, animal, coisa, etc.) ou uma entidade abstracta (acção, estado, qualidade, etc.), em geral precedida de um determinante, podendo variar em género e número e assumir diversas funções sintácticas na frase; substantivo)
Exemplos:
Sugar is an indispensable food
O açúcar é um alimento indispensável
Iron is a metal
O ferro é um metal
History is a science
A história é uma ciência
Science is making considerable progress
A ciência está a fazer um progresso considerável
Intelligence is a precious gift
A inteligência é um dom precioso
False friendship is dangerous
A amizade falsa é perigosa
Honesty is the best policy
A honestidade é a melhor política
True love never dies
O amor verdadeiro nunca morre
Comparando estes exemplos com as frases correspondentes na nossa língua, ver-se-á que em português as palavras em questão são precedidas de artigo.
Note-se que estes mesmos nomes podem usar-se com o artigo definido em inglês, quando seguidos ou precedidos de qualquer discriminação.
Exemplos:
The intelligence of some animals is extraordinary
A inteligência de certos animais é extraordinária
The sugar you wanted is on the table
O açúcar que tu querias está na mesa
Nestes casos, não há diferença entre o português e o inglês.
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2 – não se usa com nomes de pessoas de família ou muito familiares.
Porque se consideram suficientemente especificados e inconfundíveis com outros e porque se empregam quase como nomes próprios:
Father is in his study
O Pai está no escritório
Mother gave me this
A Mãe deu-me isto
Nurse made me wash my hands
A preceptora fez-me lavar as mãos
Cook baked a nice cake
O cozinheiro (a cozinheira) fez um bolo bom
Note-se que tais nomes só não levam artigo quando usados pelas pessoas intimamente relacionadas com os indivíduos que eles representam.
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3 – não se usa com nomes próprios de pessoas, animais, países e outras denominações de carácter geográfico (exceto nomes de rios) precedidos ou não de adjetivos títulos ou indicações de profissão:
Exemplos:
John is there
O João está ali
Mr. Smith has arrived
O Sr. Smith chegou
Dr. Wallace wants to see you
O Dr. Wallace quer falar contigo
Miss Herbert is ill
A «Miss» (menina) Herbert está doente
Captain Davies and Lieutenant Jones are going away
O Capitão Davies e o Tenente Jones vão-se embora
Uncle Sam is the symbol of the United States
O Tio Sam é o símbolo dos Estados Unidos
«Old Black Joe» is the title of a song
«O Velho Negro Joe» é o título de uma canção
Mrs. Johnson is there with her husband
A Srª Johnson está ali com o marido
Mary came here yesterday
A Maria veio cá ontem
«Bobby» is playing with the cat
O Bobby está a brincar com o gato
Europe is not so large as Asia
A Europa não é tão gande como a Ásia
Mount Everest is the highest in the world
O Monte Everest é o mais alto do mundo
Portugal and Spain form the Iberian Peninsula
Portugal e a Espanha formam a Península Ibérica
Lake Windermere is very famous
O Lago Windermere é famoso
Os nomes geográficos compostos de adjetivos levam artigo: The Iberian Peninsula, The Hudson Bay, The English Channel porque a presença do adjetivo, especificando os nomes, assim o exige.
O mesmo acontece com os nomes geográficos que são plurais: The Hebrides, The Alps, The Pyrenees. O uso é o mesmo em português: tais nomes referem-se a determinados canais, mares, baías, penínsulas, cadeias de montanhas, etc..
Diz-se, porém, The Thames, The Severn, The Avon, como em português se diz: O Tamisa, O Reno; O Tejo.
Os nomes dos lagos aparecem quase sempre acompanhados das palavras «Lake» ou «Loch» →(Escócia) mas sempre sem artigo.
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4 – não se usa com nomes de ruas, estradas, avenidas, praças ou largos em que entrem as denominações «street», «road», «avenue», «square», etc.:
Oxford street
Regent Street
Shaftesbury Avenue
Piccadilly circus
Trafalgar Square
Comparem-se estas expressões com:
A Rua Ivens
A Avenida 24 de Julho
A Praça Marquês de Pombal
O largo da Misericórdia
Exceção: Diz-se «the High Street» sendo este geralmente o nome da rua principal de um bairro ou vila.
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5 – não se usa com nomes de refeições:
Breakfast is at 9 o’clock
O pequeno almoço é às 9 horas
I bought a lobster for lunch
Eu comprei uma lagosta para o almoço
He said that yesterday, at dinner (dinner time)
Ele disse isso ontem ao jantar
I’ll go out before tea (tea time)
Eu vou sair antes do chá (lanche)
Mas, o artigo, usa-se quando se pretende especificar uma determinada refeição:
The dinner he gave me was very good
O jantar que ele me ofereceu estava muito bom
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6 – não se usa com nomes de cores:
Green suits you better than blue
O verde fica-te melhor que o azul
Black and white make a nice combination.
O preto e o branco combinam bem
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7 - não se usa com nomes de línguas:
English and German are Germanic languages
O inglês e o alemão são línguas germânicas
French, Spanish, Italian and Portuguese have derived from Latin
O francês, o espanhol, o italiano, e o português derivaram do latim
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8 - não se usa com os nomes dos pontos cardeais:
When you face the North star, East is on
your right, west in your left and South is at your back
Quando nos voltamos para a estrela do norte, o leste fica à nossa direita, o oeste à nossa esquerda e o sul fica para trás de nós.
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9 - não se usa com nomes de instituições públicas (quando se pensa na atividade exercida e não no edifício)
I go to church every Sunday
Eu vou à igreja todos os domingos
When you have passed the church
(edifício), turn to your left
Depois de passares pela igreja, corta à esquerda
I learnt that at school
Eu aprendi isso na escola
The performance took place in the school
A representação realizou-se na escola
He was sent to hospital
Ele foi mandado para o hospital
His mother visited the hospital
A mãe dele visitou o hospital
They are in prison
Eles estão na prisão
The mutineers destroyed the prison
Os revoltosos destruíram a prisão
Como os exemplos indicam, o artigo conserva-se apenas quando se faz referência particular aos edifícios pertencentes às instituições públicas.
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10 – não se usa com expressões de tempo
I saw him before Christmas
Eu vi-o antes do Natal
Easter is coming soon
A Páscoa está a chegar
I went for a walk on Sunday
Eu fui passear no domingo
I have to work at night
Eu tenho que trabalhar à noite
They will come at ten o’clock
Eles hão-de vir às dez horas
Há no entanto certas restrições a fazer com respeito ao emprego do artigo definido em expressões de tempo.
Depende muito do uso. Embora se diga «at night» diz-se «in the evening» (à tardinha, à noite), «in the morning» (de manhã) e «in the afternoon» (à tarde).
Com nomes de estações pode usar-se ou não o artigo: «in the summer» ou «in summer» (no verão), «in the winter» ou «in winter» (no inverno).
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11 – não se usa com expressões relacionadas com a ideia de lugar quando se faz referência à posição ou ocupação, relacionada com o lugar, e não ao lugar propriamente dito. Comparem-se os seguintes exemplos:
Mr. Smith goes to town
O Sr. Smith vai à cidade
The town is ten miles from here
A cidade fica a dez milhas daqui
I was in bed till nine o’clock
Eu estive na cama até às nove horas
I put the hot water bottle in the bed
Eu pus a botija de água quente na cama
You shouldn’t sing at table
Não se deve cantar à mesa
Why don’t you do your work at the table?
Porque é que não trabalha na mesa?
I went to sea as a cabin boy when I was ten
Eu fui para o mar quando tinha dez anos, como paquete de cabine
I threw some coins into the sea
Eu deitei umas moedas ao mar
Exceção: Note-se que se diria: «Mr. Smith goes to the country», como se diz «in the country» e não: ‘in country’.
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12 – não se usa com o verbo to play acompanhado de nomes de JOGOS:
He plays foot-ball
He plays tennis
He plays cricket
He plays golf
etc.
Nós dizemos: «joga o ténis, o golf», etc.
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13 – não se usa com a palavra «man» quando simboliza a humanidade
Man is mortal
O homem é mortal
Nota: «Woman» também não leva artigo quando se emprega no sentido de «as mulheres em geral». Pode também dizer-se «men» ou «women» designando as espécies.
(Com uma primeira correção) 120407
Emprego do Artigo Definido
O artigo definido usa-se em inglês e não se usa em português nos seguintes casos:
1 – Com o verbo «to play» acompanhado de nomes de INSTRUMENTOS MUSICAIS:
He plays the piano, the violin and the flute
Ele toca piano, violino e flauta
Confira-se este caso com o outro em que o verbo «to play» aparece acompanhado de nomes de jogos. É exatamente inverso o emprego do artigo nas duas línguas.
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2 – Com comparativos, em sentido conjuncional:
The sooner the better.
Quanto mais cedo, (tanto) melhor
The more he gets, the more he wants.
Quanto mais tem, (tanto) mais quer
(sentido conjuncional – quando uma palavra invariável liga duas frases [orações] ou: liga partes funcionalmente iguais da mesma frase [oração])
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3 – Com comparativos, noutras combinações idiomáticas:
Things changed for the worse
As coisas mudaram para pior
If he doesn’t come, so much the better
Se ele não vier, tanto melhor
I have done nothing, but I am tired none the less
Não fiz nada, no entanto estou cansado
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4 – Na linguagem ORAL, antes de numerais ordinais, a seguir a nomes de monarcas e Papas:
Pope Alexander III
(poup ælig´zα:ndə ðə θə:d)
King George VI
(kiŋ dЗo:dЗ ðə siksθ)
Note-se que o artigo não se usa antes destes títulos, ao contrário do que acontece em português: «O Papa Alexandre Terceiro»
Lembramos que o artigo não se usa antes de qualquer outro título imediatamente seguido de um nome próprio [ver exemplos em a) 3) ]. Porém, quando o nome que se segue pertence ao título em si – quando vem ligado a ele pela preposição «of» - o artigo não se omite: (omitir – deixar de dizer, não mencionar)
Bishop Fisher (o nome do bispo)
The Archbishop of Canterbury (o título de arcebispo do bispo acima indicado)
Duke Humphrey (o nome do duque)
The Duke of York (o título do duque acima indicado)
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5 – Em lugar de adjetivos demonstrativos nas seguintes expressões de tempo:
I am busy at the moment
Estou ocupado neste momento
I was living in London at the time
Vivia em Londres nessa altura
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6 – Com verbos que significam «representar» no sentido de «fazer o papel de»:
He was playing the fool
Estava a fazer de tolo
She likes to act the great lady
Ela gosta de fazer de grande senhora
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Resumindo: vemos que há uma tendência geral para evitar o artigo definido em inglês, sempre que não é indispensável.
Os poucos casos em que ele se usa em inglês e não em português são de caráter muito menos geral (são especiais ou exclusivos) que os casos inversos (os casos em que se usam em português e não em inglês).
O emprego do artigo definido em inglês é mais lógico do que na nossa língua porque tende a limitar o uso deste determinativo aos casos em que se torna necessário determinar um indivíduo (indivíduo – entidade distinta e separada).
Em português, o artigo definido emprega-se muitas vezes superfluamente (em demasia).
Os nomes próprios, por exemplo, não necessitavam de artigo porque estão determinados por natureza. Os substantivos abstratos (Ex: ‘a’ beleza, ‘o’ raciocínio) tomados genericamente são indeterminados por natureza e não seria necessário usá-los com o artigo definido.
Thursday, the 26th (twenty sixth) January 2012 (two thousand and twelve)
120126
(por corrigir)
USO DO ARTIGO INDEFINIDO
Casos em que se usa em inglês e não se usa em português
1 – Quando o nome predicativo do sujeito é um substantivo ou um adjectivo substantivado acompanhado ou não de adjectivo:
Nome predicativo do sujeito:
Quando o predicado é verbal é constituído por um verbo de significação definida que só por si pode constituir predicado, Ex: o aluno estuda, as aves voam.
Quando o predicado é nominal é expresso por um verbo de significação indefinida que necessita de ser acompanhado de um substantivo, adjetivo, pronome ou expressão equivalente, que, referindo-se ao sujeito completa a sua significação, Ex: a maçã é saborosa, o rapaz está doente. O substantivo, adjetivo, pronome ou expressão equivalente designa-se por NOME PREDICATIVO DO SUJEITO.
Comparem-se as seguintes expressões nas duas línguas:
He is a captain → ele é capitão
He is a count → ele é conde
He is a good man → ele é bom homem
He is a friend of my father → ele é amigo de meu pai
It is a lie… → é mentira…
It is a sin… → é pecado…
Nestas frases emprega-se em inglês o artigo indefinido porque os nomes mencionados referem-se a um elemento de cada classe (a «classe» dos capitães, dos condes, dos pecados, das mentiras, etc.)
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2 – Junto a um aposto ou continuado: (Aposto – o substantivo que imediatamente se junta a outro substantivo, para o determinar ou caracterizar com maior individualização Ex: D. Afonso Henriques, o vencedor de Ourique, foi o primeiro rei de Portugal; Camões como poeta é o maior vulto do seu tempo; o aluno fez bom exame, prova evidente do seu saber)
Charles Dickens, a famous English writer…
Charles Dickens, notável escritor inglês...
Mas note-se que o artigo que precede o aposto pode ser o artigo definido quando o sentido o pede:
Charles Dickens, the author of «David Copperfield»
Charles Dickens, (o) autor de «David Copperfield»
Verifica-se aqui um exemplo característico do espírito de lógica que domina o emprego do artigo em inglês. Diz-se «a famous English writer» porque há muitos escritores ingleses e Charles Dickens é apenas um deles, um indivíduo da «classe» dos escritores. Todavia o autor de David Copperfield é apenas um e por isso se usa o artigo definido no segundo exemplo.
■
Tendo na mente este espírito de discriminação, não será muito difícil compreender as razões do uso do artigo nas alíneas que se seguem:
3 – Em expressões que encerram uma ideia de proporção:
Once a year
Uma vez por ano
Twice a week
Duas vezes por semana
A shilling a dozen
Um xelim cada dúzia, por dúzia, a dúzia
One and six a pound
Um xelim e seis (dinheiros) cada libra, por libra, a libra
(Neste caso a «libra» refere-se à unidade de PESO usada pelos britânicos)
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4 – Depois de «such» e «what» seguidos de um singular:
I never saw such a thing!
Nunca vi tal coisa!
What a nice little house!
Que linda casinha!
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5 – com «half» colocado antes ou depois:
This cost me half a crown
Isto custou-me «meia coroa» (dois xelins e seis dinheiros)
I waited an hour and a half
Esperei (uma) hora e meia
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6 – Junto a verbos, em expressões que têm correspondente em português:
Com «to have»:
To have a right to
Ter direito a
To have a mind to
Ter (fazer ) tenções de
To have a gift for
Ter jeito para
To have an opportunity for
Ter oportunidade de (para)
To have a taste for
Ter gosto para
To have an appetite
Ter apetite
To have a headache
Ter dores de cabeça
To have a tender (kind) heart
Ter bom coração
etc.
Com «to be»:
To be in a hurry
Estar com pressa
To be in a panic
Encher-se de pânico, alarmar-se
To be in a position to
Estar em situação de
To be under an obligation to
Ter obrigação de
To be a victim of
Ser vítima de
To be a prey to
Ser presa (alvo) de
To be in a bad mood (temper)
Estar de mau humor
etc.
Com «to make»:
To make a fortune
Fazer fortuna
To make a fuss
Fazer cenas, espalhafato
To make a noise
Fazer barulho
To make a difference
Fazer diferença
etc.
Com «to take»:
To take a fancy to
Tomar gosto por
To take an interest in
Tomar (ter) interesse por
To take a pride in
Ter orgulho em
To take a pleasure in
Ter prazer em
etc.
Com outros verbos:
To put an end to
Pôr fim a
To pull a long face
Fazer má cara
To wear a hat
Usar chapéu
To exercise an influence
Exercer influência
To become a nun
Fazer-se freira (professar)
etc.
Examinando bem todos estes exemplos, ver-se-á que o artigo se usa para concretizar e particularizar um nome que aliás se poderia tomar como abstrato e no sentido genérico.
Nome - designação genérica para as categorias de substantivo, adjectivo e pronome
«To be in a position to», por exemplo, tem o sentido de «estar numa posição, numa situação especial»; «to take a pride in» significa «ter certo orgulho em», etc., etc.
O inglês não gosta de ser abstrato quando pode ser concreto.
■
7 – Em certas frases que indicam partes de um objeto concreto ou abstrato:
A quarter of an hour
Um quarto de hora
A branch of a tree
Um ramo de árvore
The heel of a shoe
Um salto de sapato
Aqui observa-se o mesmo princípio que vimos atrás: «um quarto de uma certa hora», «um ramo de uma certa árvore».
Note-se o emprego do artigo definido «the» antes de «heel»: não se usa o artigo indefinido porque um sapato só pode ter um salto.
■
8 – Em expressões muito familiares como:
That fool of a boy
Aquele palerma de rapaz
That darling of a baby
Aquela «jóia» de bébé
That devil of a girl
Aquele diabo de rapariga
Tais expressões encerram sempre um sentido de louvor ou reprovação e só se usam entre pessoas íntimas, tal como em português.
■
Colocação do Artigo Indefinido
Vimos que o artigo «a» («an») se coloca depois de «such» e «what», casos em que não se usa paralelamente em português.
Há, porém, outras situações em que se usa nas duas línguas, colocando-se em posição diferente:
Coloca-se em inglês depois do adjetivo em frases com «how», «however», «too», «quite» e «rather».
You don’t realize how kind a man he is.
Não imaginas como ele é um homem bom.
However rich a man may be, he can’t buy everything.
Um homem, por muito rico que seja, não pode comprar tudo
Por muito rico que seja um homem...
A construção é diferente nas duas línguas porque em inglês «how» e «however» (expressões adverbiais) atraem o adjetivo, ao passo que em português as expressões correspondentes («como» e «por muito que», expressões conjuncionais) atraem o verbo.
This is quite a confortable chair
Esta é uma cadeira bastante confortável.
It’s rather a nice day
Está um dia bastante agradável
It’s too hard a job for me
É um trabalho difícil demais para mim
I’ve never met so nice a fellow as he is.
Nunca conheci um «fulano» tão simpático como ele
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Casos em que o artigo indefinido se usa em português e não se usa em inglês
Ao passo que há maior tendência para usar o artigo definido em português do que em inglês, dá-se o contrário com o artigo indefinido, que se usa muito mais na língua inglesa do que na nossa.
São raros os exemplos em que o artigo indefinido ocorre em português e não se pode empregar em inglês, numa construção paralela.
Em teoria, não se deve usar em inglês com nomes de coisas que não se podem contar com os chamados «uncountables»: como «sugar», «money», «iron», etc., mas, na prática, qualquer «uncountable» se pode transformar em «countable», tomado em sentido específico.
Deve dizer-se:
This is good silk
Isto é uma boa seda
Isto é boa seda
mas referindo-nos, por exemplo, a uma determinada marca de seda, podemos dizer:
This is a good silk
■
Fim de Capítulo
Próximo Capítulo: «Substantivos»
SUBSTANTIVOS
NOUNS – (naunz)
Número – Number
(´nΛmbə)
Formação do plural – Regra geral
Singular – Plural
(´siŋgjulə) – (´pluərəl)
Desk
(desk)
Secretária
Desks
(desks)
Pencil
(´pensl)
Lápis
Pencils
(´penslz)
Dog
(dog)
Cão
Dogs
(dogz)
Cat
(kæt)
Gato
Cats
(kæts)
Table
(´teibl)
Mesa
Tables
(´teiblz)
Chair
(t∫εə)
Cadeira
Chairs
(t∫εəz)
Pen
(pen)
Caneta, pena
Pens
(penz)
Map
(mæp)
Mapa
Maps
(mæps)
Board
(bo:d)
Quadro (informativo)
Boards
(bo:dz)
Grafia:
1 - Como se vê, o plural destes substantivos formou-se acrescentando-se um «s» ao singular. Esta é a regra geral.
Pronúncia:
Examinando as transcrições fonéticas, ver-se-á que alguns dos plurais terminam com o som (s), mas outros com o som (z), por influência do som precedente (precedente – antes de). Junto de uma consoante surda (p, t, k) o som (s) mantém-se; junto de uma consoante sonora (que soa, que se ouve) ou de um som vocálico (de vogal): sonoriza-se em (z).
Sons
É conveniente lembrarmo-nos de que, em matéria de pronúncia, o que importa são os sons e não as letras, como se pode verificar examinando o plural de «chair».
■
2 – Tente-se aplicar a regra acima indicada à palavra «glass» (glα:s). Ver-se-á que é impossível distinguir o singular do plural na pronúncia, se acrescentarmos um simples «s».
Por isso, às palavras terminadas em sibilante (s, sh, z, ch ou x) acrescenta-se «es», solucionando-se a dificuldade pela criação de uma nova sílaba, cuja pronúncia é:
(iz)
Glass
(glα:s)
Copo
Glasses
(´glα:siz)
Bench
(bent∫)
Banco
Benches
(´bent∫iz)
Dish
(di∫)
Prato
Dishes
(´di∫iz)
Box
(boks)
Caixa
Boxes
(´boksiz)
Bus
(bΛs)
Autocarro
Buses
(´bΛziz)
Quiz
(kwiz)
Charada, problema
Quizzes
(´kwiziz)
♣
Formação do plural – Exceções
1 – Exceções Gráficas
a – Palavras terminadas em «y»:
Comparem-se os seguintes exemplos:
Boy
(boi)
Rapaz
Boys
(boiz)
Baby
(´beibi)
Bebé
Babies
(´beibiz)
Day
(dei)
Dia
Days
(deiz)
Lady
(´leidi)
Senhora
Ladies
(´leidiz)
Quanto à pronúncia, estas palavras formam o plural normalmente, mas veja-se que quanto à sua grafia,
as palavras terminadas em «y» precedido de consoante mudam o «y» em «i» e tomam «es».
Se o «y» for precedido de vogal seguem a regra geral.
■
b – Palavras terminadas em «o»:
Potato
(pə´teitou)
Batata
Potatoes
(pə´teitouz)
Tomato
(tə´mα:tou)
Tomate
Tomatoes
(tə´mα:touz)
Negro
(´ni:grou)
Negro
Negroes
(´ni:grouz)
Cargo
(´kα:gou)
Carga
Cargoes
(´kα:gouz)
Piano
(´pjænou)
Piano
Pianos
(´pjænouz)
Photo
(´foutou)
Fotografia
Photos
(´foutouz)
Solo
(´soulou)
Solo
Solos
(´soulouz)
Grotto
(´grotou)
Gruta
Grottoes, Grottos
(´grotouz)
Motto
(´motou)
Moto, divisa
Mottoes
(´motouz)
Como se vê alguns destes substantivos formam o plural recebendo «es», outros apenas «s».
São quase todos de origem estrangeira. É muito difícil, senão impossível, estabelecer regras seguras quanto à formação destes plurais e como as palavras terminadas em «o» não são muitas, é preferível estudá-las uma por uma à medida que forem aparecendo no decurso da aprendizagem do inglês.
Escusado será dizer que estes plurais são apenas exceções ortográficas; a pronúncia segue a regra geral.
■
2 – Outras exceções:
a – Palavras terminadas em «f» e «fe»:
Knife
(naif)
Faca
Knives
(naivz)
Calf
(kα:f)
Vitela
Calves
(kα:vz)
Thief
(θi:f)
Ladrão
Thieves
(θi:vz)
Housewife
(´hauswaif)
Dona de casa
Housewives
(´hauswaivz)
Conforme se viu, na passagem para o plural destes exemplos, o «f» transformou-se em «v», tanto ortograficamente como oralmente. Quanto à desinência (elemento terminal de uma palavra) do plural, é sonora, escreve-se «es» e pronuncia-se «z».
A maior parte das palavras terminadas em «f» e «fe» sofre estas modificações, mas há, no entanto, um bom número que se conservou fiel à regra geral.
Exemplos:
Proof
Prova
Proofs
(pru:fs)
Roof
Telhado
Roofs
(ru:fs)
Chief
Chefe
Chiefs
(t∫i:fs)
Hoof
Casco (de cavalo, etc.)
Hoofs
(hu:fs)
Cliff
Rochedo
Cliffs
(klifs)
Grief
Aflição
Griefs
(gri:fs)
Gulf
Golfo
Gulfs
(gΛlfs)
Safe
Cofre
Safes
(seifs)
Dwarf
Anão
Dwarfs
(dwo:fs)
Reef
Recife
Reefs
(ri:fs)
Como no caso das palavras terminadas em «o», não se podem dar regras fixas; o melhor é aprender cada uma isoladamente, à medida que forem aparecendo.
■
b - Plurais Metafónicos
(Metafonia – mudança de som)
Tooth
(tu:θ)
Dente
Teeth
(ti:θ)
Foot
(fut)
Pé
Feet
(fi:t)
Goose
(gu:s)
Ganso, pato
Geese
(gi:s)
Man
(mæn)
Homem
Men
(men)
Woman
(´wumən)
Mulher
Women
(´wimin)
Mouse
(maus)
Rato
Mice
(mais)
Estes substantivos formam o plural mudando a vogal interna, e são irregulares, tanto no que respeita à escrita como à pronúncia. Chamam-se plurais metafónicos, porque a palavra metafonia quer dizer «mudança de som». Note-se em especial a pronúncia de women.
■
c – Plurais Anglo-Saxónicos:
Ox
(oks)
Boi
Oxen
(´oksən)
Child
(t∫aild)
Criança, filho
Children
(´t∫ildrən)
Brother
(´brΛðə)
Irmão
Brethren
(´breðrin)
Em anglo-saxão (antigo inglês), muitas palavras formavam o plural recebendo –en. Em inglês moderno, restam apenas estes três exemplos. A palavra brother tem dois plurais: brothers e brethren. O último só se usa no sentido de «irmãos de confraria» ou «semelhantes», no sentido bíblico.
Nota: repare-se que a vogal interna de child e brother modifica-se no plural.
■
d – Palavras com a mesma forma para os dois números:
(o singular e plural)
Sheep
(∫i:p)
Carneiro
The farmer has oxen, cows and sheep
O lavrador tem bois, vacas e carneiros
Deer
(diə)
Veado
In Scotland, there are many deer
Na Escócia, há muitos veados
Swine
(swain)
Porco
On my farm, I have poultry and swine.
Na minha quinta tenho criação e porcos
Fish
(fi∫)
Peixe
In this river, there are many fish
Neste rio há muitos peixes
Trout
(traut)
Truta
I fished several trout yesterday
Pesquei algumas trutas ontem
Salmon
(´sæmən)
salmão
The salmon jump against the current
Os salmões (o salmão) saltam (salta) contra a corrente
Note-se a pronúncia de «salmon».
A palavra fish pode receber a desinência «es» e recebe-a quando se especifica o número de peixes:
You can only put three fishes in this frying-pan.
Só podes pôr três peixes nesta frigideira
Quando toma desinência, pronuncia-se (´fi∫iz)
(desinência – elemento terminal de uma palavra)
■
e – Plurais de origem estrangeira:
Crisis
(´kraisis)
Crise
Crises
(´kraisi:z)
Basis
(´beisis)
Base
Bases
(´beisi:z)
Datum
(´deitəm)
Premissa
Data
(´deitə)
Phenomenon
(fi´nominən)
Fenómeno
Phenomena
(fi´nominə)
Terminus
(´tə:minəs)
Término
Termini
(´tə:minai)
Oasis
(ou´eisis)
Oásis
Oases
(ou´eisi:z)
Analysis
(ə´næləsis)
Análise
Analyses
(ə´næləsi:z)
Thesis
(´θi:siz)
Tese
Theses
(´θi:si:z)
Series
(´siəriz)
Série
Series
(´siəri:z)
Criterion
(krai´tiəriən)
Critério
Criteria
(krai´tiəriə)
Hypothesis
(hai´poθisis)
Hipótese
Hypotheses
(hai´poθisi:z)
Formula
(´fo:mjulə)
Fórmula
Formulæ
(´fo:mjuli)
Beau
(bou)
Peralta
Beaux
(bouz)
Bureau
(´bjuərou)
Papeleira
Bureaux
(´bjuorouz)
Memorandum
(memə´rændəm)
Memorando
Memoranda
(memə´rændə)
Appendix
(ə´pendiks)
Apêndice
Appendices
(ə´pendisi:z)
A maior parte destas palavras não é de uso muito corrente; no entanto, todas elas aparecem na língua escrita que diz respeito a atividades de caráter oficial, como em artigos nos jornais sobre política, investigações científicas, etc.
■
f – palavras com dois plurais:
Penny
(´peni)
Pennies
(´peniz)
I need two pennies for the telephone
Eu preciso de dois dinheiros para o telefone (moedas de «penny»)
Pence
(pens)
I paid two pence for my thicket
Paguei dois dinheiros pelo meu bilhete (importância em dinheiro)
Die
(dai)
Dies
(daiz)
Compare these different dies
Compare estes diversos cunhos de moeda
Dice
(dais)
I put the dice in the Mah-Jong box
Eu pus os dados na caixa de «Mah-Jong»
Staff
(stα:f)
Staffs
(stα:fs)
These are mountaineering staffs
Estes são bordões de alpinista
Staves
(steivz)
The music book has six staves on each page
O livro de música tem seis pautas em cada página
Genius
(´dЗi:njəs)
Geniuses
(´dЗi:njəsiz)
we are no geniuses
Nós não somos génios (inteligências, artistas)
Genii
(´dЗi:niai)
the genii in the «Arabian Nights»
Os génios das «Mil e uma noites» (espíritos)
(Nota: Com referência às «Mil e uma noites», diz-se também «genie» (´dЗi:ni), no singular)
Cherub
(´t∫erəb)
Cherubim
(´t∫erəbim)
The cherubim and seraphim in heaven
Os querubins e serafins do céu
Cherubs
(´t∫erəbz)
The cherubs on the ceiling are well painted
Os querubins do teto estão bem pintados (imagens de querubins)
Como se vê, cada um destes plurais tem significado diferente.
■
g - Palavras que só se usam no plural
Até aqui, examinámos diferentes casos de flexão (flexão – conjunto de diferentes formas que tomam as palavras variáveis conforme o número, género, grau, modo, tempo, pessoa e aspeto que designam). Vamos agora ver certos grupos de palavras que, quanto ao número, se usam diferentemente em português:
1 – Nomes de certos instrumentos compostos de duas partes iguais:
Scissors
(´sizəz)
Tesoura
Pincers
(´pinsəz)
Turquês, tenaz, pinça grande
Shears
(∫iəz)
tesoura grande (de tosquiar e outras)
Tongs
(toŋz)
Tenaz
Tweezers
(´twi:zəz)
Pinça pequena
Exemplos:
Give me those scissors
«Dá-me essa tesoura» ou «dá-me essas tesouras» (mais de uma)
The tweezers are too small for this.
A pinça é pequena demais para isto.
Estas palavras são sempre plurais, exceto quando precedidas da expressão «a pair of» (um par de)
2 – Outras palavras:
Ashes
(´æ∫iz)
Cinza
Alms
(α:mz)
Esmola
Billiards
(´biljədz)
Bilhar
Clothes
(Klouðz)
roupa, fatos
Proceeds
(´prousi:dz)
produto, lucro
Molasses
(mə´læsiz)
Melaço
Oats
(outs)
Aveia
Trousers
(´trauzəz)
calça, calças
Thanks
(θæŋks)
agradecimento, agradecimentos
Wages
(´weidЗiz)
ordenado, vencimento
Exemplos:
The ashes are falling on the floor
A cinza está a cair no chão
Oats are a good food
A aveia é um bom alimento
His wages are higher now.
O ordenado dele é mais elevado agora
Todas estas palavras se usam sempre no plural em inglês, mesmo quando correspondem a um singular, em português.
Nota: a palavra cloth não é singular de clothes. Cloth significa fazenda e tem o seu plural, que é cloths.
Clothes só se emprega no sentido genérico de vestuário, roupas, e não tem singular.
♣
Formação do plural
CONCORDÂNCIA
Vejamos agora os casos anómalos de concordância entre a forma do substantivo-sujeito e o verbo:
1 – Nomes de certas doenças:
Measles
(´mi:zlz)
Sarampo
Mumps
(mΛmps)
Papeira
Rickets
(´rikits)
Raquitismo
Shingles
(´∫iŋglz)
zona
Exemplos:
Measles is a contagious disease.
O sarampo é uma doença contagiosa
Rickets causes illness usually on children
O raquitismo ataca geralmente as crianças
Estas palavras, apesar da sua forma de plurais, empregam-se com o verbo no singular.
■
2 – Nomes de ciências terminados em –ics:
Acoustics
(ə´kaustiks)
Acústica
Ethics
(´eθiks)
Ética
Mathematics
(mæθi´mætiks)
Matemática
Metaphysics
(metə´fiziks)
Metafísica
Optics
(´optiks)
Óptica
Phonetics
(fə´netiks)
Fonética
Politics
(´politiks)
política
Physics
(´fiziks)
Física
Exemplos:
Phonetics is an interesting science.
A fonética é uma ciência interessante
Mathematics was a difficult subject for him.
A matemática era um assunto difícil para ele
Os substantivos indicados usam-se, em geral, com o verbo no singular, podendo, no entanto, ser empregados ocasionalmente como plurais.
■
3 – As palavras «means» e «news»:
Means
(mi:nz)
There is no means of speaking to her.
Não há meio de falar com ela
Several means were employed without result.
Empregaram-se vários meios, sem resultado
News
(nju:z)
That is news to me
Isso é novidade para mim
The latest news is that he left England
As últimas notícias são que ele deixou a Inglaterra
Ambas estas palavras têm forma de plural mas usam-se como singulares. A palavra «means» pode usar-se como plural (2º exemplo),
mas o mesmo não se dá com «news», que exige sempre o verbo no singular.
■
4 – A palavra «people» (´pi:pl)
Exemplos:
There are many people in the street.
Há muitas pessoas (muita gente) na rua
The peoples of Europe have been at war.
Os povos da Europa têm estado em guerra
Comparem-se estes dois exemplos. Ver-se-á que «people» pode usar-se no plural, isto é, admite a desinência «s» quando significa povo, nação (2º ex.). No sentido de pessoas, gente, emprega-se sempre na forma do singular, embora o verbo se use no plural (1º ex.).
■
5 – Substantivos coletivos:
Jury
(´dЗuəri)
The jury are deciding on their verdict.
Os jurados estão a decidir sobre o veredicto
The jury is on the right.
O júri está à direita
Audience
(´o:djəns)
The audience are applauding the performance.
O auditório está a aplaudir o espectáculo
The audience was very small.
O auditório era muito pequeno
Crew
(kru:)
The crew were lying on the deck of the ship.
Os tripulantes estavam deitados no convés do navio
The whole crew was waiting for the Admiral.
Toda a tripulação estava à espera do Almirante
Como se vê pelos exemplos, estes e outros substantivos coletivos são empregados com o verbo no singular ou no plural, conforme o sentido.
Quando nos referimos aos diversos componentes do grupo, devemos usar o verbo no plural; quando mencionamos o grupo como um todo, o verbo deve usar-se no singular.
♣
Plural dos substantivos compostos
Plural of Compound Nouns
(´pluərəl əv kəm´paund naunz)
Há várias espécies de substantivos compostos em inglês.
1 – Os que se escrevem com uma só palavra:
Inkstand
(´iŋkstænd)
These inkstands are very small
Estes tinteiros são muito pequenos
Spoonful
(´spu:nful)
(colherada)
I like two spoonfuls of sugar in my coffee
Eu gosto de pôr duas colheres de açúcar no meu café
Postman
(´poustmən)
The postmen decided to strike
Os carteiros decidiram fazer greve
Esta espécie de compostos não deve oferecer dificuldades a quem aprende inglês. Devem tratar-se como substantivos simples, isto é, esquecendo o primeiro elemento visto ele se encontrar absolutamente ligado ao segundo.
■
2 – Os que se escrevem com traço de união:
Hotel-keeper
Hotel-keepers
(hou´tel-´ki:pəz)
Gerente de hotel ou dono de hotel
Boot-maker
Boot-makers
(´bu:t-´meikəz)
Sapateiro
Paper-weight
Paper-weights
(´peipə-weits)
pisa-papeis
Maid-servant
Maid-servants
(´meid-´sə:vənts)
criada
Step-son
Step-sons
(´step-sΛnz)
Enteado
Passer-by
Passers-by
(´pα:səz-bai)
Transeunte
Looker-on
Lookers-on
(´lukəz-on)
Espetador
Daughter-in-law
daughters-in-law
(´do:təz-in-lo:)
nora
Commander-in-chief
commanders-in-chief
(kə´ma:ndəz-in-t∫i:f)
comandante-chefe
Nos compostos deste género, há sempre a considerar dois elementos: o substantivo propriamente dito e o elemento adjetivo, isto é, a parte que «classifica», que «designa» a espécie de pessoa ou coisa de que se trata. Por exemplo: em «boot-maker», fabricante de botas, temos o elemento substantivo em «maker» e o elemento adjetivo em «boot» palavra que indica a espécie de fabricante de que se trata. Dito isto, não é difícil compreender que nestes compostos a palavra que varia (que se deve pôr no plural) é o elemento substantivo.
Nota:
Muitas vezes, alguns destes compostos aparecem escritos como uma só palavra, como por exemplo, bootmaker e stepson. A tendência é de unir as duas palavras quando só a última toma a desinência (elemento terminal e variável de uma palavra).
Exceções:
A )
Man-servant
Men-servants
(´men-´sə:vənts)
Criado
Woman-servant
Women-servants
(´wimin-´sə:vənts)
Criada
Lord-Justice
Lords-Justices
(´lo:dz-´dЗΛstisiz)
Em Inglaterra, este título corresponde ao de Presidente do Supremo Tribunal de Justiça
Knight-Templar
Knights-Templars
(´naits-´templəz)
Cavaleiro-Templário
Nos compostos em que man e woman formam o primeiro elemento, ambas as palavras variam. Lords-justices e Knights-templars conservam o duplo plural por tradição.
––––
B )
Knight-errant
Knight-errants
(´nait-´erənts)
Knights-errant
(´naits-´erənt)
cavaleiro andante
Postmaster-general
postmaster-generals
(´poustmα:stə-´dЗenrəlz)
postmasters-general
(´poustmα:stəz-´dЗenrəl)
correio-mor
Court-martial
court-martials
(´ko:t-´ma:∫əlz)
courts-martial
(´ko:ts-´mα:∫əl)
conselho de guerra
Como se vê, ambas as formas de plural são aceitáveis em compostos cujo segundo elemento é um ADJETIVO.
– x –
C )
Go-between
Go-betweens
(gou-bi´twi:nz)
intermediário
Close-up
Close-ups
(klous-Λps)
«grande plano» em cinema
Palavras formadas de dois elementos normalmente invariáveis (verbo+preposição, advérbio+verbo, etc.) funcionam como vocábulos simples e seguem a regra geral, isto é, tomam «s» no plural.
– x –
D )
Good-for-nothing
Good-for-nothings
pessoa inútil
Jack-of-all-trades
Jacks-of-all-trades
«Faz-tudo»
Há certas frases na linguagem corrente que se podem considerar substantivos compostos. Quando entre os diversos componentes não se pode destacar um elemento substantivo, vai para o plural a última palavra. Caso contrário, varia apenas o elemento substantivo.
♣
Plural dos Nomes Gentílicos
(Gentílico – designativo (indicativo) da nação ou do povo a que alguém pertence)
1 – Nomes terminados em –ese (-i:z):
Siamese
(saiə´mi:z)
Siamês
Javanese
(dЗα:və´ni:z)
Javanês
Japanese
(dЗæpə´ni:z)
Japonês
Portuguese
(po:tju´gi:z)
Português
The Portuguese are Europeans.
The Japanese, the Javanese and the Siamese are Asiatic.
Como se vê, o plural dos nomes terminados em -ese é igual ao singular.
Nota:
Os nomes gentílicos, tanto substantivos como adjetivos, escrevem-se sempre com letra maiúscula. No caso dos acima indicados, o substantivo é igual ao adjetivo correspondente, tal como em português.
– x –
2 – Substantivos gentílicos terminados em -man (-mən):
An Englishman
(ən´iŋgli∫mən)
Um inglês
A Welshman
(ə ´wel∫mən)
Um galês
A Scotchman
(ə ´skot∫mən)
Um escocês
An Irishman
(ən ´airi∫mən)
Um irlandês
A Frenchman
(ə ´frent∫mən)
Um francês
A Dutchman
(ə ´dΛt∫mən)
Um holandês
Plural:
The English, the Welsh, the Scotch and the Irish are British.
Os ingleses, os galeses, os escoceses e os irlandeses são britânicos.
A terminação –man, que se acrescentou aos adjetivos gentílicos English, Welsh, Scotch, etc., para a formação dos respetivos substantivos, pode dispensar-se no plural, continuando estas palavras a ser tratadas como substantivos.
Nota:
Os escoceses preferem que se diga Scotsman em lugar de Scotchman, e Scottish em lugar de Scotch porque a palavra Scotch está vulgarizada com o sentido de «whisky».
– x –
3 – Nomes gentílicos em –an (ən) e –ian (ən)
An American
(ən ə´merikən)
Um americano
An Italian
(ən i´tæljən)
Um italiano
A German
(ə ´dЗə:mən)
Um alemão
A Norwegian
(ə no:´wi:dЗən)
Um norueguês
A Belgian
(a ´beldЗən)
Um belga
A Russian
(ə ´rΛ∫ən)
Um russo
Plural:
The Americans, the Italians, the Germans, the Norwegians, the Belgians, the Russians, they all fought in the Second World War.
Os americanos, os italianos, os alemães, os noruegueses, os belgas e os russos, todos lutaram na Segunda Guerra Mundial.
Estas palavras, quando usadas como substantivos, tomam um «s» no plural, ao passo que, como adjetivos, permanecem invariáveis: diz-se «the Americans», mas «the American products»
– x –
4 – Nos casos atrás exemplificados, os substantivos gentílicos eram iguais aos adjetivos correspondentes. Vejamos os seguintes exemplos:
Adjetivo no singular:
Spanish
(´spæni∫)
Espanhol
Substantivo no singular
A Spaniard
(ə ´spænjəd)
Um espanhol
Adjetivo no singular:
Swedish
(´swi:di∫)
Sueco
Substantivo no singular
A Swede
(ə swi:d)
Um sueco
Adjetivo no singular
Polish
(´pouli∫)
Polaco
Substantivo no singular
A Pole
(ə poul)
Um polaco
Adjetivo no singular
Danish
(´deini∫)
Dinamarquês
Substantivo no singular
A dane
(ə dein)
Um dinamarquês
–– Plural ––
The Spaniards (subs.) are our neighbours. I like Spanish (adj.) dances.
Os espanhóis são nossos vizinhos. Eu gosto de danças espanholas.
The Swedes are tall and fair. I’m learning Swedish gymnastics.
Os suecos são altos e louros. Estou a aprender ginástica sueca
I know some Poles and Danes. I know some Polish and Danish students.
Conheço alguns polacos e dinamarqueses. Conheço alguns estudantes polacos e dinamarqueses
Quando há uma palavra especial que exerce funções de substantivo, nunca se deve usar o adjetivo como substantivo.
Não se deve dizer «he is a spanish» mas «he is a spaniard». Pode, no entanto, dizer-se: «he is spanish» porque, sem artigo a precedê-la, esta palavra exerce aqui funções de adjetivo.
Vejam-se, porém, estes exemplos:
The Englishmen like cricket. The Welshmen like songs. The Scotsmen like whisky. The Irishmen like horses.
Os ingleses gostam de «cricket». Os galeses gostam de canções. Os escoceses gostam de «whisky». Os irlandeses gostam de cavalos.
Por que razão se mantém aqui a desinência no plural? Se suprimíssemos a palavra «men» a frase ficaria correta do mesmo modo, mas talvez menos expressiva. É que, neste exemplo, os substantivos gentílicos referem-se a tipos humanos ao passo que no exemplo apresentado na alínea 2 – (the English, etc.) designam apenas discriminações nacionais.
Resumindo, pois, temos:
Adjetivos gentílicos
–Singular e plural: –
English
(´iŋgli∫)
Welsh
(wel∫)
Scotch
(skot∫)
Irish
(´airi∫)
French
(frent∫)
Substantivos gentílicos
–Singular e plural:–
English
Welsh
Scotch
Irish
French
Substantivos gentílicos
–Singular:–
Englishman
Welshman
Scotchman
Irishman
Frenchman
Substantivos gentílicos
–Plural:–
Englishmen
Welshmen
Scotchmen
Irishmen
Frenchmen
Notas: Quanto à palavra Scotch, apresenta várias versões, como se disse: Scotch ou Scottish; Scotchman ou Scotsman. E há ainda o substantivo Scot (plural, Scots).
Quanto à pronúncia não há distinção entre o singular e o plural de palavras como Englishman e Englishmen; A pronúncia é nos dois casos (´iŋgli∫mən).
(Ainda sem correção)
SUBSTANTIVOS – NOUNS
Género – Gender
(Género - categoria/classe gramatical baseada na distinção entre masculino e feminino)
Em Inglês moderno, à parte raras excepções, pode dizer-se que não há género gramatical, isto é, não há género convencional. Os nomes de pessoas e animais são masculinos ou femininos conforme o seu sexo, e os nomes de coisas e vegetais não têm género, podem considerar-se neutros (apenas quanto ao uso do pronome pessoal e adjetivo possessivo que se lhes refere)
■
1 – Formação do feminino
Em inglês só existe um sufixo (partícula que se põe no fim da palavra para formar uma palavra nova com outra significação) para a formação do feminino, o sufixo –ess.
Baron
(´bærən)
Baroness
(´bærənis)
Barão
Count
(kaunt)
Countess
(´kauntis)
Conde
God
(god)
Goddess
(´godis)
Deus
Prince
(prins)
Princess
(prin´ses - ´prinses)
Príncipe
Heir
(eə)
Heiress
(´eəris)
Herdeiro
Host
(houst)
hostess
(´houstis)
Anfitrião
Jew
(dЗu:)
jewess
(dЗu:is)
Judeu
Lion
(´laiən)
Lioness
(´laiənis)
Leão
Nestes exemplos, o sufixo acrescenta-se ao masculino sem qualquer modificação (excepto quanto à palavra goddess, que tem consoante dupla em virtude de o «d» estar precedido de vogal breve. O sufixo (partícula que se põe no fim da palavra para formar uma palavra nova com outra significação) é breve (-is), excepto em Princess (princesa) que se pronuncia (prin’ses) quando a palavra não vem seguida de nome próprio e (‘prinses) no caso contrário. Note-se que em Princess se acrescenta apenas –ss, porque Prince termina em «e»
■
Actor
(´æktə)
Actress
(´æktris)
Actor
Conductor
(kən´dΛktə)
Conductress
(kən´dΛktris)
Condutor
Governor
(´gΛvənə)
Governess
(´gΛvənis)
Governador
Emperor
(´empərə)
Empress
(´empris)
Imperador
Murderer
(´mə:dərə)
Murderess
(´mə:dəris)
Assassino
Os nomes de agente formam o feminino com queda da vogal da terminação caraterística do masculino, mas mantendo o «r» quando não haja mais «rr» na palavra.
Nota –– O «r» final das palavras inglesas pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
Abbot
(´æbət)
Abbess
(´æbis)
Abade
Duke
(dju:k)
Duchess
(´dΛt∫is)
Duque
Master
(´mα:stə)
Mistress
(´mistris)
Senhor, dono
Negro
(´ni:grou)
Negress
(´ni:gris)
Negro
Marquis or Marquess
(´mα:kwis)
Marchioness
(´mα:∫ənis)
Marquês
Palavras há que formam o feminino bastante irregularmente, mas, àparte as acima indicadas, as que existem são de uso muito raro.
■
Hero
(´hiərou)
Heroine
(´herouin)
Herói
Sultan
(´sΛltən)
Sultana
(sΛl´tα:nə)
Sultão
Infant
(´infənt)
Infanta
(in´fæntə)
Infante
Fiancé
(fi´α:nsei)
fiancée
(fjãse)
(pronuncia-se à francesa)
Noivo
Algumas palavras de origem estrangeira apresentam outros sufixos, mas estes não são móveis como o sufixo –ess, isto é: não podem formar vocábulos novos ocorrendo apenas nos que já existem.
♣
2 – Formação do masculino
Geralmente, é a forma feminina das palavras que deriva do masculino, mas existem dois exemplos no inglês corrente em que se deu o contrário:
Bride
(braid)
Noiva
Bridegroom
(´braidgrum)
Noivo
Widow
(´widou)
Viúva
widower
(´widouə)
Viúvo
É interessante notar esta formação, contrária às regras, e que é um efeito das convenções sociais na língua: o estado de noivado e viuvez, sobretudo em épocas passadas, punha em posição de destaque a mulher, mais do que o homem.
♣
3 – Femininos que não se formaram do masculino
Nomes que indicam estado social ou parentesco:
Father
(´fα:ðə)
Mother
(´mΛðə)
Pai
Brother
(´brΛðə)
Sister
(´sistə)
Irmão
Husband
(´hΛzbənd)
Wife
(waif)
Marido
Uncle
(´Λŋkl)
Aunt
(α:nt)
Tio
Nephew
(´nevju)
Niece
(ni:s)
Sobrinho
Son
(sΛn)
Daughter
(´do:tə)
Filho
Sir
(sə:)
Madam
(´mædəm)
Senhor
Sir
(sə:)
Lady, Dame
(´leidi, deim)
«Sir» título
Lad
(læd)
Lass
(læs)
Rapaz
Gentleman
(´dЗentlmən)
Lady
(´leidi)
Cavalheiro
Bachelor
(´bæt∫ələ)
Spinster
(´spinstə)
Celibatário
Friar
(´fraiə)
Nun
(nΛn)
Frade
King
(kiŋ)
Queen
(kwi:n)
Rei
Earl
(ə:l)
Countess
(´kauntis)
Conde
Lord
(lo:d)
Lady
(´leidi)
«Lord» título
Wizard
(´wizəd)
Witch
(wit∫)
Feiticeiro
Nota: «Sir» (Senhor) e «Madam» (Senhora) usam-se como vocativos (vocativo – palavra ou expressão que serve para chamar). Ex: Yes, Sir; Yes, Madam.
Sir, Lady, Dame e Lord, como títulos, não se traduzem.
■
Nomes de animais:
Masculino –––– Feminino
Boar
(bo:)
Sow
(sau)
Porco, javali
Buck
(bΛk)
doe
(dou)
(fêmea de veado)
gamo
Bull
(bul)
Cow
(kau)
Touro
Ox
(oks)
Cow
(kau)
Boi
Bullock
(´bulək)
Heifer
(´hefə)
Vitelo
Cock
(kok)
Hen
(hen)
Galo
Colt
(koult)
Filly
(´fili)
(poldra)
Poldro
Drake (pato)
(dreik)
duck (pata ???)
(dΛk)
Gander (ganso macho, pato)
(´gændə)
goose ( gansa, pata)
(gu:s)
Hart (veado)
(hα:t)
roe
(rou)
Horse
(ho:s)
Mare
(meə)
Cavalo
Ram (carneiro)
(ræm)
ewe (ovelha)
(ju:)
Stag (veado macho)
(stæg)
hind (corça)
(haind)
Dog
(dog)
Bitch
(bit∫)
Cão
■
Existem muitos nomes de animais comuns a ambos os géneros (substantivos epicenos), (epiceno – chama-se assim aos substantivos nomes de animais cujo masculino e feminino se formam do mesmo substantivo colocando-lhe depois a palavra macho ou fêmea) e a única maneira de especificar o género é antepor-lhes outras palavras.
Exemplos:
Goat (gout)
He-goat ou billy-goat (´bili-gout)
Bode
She-goat ou nanny-goat (´næni-gout)
Cabra
Rabbit (´ræbit)
Buck-rabbit (´bΛk-´ræbit)
Coelho
Doe-rabbit (´dou-´ræbit)
Coelha
Cat (kæt)
Tom-cat (tom-kæt)
Gato
Tabby-cat (´tæbi-kæt)
Gata
Calf (kα:f)
Bull-calf (bul-kα:f)
Vitelo
Cow-calf (kau-kα:f)
Vitela
Sparrow (´spærou)
Cock-sparrow (´kok-´spærou)
Pardal
Hen-sparrow (´hen-´spærou)
Pardoca
♣
4 – O manejo da língua inglesa no que diz respeito ao género ––– Distinção dos géneros e concordância.
Visto os artigos definido e indefinido em inglês não variarem em género, o único problema de concordância que se nos apresenta é a escolha do pronome pessoal e adjetivo possessivo, de acordo com os respetivos antecedentes, quando estes são substantivos comuns de dois ou epicenos (epiceno – chama-se assim aos substantivos nomes de animais cujo masculino e feminino se formam do mesmo substantivo colocando-lhe depois a palavra macho ou fêmea).
Quando se trata de pessoas, o caso é fácil:
Exemplo:
Your
teacher, pupil, cousin, friend, doctor, servant
is there.
He – She
wants to see you.
Outro exemplo:
His –– Her
Mother is with
him –– her
■
Quando se trata de animais, a maior parte das vezes não se especifica se o animal é do sexo masculino ou feminino e usa-se o pronome neutro.
Ex: where is the cat? It’s there.
Onde está o gato? Está ali.
Todavia, algumas vezes, especialmente no caso de animais estimados, o fator afeição faz que se deixe de empregar o pronome neutro. Por exemplo: se encontrássemos uma pessoa amiga com um cãozinho de luxo, poderíamos exclamar:
Oh! What, a nice little dog! Is it yours?
Oh, que lindo cãozinho, é seu?
Mas o dono ou a dona do cãozinho ou da cadelinha poderia responder:
Yes, he (she) is mine. Isn’t he (she) pretty?
Sim, ele (ela) é meu (minha). Não é bonito (bonita)?
Os donos de cavalos de corridas não se referem aos seus animais usando o pronome it. Empregam sempre he ou she. Os tratadores de gado também fazem a distinção com o pronome.
A aves e insetos corresponde geralmente o pronome it. Mas a animais ferozes como leões, ursos e tigres, que impõem certo respeito, corresponde algumas vezes também o pronome he.
Animais domésticos que têm nomes próprios tratam-se de acordo com o seu sexo.
■
–– Nomes de Países e Cidades ––
Os nomes de países e de cidades podem personificar-se (personificar – atribuir qualidades humanas a seres animados ou inanimados). Quando tal sucede, atribui-se-lhes o género feminino.
Ex:
Germany was a powerful country, but she lost the war.
A Alemanha era um país poderoso mas ela perdeu a guerra.
England and her neighbours, Scotland and Wales.
A Inglaterra e os seus vizinhos, a Escócia e o País de Gales.
This book tells us about London in her Elizabethan glory.
Este livro fala-nos de Londres, na sua glória elisabetana (do tempo da rainha Isabel I)
■
–– Nomes de Barcos ––
Os nomes de navios são geralmente tratados como femininos.
Ex:
The «Quanza» is not at Lisbon. She left for Africa.
O «Quanza» não está em Lisboa. Partiu para África.
The «Normandie» and her rival, the «Queen Mary».
O «Normandie» e o seu rival, o «Queen Mary».
■
–– Os Géneros em Linguagem Poética ––
Na poesia, muitas vezes árvores, montanhas, rios, edifícios, etc., aparecem personificados, (personificar – atribuir qualidades humanas a seres animados ou inanimados) e os pronomes que se lhes referem são, portanto, he e she.
■
–– Crianças Recém-Nascidas ––
Atribui-se-lhes, muitas vezes, o pronome it.
Ex:
Leave your baby to me. I’ll take care of it.
Deixem-me o bebé. Tomarei conta dele.
(Ainda por corrigir)
SUBSTANTIVOS – NOUNS
Caso possessivo – Possessive Case
(pə´zesiv keis)
Em antigo Inglês, os substantivos tomavam desinências diferentes conforme os casos em que eram usados, isto é: as suas diferentes funções na oração. A única desinência que ainda existe no inglês moderno é a do genitivo ou caso possessivo (genitivo – caso em que nas línguas que têm declinação exprime a função de complemento determinativo, limitativo ou possessivo).
1 – Formação do Caso Possessivo
Comparem-se os seguintes exemplos com as respetivas traduções:
This is John’s book (This is the book of John)
(ðis iz dЗon z buk)
Este é o livro de João
Mary’s brother is there (The brother of Mary is there)
(´meəri z ´brΛðə r iz ðeə)
O irmão de Mary está ali
As frases entre parêntesis não são as formas mais correntes, mas ajudam-nos a compreender como se forma o caso possessivo, por corresponderem exatamente à construção portuguesa.
As conclusões são fáceis de tirar:
A –– A ordem das palavras é diferente; a palavra no caso possessivo, isto é, o nome do possuidor, deve estar antes do nome que indica o «objeto possuído».
B –– O emprego do caso possessivo torna desnecessário o uso do artigo antes do nome do objeto possuído, porque o genitivo de posse serve de determinativo.
C –– A desinência (elemento terminal de uma palavra) «’s» aposta (junto ao) ao nome do possuidor substitui a preposição «of». Esta desinência pronuncia-se como se fosse um «s» ligado à palavra.
■
Leiam-se agora em voz alta as seguintes frases:
These are the manageress’s orders.
Estas são as ordens da gerente.
Mr. Jones’s house is very near.
A casa do Sr. Jones é muito perto.
Mesmo que uma palavra no singular termine em «s», pode-se acrescentar-lhe a desinência do possessivo (salvo quando se trata de excepções como veremos a seguir).
A pronúncia das palavras manageress’s e Jones’s apresenta certa dificuldade, mas lembrando-nos da formação do plural das palavras terminadas em «s», depressa resolveremos este caso pronunciando (´mænidЗəresiz) e (´dЗounziz), isto é, acrescentando oralmente uma nova sílaba às palavras. Historicamente, isto não representa um acrescentamento, mas, pelo contrário, é um caso em que a forma antiga (que terminava em -es) se conservou.
■
Gilbert and Sullivan’s comic operas are very popular in Great Britain.
As óperas cómicas de Gilbert e Sullivan são muito populares na Grã Bretanha.
The Duke of Windsor’s life was published in a Portuguese newspaper.
A vida do duque de Windsor foi publicada num jornal português.
Os exemplos mostram que, quando o possuidor é representado por mais do que uma palavra, é a última que toma a desinência (elemento terminal de uma palavra) do possessivo.
■
2 – Omissão (falta) do «s» no caso possessivo:
Em todos os exemplos acima apresentados o nome do possuidor estava no singular. Vejamos estas frases:
The pupils’ cloak-room is on the ground-floor.
O vestiário dos alunos é no rés-do-chão
The boys’ caps are there.
Os bonés dos rapazes estão ali.
É fácil notar que estando a palavra que indica o possuidor no plural –– plural que termina em «s» –– não se acrescenta novo «s» para o caso possessivo; apenas o apóstrofo indica o caso graficamente.
Quanto à pronúncia não se pode distinguir o plural do singular (distingue-se pelo sentido):
The boys’ caps (də boiz kæps) –– Os bonés dos rapazes
The boy’s caps (də boi z kæps) –– Os bonés do rapaz
■
Mas vejamos os seguintes exemplos:
The children’s rooms are upstairs.
Os quartos das crianças são lá em cima.
The men’s waiting-room is there.
A sala de espera dos cavalheiros é ali.
This is a women’s club.
Isto é um clube de senhoras.
A conclusão é fácil: quando o plural da palavra que indica o possuidor não termina em «s», o caso possessivo forma-se da maneira normal.
■
Socrates’ wife was a very clever woman.
A mulher de sócrates era muito inteligente.
Caesar was murdered by Brutus’ party.
César foi assassinado pelo partido de Bruto.
Venus’s beauty has inspired many artists.
A beleza de Vénus tem inspirado muitos artistas.
Os nomes próprios (apelido, nome de família) do singular terminados em «s» que pertencem à História Antiga ocorrem geralmente sem desinência (elemento terminal de uma palavra), podendo, no entanto, apresentá-la (como no caso de Vénus).
■
Casos de eufonia:
(eufonia - som agradável ou desagradável)
Jesus’ life is told in the New Testament.
A vida de Jesus é contada no Novo Testamento.
We must obey Moses’ laws.
Temos de obedecer às leis de Moisés.
Quando a última sílaba de um nome no singular começa e termina em «s», nunca se lhe junta a desinência do possessivo, para evitar a repetição de sibilantes.
■
For goodness’ sake, be quiet!
Por amor de Deus, está quieto (calado)!
I did that for my conscience’ sake
Fi-lo por amor da consciência.
Quando a palavra «sake», que começa por «s», é precedida de um possessivo terminado em sibilante este não toma novo «s» por uma questão de eufonia.
■
3 – Uso do caso possessivo
O genitivo de posse:
Comparem-se os seguintes exemplos:
I must follow duty’s call.
Tenho de seguir a voz do dever.
Nobody knows heaven’s will.
Ninguém sabe a vontade do céu.
We work for the country’s good.
Trabalhamos para o bem da nação.
The legs of the table are too long.
As pernas da mesa são compridas de mais.
I’ll walk to the end of the road.
Vou até ao fim da rua.
The lid of the saucepan is broken.
A tampa do tacho está partida.
Todas estas frases estão corretas. Por que razão se empregou nas três primeiras o caso possessivo e a forma com «of» nas três últimas?
É questão de examinarmos a natureza do «possuidor» em todos os exemplos. Veremos que table, road e saucepan são nomes de coisas inanimadas, e, como tal, não podem possuir nada conscientemente. As palavras legs, end e lid não representam mais que partes destas coisas inanimadas. Por outro lado, duty, heaven e country, embora não se possam considerar seres vivos nem coisas animadas são substantivos abstratos que representam ideias animadas, e, como tal, possuem certa vitalidade. Fala-se muitas vezes na: «força do dever», no «poder do céu» e na «consciência da nação».
De um modo geral o critério a seguir é este: nomes de coisas inanimadas não se empregam no caso possessivo. Este reserva-se para nomes de seres vivos, de ideias animadas ou ainda de coisas personificadas.
Exceções:
He ate to his heart’s content.
Comeu até se satisfazer.
Yesterday´s newspapers contained nothing special.
Os jornais de ontem não traziam nada de especial.
These were last year’s fashions.
Estas eram as modas do ano passado.
He escaped by a hair’s breadth.
Ele escapou por um triz (por um fio de cabelo).
This is as large as a pin’s head.
Isto é do tamanho duma cabeça de alfinete.
Nestes exemplos figura uma série de expressões de uso muito corrente em que o antigo caso possessivo se manteve sem haver ideia de personificação.
■
O genitivo que não indica nem sugere posse
After a week’s holiday he was much better.
Depois de uma semana de férias, ele estava muito melhor.
You really need a month’s rest.
Tu precisas realmente de um mês de descanso.
Give me a shilling’s worth of paper.
Dê-me um xelim de papel (papel no valor de um xelim).
It’s a day’s journey from Southampton to Edinburg.
É um dia de viagem de Southampton a Edinburgo.
That tree stands at a stone’s throw from here.
Aquela árvore está a «dois passos» daqui (à distância duma pedrada).
These scales cannot be used for more than a pound’s weight
Esta balança não se pode usar para mais de uma libra de peso.
Como se vê, o caso possessivo também se usa para especificar quantidade que pode ser expressa em ideia de tempo, medida, peso, preço, distância, etc.
■
Omissão (falta) do nome do objeto possuído.
This is not my coat, it’s John’s (John’s coat)
Este não é o meu casaco, é o do João.
I bought this bag at «Selfridge’s» (Selfridge’s stores)
Comprei esta mala no «Selfridge».
I saw that play at St. James’s (St. James’s Theatre).
Vi essa peça no «St. James».
Bring me some butter from the grocer’s (the grocer’s shop).
Traz-me manteiga da mercearia.
The marriage took place at St. Paul’s (St. Paul’s Cathedral).
O casamento realizou-se em «S. Paulo»
He is living at my uncle’s (my uncle’s house).
Ele está a viver em casa do meu tio.
I had tea at the Smiths’ yesterday (the Smiths’ house).
Tomei chá em casa dos Smiths ontem.
Nestes exemplos o «possuidor» não é seguido pelo «objeto possuído». A razão é a mesma para todas as frases: é desnecessário mencionar o nome do «objeto possuído» porque se subentende (percebe).
A regra, portanto, é: omite-se o nome do «objeto possuído» quando este foi mencionado anteriormente ou quando representa uma casa particular, loja, igreja, teatro, etc., que sejam familiares ao ouvinte ou leitor.
Observação: É preciso evitar um erro muito frequente entre os nossos estudantes: a omissão (falta) da palavra house quando se faz referência à casa propriamente dita:
John’s house is larger than ours.
A casa do João é maior do que a nossa.
Aqui não se pode omitir a palavra house, porque o leitor ficaria sem saber de que objeto possuído se tratava.
■
O duplo genitivo
The Double Genitive
(ðə ´dΛbl ´dЗenitiv)
That lady is a friend of my mother’s.
Aquela senhora é amiga de minha mãe.
This brother of John’s always comes late.
Este irmão do João chega sempre tarde.
I don’t like those gloves of Mary’s
Eu não gosto daquelas luvas da Maria.
A cousin of Peter’s asked me about him.
Um primo de Pedro perguntou-me por ele.
Nestas frases encontra-se um emprego muito idiomático do genitivo de posse: o duplo genitivo, o genitivo com «of» e a desinência «’s».
Este emprego ocorre muitas vezes quando o «objeto possuído» é mencionado antes do «possuidor». Nestes casos, o nome do «objeto possuído» nunca é precedido do artigo definido mas sim do artigo indefinido ou de determinativos como: this, that, these, those, another, others, etc.
Seria incorreto dizer-se: «she is the friend of my mother’s»; tem de se dizer: «She is my mother’s friend»; mas diz-se «She is a friend of my mother’s», «She is another friend of my mother’s», «She is that friend of my mother’s», frases em que a palavra friend, precedida de determinativo, foi empregada antes da palavra mother, ao contrário do que se observa na construção normal do genitivo de posse.
O duplo genitivo já existia em antigo inglês e tem sido empregado para reforçar a ideia de posse, pois como se sabe, a preposição «of» nem sempre indica posse. Muitas vezes o emprego do duplo genitivo serve para afastar certas ambiguidades de interpretação.
Comparem-se, por exemplo, estas duas frases:
This is a picture of Mary
This is a picture of Mary’s
A primeira frase significa: «este é um retrato de Mary» (um retrato que a representa); a segunda: «este é um retrato que pertence à Mary».
Do mesmo modo:
A good criticism of Pope
A good criticism of Pope’s
significam respetivamente: «uma crítica boa de Pope» (feita a Pope) e «uma critíca boa de Pope» (feita por Pope)
O duplo genitivo usa-se apenas quando o «possuidor» representa uma ou várias pessoas, sobretudo quando se trata de nomes próprios ou de palavras como «father», «mother», etc., que têm um sentido de certo modo único, porque, tratando-se de outras espécies de nomes, o caso possessivo pode muitas vezes confundir-se com o plural na linguagem falada.
Frases como:
A friend of my sister’s.
Uma amiga de minha irmã.
A colleague of my cousin’s.
Um colega de meu primo.
Na linguagem oral podem interpretar-se como:
A friend of my sisters.
Uma amiga das minhas irmãs.
A colleague of my cousins.
Um colega dos meus primos.
Ao passo que:
A friend of Paul’s.
Um amigo de Paulo.
A colleague of my father’s
Um colega do meu pai.
Não admitem confusões.
Nota: de passagem diremos que o duplo genitivo também pode ser formado com um pronome: a friend of hers (um amigo dela), a sister of mine (uma irmã minha), etc.
■
O caso possessivo aplicado a pronomes e adjetivos substantivados:
Is this anybody’s umbrella?
Esta sombrinha é de alguém?
One should be allowed to express one’s opinion.
Devemos ter licença para expressarmos a nossa opinião.
Everyone’s luggage was in its proper place, except his.
A bagagem de toda a gente estava no seu lugar, excepto a dele.
This seems to be nobody’s business.
Isto parece que não diz respeito a ninguém (não é assunto de ninguém).
Oh, heavens, I must have taken someone else’s hat by mistake!
Ó céus, eu levei com certeza o chapéu de outra pessoa por engano!
Estes pronomes (ou frases pronominais) têm valor de substantivos e, como tal, admitem a desinência ’s.
■
The accused’s innocence was proved.
A inocência do acusado foi provada.
Here is the deceased’s will.
Aqui está o testamento do morto.
This is a neurotic’s reaction.
Esta é a reação de um neurótico.
Embora não muito frequentemente, há adjetivos substantivados que aparecem declinados no genitivo, isto é, com a desinência s, mas em regra prefere-se a forma com of.
Os nomes gentílicos em –ese (como Portuguese, Chinese, etc.) e os terminados em –sh e –ch (como English, Irish, Scotch, etc.), assim como a palavra Swiss, não admitem a desinência do possessivo. Assim, diz-se:
The good taste of the French.
O bom gosto dos Franceses.
The discoveries of the Portuguese.
Os descobrimentos dos portugueses.
Ao passo que, se pode dizer:
The Germans’ skill.
A habilidade dos alemães.
The Americans’ inventions.
As invenções dos americanos.
The Swede’s temperament.
O temperamento do sueco.
Etc.
■
O caso possessivo alternado com a preposição «of»:
Did you see the portrait of the Queen’s children?
Viste o retrato dos filhos da rainha?
The jewels of the governor’s wife were stolen.
Roubaram as jóias à mulher do governador.
Em exemplos como estes, alterna-se o emprego da preposição of com o do caso possessivo, para evitar a sequência de possessivos que se observaria em «the Queen’s children’s portrait» e «the governor’s wife’s jewels».
Nota final – Quando é preciso pluralizar letras, escrevem-se geralmente com apóstrofo e s: «the A’s and B’s» (Os AA e os BB). Não se devem confundir estas expressões com genitivos.
ADJETIVOS
ADJECTIVES
(´ædЗiktivz)
Adjetivos Qualificativos
Examinem-se as seguintes expressões:
A young boy.
Um rapaz novo.
A young girl.
Uma rapariga nova.
Young boys.
Rapazes novos.
Young girls.
Raparigas novas.
An intelligent dog.
Um cão inteligente.
Intelligent dogs.
Cães inteligentes.
A useful book.
Um livro útil.
Useful books.
Livros úteis.
Ver-se-à que:
Os adjetivos qualificativos são invariáveis em género e número.
Em inglês os adjetivos empregam-se geralmente antes dos substantivos que qualificam.
Graus de Significação dos Adjetivos
Degrees of Comparison
(di´gri:z əv kəm´pærisn)
O Comparativo
The Comparative
(ðə kəm´pærətiv)
Embora o uso do comparativo seja o mesmo em português e inglês, é conveniente lembrar que o comparativo serve para estabelecer semelhança (comparativo afirmativo de igualdade) ou diferença (qualquer dos outros comparativos: comparativo negativo de igualdade, comparativo de inferioridade, comparativo de superioridade) entre qualidades que duas pessoas, duas coisas, dois animais, duas ideias, etc., ou dois grupos de pessoas, coisas, animais, ideias, etc. possuem em comum.
■
Comparativo de Igualdade
Comparative of Equality
(kəm´pærətiv əv i:kw´oliti)
John is as tall as Paul.
O João é tão alto como o Paulo.
This wall is as high as that.
Esta parede é tão alta como aquela.
Paul´s mother is as old as john’s.
A mãe de Paulo é tão velha como (tem a mesma idade que) a mãe de João.
Esta é a única forma de expressar o grau de igualdade: antepor e pospor a palavra «as» ao adjetivo.
Nota: O primeiro «as» é um advérbio de quantidade e o segundo uma conjunção comparativa
■
Comparativos que não indicam igualdade
Comparativo Negativo:
Paul is not so tall (not as tall) as John.
O Paulo não é tão alto como o João.
That wall is not so high (not as high) as this.
Aquela parede não é tão alta como esta.
John’s mother is not so old (not as old) as Paul’s.
A mãe do João não é tão velha como a do Paulo.
O comparativo negativo de igualdade equivale geralmente ao comparativo de inferioridade (Paulo não é tão alto como João, ou Paulo é menos alto que João) e é muito mais usado do que este, tal como em português.
Forma-se o comparativo negativo de igualdade antepondo «not so» ou «not as» ao adjetivo e pospondo-lhe «as»
■
Comparativo de Inferioridade
Comparative of Inferiority
(kəm´pærətiv əv infiəri´oriti)
Paul is less tall than John.
O Paulo é menos alto que o João.
That wall is less high than this.
Aquela parede não é tão alta como esta.
John’s mother is less old than Paul’s.
A mãe do João não é tão velha como a do Paulo.
Como se disse, o comparativo de inferioridade é muito pouco usado em inglês. Prefere-se quase sempre o comparativo negativo de igualdade.
Para a formação do comparativo de inferioridade antepõe-se o advérbio «less» ao adjetivo e pospõe-se-lhe a conjunção «than».
(conjunção – palavra invariável que liga duas frases ou partes funcionalmente iguais da mesma frase)
■
Comparativo de Superioridade
Comparative of Superiority
(kəm´pærətiv əv sju:piəri´oriti)
John is taller (´to:lə) than Paul.
O João é mais alto do que o Paulo.
John is more intelligent than Paul.
O João é mais inteligente que o Paulo.
This wall is higher (´haiə) than that.
Esta parede é mais alta do que aquela.
This wall is more decorative than that.
Esta parede é mais decorativa do que aquela.
Paul’s mother is older (´ouldə) than John’s.
A mãe do Paulo é mais velha que a do João.
Paul’s mother is more beautiful than John’s.
A mãe do Paulo é mais bonita que a do João.
Como se vê, há dois processos de formar o comparativo de superioridade:
A –– Quando o adjetivo tem uma ou duas sílabas acrescenta-se-lhe geralmente a desinência ...er (...ə), ou apenas «r», se ele já termina em «e» (ex: able – abler).
B –– quando o adjetivo é polissilábico, antepõe-se-lhe o advérbio «more» (polissilábico – é uma palavra formada por mais de duas sílabas).
–– A conjunção than segue o adjetivo.
Nota: não se deve considerar uma regra obrigatória a junção da desinência ...er aos adjetivos de uma ou duas sílabas. Há bastantes cujo comparativo se forma muito frequentemente com more. (ver lista no fim do livro).
A contagem das sílabas faz-se segundo a pronúncia e não conforme a grafia. A palavra «brave», por exemplo, aparenta ter duas sílabas, mas só tem uma (breiv).
Quando se comparam duas qualidades da mesma pessoa ou coisa usa-se o comparativo formado com more:
Ex.: She was more kind than intelligent.
Ela era mais bondosa que inteligente.
■
LISTA DO FIM DO LIVRO
Lista dos principais Adjetivos Monossilábicos e Dissilábicos cujo Comparativo e Superlativo se podem formar com «more e most».
MONOSSILÁBICOS
Fit
Apto, pronto, preparado, adaptado, próprio
Fond
Amigo, terno
Frank
Franco, sincero
Free
Livre, independente
Glad
Contente, satisfeito
Grave
Grave, sério, importante, digno
Huge
Grande, enorme
Calm
Calmo, quieto
Keen
Agudo, forte, intenso, esperto, ansioso
Cross
Contrário, oposto, transversal, zangado
Mild
Suave, brando
Old
Velho, antigo, idoso
Pale
Pálido, claro
Plain
Simples, singelo, liso, feio
Prompt
Pronto, rápido
Sound
São, correto, lógico, sensato
Scarce
Escasso, insuficiente
True
Verdadeiro, sincero, leal
Vague
Vago, indistinto, incerto
DISSILÁBICOS
Angry
Zangado, ressentido
Dingy
Baço, pardo, de aspeto sujo
Foggy
Nevoento, turvo, obscuro, enevoado, confuso
Hilly
Acidentado, montanhoso
Holy
Santo, santificado, sagrado
Chilly
Frio, fresco, resfriado
Cloudy
Nublado, turvo, obscuro
Clumsy
Desastrado, desajeitado, deformado, pesado
Cosy (cozy)
Confortável, aconchegado
Likely
Provável, esperado, prometedor
Lucky
Feliz, venturoso, com sorte
Misty
Embaciado, enevoado, pardo, obscuro
Naughty
Desobediente, mal comportado, maldoso, mau, indecente
Rainy
Chuvoso
Risky
Arriscado, perigoso
Rocky
Rochoso, semelhante a rocha
Sleepy
Sonolento, adormecido
Snowy
Nevado, semelhante a neve
Sorry
Triste, preocupado, arrependido
Sunny
Soalheiro, alegre
Steady
Firme, sólido, seguro
Stony
Pedregoso, rochoso, semelhante a pedra
Stormy
Tempestuoso, violento, veemente
Tidy
Arrumado, ordenado, limpo
Shady
Frondoso, ensombrado, duvidoso
Showy
Vistoso, espalhafatoso
Thorny
Espinhoso, que pica
Windy
Ventoso, verboso, oco
Worthy
Digno, respeitável
■
Alterações gráficas
Compare-se o grau positivo com o grau comparativo de superioridade dos adjetivos nas seguintes frases:
Mary is ugly, but Margaret is uglier.
A Maria é feia, mas a Margarida é mais feia.
Peter’s shoes are dirty, but john’s are dirtier.
Os sapatos do Pedro estão sujos, mas os do João estão mais sujos.
Para quem estudou os plurais dos substantivos terminados em «y», esta mudança gráfica não deve constituir novidade: quando o «y» final é precedido de consoante, transforma-se em «i», sempre que se lhe acrescenta qualquer terminação.
Excetuam-se a esta regra as palavras «shy» (∫ai) tímido e «sly» (slai) astuto:
Comparativos: shyer (´∫aiə); slyer (´slaiə);
Superlativos: Shyest (´∫aiəst); Slyest (´slaiəst);
■
This box is big (big), but tha is bigger (´bigə).
Esta caixa é grande, mas aquela é maior.
This water is not hot (hot) enough, that is hotter (´hotə).
Esta água não está bastante quente, aquela está mais quente.
Geralmente, quando uma palavra inglesa termina em consoante singela (singelo - que não é composto nem dobrado, simples) precedida de vogal breve, dobra-se a consoante antes de se lhe acrescentar qualquer terminação que comece por vogal
♣
O Superlativo
The Superlative
(ðə sju:´pə:lətiv)
Superlativo absoluto
That lady is very beautiful.
Aquela senhora é muito bonita.
This book is most interesting.
Este livro é interessantíssimo.
What he says is most strange.
O que ele diz é muitíssimo estranho.
All my friends have been most true to me.
Todos os meus amigos têm sido lealíssimos para mim.
O superlativo absoluto em inglês é sempre composto, isto é, não existe desinência que se possa acrescentar aos adjetivos para a formação deste grau. Em português, existe a terminação …íssimo para o que nós chamamos «superlativo absoluto simples».
O superlativo absoluto forma-se antepondo very ou most ao adjetivo, conforme o grau de ênfase (ênfase – que dá realce, solene, empolado) que se lhe queira imprimir. Very não é tão enfático como most. O superlativo com most corresponde exatamente ao nosso superlativo absoluto simples.
O superlativo absoluto não indica comparação. Esta é expressa pelos comparativos ou pelo superlativo relativo.
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Superlativo relativo:
De superioridade
Of superiority
John is the most intelligent boy in the class.
O João é o rapaz mais inteligente da classe.
This is the most powerful machine we have.
Esta máquina é a mais potente que nós temos.
She is the nicest teacher in the school
Ela é a professora mais simpática da escola.
That is the oldest tree in my garden
Aquela é a árvore mais velha do meu jardim.
Como se vê, o superlativo relativo de superioridade forma-se por um processo paralelo ao da formação do comparativo de superioridade: adjetivos monossilábicos ou dissilábicos tomam uma terminação: …est que se lê (…ist); a adjetivos polissilábicos antepõe-se o advérbio most. Em qualquer dos casos, aparece o artigo «the» antes do superlativo, paralelamente ao que se observa em português.
Alterações gráficas
Também são paralelas às do comparativo
Positivo
sad – silly – pretty – wet – cosy – mad
Superlativo
That was the saddest event of the day.
(o «d» tem uma vogal de cada lado e dobra)
Este foi o acontecimento mais triste do dia.
He asked the silliest question I have ever heard.
(o «y» tem uma consoante atrás e passa para «i»)
Ele fez a pergunta mais disparatada que jamais ouvi.
The prettiest is not always the best.
(o «y» tem uma consoante atrás e passa para «i»)
O que é mais bonito nem sempre é o melhor.
This is the wettest part of the country.
(o «t» tem uma vogal de cada lado e dobra)
Esta é a parte mais húmida do país.
I think this is my cosiest room.
(o «y» tem uma consoante atrás e passa para «i»)
Acho que esta é a divisão mais confortável que tenho.
That was the maddest thing to do.
(o «d» tem uma vogal de cada lado e dobra)
Isso foi a coisa mais louca que se podia fazer.
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Superlativo relativo de inferioridade
Of inferiority
This is the least interesting picture in the room.
Este é o quadro menos interessante do quarto.
You are all careless, but Henry is the least careful of all.
Vocês são todos descuidados, mas o Henrique é o menos cuidadoso de todos.
Este superlativo não é muito usado em inglês. Em geral, prefere-se o superlativo de superioridade acompanhado do adjetivo de sentido oposto. Exemplo: em vez de «the least interesting picture» dis-se-ia «the most uninteresting picture»; em vez de «the least careful», «the most careless».
O superlativo de inferioridade forma-se antepondo o advérbio least ao adjetivo. Least é o superlativo do advérbio little.
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Diferença entre Comparativo e Superlativo
Muitos estudantes confundem superlativo com comparativo. Como dissemos, o superlativo absoluto não indica comparação. Os graus que servem para comparar são o superlativo relativo e o comparativo.
Se ambos indicam comparação, em que se distingue um do outro? Naturalmente, na forma como comparam.
A função do superlativo relativo é isolar um determinado indivíduo do grupo a que pertence: de um lado fica um elemento de comparação, do outro lado ficam todos os outros indivíduos da mesma espécie (estudem-se os exemplos dados tendo em vista esta explicação)
Ex:
John is the most intelligent boy in the class.
This is the least interesting picture in the room.
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Comparativos e Superlativos Irregulares e Anómalos
Estudem-se os comparativos e superlativos irregulares nas seguintes situações:
1 –– Adjetivo «Good»
In a Shop - Numa loja
This is a good material, Madam (positivo).
Esta fazenda é boa, minha senhora.
I have a better quality upstairs (comparativo).
Eu tenho uma qualidade melhor lá em cima.
Here it is; this is the best material we have (superlativo).
Aqui está ela; esta é a melhor fazenda que temos.
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2 –– «bad»
In a school – Numa escola
John, your composition was bad today (positivo)
João, o teu exercício de composição estava mau hoje.
It is worse than last week’s (comparativo)
Está pior do que o da semana passada.
You are the worst of my pupils (superlativo)
Tu és o pior dos meus alunos.
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3 –– «old»
At home – Em casa
You see, Mr Jones, this is the picture of my old grand-mother (positivo).
Vê, Sr. Jones, este é o retrato da minha idosa avó.
Yes, she is very old, she is older than my grandfather (comparativo A).
Sim, ela é muito idosa, mais idosa que o meu avô.
In fact, my grandmother is the oldest person in my family (superlativo A).
De facto, a minha avó é a pessoa mais idosa da minha família.
Here are my boys, John and Peter. Peter is the elder one; he will be ten next month (comparativo B).
Aqui estão os meus rapazes, João e Pedro. Pedro é o mais velho; faz dez anos no mês que vem.
My eldest daughter will be coming soon with her two sisters (superlativo B).
A minha filha mais velha está a chegar com as suas duas irmãs.
Como se vê, old tem dois comparativos e dois superlativos. Elder indica diferença de idade entre pessoas da mesma família. Nunca é seguido de «than». Quando é preciso empregar than, deve usar-se older. Pode-se dizer «Peter is the elder» ou «Peter is my elder boy» mas nunca se diz «Peter is elder than John»; deve dizer-se «Peter is older than John»
Notas –– Elder usa-se como substantivo. Elders, no plural, significa «as pessoas mais velhas», «pessoas a quem se deve respeito», «antepassados», etc.
Ex.: My elders don’t let me do what I want.
Os meus superiores não me deixam fazer o que eu quero.
Em vez de se dizer «he is two years older than I» pode dizer-se «he is two years my elder» (ele é mais velho do que eu dois anos).
Eldest também se emprega geralmente para estabelecer comparação entre membros da mesma família. Ao contrário de «oldest», «eldest» não encerra a ideia de idade avançada
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4 –– O adjetivo «late»
Observe-se atentamente o seguinte trecho:
In a café
Num café
– I haven’t read the late news yet (positivo)
Eu não li as últimas notícias ainda. (Últimas, no sentido de notícias que chegam tarde).
– Oh, take my paper. This is a later edition than yours (comparativo A)
Oh, toma o meu jornal. Esta edição é posterior à tua.
– Never mind, the B. B. C. is giving the latest news at 11 (superlativo A)
Não vale a pena, a B.B.C. vai dar as últimas notícias às onze horas. (Últimas, no sentido de notícias finais, não havendo mais nenhumas nesse dia).
– I can’t stay, I must catch the last train to Richmond (superlativo B)
Não posso esperar por isso, tenho de apanhar o último comboio para Richmond.
– Here, listen, have you read this? «Laurence Olivier and Vivian leigh are going to New York with the ‘Old Vic’. The latter is not taking part in my performance (comparativo B), but the former will play in «Hamlet»
Ouve cá, já leste isto? «Laurence Olivier* e Vivien Leigh* vão a Nova York com a «Old Vic»* Esta última (V. Leigh) não toma parte em nenhum espetáculo, mas o primeiro representará em «Hamlet»*.
* -Laurence Olivier e Vivien Leigh são dois grandes atores ingleses do teatro e do cinema. «Old Vic» é o nome de uma célebre companhia teatral inglesa, de reputação mundial; «Hamlet» - a peça dramática mais conhecida do grande poeta inglês Shakespeare (séc. XVI)
Later e latest estão relacionados com a ideia de tempo; ao passo que latter e last indicam ordem.
Latter só se usa em construções como a do exemplo indicado e sobretudo em linguagem escrita; é raro ouvir-se em linguagem falada. Emprega-se em oposição a former, quando nos referimos à última de duas pessoas, coisas ou ideias mencionadas anteriormente. Por isso, latter só se pode considerar um comparativo de late por razões históricas.
Last emprega-se com referência ao último elemento de uma série, ao passo que latest significa «o mais recente», não necessariamente o último. Vejamos um exemplo que determina o contraste: supondo que um piloto se tinha perdido durante o voo, se houvesse esperanças de o salvar, dir-se-ia:
The latest news about him came at 7.
As últimas notícias acerca dele chegaram às 7.
(isto na esperança de que mais notícias aparecessem depois). Se, pelo contrário, se acreditasse que o piloto tinha morrido, dir-se-ia antes:
The last news about him came at 7.
As últimas notícias acerca dele chegaram às 7.
(isto por se pensar que não viriam mais notícias depois dessas).
Nota –– O adjetivo late também pode significar «falecido» e sobretudo «falecido recentemente».
Ex.: The late President of the U. S. A., Mr. Kennedy.
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5 –– «Little»
Observem-se os seguintes exemplos:
I have little paper left, give me some, please (positivo).
Resta-me pouco papel, dá-me algum, por favor.
You have less ink than I have (comparativo).
Tens menos tinta do que eu.
He has the least ink of all (superlativo).
Ele é de todos quem tem menos tinta.
Os adjetivos little, less e least, nestes exemplos, indicam quantidade (little, less e least também podem ser advérbios, que modificam adjetivos).
Little pode ter também um sentido de «tamanho» ou «importância» e, como tal, corresponde aos nossos sufixos diminutivos …inho, …zinho, …ito.
Ex.: A little boy (um rapazinho).
A little box (uma caixinha).
(Em inglês, os poucos sufixos diminutivos que ainda existem são inseparáveis das palavras em que aparecem, não se podem juntar a outras.)
Existe ainda outro comparativo irregular de little, neste último sentido, que é lesser.
Lesser offences: ofensas menores, de menos importância.
Nota –– quando se pretende dizer «pequeno» em inglês, não se deve dizer little mas «small»
A small box – uma caixa pequena
A little box – uma caixinha
Do mesmo modo, «uma caixa mais pequena» diz-se «a smaller box» e não «a less box».
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6 –– O adjetivo «much»:
I don’t want to eat much bread (positivo).
Não quero comer muito pão.
Please give me some more water (comparativo).
Por favor dá-me mais água.
Of us all, you’ve had the most wine (superlativo).
De todos nós, tu é que bebeste mais vinho.
Aqui, much, more e most encerram ideia de quantidade e só nesta aceção se podem empregar como adjetivos (usando-se geralmente como advérbios). Most é raro usar-se nesta aceção; seria muito mais corrente dizer-se em inglês «You have had more wine than any of us», em lugar do último exemplo: Of us all, you’ve had the most wine.
O superlativo most usa-se muito como substantivo, no sentido de «a maior parte»:
Most of the food has been wasted.
A maior parte da comida desperdiçou-se.
Most people prefer the cinema to the theatre.
A maior parte das pessoas prefere o cinema ao teatro.
Most children like chocolate.
A maior parte das crianças gosta de chocolate.
Most, nesta aceção, não é seguido de «of» antes de um plural tomado genéricamente. Quando, porém, se deseja particularizar, emprega-se «of»: «Most of these children» (a maior parte destas crianças)
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7 –– O adjetivo «many»:
I have collected many flowers (positivo)
Eu juntei muitas flores.
You have more roses than carnations (comparativo).
Tu tens mais rosas do que cravos.
Of us all, she has the most roses (superlativo)
De todos nós ela é que tem mais rosas.
O comparativo e o superlativo de many são também more e most mas, aqui, estes adjetivos indicam número.
Most emprega-se raramente na aceção do último exemplo. Seria mais vulgar ouvir-se «she has more roses than any of us» (ela tem mais flores que qualquer de nós)
É conveniente não confundir much com many:
Have you got much paper?
Tens muito papel? (quantidade em geral)
I haven’t many pencils.
Não tenho muitos lápis. (quantidade em número)
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8 –– «Far»:
It´s a far cry from planning to realization (positivo).
Vai uma grande distância do plano á realização.
Nota: Far, como adjetivo, usa-se muito raras vezes.
Comparativos e Superlativos de «far»
The hut stands at the farther end of the valley (comp. A).
A cabana está no extremo mais afastado do vale.
We must go home without further delay (comp. B).
Temos de ir para casa sem mais demora.
We can’t reach the farthest grotto today (superl. A).
Não podemos chegar à gruta mais afastada hoje.
That was the furthest point he reached (superl. B).
Esse foi o ponto mais avançado que ele atingiu.
Far e os seus comparativos e superlativos usam-se mais como advérbios do que como adjetivos, mas, em qualquer dos casos, indicam sempre distância.
Far, como adjetivo significa longínquo, afastado. Farther significa mais longínquo e farthest o mais longínquo.
Comparando o sentido dos dois pares de comparativos e superlativos, vê-se que farther e farthest estabelecem certa relação com um ponto de partida, ao passo que further e furthest referem-se apenas a etapas no progresso de uma ação, indicam maior avanço em relação ao que já se conseguiu, mas sem necessária ligação com o ponto de partida.
Further usa-se muito no sentido de «adicional», «posterior», «mais adiantado», «mais além»:
You will learn more in further lessons.
Vais aprender mais nas lições que se seguem.
Can I give you any further information?
Posso dar-te mais alguma informação?
(aqui, não se poderia dizer farther lessons nem farther information).
Farther e farthest usam-se mais em sentido material, quando nos referimos a distância real, ao passo que further e furthest aparecem mais em sentido figurado.
Nota: Em lugar de furthest usa-se muitas vezes a forma furthermost.
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Superlativos em «…most»
Positivo ––– Comparativo ––– Superlativo
East, eastern –– more eastern –– easternmost
West, western –– more western –– westernmost
South, southern –– more southern –– southernmost
North, northern –– more northern ––northernmost
………… –– Upper –– uppermost
………… –– ………… –– undermost
………… –– inner –– inmost, innermost
………… –– outer –– outmost, outermost
………… –– utter –– utmost, uttermost
(fore) –– former –– foremost, first
(hind) –– ………… –– hindmost, hindermost
(top) –– ………… –– topmost
Como se vê, muitas das formas positivas e comparativas a que estes superlativos correspondem não existem hoje como adjetivos. Vejamos como se emprega cada uma das formas existentes.
East, west, south, north, como adjetivos, aparecem em expressões que se podem considerar compostas, como:
East Africa, South Africa, North America, West Africa, ao passo que northern, eastern, southern, western têm mais força de adjetivos:
The northern dialect.
O dialeto do norte.
The eastern districts.
Os bairros orientais.
Os comparativos e superlativos destes adjetivos não oferecem dificuldades:
A more northern village –– uma vila (aldeia) que fica mais ao norte (do que outra).
The northernmost cape –– o cabo que fica mais ao norte (do que todos os outros).
Nota – Southern pronuncia-se (´sΛðən)
Upper foi formado do advérbio up e significa «superior».
Ex.: The upper shelf of a bureau (a prateleira superior de uma secretária)
The uppermost (upmost) peak of a hill (o pico mais elevado de um monte)
Undermost não tem positivo nem comparativo porque foi formado da preposição «under». Significa «o mais baixo».
Ex.: The undermost room in the basement (o quarto que fica no fundo da cave, mais abaixo que qualquer outro)
Inner formou-se de in, preposição ou partícula adverbial. Significa «interior»
Ex.: The inner side of the box (o lado interior da caixa); the inmost (innermost) depths of the earth (as profundezas da terra).
Outer formou-se de «out», preposição ou partícula adverbial.
Ex.: Shut the outer door, please. Fecha a porta de fora (exterior), por favor.
Utter é um antigo comparativo de out, mas hoje deve considerar-se propriamente um positivo.
Ex.: It is utter nonsense (é um disparate completo)
Aqui, utter emprega-se no sentido de «completo», «inteiro», «absoluto».
Fore, como adjetivo no grau positivo, só se encontra hoje em raras expressões como «the fore-legs of a dog» (as patas anteriores de um cão). Former, como se disse, é o oposto de latter (ver late, alínea 4) e usa-se também no sentido de «anterior» em frases como: «the former Prime-Minister, Mr. Attlee». Foremost significa «o mais avançado».
He took the foremost place among the scientists of his time.
Ele ocupou o lugar de mais destaque, entre os cientistas do seu tempo.
«First» é algumas vezes sinónimo de «foremost» mas significa propriamente «primeiro» e já não se emprega com a força de superlativo.
Hind usa-se como oposto de «fore» em frases como «the hind legs» –– as pernas posteriores. Hindmost ou hindermost é o superlativo correspondente: «in the hindmost part of the stage» (na parte que fica mais atrás no palco, no fundo do palco).
Top, como «uppermost», também indica «o mais acima» mas emprega-se mais frequentemente que «uppermost»: «the top shelf», «the top floor» (a prateleira de cima, o andar mais alto). The topmost é um superlativo enfático: «I reached the topmost rock on the mountain» (cheguei à rocha mais alta da montanha).
Colocação dos Adjetivos Qualificativos
Colocação dos Adjetivos
Conforme se disse, o adjetivo qualificativo coloca-se geralmente antes do substantivo a que se refere.
Esta posição do adjetivo em inglês não é absolutamente estranha à nossa língua. Dizemos também «este é um bom livro», «comprei um belo carro», etc.; apenas, esta colocação tem uso muito mais restrito do que em inglês, e não se pode aplicar nem a todos os adjetivos nem a todas as situações.
Em inglês dá-se o contrário: apenas em casos especiais se pode pospor o adjetivo qualificativo ao substantivo qualificado. Tal colocação ocorre sobretudo na linguagem literária («Captains Courageous», «Prince Charming») ou quando o adjetivo tem grande valor descritivo, como em:
He was awakened by a cry thin and piercing.
Ele foi acordado por um grito agudo e penetrante.
That would be a crime unconceivable and unpardonable
Isso seria um crime inconcebível e imperdoável.
Também pode ocorrer quando o adjetivo está intimamente ligado a outras palavras:
He is a teacher on the whole very fair towards his pupils.
Ele é um professor em regra muito justo para com os seus alunos.
She is a girl so vain that she thinks only about clothes.
Ela é uma rapariga tão vaidosa que só pensa em vestidos.
Nota: Em casos como o do último exemplo, há uma tendência para antepor o adjetivo ao substantivo, deste modo:
She is so vain a girl that she thinks only about clothes.
Para complemento do estudo deste caso, veja-se o advérbio «so» em «Advérbios de Quantidade»
O adjetivo pode ainda seguir o substantivo nos seguintes casos:
Quando é um epíteto: (palavra que se junta a um substantivo para qualificar ou realçar a sua significação, alcunha) –– John Lackland (João sem Terra);
Devido a influência Francesa: – Poet laureat, court martial, sum total (poeta laureado, conselho de guerra, soma total).
Para dar ênfase: – Father dear (pai querido).
Quando vários adjetivos qualificam o mesmo substantivo: – A horse swift, strong and young (um cavalo veloz, forte e novo).
Nota: Neste último caso, os adjetivos podem também anteceder o substantivo.
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Colocação dos adjetivos verbais
O particípio presente em inglês (terminado em …ing) não se pospõe ao substantivo, quando usado adjetivamente.
Comparem-se os seguintes exemplos:
Two cocks fighting (verbo)
Two fighting cocks (adjetivo)
Na primeira frase, em que a palavra fighting tem força verbal, o sentido é: «dois galos a lutar», ou «em luta». A segunda frase significa «dois galos de luta» porque fighting tem força de adjetivo.
O particípio passado pode, como adjetivo, estar antes ou depois do nome que qualifica:
A tortured man
A man tortured to death
Na segunda frase, vê-se que o particípio está intimamente ligado à expressão «to death» e, por isso, coloca-se depois do substantivo. Também, neste exemplo, a ideia de ação é posta em maior relevo, ao passo que no primeiro se salienta a ideia de estado, o que faz que o particípio se aproxime mais de um adjetivo. Do mesmo modo, em
«Paradise Lost»
Paraíso Perdido
«Paradise Regained»
Paraíso Recuperado
(títulos de duas obras do poeta Milton), não se pensa em duas espécies diferentes de paraíso, mas sim nas ações que o perderam e recuperaram.
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Posição dos adjetivos gentílicos (gentílico - designativo da nação ou povo a que alguém pertence) em relação a outros adjetivos atributivos (qualificativos)
Examinem-se os seguintes exemplos:
A quaint old Cornish town.
Uma curiosa cidade antiga da Cornualha.
The lovely English Autumn.
O encantador outono inglês.
A brave young American soldier.
Um jovem e valente soldado americano.
Quando um adjetivo gentílico figura entre vários atributos do mesmo substantivo, deve precedê-lo imediatamente. Não se poderia dizer «a Cornish old quaint town» nem «an old Cornish quaint town»
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Ordem dos adjetivos atributivos (qualificativos) em relação ao substantivo qualificado:
A good modern secondary school.
Uma boa e moderna escola secundária.
A clever middle-aged literary critic.
Um inteligente crítico literário de meia idade.
A charming fashionable young lady.
Uma jovem senhora simpática e elegante.
A ordem de colocação dos diferentes atributos do mesmo nome depende da natureza de cada um deles. Uns estão mais intimamente ligados ao substantivo do que outros, como, por exemplo, secondary e literary. Expressões como «secondary school» e «literary critic» devem considerar-se no seu todo, como nomes de ideias definidas e não como frases compostas de um substantivo e um adjetivo qualificativo.
A seguir a adjetivos desta natureza (isto é: precedendo-os imediatamente) (preceder – vir ou estar antes) vêm geralmente os que indicam cronologia (cronologia – ciência que se ocupa do estudo dos períodos de tempo e da fixação temporal/no tempo de eventos ou factos): modern, new, old, young, old-fashioned, recent, etc. Depois, então, os que indicam outras qualidades como big, small, good, bad, clever, charming, etc.
A ordem é, pois: do mais objetivo e preciso (mesmo junto ao substantivo) para o mais subjetivo e vago (à esquerda dos adjetivos mais objetivos/precisos e mais afastado do substantivo).
Nota: É tão estreita a ligação de «secondary» a «school» e de «literary» a «critic» que os adjetivos gentílicos não separam estas palavras. Diz-se:
An English secondary school.
Uma escola secundária inglesa.
A French literary critic.
Um crítico literário francês.
A German medical officer.
Um médico militar alemão.
American evaporated milk.
Leite em pó, americano.
Canadian dried eggs.
Ovos em pó canadianos.
Todas as expressões assinaladas a azul são consideradas um todo ideológico (um todo coerente, racional, lógico).
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Dificuldades que se nos apresentam devido à invariabilidade dos adjetivos ingleses.
O facto de os adjetivos não variarem em género e número cria certas dificuldades na interpretação do sentido dos substantivos adjetivados e dos adjetivos substantivados ingleses, bem como na retroversão para inglês dos nossos adjetivos, quando empregados isoladamente. Vamos estudar estas dificuldades nos seus dois aspetos, isto é, na tradução e na retroversão (tradução para a língua original de um texto traduzido; traduzir de português para inglês)
Substantivos Adjetivados
Tradução de substantivos adjetivados:
The cloak room
O vestiário (à letra: quarto para capotes, mantos, capas)
A stone bridge
Uma ponte de pedra
Pen-and-ink drawings
Desenhos à pena
Next-door neighbours
Vizinhos do lado (da porta a seguir)
Ice-skating
Patinagem no gelo
Exercise-books
Cadernos (livros de ou para exercícios)
Estas expressões não têm correspondente exato em português e não se podem traduzir à letra. O dicionário não apresenta os elementos adjetivos destas frases (que são substantivos adjetivados) como adjetivos, e só o treino e a intuição nos habilitam a compreender tais expressões. Muitas vezes, não se trata apenas de um substantivo adjetivado mas de uma expressão (conjunto de palavras) que pode conter mais do que uma palavra e que equivale, toda ela, a um adjetivo: «pen-and-ink drawings» e «next door neighbours».
Perante casos como os acima expostos, o estudante terá, em primeiro lugar, que dividir a frase em partes, separando o elemento-adjetivo do elemento-substantivo. Feito isto, não lhe será difícil compreender o significado do elemento-adjetivo.
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Retroversão (tradução para a língua original de um texto traduzido; tradução de português para inglês) de expressões portuguesas que correspondem a substantivos adjetivados em inglês:
Examinando os exemplos dados na alínea anterior ver-se-á que, a um substantivo adjetivado em inglês, corresponde na nossa língua um complemento (complemento - aquilo que completa) regido (reger - conduzir, dirigir) de preposição.
Estudem-se as seguintes retroversões:
Um relógio de ouro
A gold watch
O combóio da manhã
The morning train
Um bilhete de um xelim
A shilling ticket
Um saco de água quente
A hot-water bottle
Mesas de cozinha
Kitchen tables
Os jornais da tarde
The evening papers
Modas de Paris
Paris fashions
Mobília de casa de jantar
Dining-room furniture
O tráfego de Londres
The London traffic
Selos de um dinheiro
Penny stamps
O facto de se empregarem, nestes exemplos, complementos regidos de preposição, em português, indica que não existem adjetivos que lhes correspondam, e, quando existem, não lhes correspondem exatamente.
Podíamos dizer «o comboio matinal» em vez de «o comboio da manhã», mas o sentido seria diferente; do mesmo modo, «modas parisienses» e «tráfego Londrino» não são exatamente o mesmo que «modas de Paris» e «tráfego de Londres». «Matinal» é um adjetivo literário, quiçá (quiçá – talvez, porventura) poético; «modas parisienses» são modas que têm o cunho Parisiense, ao passo que «modas de Paris» são modas que vieram de Paris; «tráfego londrino» é o tráfego que é típico da cidade de Londres, ao passo que «tráfego de Londres» é apenas o tráfego que existe em Londres.
Em regra, devemos, portanto, usar em inglês substantivos adjetivados em lugar de complementos regidos de preposição (expressões adjetivas) sempre que não existam adjetivos que correspondam exatamente a essas expressões.
Tais expressões ocorrem, sobretudo, quando se descreve o material, o valor, o emprego, o uso, a qualidade, a origem ou a espécie de um objeto, ou quando se pretende relacioná-lo com expressões de tempo.
Observação: Note-se que existem em inglês certos adjetivos que à primeira vista parecem descrever o material de que é feito um determinado objeto, como, por exemplo, golden, leaden e silken (de ouro, dourado; de chumbo; e de seda). No entanto, estes só se empregam, geralmente, em sentido figurado (figurado - imaginado, da imaginação, suposto, representado):
The golden age
A idade de oiro
The leaden skies
Céu «de chumbo» (pesado, cinzento)
Silken ease
Vida de luxo
Exceptuam-se os adjetivos woollen e wooden, que se empregam com relação aos objetos feitos, respetivamente, de lã e de madeira.
■
Alterações morfológicas que se observam na passagem de uma expressão (conjunto de palavras) substantiva para uma expressão adjetiva.
Three pence – a three penny bit.
Três dinheiros – uma moeda de três dinheiros (bit – moeda pequena e 12 cêntimos EUA) (pence – plural de penny)
Eleven feet – That wall is eleven foot high.
Onze pés – Aquela parede tem onze pés de altura.
Five shillings – five-shilling pieces.
Cinco xelins – moedas de cinco xelins.
Two ways – A two-way coat
Duas maneiras – um casaco que se pode vestir de duas maneiras (aberto ou fechado, do direito ou do avesso, etc.)
O regresso da forma do plural para a do singular quando a expressão passa de substantivo a adjetivo não deve causar admiração, se nos lembrarmos que os adjetivos são palavras invariáveis e, como tal, não têm plural.
■
Adjetivos Substantivados
Tradução de adjetivos substantivados:
The English, the Welsh and the Scottish live in Great Britain.
Os Ingleses, os Galeses e os Escoceses vivem na Grã-Bretanha.
More nurses are required to take care of the wounded.
São precisas mais enfermeiras para tratar dos feridos.
The Naked and the Dead .
Os Nus e os Mortos.
The rich and the poor, the old and the young, the strong and the weak are all united to defend their country against the enemy.
Os ricos e os pobres, os velhos e os novos, os fortes e os fracos, todos se unem para defender a Pátria contra o inimigo.
Nestes e noutros exemplos, os adjetivos são empregados no sentido de substantivos para indicar espécies de indivíduos e devem traduzir-se em português por adjetivos substantivados no plural.
Observação: Note-se que os adjetivos gentílicos, mesmo quando substantivados, escrevem-se com letra maiúscula.
■
I heard the story of the deceased.
Eu ouvi a história do defunto.
The prosecutor questioned the accused.
O advogado de acusação interrogou o acusado.
He wrote many letters to his beloved.
Ele escreveu muitas cartas à sua bem-amada.
Certos particípios substantivados podem usar-se num sentido singular, desde que o ouvinte ou o leitor esteja ao facto de que se trata de um só indivíduo.
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We must have plenty of eatables and drinkables.
Temos de ter bastantes comestíveis e bebidas.
Don’t leave any valuables in your room.
Não deixes valores no teu quarto.
I want to know more particulars about the case.
Quero saber mais pormenores sobre o caso.
He left all his goods to his cousin.
Deixou todos os seus bens ao primo.
The blacks are being more and more civilized.
Os pretos estão cada vez mais civilizados.
Não nos admiremos de encontrar palavras com forma de adjetivos apresentando a desinência «s»: substantivaram-se completamente no plural, não se podendo, no entanto, empregar no singular como substantivos.
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Retroversão de adjetivos portugueses empregados isoladamente.
Eu tenho um vestido preto e dois brancos.
I have a black dress and two white ones.
Aqui estão duas caixas: a grande é para ti.
Here are two boxes: the big one is for you.
Quando, em português, o adjetivo aparece isolado (para evitar a repetição do substantivo a que se refere) deve fazer-se acompanhar de «one» ou «ones» (singular ou plural), na frase inglesa correspondente.
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Está à porta um pobre; é um cego.
A poor man is at the door; he is a blind man (he is blind).
O coxo vai para o jardim todas as tardes.
The lame man goes to the garden every afternoon.
Estes infelizes não têm que comer.
These unhappy people (creatures) have nothing to eat.
Os vaidosos não são simpáticos.
Vain people are not nice.
Em Portugal há mais morenas do que louras.
In Portugal there are more dark girls (women) than fair ones.
Na maioria dos casos, os adjetivos que descrevem indivíduos não se podem substantivar. Devem traduzir-se, portanto, como simples adjetivos apoiados às palavras man, boy, woman, girl, person, people ou creature (conforme os casos).
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Adjetivos Empregados como Advérbios (advérbio - palavra que exprime uma particularidade ou uma condição e que se junta ao verbo).
Reading aloud is a good exercise, but you shouldn’t read so loud!
Ler em voz alta é um bom exercício, mas não deves ler tão alto!
Say it quickly, but don’t say it too quick.
Diz isso depressa, mas não o digas depressa demais.
Há adjetivos em inglês, como «loud» e «quick», que se empregam na acepção (acepção – sentido) de advérbios, mesmo que existam formas adverbiais paralelas (aloud e quickly, nos casos dos exemplos). Em português, também existem adjetivos adverbializados (ler alto, falar baixo) mas estes geralmente só se empregam quando não há formas adverbiais correspondentes.
Observação: Ao adjetivo «hard» (difícil, custoso), corresponde o advérbio «hard» (com dificuldade, com afinco); o advérbio «hardly» não tem relação de sentido com estas palavras: significa «quase não», «mal», «dificilmente».
Ex.:
I must work hard!
Tenho de trabalhar com afinco
I can hardly work!
Mal posso trabalhar!, quase não posso trabalhar!
PRONOMES E ADJETIVOS DETERMINATIVOS
Pronomes - Pronouns
(´prounaunz)
O que são Pronomes?
Como já vimos, os «pronomes» são palavras que em regra substituem ou podem substituir um substantivo dando a conhecer o ser nomeado ou a ideia por meio duma simples indicação ou referência sem nada lhe acrescentar nem tirar.
«Tenho o meu lápis e o teu»
Dizemos que o «teu» é um pronome porque está a substituir a palavra lápis e dá a conhecer o objeto nomeado por meio duma simples indicação sem nada lhe acrescentar nem tirar. Dizemos também que «meu» é um pronome porque embora não esteja a substituir um substantivo mas sim a determiná-lo pode, contudo, substituí-lo dando a conhecer o ser nomeado por meio de uma indicação como na frase: «Tenho o teu lápis e o meu».
«Comprei o lápis azul e o verde»
A palavra verde embora esteja a substituir a palavra lápis não é um pronome porque acrescenta ao objeto nomeado uma qualidade: a de ser verde. Deste modo não está a dar uma indicação simples como acontece com os pronomes.
Os pronomes, com excepção dos pronomes pessoais, podem ter também valor adjetivo.
Pronomes Pessoais
Personal Pronouns
(´pə:snl ´prounaunz)
Primeira Pessoa do Singular:
«I» (ai), forma de sujeito; «me» (mi:), forma de complemento.
I know John and Paul
(«I» – sujeito)
Eu conheço o João e o Paulo.
John and Paul know me
(me – complemento direto)
O João e o Paulo conhecem-me.
John gave me this book
(me – complemento indireto)
João deu-me este livro.
They work here with me
(complemento de preposição)
(preposição – palavra invariável que liga dois elementos da oração)
Eles trabalham aqui comigo.
Como se vê, a forma «I» (que se escreve sempre com letra maiúscula) corresponde a «eu»; a forma «me» corresponde a «me», «mim» ou «migo».
À forma de sujeito chama-se em inglês «nominative case» (´nominətiv keis); a forma de complemento designa-se por «objective case» (əb´dЗektiv keis).
Observação: há casos em que a forma «me» se usa em vez de «I», em expressões coloquiais (coloquial – informal, familiar) como «it’s me!» («sou eu!»). Gramaticalmente, a frase é incorreta, mas é tão idiomática (idiomático - que não tem tradução, que funciona como um todo, que não pode ser entendida de forma literal) que é considerado pedantismo (pedante – que é vaidoso, pretensioso) dizer-se «it’s I». Está da nossa parte escolher entre boa gramática e mau idioma, e vice-versa: má gramática mas bom idioma.
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Segunda Pessoa do Singular e do Plural:
«You» (ju:), forma de sujeito e complemento.
You have to wait
(sujeito)
Tu tens de esperar.
Você tem de esperar.
O sr., (a srª, vocês, os srs.) tem de esperar.
I saw you in the park
(complemento direto)
Eu vi-te (vi-o, vi-a a você, vi-vos, vi-os, vi-as a vocês) no parque.
He gave you a pound
(complemento indireto)
Ele deu-te (deu-lhe, deu-vos, deu-lhes) uma libra.
This is for you
(complemento de preposição)
Isto é para ti (para si, para vós, para vocês, para os Senhores, para as Senhoras).
You é um pronome muito prático que serve para todas as formas de tratamento na 2ª pessoa (excepto as muito cerimoniosas, como Vossa Majestade, Vossa Graça, Vossa Excelência).
You pode traduzir-se por tu, te, ti, tigo, vós, vos, vosco, você, vocês, o Sr., a Srª, os Srs., as Sr.as.
O pronome you serve muitas vezes para indicar um sujeito indeterminado:
You don’t want fur-coats when you’re in the desert.
Não precisamos de casacos de peles quando estamos no deserto.
Não são precisos casacos de peles quando se está no deserto.
You don’t kill yourself for a trifle!
Não nos matamos por uma insignificância, ou: Ninguém se mata por uma insignificância.
Nota: Os pronomes one e we também se usam para exprimir o sujeito indeterminado (ver one).
O pronome «thou» (ðau) (2ª pessoa do singular – forma antiga):
Thou shalt not steal.
Não roubarás.
O Lord, Thou hast suffered for me.
Ó Senhor, tu sofreste por mim.
O pronome thou só ocorre na Bíblia, em livros de orações ou na poesia. A sua forma de complemento é «thee» (ði:):
My God, I praise Thee!
Meu Deus, eu Louvo-Te!
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Terceira Pessoa do Singular, Masculina:
«He» (hi:), forma de sujeito; «Him» (him), forma de complemento.
Where is Peter? Where is he?
(sujeito)
Onde está Pedro, onde está ele?
I asked him to come here
(complemento indireto)
Eu pedi-lhe que viesse aqui.
But I don’t see him
(complemento direto)
Mas eu não o vejo.
I have a message for him
(complemento de preposição)
Tenho um recado para ele.
«He» significa ele; «Him» pode significar ele, lo, o, lhe.
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Terceira Pessoa do Singular, Feminina:
«She» (∫i:), forma de sujeito; «Her» (hə: [r]), forma de complemento.
She is a good girl
(sujeito)
Ela é boa rapariga.
Please, call her
(complemento direto)
Por favor, chame-a.
I want to show her this
(complemento indireto)
Quero mostrar-lhe isto.
I bought a present for her
(complemento de preposição)
Eu comprei um presente para ela.
«She» traduz-se geralmente por ela; «her» pode traduzir-se por ela, a, la, lhe. O «r» final desta palavra só se pronuncia quando a palavra seguinte começa por vogal.
Este pronome emprega-se com referência a seres do sexo feminino ou ainda a nomes de países e de barcos (ver «Género dos Substantivos»)
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Terceira Pessoa do Singular, Neutra:
«It» (it), forma de sujeito e complemento.
Your tea is ready; it is on the table
(sujeito determinado)
O teu (seu, vosso) chá está pronto; (ele) está na mesa.
I’ve seen a mouse; it was there!
(sujeito determinado)
Vi um rato; (ele) estava ali!
The baby is craying: it wants food
(sujeito determinado)
O bebé está a chorar; (ele) quer alimento.
It is raining
(sujeito gramatical)
Está a chover.
It is very cold
(sujeito gramatical)
Está muito frio.
It is two o’clock. It’s Sunday
(sujeito gramatical)
São duas horas. É domingo.
Is your picture ready? Let me see it (complemento direto)
O teu (seu, vosso) retrato está pronto? Deixa-me vê-lo.
The baby is hungry, give it some milk (complemento indireto)
O bebé está com fome, dá-lhe leite.
The soup is too thick, put some water in it
(complemento de preposição)
A sopa está muito espessa, deita-lhe água (deita água nela).
«It» pode referir-se a coisas, animais ou crianças muito pequenas (bebés). Usa-se como sujeito de verbos impessoais como «to rain» (chover), «to snow» (nevar), «to freeze» (gelar) e em expressões como «it is warm» (está calor), «it is late» (é tarde), etc. Em casos paralelos, não há sujeito em português. Dizemos: está frio, está calor, chove, neva, gela, é tarde, são cinco horas.
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It is better to tell the truth.
É melhor dizer a verdade.
It was funny to see him run.
Foi engraçado vê-lo correr.
It is good to know you are happy.
É bom saber que és feliz.
It seems that the house is empty.
Parece que a casa está vazia.
It doesn’t matter if you come late.
Não faz mal se vieres tarde.
It is up to you to decide.
Está da sua parte decidir.
It is no use trying to run away.
Não vale a pena tentar fugir.
It occurred to me to go and see him.
Ocorreu-me (a ideia de) ir vê-lo.
Nestes exemplos, «it» é o sujeito de expressões verbais de significação incompleta, que pedem novas orações, em geral uma oração infinitiva. Em português, o verbo coloca-se no rosto (principio) da frase: «parece-me», «ocorreu-me», «é melhor» mas, em inglês, não se pode abrir uma frase com um verbo ativo sem mencionar primeiro o sujeito, a não ser que se trate da forma interrogativa.
Nota: O pronome «it» ocorre em expressões muito idiomáticas em que o verbo não se traduz na nossa língua pela 3ª pessoa do singular: «it’s me» (sou eu), «it’s you» (és tu), it’s they (são eles). Aqui, «it’s» está em vez de it is.
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O Pronome Pessoal Indeterminado:
«One» (wΛn).
One can’t run without being able to walk.
Não se pode correr sem se poder (saber) andar.
Não podemos correr sem podermos (sabermos) andar.
One must eat in order to live.
É preciso comer-se (comermos) para se viver (vivermos).
One should love one’s parents.
Devemos amar os nossos pais.
O pronome pessoal one corresponde ao «on» francês e, algumas vezes, ao «se» português, podendo traduzir-se também por «nós» no sentido de «todas as pessoas».
Este pronome admite a desinência (desinência - elemento terminal de uma palavra) do genitivo de posse (do caso possessivo).
Nota: O pronome indeterminado em inglês pode exprimir-se também por «we» (nós), paralelamente ao português, e ainda por «you» e «they» (ver you e ver they).
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Primeira Pessoa do Plural:
«We» (wi:), forma de sujeito; «us» (Λs), forma de complemento.
We are students
(sujeito).
Nós somos estudantes.
They saw us
(complemento direto).
Eles viram-nos.
He told us that
(complemento indireto).
Ele disse-nos isso.
Come with us!
(complemento de preposição)
Vem conosco!
We corresponde em português a nós; us pode corresponder a nós, nos, nosco.
A forma «us» aparece abreviada na expressão «let us», «let’s», que serve para formar o imperativo de exortação:
Let’s go for a walk!
Vamos passear (dar um passeio)!
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Terceira Pessoa do Plural, Feminina e Masculina:
«They» (ðei), forma de sujeito; «Them» (ðem), forma de complemento.
They are here
(sujeito)
Eles (elas) estão aqui.
I saw them
(complemento direto)
Eu vi-os (vi-as).
We gave them the books
(complemento indireto)
Nós demos-lhes os livros.
I went with them
(complemento de preposição)
Eu fui com eles (elas).
«They» e «them» podem referir-se a coisas, pessoas ou animais. A forma «them» pode traduzir-se por: os, los, as, las, lhes.
O pronome «they» pode aparecer como sujeito indeterminado, em frases como «they say», «they think», etc. («dizem», «pensam») que pedem orações integrantes. Tais frases referem-se à opinião pública em geral.
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Formas Fortes e Fracas
Na pronúncia, os pronomes pessoais, como a maior parte das palavras em inglês, estão sujeitos a alterações fonéticas, (fonética – disciplina que estuda e descreve os sons das línguas), determinadas pela posição do acento principal na frase.
«I» (ai) – Este pronome pronuncia-se sempre da mesma maneira, a não ser em linguagem muito descuidada e em dialetos que não vale a pena registar, porque não fazem parte do chamado «standard English», inglês-padrão.
«You» (ju:), (ju) – O pronome you pode apresentar duas formas fonéticas, conforme a entoação da frase
(o sinal fonético (:) indica que a vogal que o precede imediatamente é longa)
You did this!
(forma forte)
(↓ju: did ðis!)
Foste tu que fizeste isto!
Did you go?
(forma fraca)
(did ju ↑gou?)
Tu foste?
Quando o acento principal da frase recai sobre o pronome, mantém-se a forma forte; caso contrário, emprega-se a forma fraca.
A seta com o vértice para baixo indica uma entoação descendente, e a de vértice para cima uma entoação ascendente.
«He» (hi:), (hi) – O pronome «he» também pode apresentar duas formas fonéticas.
He said it!
(forma forte)
(↓hi: sed it!)
Foi ele que o disse!
Did he come?
(forma fraca)
(did hi ↑´kΛm?)
Ele veio?
O emprego das formas forte e fraca é idêntico ao que se descreveu a propósito de «You».
«She» (∫i:), (∫i)
She went there
(forma forte)
(↓∫i: went ðeə!)
Foi ela que foi lá!
Is she ready?
(forma fraca)
(iz ∫i ↑´redi?)
Ela está pronta?
Este pronome apresenta também uma forma forte e outra fraca.
«It» (it) – O pronome «it» só tem uma forma fonética.
«We» (wi:), (wi) – «We» tem uma forma forte e outra fraca.
We saw it!
(forma forte)
(↓wi: so: it!)
Fomos nós que o vimos!
We saw it!
(forma fraca)
(wi ↑so: it!)
Nós vimo-lo!
As formas forte e fraca de «we» empregam-se nos mesmos casos que as de «you», «he» e «she».
«They» (ðei) – «they» tem uma única forma fonética.
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Formas de Complemento
«Me» (mi:), (mi) – Formas forte e fraca
Give it to me!
(giv it tə ↓mi:!)
Dá-me isso (a mim!)
Give me three!
(giv mi ↓θri:!)
Dá-me três!
«Him» (him) – Him apresenta quase sempre a mesma forma fonética; apenas a aspiração inicial (h) enfraquece quando a palavra não é acentuada (perde-se em certas linguagens dialetais).
«Her» (hə:[r]), (hə[r]) – formas forte e fraca.
I showed her the picture.
(ai ∫oud ↓hə: ðə ´pikt∫ə)
Eu mostrei-lhe (a ela) o retrato.
I gave her a pound!
(ai geiv her ə ↓paund!)
Eu dei-lhe uma libra!
Nota: O «r» final das palavras pronuncia-se, se a palavra seguinte começa por vogal
«Us» (Λs), (əs), (s) – Us tem uma forma forte e duas fracas.
He called us not you!
(hi ko:ld ↓Λs, not ↓ju:!)
Ele chamou-nos a nós, não a vocês.
She implored us to come!
(∫i im↓´plo:d əs tə kΛm!)
Ela implorou-nos que fôssemos.
Let’s go!
(Lets ↓gou!)
Vamos!
Como já se disse, a vogal de us cai na forma contracta com let.
«Them» (ðem), (ðəm) – Formas forte e fraca
I’m waiting for them!
(aim ´weitiŋ fə ↓ðem!)
Estou à espera deles!
I gave a shilling for them.
(ai geiv ə ↓´∫iliŋ fo: ðəm)
Dei um xelim por eles.
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Colocação dos Pronomes Pessoais e Concordância com o Verbo.
You and I are going out.
Eu e tu (tu e eu) vamos sair.
You and we want the same thing.
Tu e nós queremos a mesma coisa.
You and he are good boys.
Tu e ele são bons rapazes.
She and they are good friends.
Ela e eles são bons amigos.
Quando o sujeito é composto de dois pronomes sendo um deles da primeira pessoa (singular ou plural) menciona-se geralmente este em último lugar.
Se os pronomes são da segunda e da terceira pessoa, menciona-se primeiro o da segunda pessoa.
Sendo ambos os pronomes da terceira pessoa, um do singular e outro do plural, emprega-se primeiro o que está no singular.
Quando o sujeito é composto de dois pronomes, o verbo vai sempre para o plural.
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Emprego dos Pronomes Pessoais como Demonstrativos
(demonstrativo – diz-se do determinante ou pronome que situa uma pessoa, um animal ou um objeto em referência ao locutor)
(locutor – o que emite a mensagem por oposição àquele a quem se destina tal mensagem)
He (one) who doesn’t work can’t expect any pay.
Aquele que não trabalha não pode esperar remuneração.
One (he) who can’t keep a secret can’t be a good friend.
Aquele que não pode guardar um segredo não pode ser bom amigo.
Note-se que, em português, os pronomes «he» e «one» se traduziram aqui por «aquele». Em frases como estas, os pronomes pessoais, especialmente «he» e «one», equivalem a pronomes demonstrativos. Não se poderia dizer «that (one) who doesn’t work» em lugar de «he (one) who doesn’t work».
É conveniente reparar, no entanto, que no plural já se admitiria o pronome demonstrativo:
Those (they) who don’t work can’t expect any pay.
Those (they) who can’t keep a secret can’t be good friends.
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Pronomes Pessoais Reflexos e Enfáticos
Reflexive and Emphatic Pronouns
(ri´fleksiv ənd im´fætik ´prounaunz)
(reflexo – que indica que a acção se exerce sobre o sujeito que a pratica) (enfático – solene, empolado, com ênfase)
Primeira pessoa do singular:
«Myself» (mai´self)
I wash myself every day (uso reflexo)
Lavo-me todos os dias.
I cooked this meal myself (uso enfático)
I myself cooked this meal (uso enfático)
Eu próprio cozinhei esta refeição.
O pronome reflexo e enfático «myself» é formado pelo adjetivo possessivo «my» e a palavra «self» (À letra, significa «a minha pessoa»). Enfaticamente, pode usar-se a seguir ao sujeito ou depois do complemento direto. Todos os pronomes pessoais enfáticos apresentam esta dupla colocação.
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Segunda pessoa do singular:
«Yourself» (jo:´self)
Dress yourself quickly! (reflexo)
Vista-se (veste-te) depressa!
You yourself should do it (enfático)
Você próprio, deve fazer isso.
You should do it yourself (enfático)
Tu próprio deves fazer isso.
Nota: Lembramos que o pronome you e seus derivados indicam a segunda pessoa em geral, abrangendo quase todas as formas de tratamento.
O pronome «yourself» formou-se do adjetivo possessivo «your» e do substantivo «self». (À letra, significa «a tua, ou sua pessoa» - de você, do senhor, etc. …).
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Terceira pessoa do singular masculina
«Himself» (him´self)
He cut himself with a knife (reflexo)
Ele cortou-se com uma faca.
He told me that himself (enfático)
He himself told me that (enfático)
Ele próprio me disse isso.
«Himself» é composto da forma de complemento «him» e da palavra «self».
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Terceira pessoa do singular feminina
«Herself» (hə:´self)
She killed herself (reflexo)
Ela matou-se.
She knitted that jumper herself (enfático)
She herself knitted that jumper (enfático)
Ela própria fez aquela camisola.
Foi ela mesma que fez aquela camisola.
«Herself» compõe-se de «her» (pronome pessoal complemento) e «self».
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Terceira pessoa do singular neutra
«Itself» (it´self)
My hair curls itself when it is wet (reflexo)
O meu cabelo encaracola-se quando está molhado.
The cat itself opened the door (enfático)
The cat opened the door itself (enfático)
O gato abriu a porta ele mesmo (sózinho).
«Itself» usa-se mais em sentido figurado do que real, porque, referindo-se o pronome «it» quase sempre a coisas, é natural que a ação reflexa não seja frequente.
(reflexo – que indica que a acção se exerce sobre o sujeito que a pratica)
«Itself» compõe-se de «it» e «self».
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Terceira pessoa do singular (indeterminada)
«Oneself» (wΛn´self)
One washes oneself in the morning (reflexo)
Nós lavamo-nos de manhã.
(A gente lava-se de manhã).
One can do it oneself (enfático)
Pode-se fazer isso sózinho.
Conforme vimos, o pronome «one» corresponde ao «on» francês e indica o sujeito indeterminado, referindo-se às pessoas em geral
■
Primeira pessoa do plural
«Ourselves» (auə´selvz)
Let’s warm ourselves in the sun (reflexo)
Vamos aquecer-nos (aqueçamo-nos) ao sol.
We ourselves suggested the programme (enfático)
We suggested the programme ourselves (enfático)
Nós próprios sugerimos o programa.
«Ourselves» é composto do adjetivo possessivo «our» e da palavra «selves», plural de «self».
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Segunda pessoa do plural:
«Yourselves» (jo:´selvz)
You must help yourselves, there are no waiters (reflexo)
Têm de se servir a si mesmos, (porque) não há criados.
You yourselves asked for it (enfático)
You asked for it yourselves (enfático)
Vocês próprios o pediram (provocaram isso).
O pronome «yourselves», plural de yourself, é formado de «your» e «selves» (plural de self).
■
Terceira pessoa do plural:
«Themselves» (ðem´selvz)
Are they going to ruin themselves? (reflexo)
Eles vão arruinar-se?
They arranged everything themselves. (enfático)
They themselves arranged everything. (enfático)
Eles arranjaram tudo eles próprios (sózinhos).
O pronome reflexo e enfático «themselves» formou-se de «them» (forma de complemento) e «selves».
■
Conjugação de um Tempo de um Verbo Reflexo
(Os Verbos são Reflexos se estão conjugados com os pronomes reflexos me, te, se, nos, vos, se)(Indica que as ações expressas por esse verbo recaem sobre o sujeito que as pratica)
To wash oneself (lavar-se)
Presente do indicativo:
Singular
1ª pessoa
I wash myself
Eu lavo-me
2ª pessoa
You wash yourself
Tu lavas-te, você lava-se, o Sr., a Srª lava-se
3ªs pessoas
He washes himself
Ele lava-se
She washes herself
Ela lava-se
It washes itself
ele, ela lava-se (com referência a animais)
One washes oneself
Uma pessoa lava-se; a gente lava-se
Plural
1ª pessoa
We wash ourselves
Nós lavamo-nos
2ª pessoa
You wash yourselves
Vós lavai-vos (vocês lavam-se, os Srs., as Srªs lavam-se)
3ª pessoa
They wash themselves
Eles lavam-se
■
Observações: Muitas vezes, estes pronomes não se podem bem classificar de reflexos nem de enfáticos.
I’ll keep this for myself.
Eu vou guardar isto para mim.
You pay for yourself.
Tu pagas por ti.
He asked him about myself.
Ele perguntou-lhe por mim (como eu ia).
Aqui, os pronomes sublinhados estão empregados na sua significação literal (a minha pessoa, a tua pessoa, etc.).
(literal – diz-se da tradução feita por palavra ou: palavra a palavra, ou tradução rigorosa)
Este uso ocorre geralmente quando o pronome é complemento de preposição e explica-se, talvez, pela necessidade de dar maior força de substantivo ao pronome.
■
Chamamos a atenção para o facto de que nem todos os verbos reflexos em português se usam reflexamente em inglês. Há hoje uma tendência para evitar o pronome reflexo em inglês.
(Os Verbos são Reflexos se estão conjugados com os pronomes reflexos me, te, se, nos, vos, se)
They are training for the match.
Estão a treinar-se para o desafio.
Don’t move, please!
Não te mexas (não se mexa, não se mexam), por favor!
She dressed in a minute.
Ela vestiu-se num instante.
Influenza spreads very quickly.
A gripe espalha-se muito depressa
He behaved very nicely.
Ele portou-se muito bem.
I am running to get warm.
Estou a correr para me aquecer.
I feel better this morning.
Sinto-me melhor esta manhã.
(Para complemento, consulte-se a lista do capítulo «Verbos»).
Nota – O verbo «to behave» pode usar-se com ou sem pronome reflexo, segundo o sentido. A exclamação «behave yourself!» significa «porta-te bem!», no sentido de «porta-te como pessoa bem educada», ao passo que «you must behave» quer dizer «não faças coisas que não deves fazer», mais no sentido moral do que no sentido de etiqueta.
■
Quadro dos Pronomes Pessoais
(Pessoal – Diz-se do pronome que se refere aos participantes do discurso ex.: eu, tu, ele, me, nos)
Forma de sujeito – Forma de complemento – Pronomes reflexos e enfáticos
SINGULAR
1ª pessoa
I – Me – Myself
2ª pessoa
You – You – Yourself
3ª pessoa masculina
He – Him – Himself
3ª pessoa feminina
She – Her – Herself
3ª pessoa neutra
It – It – Itself
3ª pessoa indeterminada
One – One – Oneself
PLURAL
1ª pessoa
We – Us – Ourselves
2ª pessoa
You – You – Yourselves
3ª pessoa
They – Them – Themselves
Adjetivos e Pronomes Possessivos
Possessive Adjectives and Pronouns
(pə´zesiv ´ædЗiktivz ənd prounaunz)
Primeira pessoa do singular:
«My» (mai), adjetivo; «Mine» (main), pronome.
My father is there
(adj masc sing)
O meu pai está lá.
My moher is ill
(adj fem sing)
A minha mãe está doente.
My watch is slow
(adj neutro sing)
O meu relógio está atrasado.
My parents are old
(adj masc plural)
Os meus pais estão velhos.
My sisters are young
(adj fem plur)
As minhas irmãs são novas.
My books are new
(adj neutro plur)
Os meus livros são novos.
That horse is mine
(pron masc sing)
Aquele cavalo é meu (ou o meu)
That cow is mine
(pron fem sing)
Aquela vaca é minha (ou a minha)
That book is mine
(pron neutro sing)
Aquele livro é meu (ou o meu)
These dogs are mine
(pron masc plur)
Estes cães são meus (ou os meus)
These mares are mine
(pron fem plur)
Estas éguas são minhas (ou as minhas)
These flowers are mine
(pron neutro plur)
Estas flores são minhas (ou as minhas)
Há três pontos importantes a notar nestes exemplos:
Existe uma forma para o adjetivo e outra para o pronome.
Os adjetivos e pronomes possessivos, em inglês, nunca são precedidos de artigo.
Os adjetivos e pronomes possessivos não variam em género e número. Não podem, portanto, concordar com o objeto possuído, como em português.
Concordam apenas com o nome do possuidor (expresso ou subentendido)
Estas regras aplicam-se a todos os pronomes e adjetivos possessivos.
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Segunda pessoa do singular* e do plural:
(*) As formas possessivas de «thou» são «thy» e «thine». Como se disse, esta segunda pessoa caiu em desuso
Advertência – o símbolo [r] indica que apenas se pronuncia quando a palavra seguinte começa por vogal.
«Your» (jo:[r] ou joə[r]) , adjetivo; «Yours» (jo:z ou joəz), pronome (masculino, feminino, singular e plural).
How is your friend?
(adjetivo singular)
Como está o teu (seu, vosso) amigo?
Yours is a modern car
(pronome singular)
O teu (seu, vosso) é um carro moderno
Are your colleagues here?
(adjetivo plural)
Os teus (seus, vossos) colegas estão aqui?
Our class-rooms are better than yours
(pronome plural)
As nossas aulas são melhores que as tuas (suas, vossas)
Aqui, tal como acontece com o pronome pessoal, «you», não se distingue, nas formas do adjetivo e pronome possessivo, se a pessoa com quem se fala está no singular ou no plural.
Portanto, «your» e «yours» podem significar: o teu, a tua, os teus, as tuas, o seu, a sua, os seus, as suas, o vosso, a vossa, os vossos, as vossas.
Note-se que, quando significa «o seu», «a sua», «os seus», «as suas», refere-se sempre à pessoa com quem se fala e não a uma terceira pessoa.
É importante saber distinguir entre o adjetivo e o pronome, entre your e yours. Lembramos aqui que um adjetivo é uma palavra que qualifica ou determina outra ou outras e que, portanto, o adjetivo possessivo vem sempre acompanhado da palavra ou palavras que determina. Por outro lado, um pronome é uma palavra que substitui ou dispensa outra ou outras e, consequentemente, o pronome possessivo aparece sózinho; a palavra determinada compreende-se pelo sentido (ou porque foi dita antes ou porque será mencionada depois).
Nota: o «r» da palavra Your pronuncia-se antes de vogal:
Your inkstand is full
(jo:r ´inkstænd iz ful)
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Terceira pessoa:
Possuidor masculino singular:
«His» (hiz), adjetivo e pronome (seu, sua, seus, suas, dele).
His handwriting is illegible.
(adjetivo singular)
A sua letra (ou a letra dele) é ilegível.
I read all his works.
(adjetivo plural)
Eu li todos os seus trabalhos (ou trabalhos dele).
This is yours, that is his.
(pronome singular)
Isto é teu (seu ou vosso), aquilo é dele.
I changed my stamps for his.
(pronome plural)
Eu troquei os meus selos pelos dele.
Terceira pessoa:
Possuidor feminino singular:
«Her» (hə:[r]), (hə[r]), adjetivo; «Hers» (hə:z), pronome (seu, sua, seus, suas, dela).
That is her photo.
(adjetivo singular)
Aquele é o retrato dela.
Next to hers is a photo of her sister.
(pronome singular)
Ao pé do dela está um retrato da sua irmã (dela).
Her brothers are very tall.
(adjetivo plural)
Os seus irmãos (ou os irmãos dela) são muito altos.
I am a friend of hers.
(pronome singular)
Eu sou um amigo (amiga) dela.
Eu sou um amigo dos dela.
Her, como Your, tem uma forma fonética forte e outra fraca. Antes de palavras começadas por vogal, o «r» final pronuncia-se: her arms (hə:r α:mz).
Nota: No último dos exemplos acima dados, «I am a friend of hers», apresentamos um caso de duplo genitivo em que, em vez de figurar um substantivo no caso possessivo, figura um pronome. A construção é a mesma que explicamos no capítulo dos substantivos (ver caso possessivo)
Terceira pessoa:
Possuidor neutro singular:
«its» (its), adjetivo (seu, sua, seus, suas, de coisas ou animais)
What a big snake! Look at its head!
(adjetivo singular)
Que grande serpente! Olha para a cabeça dela!
This saucepan won’t do. Its handles are broken.
(adj. plural)
Este tacho não serve. Tem as pegas partidas (as pegas dele estão partidas)
Its só pode ser adjetivo. Não se usa esta forma como pronome.
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Primeira pessoa do plural:
«Our» (´auə[r]), adjetivo; «Ours» (´auəz), pronome (nosso, nossa, nossos, nossas).
Our son is doing well at school.
(adjetivo singular)
O nosso filho vai bem na escola.
Our daughters are learning English.
(adjetivo plural)
As nossas filhas estão a aprender inglês.
That house is ours.
(pronome singular)
Aquela casa é nossa.
All those fields are ours.
(pronome plural)
Todos aqueles campos são nossos.
Nota: o «r» final de our pronuncia-se antes de vogal:
Our aunt (´auər α:nt).
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Terceira pessoa do plural:
«their» (ðeə[r]), adjetivo; «theirs» (ðeəz), pronome (seu, sua, seus, suas, deles, delas).
The Thomsons are rich. Their house is a palace.
(adj. sing.)
Os Thomsons são ricos. A sua casa (a casa deles) é um palácio.
These children are poor, their clothes are old.
(adj. plural)
Estas crianças são pobres, os seus fatos (fatos delas) estão velhos.
This house is not ours, it’s theirs.
(pronome singular)
Esta casa não é nossa, é deles.
Our homes are comfortable, theirs are not.
(pronome plural)
As nossas casas são confortáveis, as deles (as suas) não são.
Nota: O «r» final de their pronuncia-se antes de vogal:
Their uncle (ðeər ´Λŋkl).
Repetimos que é essencial pensar-se no nome do possuidor quando se pretenda empregar um adjetivo ou pronome possessivo. Sempre que se nos depare um «seu», «sua», «seus» ou «suas» perguntemos a nós mesmos a qual das seguintes categorias este pronome ou adjetivo pertence:
2ª pessoa do singular
Seu, sua, seus, suas (de você, do Sr., da Srª, etc.)
2ª pessoa do plural
Seu, sua, seus, suas (de vocês, dos Srs., das Srªs, etc.)
3ª pessoa do singular
Seu, sua, seus, suas (dele)
3ª pessoa do singular
Seu, sua, seus, suas (dela)
Neutro - 3ª pessoa do singular
Seu, sua, seus, suas (dele ou dela)
3ª pessoa do plural
Seu, sua, seus, suas (deles ou delas)
O género ou número do objeto possuído não interessa.
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Adjetivos e Pronomes Possessivos Enfáticos
He dislikes his own family.
Não gosta da própria família.
They cook their own meals.
Cozinham as próprias refeições.
This is my own house.
Esta é mesmo a minha casa (a minha própria casa)
We earn our own living.
Nós mesmos ganhamos o nosso pão.
Como se vê, para dar ênfase a um adjetivo possessivo faz-se seguir a este o adjetivo «own» (oun).
These books are not yours, they are my own.
Estes livros não são teus, são meus.
Here are our sandwiches; you take your own, and I’ll take mine.
Aqui estão as nossas «sanduiches»; tu leva as tuas, e eu levo as minhas.
Os possessivos enfáticos podem usar-se pronominalmente. A palavra own não se acrescenta às formas pronominais mine, yours, etc. (antigamente dizia-se mine own, mas esta forma é considerada arcaica).
Nota: Expressões como «by my own», «on my own», etc., têm um sentido idiomático.
I am here on my own.
Estou aqui sózinho.
Do it on your own.
Fá-lo sozinho (fá-lo por ti mesmo).
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Quadro de Adjetivos e Pronomes Possessivos
Adjetivos – Pronomes – Adj. e Pron. enfáticos
SINGULAR
1ª pessoa
My – mine – my own
2ª pessoa
Your – yours – your own
3º pessoa masculina
His – his – his own
3ª pessoa feminina
Her – hers – her own
3ª pessoa neutra
Its – (não se usa) – its own
PLURAL
1ª pessoa
Our – ours – our own
2ª pessoa
Your – yours – your own
3ª pessoa
Their – theirs – their own
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Observações sobre o uso dos Adjetivos Possessivos
Os adjetivos possessivos usam-se de modo diferente em português e inglês, isto é, não aparecem sempre nas duas línguas nas mesmas ocasiões:
Muitas vezes, suprimem-se em português mas não em inglês:
Este é o retrato dos pais (dos meus ou nossos pais).
This is my (our) parents’ picture.
(Não se pode dizer só: «parents’ picture» ou «the parents’ picture»).
Esta é a casa das primas (minhas ou nossas).
This is my (our) cousins’ house.
(Não se pode dizer só: «cousins’ house» ou «the cousins’ house»)
Ele não calçou os sapatos.
He didn’t put on his shoes.
Põe o chapéu!
Put your hat on!
I’m going to wash my hands and comb my hair.
Vou lavar as mãos e pentear o cabelo.
Já tomou o café? Já pagou a conta?
Have you had your coffee? Have you paid your bill?
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Outras vezes, podem suprimir-se ou conservar-se nas duas línguas, suprimindo-se quando não se tornam necessários.
Este é o retrato do pai (do meu pai).
«This is father’s picture» ou «This is my father’s picture»
A (minha) tia Helena está ali.
«Aunt Helen is there» ou «My aunt Helen is there»
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Outras vezes, não aparecem em português mas podem aparecer ou não em inglês.
Aquele candeeiro não funciona. A lâmpada está fundida.
That lamp is out of order. Its (The) bulb is fused.
Esta cadeira é antiga. As pernas são demasiado altas.
This chair is old-fashioned. Its (The) legs are too high.
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De um modo geral, pode dizer-se que a tendência em inglês é a de conservar o adjetivo possessivo, ao passo que, na nossa língua, este evita-se quanto possível. Há, no entanto, certas distinções a fazer:
Quando se mencionam pessoas da mesma família, pode omitir-se o adjetivo possessivo se este se torna desnecessário, por ser bem clara a relação de parentesco entre a pessoa que fala e as pessoas de quem se está a falar.
O adjetivo possessivo «its» pode suprimir-se e suprime-se, geralmente, quando o possuidor é um objeto inanimado.
Mas o adjetivo possessivo não se pode dispensar em inglês quando se mencionam partes do corpo ou objetos pertencentes a pessoas ou animais.
Já tomou o café? Já pagou a conta?
Have you had your coffee? Have you paid your bill?
Neste exemplo ilustrámos uma tendência que se observa também em português:
Have you had your coffee? Have you paid your bill?
Também podemos dizer:
Já tomou o seu café? Já pagou a sua conta?
Apenas, em português, a introdução do adjetivo possessivo dá um tom mais familiar e menos cerimonioso à frase.
A diferença essencial entre as duas línguas, neste ponto, é que em inglês o adjetivo possessivo não se pode dispensar nem substituir pelo artigo definido, como em português.
Não se poderia dizer. «Have you had the coffee?» ou «Have you had coffee?» com o mesmo sentido.
«Have you had coffee?» significa «tomou café? (ou não?)» e «Have you had the coffee?», só por si, seria uma frase incompleta. Caso não tivesse sido especificado anteriormente de que café se tratava, teria de se especificar, dizendo-se, por exemplo: «Have you had the coffee I left here?» (tomou o café que eu deixei aqui?).
Por estas e outra razões de clareza, o adjetivo possessivo usa-se muito mais em inglês do que em português. Fixem-se os seguintes exemplos:
Já compraste o bilhete?
Have you bought your ticket?
Deixem os casacos lá em baixo.
Leave your coats downstairs.
Segue pela primeira rua à direita.
Take the first street on your right.
Espere pelo troco!
Wait for your change!
Fecha a mala!
Close your handbag!
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O Duplo Genitivo construído com pronomes possessivos
O duplo genitivo é o genitivo com «of» e a desinência «’s». Este emprego ocorre muitas vezes quando o «objeto possuído» é mencionado antes do «possuidor». Nestes casos o nome do «objeto possuído» nunca é precedido do artigo definido mas sim do artigo indefinido ou de determinativos como «this, that, these, those, another, others, etc». Ex.: I don’t like those gloves of Mary’s (Do capítulo dos substantivos)
He is a friend of mine.
Ele é um amigo meu.
That sister of yours is a bad student.
Aquela tua irmã é uma má estudante.
Some servant of theirs must have robbed the money.
Algum criado deles roubou, com certeza, o dinheiro.
O emprego pleonástico (pleonástico – superabundante, exagerado) da preposição «of» antes do pronome possessivo constitui um idiotismo (idiotismo – frase idiomática, de idioma) frequente, idêntico ao que explicámos no capítulo do «Caso possessivo dos substantivos», sob a designação de duplo genitivo.
Adjetivos e Pronomes Demonstrativos
Demonstrative Adjectives and Pronouns
(di´monstrətiv ´ædЗiktivz ənd ´prounaunz)
É importante saber distinguir entre o adjetivo e o pronome. Lembramos aqui que um adjetivo é uma palavra que qualifica ou determina outra ou outras e que, portanto, o adjetivo vem sempre acompanhado da palavra ou palavras que determina. Por outro lado, um pronome é uma palavra que substitui ou dispensa outra ou outras e, consequentemente, o pronome aparece sózinho; a palavra determinada compreende-se pelo sentido (ou porque foi dita antes ou porque será mencionada depois).
– x –
«This» (ðis) (singular); «These» (ði:z) (plural). – Isto, este, esta, estes, estas.
Adjetivos:
This girl is fair (adj)
Esta rapariga é loira.
These girls are fair (adj)
Estas raparigas são loiras.
Pronomes
This is good (pron)
Isto é bom.
These are my books (pron)
Estes são os meus livros.
Como se vê, os adjetivos e os pronomes demonstrativos não variam em género.
Observação: Muitas vezes, os pronomes demonstrativos são reforçados pelas expressões «one» e «ones».
Here are the books. You take this one. I’ll keep these ones.
Aqui estão os livros. Tu levas este. Eu fico com estes.
«One» e «Ones» podem-se acrescentar a outros determinativos e adjetivos qualificativos, tornando-os mais claros e mais enfáticos. (enfático – solene, empolado, com ênfase)
Exemplos.:
I don’t like this pencil. I prefer the other one, the sharper one.
Não gosto deste lápis. Prefiro o outro, o mais afiado.
I like books, but only good ones.
Gosto de livros, mas só de bons.
(Ver «Retroversão de adjetivos portugueses empregados isoladamente»).
■
«That» (ðæt), singular; «Those» (ðouz), plural – Isso, aquilo, aquele, aquela, o, a, aqueles, aquelas, esses, essas, os, as.
Give me that pencil (adjetivo)
Dá-me esse (aquele) lápis.
Look at those birds (adjetivo)
Olha para essas (aquelas) aves.
That was a good idea (pronome)
Essa (aquela) foi uma ideia boa.
Isso (aquilo) foi boa ideia.
What is that? (pronome)
O que é isso (aquilo)?
I don’t want this book, I want that one. (pronome)
Não quero este livro, quero esse (aquele).
Notas :
Seguidos da preposição «of», os pronomes «that e those» traduzem-se por «o, a, os, as»:
The lining of my coat is better than that of yours.
O forro do meu casaco é melhor do que o do teu.
Your shoes are nicer than those of your sister.
Os teus sapatos são mais bonitos do que os da tua irmã.
Seguido de «who e which», «those» traduz-se por «aqueles» ou «os»:
Those who work should have their pay.
Aqueles que (os que) trabalham devem ter a sua paga.
Give me those clothes which you don’t want.
Dá-me os fatos que não queres (quiseres).
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«The one» (ðə wΛn), singular; «The ones» (ðə wΛnz), plural – «o, a, (pronome) os, as (pronome)»
Here are the pencils. This is the one (that) I want.
Aqui estão os lápis. Este é o que eu quero.
Show me the ones (that) you bought.
Mostra-me os que tu compraste.
Nota: O pronome relativo «that» (que), quando serve de complemento direto, pode suprimir-se depois de «the one», «the ones» (e noutros casos), mas não quando serve de sujeito:
Here are the pictures. This is the one that has been so much admired.
Aqui estão os quadros. Este é o que tem sido tão admirado.
Nesta frase, não se poderia suprimir o relativo «that».
O que acaba de ser exposto aplica-se igualmente aos pronomes relativos «who» e «which» (ver pronomes relativos).
«The one», «the ones» podem significar «a pessoa», «as pessoas».
«The one who», «the ones who» podem traduzir-se em português por «quem», mas convém fixar que «the one» não significa «quem» porque, só por si, não tem força de pronome relativo.
He was the one I saw.
Ele foi a pessoa que eu vi (quem eu vi).
They were the ones who asked for this.
Eles foram as pessoas que pediram isto.
Foram eles que pediram isto.
Muitas vezes, as palavras «the» e «one» podem estar separadas por um adjetivo.
These blouses are nice. How much is the red one?
Estas blusas são bonitas. Quanto custa a vermelha?
Big oranges look nice but the small ones taste better.
As laranjas grandes têm um aspeto bonito mas as pequenas sabem melhor.
Mesmo assim, «the … one», «the … ones» exercem a mesma função: «the red one» - a encarnada; «the small ones» - as pequenas.
Observação: Os grupos «this one», «these ones», «that one», «those ones» e outros compostos de «one» admitem igualmente a intercalação (intercalação - que está no meio) de um adjetivo entre os dois elementos:
How much are those bags? Show me that browm one.
Quanto custam aquelas carteiras? Mostre-me essa castanha.
(Para complemento, ver Adjetivos)
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«The other» (ði ´Λðə[r]), adjetivo singular e plural; ou pronome singular – o outro, a outra, os outros, as outras; «The others» (ði ´Λðəz), pronome plural – os outros, as outras.
The other map is clear than this one. (adjetivo)
O outro mapa é mais claro do que este.
I prefer the other chairs to these ones. (adjetivo)
Eu prefiro as outras cadeiras a estas.
That is my coat. The other (the other one) is yours. (pronome)
Aquele é o meu casaco. O outro é o teu (seu, etc.)
This picture is nice. I don’t like the others (the other ones). (pronome)
Esta gravura (quadro, etc.) é bonita. Eu não gosto das outras.
Quanto à forma, o plural do pronome distingue-se do adjetivo por admitir a desinência «s». No singular, o pronome não se distingue do adjetivo.
Nota: O «r» final the other pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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«The same» (ðə seim), singular e plural, adjetivo ou pronome: o mesmo, a mesma, os mesmos, as mesmas.
This is the same book! (adjetivo)
Este é o mesmo livro.
He did the same thing as you did. (adjetivo)
Ele fez a mesma coisa que tu fizeste.
That is the same man that (or who) spoke to me. (adjetivo)
Aquele é o mesmo homem que falou comigo.
This is the same house (that, as, which) I mentioned yesterday. (adjetivo)
Esta é a mesma casa que eu mencionei ontem.
This and that are the same. (pronome)
Isto e aquilo são o mesmo.
Bring me some sweets, please. Bring me the same (the same ones) (that, as, or which) you brought me yesterday. (pronome)
Traz-me uns doces, por favor. Traz-me os mesmos que me trouxeste ontem.
Do you remember that picture I bought? This is the same (the same one). (pronome)
Lembras-te daquele quadro que eu comprei? Este é o mesmo.
O pronome ou adjetivo «the same» é geralmente seguido por uma oração relativa, (as orações relativas são introduzidas por um pronome relativo) que pode ser introduzida por «as, that, which, who ou whom»
Notas: Quando o pronome relativo serve de complemento direto, pode omitir-se.
«Who e whom» (ver pronomes relativos) usam-se apenas com referência a pessoas; «which» somente com referência a coisas; e «that e as» indiferentemente. O pronome relativo mais vulgarmente usado depois de «the same» é «as».
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«The very» (ðə ´veri) (adjetivo); «the very one (ones)» (ðə ´veri wΛn[z]) (pronomes). – o próprio, a própria, os próprios, as próprias.
This is the very book I want.
Este é mesmo o livro que eu quero.
These are the very boys I saw in the park.
São estes mesmo os rapazes que eu vi no parque
Here is the hat, the very one I want to buy.
Aqui está o chapéu, o próprio (o mesmo) que eu quero comprar (é este mesmo que eu quero comprar).
«The very» é um demonstrativo enfático, determina de um modo exato o nome a que se refere. As traduções «o próprio» e «o mesmo» não são correspondentes perfeitos deste demonstrativo. Querendo traduzir para bom português as frases em que ele ocorre, é preferível empregar o advérbio «mesmo».
Observação: - Muitas vezes «the same» aparece reforçado em «the very same», ou «the self-same», correspondendo, em sentido, à nossa expressão coloquial «mesmíssimo». (coloquial – informal, familiar)
He told me the very same story.
Ele contou-me a mesmíssima história.
This is the self-same wallet I lost.
Esta é a mesmíssima carteira que eu perdi.
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«Such an» (sΛt∫ ən);
«Such a» (sΛt∫ ə), adjetivo singular: tal, um tal, uma tal;
«Such» (sΛt∫), adjetivo plural; pronome, plural ou singular: tal, tais, (tão).
I never saw such a thing. (adjetivo)
Nunca vi tal coisa.
I never saw such an animal. (adjetivo)
Nunca vi tal animal.
I never heard such awful words. (adjetivo)
Nunca ouvi palavras tão horríveis.
This is not a jug, but it can be used as such. (Pronome)
Isto não é um jarro, mas pode ser usado como tal.
Men such as he is are loved by all. (Pronome)
Homens (tais) como ele é, são estimados por todos.
«Such», no singular, aparece geralmente seguido de artigo indefinido.
«Such» envolve quase sempre uma ideia de admiração ou de comparação e é seguido muitas vezes de uma oração introduzida por «as», que pode ser pronome relativo ou conjunção comparativa. Há autores que consideram a expressão «such as» uma locução introdutiva em frases como:
There were many flowers there, such as carnations, roses, tulips and daffodils.
Havia muitas flores lá, tais como: cravos, rosas, túlipas e narcisos.
(Locução – conjunto de palavras equivalente a uma só)
[Conjunção – palavra invariável que liga/une duas frases/orações/proposições Ex.: Tu ficas e eu parto mas voltarei cedo («e» e «mas» ligam orações]
Em certos casos, «such» pede uma oração consecutiva introduzida pela conjunção «that»:
He made such a noise that he was sent out of the room.
Ele fez tal barulho que foi expulso da sala.
He did such things that he was condemned to death.
Ele fez tais coisas que foi condenado à morte.
(A proposição/oração consecutiva exprime que um facto é consequência de certa acção ou qualidade. É introduzida por «que» precedido das locuções «de maneira», «de tal modo», etc., e tem o verbo no modo indicativo ou no conjuntivo, segundo exprime uma realidade ou uma conceção. Ex.: Argumentou de tal maneira, que não o contraditaram; É tão evidente a necessidade do ensino agrícola, que dispensa demonstração; Os bons filhos devem ser tão obedientes, que nunca desgostem seus pais.)
Quando o determinativo tem um sentido muito vago, aparece repetido:
I saw them on such and such a day.
Eu vi-os em tal dia.
Adjetivos e Pronomes Indefinidos
As palavras que indicam quantidades indeterminadas ou pessoas, qualidades, etc., de um modo vago, chamam-se pronomes indefinidos.
«Another» - (ə´nΛðə[r]), singular adjetivo e pronome – outro, outra;
«Other» - (´Λðə[r]), plural adjetivo – outros, outras;
«Others» - (´Λðəz), plural pronome – outros, outras;
Advertência – o símbolo [r] indica que apenas se pronuncia quando a palavra seguinte começa por vogal.
Give me another glass of water, please (adjetivo)
Dá-me outro copo de água, por favor.
I missed that bus, I must wait for another (pronome)
Eu perdi aquele autocarro, tenho que esperar por outro.
There are other things you must see here (adjetivo)
Há outras coisas que tens de ver aqui.
I like this house, but there are others that I don’t like (pronome)
Eu gosto desta casa, mas há outras de que eu não gosto.
Confiram-se estas frases com os exemplos referentes a «the other», «the others», demonstrativos. Ao passo que estes determinam, apontam as pessoas ou objetos em questão de um modo definido, os que acabámos de mencionar, isto é, «another», «other», «others» determinam-nos de um modo vago: «outro», «outros» e não «o outro», «os outros».
É conveniente examinar bem as diferentes formas, para que se não confundam os adjetivos com os pronomes.
Nota: O «r» final de «another» e «other» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
«A certain» (ə ´sə:tn), singular, adjetivo; um certo, uma certa, certo, certa.
«Certain», plural, adjetivo; certos, certas.
A certain man had a farm… (adjetivo)
Um certo homem tinha uma quinta...
There are certain things you must know (adjetivo)
Há certas coisas que deves saber.
«Certain» e «a certain» não se podem usar como pronomes mas existem, para esse efeito, os equivalentes «certain ones» e «a certain one»
Among these boys there is a certain one I don’t like (pronome)
Entre estes rapazes há um certo de que não gosto.
Be careful with those reptils: certain ones are dangerous (pronome)
Tem cuidado com esses répteis: uns certos (alguns) são perigosos.
■
«Any» (´eni), singular ou plural (adjetivo ou pronome) – qualquer, quaisquer, algum, alguma, alguns, algumas.
Any child of seven could do that. (adjetivo)
Qualquer criança de sete anos podia fazer isso.
You may ask any questions you like. (adjetivo)
Podes fazer quaisquer perguntas que queiras.
Does any of you want this? (pronome)
Algum (qualquer) de vós quer isto?
Here are the pencils. You may take any. (pronome)
Aqui estão os lápis. Podes levar qualquer.
(pronome – palavra que se emprega em vez de uma outra palavra que designa um ser concreto ou uma entidade abstrata)
Consideramos «any» um determinativo (determinativo – limita a extensão do significado de uma palavra particularizando o seu conteúdo) indefinido quando tem o sentido de «algum» ou «qualquer» (não importa qual), como nos exemplos dados. Esta palavra pode ainda ter um sentido partitivo (partitivo – que designa uma parte de um todo; que limita a significação de uma palavra) e expressar número ou quantidade. Como tal, será incluída entre os «Determinativos de Número ou Quantidade»
Compostos de «any»
Alínea a - «Anybody» (´enibodi), pronome; «anyone» (´eniwΛn), pronome – qualquer pessoa, alguém.
Anybody (anyone) would do that.
Qualquer pessoa faria isso.
Did you see anybody (anyone) there?
Viste lá alguém?
No, I didn’t see anybody (anyone) there.
Não, não vi lá ninguém.
No, I saw nobody (no one) there
Não, não vi lá ninguém
«Anybody» e «anyone» são sinónimos.
MUITO IMPORTANTE:
Quando a frase tem sentido negativo e o verbo está na forma negativa, usam-se estes pronomes. Se o verbo estiver na forma afirmativa, deve empregar-se «nobody» e «no one», veja-se o último exemplo, que tem o mesmo sentido do penúltimo. I didn’t see anybody; I saw nobody
Alínea b - «Anything» (´eniθiŋ) – pronome – qualquer coisa, alguma coisa.
You must sing! Sing anything!
Tens de cantar! Canta uma coisa qualquer!
Did you hear anything?
Ouviste alguma coisa?
No, I didn’t hear anything.
Não, não ouvi nada.
No, I heard nothing.
Não, não ouvi nada.
Em frases de sentido negativo, «anything» só se emprega com o verbo na forma negativa. Estando o verbo na forma afirmativa emprega-se «nothing».
Explicação Muito Importante - Estas frases estão corretas: I got nothing; I didn’t get anything
Nunca se poderiam trocar para as formas seguintes: I got anything; I didn’t get nothing; Estas frases estão erradas
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«Some» (sΛm), singular ou plural, adjetivo ou pronome – algum, alguma, alguns, algumas; uns, umas (uns determinados, uns certos).
I must find some answer to this question (adjetivo)
Tenho de arranjar uma resposta para esta pergunta.
He copied that from some book (or other) (adjetivo)
Ele copiou isso de algum livro.
I visited some places in France (adjetivo)
Visitei algumas (certas) partes da França.
Some daisies say «yes», some say «no» (pronome)
Alguns malmequeres dizem «sim», alguns (outros) dizem «não».
These things aren’t all cheap; some are expensive. (pronome)
Estas coisas não são todas baratas; algumas (umas certas) são caras.
«Some» nos dois primeiros exemplos é, sem deixar dúvidas, um determinativo indefinido. Nos restantes exemplos, isto é, empregado no plural, pode considerar-se também um determinativo de número e quantidade (Ver «Adjetivos e Pronomes Indefinidos de Número e Quantidade»)
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Compostos de «some»
«Somebody» (´sΛmbodi), «someone» (´sΛmwΛn), pronomes – alguém, alguma pessoa.
I saw somebody (someone) outside.
Vi alguém lá fora.
–x–
«Something» (´sΛmθiŋ), pronome. – Alguma coisa, uma coisa.
I have something for you
Tenho uma coisa para ti.
Observação: - Em frases interrogativas e negativas, «somebody» (someone) e «something» são geralmente substituídos por «anybody» (anyone) e «anything».
Se a frase é de sentido negativo mas apresenta o verbo na forma afirmativa, os pronomes que se devem usar são «nobody» (no one) e «nothing». Vejam-se os exemplos dados para os compostos de «any»
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«No» (nou), adjetivo, singular e plural – nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas.
«None» (nΛn), pronome, singular e plural – nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas.
No child would do that. (adjetivo)
Nenhuma criança faria isso
No dogs are allowed in the park. (adjetivo)
Não podem entrar (nenhuns) cães no parque.
None of them came (pronome)
Nenhum deles veio.
«No» equivale em sentido a «not any» ou «not a»
Os compostos de «no» são «nobody», «no one» e «nothing» (ver os exemplos dados para «any»).
«None» é a contração de «no» e «one», sendo «one» um semi-pronome que já mencionámos quando usado em grupo com outros determinativos.
Nota: - É conveniente apontar que os adjetivos e pronomes negativos, em inglês, se usam com verbos na forma afirmativa.
I haven’t any money (forma negativa)
Não tenho dinheiro nenhum
I have no money (forma afirmativa)
Não tenho dinheiro nenhum
There are flowers here, but I can see none. (forma afirmativa)
Há flores aqui mas não vejo nenhuma.
Com o verbo na forma negativa, usa-se «any». Não existe em inglês a dupla negação (não vejo nenhumas).
Adjetivos e Pronomes Indefinidos de Número e Quantidade
(Adjetivos e Pronomes de Número e Quantidade)
As palavras que indicam quantidades indeterminadas ou pessoas, qualidades, etc., de um modo vago, chamam-se pronomes indefinidos.
Incluímos neste capítulo os adjetivos e pronomes que implicam uma ideia indeterminada de número ou quantidade.
Consideramos os partitivos (partitivo – que designa uma parte de um todo; que limita a significação de uma palavra) «any» e «some» dentro deste grupo, quando indicam número ou quantidade.
Alínea 1 - «Some» (sΛm), singular e plural. – Algum, alguma, alguns, algumas, um pouco de.
Give me some bread, please! (adjetivo)
Dá-me algum (um pouco de) pão, por favor!
I have some apples here. (adjetivo)
Eu tenho algumas (umas quantas) maçãs aqui.
If you have sugar, sell me some. (pronome)
Se tu tens açúcar, vende-me algum.
Some of these people are foreigners. (pronome)
Algumas destas pessoas são estrangeiras.
No primeiro exemplo, «some» é usado como artigo partitivo (partitivo – que designa uma parte de um todo; que limita a significação de uma palavra). A frase pode traduzir-se em português por «Dá-me pão, por favor» ou «Dá-me um pouco de pão por favor». Aqui, «some» indica quantidade. Corresponde ao artigo francês «du» (du – contração da preposição «de» mais o artigo definido «le») (artigo – palavra que anteposta a um substantivo o determina/demarca/indica).
No segundo exemplo também se pode considerar «some» um artigo partitivo («tenho aqui maçãs»). Em francês, corresponderia ao partitivo «des» (des – uns, umas).
O terceiro exemplo é análogo ao primeiro exemplo com a diferença de que «some» está empregado pronominalmente.
«Some» no último exemplo indica um número vago. «Algumas» está por «umas quantas». Aqui, o sentido torna a classificação ambígua (ambíguo – que tem mais de um sentido), podendo considerar-se «some» um simples pronome indefinido.
Palavras como «some» e «any» são muito esquivas/difíceis/incertas a classificações gramaticais, porque se podem empregar em funções diversas e com os sentidos mais variados.
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Alínea 2 – «Any» (´eni), singular ou plural – algum, alguma, alguns, algumas, um pouco de.
Comparem-se as seguintes frases:
I saw some paper here. (adjetivo)
Vi aqui algum papel.
Did you see any paper here? (adjetivo)
Viste aqui algum papel?
No, I didn’t see any paper here. (adjetivo)
Não, não vi aqui nenhum papel.
No, I saw no paper here. (adjetivo)
Não, não vi aqui nenhum papel.
I wonder if you have seen any paper there. (adjetivo)
Gostava de saber se viste algum papel aí.
If you find any paper there, please let me know. (adjetivo)
Se encontrares aí algum papel, diz-me por favor
Nestes exemplos, vê-se que em frases interrogativas, negativas, dubitativas (dubitativo – incerto, hesitante, com dúvida), condicionais ou hipotéticas, «any» toma o lugar de «some».
Quando o verbo está na forma negativa, usa-se «any» mas a negação pode expressar-se com o verbo na forma afirmativa e o determinativo «no». Exemplos:
I didn’t see any paper here.
I saw no paper here.
«Any» também pode usar-se como pronome:
Have you any pencils to spare? (adjetivo)
Tens alguns lápis de que possas dispor?
No, I haven’t any (pronome)
Não, não tenho nenhum
No, I have none (pronome)
Não, não tenho nenhum
I have seen no good pictures here. Are there any? (pronome)
Não vi nenhum quadro bom aqui. Há alguns?
No, there aren’t any (pronome)
Não, não há nenhuns.
No, there are none (pronome)
Não, não há nenhuns.
Oh, yes, there are some (pronome)
Oh, sim, há alguns.
O princípio é o mesmo quando «any» se usa como pronome: substitui «some» em frases negativas, interrogativas ou dubitativas. (dubitativo – incerto, hesitante, com dúvida)
Em frases negativas, um verbo afirmativo com «none» equivale a um verbo negativo com «any».
Nestes exemplos, «any» expressa número, ao passo que no grupo anterior indica quantidade.
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Diferença entre «any»e «some»
Já dissemos que «any», como determinativo de número ou quantidade (quer como adjetivo ou pronome), substitui «some» em frases interrogativas, negativas e dubitativas. É conveniente fixar que tal acontece apenas quando «any» e «some» indicam número ou quantidade, como nos vários grupos de exemplos que acabámos de mostrar.
«Any», quando empregado como adjetivo ou pronome indefinido, significa qualquer e pode usar-se em frases afirmativas.
I don’t mind the colour of the material. Any color will do.
Não me importa a cor da fazenda. Qualquer cor serve.
You may come any day you like
Podes vir em qualquer dia que queiras.
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Por outro lado, «some», como adjetivo ou pronome indefinido, também aparece em frases interrogativas, negativas e dubitativas, com o sentido de «um», «algum», «um determinado».
Can you give me some idea of what we are going to do?
Podes dar-me uma ideia do que vamos fazer?
Wasn’t he working at some shop in the West End?
Ele não trabalhava numa loja (uma certa) no West End?
If you don’t give me some explanation, I’ll send you away.
Se não me deres (uma) alguma explicação, mando-te embora.
O único caso excecional no emprego de «some» é o que se observa em perguntas como:
Will you have some tea?
Quer uma chávena de chá?
Posso servi-lo de chá?
I have some sweets here. Do you want some?
Tenho aqui uns doces. Queres alguns?
Have you some ink to spare?
Podes dispor de um pouco de tinta?
Aqui, «some», determinativo de quantidade, está usado na forma interrogativa. Frases como estas são geralmente ofertas ou pedidos, e «some» usa-se aqui porque se espera que a resposta seja afirmativa.
Uma pergunta como:
Can you spare any ink?
Podes dispor de alguma tinta?
É muito mais inquiridora (inquiridor – que interroga, que pergunta) do que «Can you spare some ink?», que tem mais o caráter de um pedido.
RESUMO
Resumindo, portanto, quanto ao emprego de «any» e «some»:
Alínea a – Como pronomes e adjetivos indefinidos, usam-se em frases afirmativas, negativas, dubitativas, interrogativas, etc. (qualquer tipo de frases).
Alínea b – Como determinativos de número ou quantidade,
«Some» usa-se em frases afirmativas
«Any» usa-se em frases negativas, interrogativas, dubitativas, condicionais ou hipotéticas.
Exceção: - «some» pode usar-se em frases interrogativas, quando estas têm o caráter de uma oferta ou pedido, isto é, quando não se pretende inquirir/perguntar sobre a existência de qualquer coisa e quando se espera uma resposta afirmativa.
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Alínea 3 - «No» (nou), singular e plural (adjetivo) – nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas.
«None» (nΛn), singular (pronome) – nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas.
Como já vimos, «no» e «none» são os negativos correspondentes a «any» ou a «some».
I have some books
Tenho alguns livros
I haven’t any books
Não tenho nenhuns livros
I have no books
Não tenho nenhuns livros
I haven’t any
Não tenho nenhuns
I have none
Não tenho nenhuns
«No» e «None» usam-se com o verbo na forma afirmativa. Quando o verbo está na forma negativa, deve usar-se «any» porque, em inglês, NÃO se usam duas negativas.
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Alínea 4 - «Many» (´meni), adjetivo e pronome – muitos, muitas
I have had many letters from him (adjetivo)
Tenho tido muitas cartas dele.
Give me a post-card, if you have many (pronome)
Dá-me um postal, se tens muitos.
I saw him many a time (many times).
Vi-o muitas vezes.
O emprego do artigo indefinido a seguir a «many», com o nome no singular (many a time), é um uso arcaico que ocorre sobretudo na linguagem escrita.
Nota: Sobre os graus de comparação de «many», veja-se o capítulo sobre comparativos e superlativos irregulares dos adjetivos. Tem link. Após clicar sobre o link vá ao Menu EDITAR e escolha a Opção: Localizar Nesta Página Many
«Many» refere-se sempre a número.
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Alínea 5 - «Much» (mΛt∫), adjetivo e pronome – muito, muita.
I haven’t much patience for this job (adjetivo)
Não tenho muita paciência para este trabalho.
I can’t give you more sugar, there isn’t much (pronome)
Não te posso dar mais açúcar, não há muito.
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Substitutos de «much» e «many»
Na linguagem de todos os dias, usam-se várias expressões em lugar de «much».
A lot of paper
Muito papel, uma quantidade de papel
Lots of paper
Muito papel, grandes quantidades de papel
A good deal of, a great deal of trouble
Muita maçada, grande maçada
A great amount of work
Muito trabalho, imenso trabalho
Plenty of money
Muito dinheiro, uma quantidade de dinheiro
Todas estas expressões se podem usar também em lugar de «many»:
A lot of books
A good deal of books
A great deal of books
A great amount of books
Plenty of books
«Many» pode ser substituído ainda por:
A great number of
Um grande número de
Quite a number of
Um bom número de, etc.
Notas – Sobre o comparativo e superlativo de «much», vejam-se os comparativos e superlativos irregulares dos adjetivos.
«Much» indica sempre quantidade e pode ser também um advérbio de quantidade, quando modifica verbos (ver «Advérbios»)
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Alínea 6 - «Few» (fju:), adjetivo e pronome – poucos, poucas, quase nenhuns, quase nenhumas.
«A few» (ə fju:), adjetivo e pronome – alguns, algumas, poucos, poucas, um pequeno número de
He has few friends, he’s very shy. (adjetivo)
Ele tem poucos amigos, é muito tímido.
I have a few pounds only. (adjetivo)
Eu só tenho poucas libras, algumas libras.
Few of these boys are clever. (pronome)
Poucos destes rapazes são espertos.
There are some flowers there, but only a few. (pronome)
Há algumas flores ali, mas poucas.
«Few» e «a few» indicam sempre número. «Few» tem um sentido mais negativo que «a few», isto é, indica menor número, significa «muito poucos», «quase nenhuns». Por outro lado, «a few» tem um sentido positivo até certo ponto; significa «alguns, embora poucos».
Comparem-se os seguintes exemplos:
He has few friends, you know…
Ele tem poucos amigos, sabes…
He has a few friends, you know…
Ele tem alguns (uns quantos) amigos, sabes…
No primeiro exemplo, a pessoa que fala refere-se à «escassez de amigos», ao passo que no segundo a intenção é de acentuar a «presença de amigos».
«Fewer» (´fjuə [r]) – O determinativo (determinativo – limita a extensão do significado de uma palavra, particularizando o seu conteúdo) «few» admite a desinência do comparativo (comparativo – forma de um adjetivo que mostra se a qualidade em relação a um substantivo existe em grau superior, igual, ou inferior em relação a outro substantivo){o comparativo serve para estabelecer semelhança (comparativo afirmativo de igualdade) ou diferença (qualquer dos outros comparativos: comparativo negativo de igualdade, comparativo de inferioridade, comparativo de superioridade) entre qualidades que duas pessoas, duas coisas, dois animais, duas ideias, etc., ou dois grupos de pessoas, coisas, animais, ideias, etc. possuem em comum.}, significando «menos»:
I have fewer friends than you
Tenho menos amigos que tu.
Nota – O «r» final de «fewer» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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Alínea 7 - «Little» (´litl), adjetivo e pronome – pouco, pouca.
«A little» (ə ´litl), adjetivo e pronome – pouco, pouca, um pouco de.
I have little hope (adjetivo)
Tenho pouca esperança.
Is there any sugar? Yes, there is a little sugar there (adjetivo)
Há algum açúcar? Sim, há um pouco de açúcar ali.
There is too little (pronome)
Há muito pouco.
Never mind, I need only a little. (pronome)
Não faz mal, eu preciso só de um pouco.
«Little» e «a little» referem-se sempre a quantidade e diferem um do outro no mesmo sentido em que «few» difere de «a few»: «little» significa «muito pouco», «quase nada de», ao passo que «a little» significa «algum, embora pouco», «uma pequena quantidade de».
Nota – Para o comparativo e superlativo de «little», veja-se «Comparativos e Superlativos Irregulares dos Adjetivos». «Little» pode ser também um advérbio de quantidade (ver «Advérbios»)
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Alínea 8 - «Several» (´sevrəl), adjetivo e pronome – Alguns, algumas, uns poucos de, umas poucas de, vários, várias.
I have several messages for you (adjetivo)
Tenho vários recados para ti.
Are there any letters for me? Yes, there are several (pronome)
Há algumas cartas para mim? Sim, algumas.
«Several» significa mais de dois, mas não muitos.
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Alínea 9 - «Various» (´veəriəs), adjetivo e pronome – vários, várias
There are various types of plants here (adjetivo)
Há vários tipos de plantas aqui.
I’ve been examining various ones (pronome)
Tenho estado a examinar vários.
«Various», como pronome, usa-se quase sempre com «ones»
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Alínea 10 - «All» (o:l), adjetivo e pronome – Todos, todas, tudo, todo o, toda a, todos os, todas as
All men are mortal (adjetivo)
Todos os homens são mortais
All my friends live in this district (adjetivo)
Todos os meus amigos moram neste bairro
All the week I waited for him (adjetivo)
Esperei por ele toda a semana
He wanted all or nothing (pronome)
Ele queria tudo ou nada
All of you are guilty (pronome)
Vós todos sois culpados
Take all these clothes, all will be needed (pronome)
Leva todos estes fatos, todos hão-de ser precisos
Take all of them, take them all (pronome)
Leva-os todos
«All», como adjetivo, significa «todos, todas, todo, toda»; como pronome, também pode significar «tudo».
«All» emprega-se muitas vezes com outros determinativos: «all these», «all my», etc., tal como em português (determinativo - que limita a extensão do significado de uma palavra particularizando o seu conteúdo). A construção «all of them» (todos eles) não tem paralelo na nossa língua. Dizemos «muitos deles», «poucos deles», etc., mas não «todos deles». De modo idêntico se diz em inglês:
All of you
Todos vós, vocês, etc.
All of us
Todos nós
All of this
Tudo isto
All of it
Tudo isto
All of that
Tudo aquilo
All of it
Tudo aquilo
All of these
Todas estas, Todos estes
All of those
Todos aqueles (aquelas)
All of mine
Todos os meus, minhas
All of your
Todos os teus (tuas, etc.)
Nota: O pronome «all» ocorre em muitas locuções (locução – conjunto de palavras equivalente a uma só) como:
«At all» - «Nothing at all»
Absolutamente nada (at all usa-se como reforço de negativas).
«Not at all»
Não tem de quê – De nada (em resposta a «obrigado»)
«After all»
Afinal
«All over»
Por toda a parte
«All the same»
Mesmo assim, não obstante
«All the better»
Tanto melhor
«In all»
Ao todo
«All right»
«Está bem» (frase feita)
«All at once»
De repente
«All of a sudden»
De repente, inesperadamente, etc.
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Alínea 11 - «Both» (bouθ), adjetivo e pronome – Ambos, ambas, ambos os, ambas as
Both your hands are dirty (adjetivo)
Tens ambas as mãos sujas – Ambas as tuas mãos estão sujas
Both books are good (adjetivo)
Ambos os livros são bons
Let me see the size of your shoes, take them both off. (pronome)
Deixa-me ver a medida dos teus sapatos, tira-os ambos.
If you want these books, take both of them. (pronome)
Se queres estes livros, leva-os ambos.
These dresses are both mine (pronome)
Estes vestidos são ambos meus
A construção de «both» é semelhante à de «all»; apenas, é claro, «both» refere-se somente a duas pessoas, coisas, animais, etc.
Nota: «Both», seguido de «and», pode ser uma conjunção (Ver «Conjunções») [Conjunção – palavra invariável que liga duas frases (orações) ou partes funcionalmente iguais da mesma frase]
Adjetivos e Pronomes Distributivos
Distributive Adjectivesand Pronouns
(Dis´tribjutiv ´ædЗiktivz ənd ´prounaunz)
(A palavra adjectivesand não se encontra no Dicionário da Porto Editora, não se encontra na Enciclopédia Britânica nem na Wikipedia mas, é assim que, está na gramática)
Chamamos a «each», «every», «either» e «neither» adjetivos ou pronomes distributivos porque são assim denominados pela maior parte dos gramáticos. O nome não é suficientemente expressivo, mas está, por assim dizer, consagrado. «Each», «every», «either» e «neither» referem-se sempre a elementos de um grupo de dois ou mais indivíduos (objetos ou ideias).
Alínea 1 - «Each» (i:t∫), adjetivo e pronome – Cada, cada um, cada uma.
Each pupil has a single desk in my class-room/classroom (adjetivo)
Cada aluno tem uma carteira individual, na minha aula.
He makes me angry each time he comes here (adjetivo)
Ele faz-me zangar cada vez que cá vem.
I want each of you to give me twopence (pronome)
Eu quero que cada um de vós me dê dois dinheiros.
I bought two scarves and paid five shillings for each (one) (pronome)
Comprei dois «cache-cols/cachecóis» e paguei cinco xelins por cada.
«Each» corresponde exatamente a «cada», «cada um»
Nota - «Each time» significa «de cada vez»; «each side», «de cada lado», etc., quer dizer, certas combinações de «each» exercem funções de advérbio. (Advérbio – palavra que se junta a adjetivos ou verbos para lhes modificar a significação e exprimir circunstâncias de uma ação, qualidade ou estado. Ex: Aqui está frio; além está calor. Advérbios de Tempo: hoje, ontem, amanhã, etc.; De lugar: aqui, aí, ali, etc.; De modo: bem, mal, assim, etc.; De quantidade: muito, pouco, mais, bastante, etc.; De comparação: como, melhor, pior, etc.; De negação: não, jamais, nunca, etc. ETC.)
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Alínea 2 - «Every» (´evri), adjetivo – Todo o, toda a, todos os, todas as (cada um dos, cada uma das).
«Every one» (´evri wΛn), pronome – Cada um, cada uma.
Every month my sister comes to see me (adjetivo)
Todos os meses a minha irmã vem ver-me.
Every tree in my garden has been planted by myself (adjetivo)
Todas as árvores do meu jardim foram plantadas por mim.
I gave the dog some biscuits and he swallowed every one (pronome)
Dei ao cão alguns biscoitos e o cão engoliu-os todos.
Every one of these boys has had diphtheria (pronome)
Todos estes rapazes tiveram difteria.
A construção de «every» não tem paralelo em português. «Every» é sempre singular e usa-se com singulares, mas refere-se sempre a mais de um objeto; refere-se a cada um dos objetos de um grupo: «every month» significa «todos os meses» (cada um dos meses), «every tree», «todas as árvores» (cada uma das árvores).
Como pronome, nunca aparece isoladamente; vem sempre acompanhado de «one». «He swallowed every one» significa «ele engoliu todos»; «every one of these boys», «todos estes rapazes». Note-se que (tal como acontece com «all», a preposição «of» não se traduz em português:
All of them, every one of them
Todos eles
All of us, every one of us
Todos nós
Tanto «every» como «all» significam todos, mas, restritamente, não se pode dizer que sejam sinónimos. Quando se diz «all the trees in my garden» consideram-se as árvores no seu conjunto e o verbo da oração vai para o plural; na expressão «every tree in my garden», considera-se cada uma das árvores separadamente e o verbo da oração deve estar no singular. Ouvem-se muito expressões como «every single tree in my garden», em que «every» é ainda reforçado pela palavra «single»: «cada uma das árvores» (sem escapar nenhuma).
«Every» usa-se muito em expressões como:
Every other desk
Carteira sim, carteira não
Every other day
Dia sim, dia não
Every three days
De três em três dias
Every four days
De quatro em quatro dias,Etc.
E em compostos:
Everybody
Toda a gente
Everyone
Toda a gente
Everywhere
Em toda a parte
Everything
Tudo
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Alínea 3 - «Either» (´aiðə [r]) ou (´i:ðə [r]), adjetivo e pronome – Qualquer (de dois); Um (de dois)
(Advertência – o símbolo [r] indica que apenas se pronuncia quando a palavra seguinte começa por vogal.)
You may take either grammar-book; they are both good. (adjetivo)
Podes levar qualquer destas (duas) gramáticas; são ambas boas.
February or March, he may come in either month. (adjetivo)
Fevereiro ou Março, ele pode vir num destes (dois) meses.
Take these two boxes away. I don’t want either of them. (pronome)
Leva estas duas caixas. Não quero nenhuma delas.
You will find two roads on your right; you can go by either. (pronome)
Hás-de encontrar duas estradas à tua direita; Podes ir por qualquer delas.
«Either» pode pronunciar-se de duas maneiras. Em qualquer caso, o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
«Either» indica indiferença de escolha entre dois objetos (pessoas, ideias, etc.). Significa o mesmo que «any» (qualquer); apenas, «any» aplica-se a um número ilimitado de objetos , ao passo que «either» só pode referir-se a um ou outro de dois objetos.
Exceção: Expressões como as seguintes têm um significado diferente:
«on either bank of the river»
Nas duas margens do rio
«on either end of the rope»
Nas duas extremidades da corda
«on either side of the road»
Dos dois lados da rua
Nota: «either» pode ser também uma conjunção (ver «Conjunções»)
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Alínea 4 - «Neither» (´naiðə [r]) ou (ni:ðə [r]), adjetivo, pronome – Nenhum, nenhuma (de dois).
Neither explanation was good (adjetivo)
Nenhuma explicação (das duas) foi boa.
Neither coat suits me (adjetivo)
Nenhum casaco (dos dois) me serve.
What a couple! I liked neither of them. (pronome)
Que par! Não gostei de nenhum deles.
Tea or coffee? – Neither, thank you. (pronome)
Chá ou café? – Nem uma coisa nem outra, obrigado.
«Neither» é o contrário de «either» e significa «nem um nem outro», de entre dois.
Nota: «Neither» também pode ser uma conjunção (ver «Conjunções»).
O «r» final de «neither» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal. Esta palavra, como «either», pode pronunciar-se de duas maneiras.
Pronomes Recíprocos
Reciprocal Pronouns
(ri´siprəkəl ´prounaunz)
«Each other» (i:t∫ ´Λðə [r])
«One another» (wΛn ə´nΛðə [r])
Ambos os grupos se traduzem por: - Um ao outro, uma à outra, uns aos outros, uma às outras.
These two brothers don’t like each other (or one another)
Estes dois irmãos não gostam um do outro.
They avoid seeing each other (or one another)
Eles evitam ver-se um ao outro.
They say nothing to each other (or one another)
Eles não dizem nada um ao outro.
They never go to each other’s room (or one another’s room).
Eles nunca vão ao quarto um do outro.
They don’t enjoy each other’s company (or one another’s company)
Eles não apreciam a companhia um do outro.
We should love one another
Devemos amar-nos uns aos outros.
Colleagues should help one another
Os colegas devem ajudar-se uns aos outros.
They should care about one another’s happiness
Devem contribuir para a felicidade uns dos outros.
Tanto «each other» como «one another» podem empregar-se quer quando se trate de dois, quer quando se trate de mais de dois seres vivos, mas há uma tendência para usar «each other» no primeiro caso e «one another» no segundo. «One another» usa-se também quando se trata de dois, mas é mais raro ouvir-se «each other» quando se trata de mais de dois seres vivos.
Os grupos «each other» e «one another» podem usar-se no caso possessivo, como se vê no exemplo: «to each other’s room» (ao quarto um do outro).
Note-se a colocação das preposições nos exemplos dados e compare-se com o português: em inglês, a preposição antecede os pronomes (to each other, about one another’s happiness); em português coloca-se entre os dois determinativos (um ao outro).
Hoje em dia verifica-se uma tendência para evitar estes pronomes, tal como se evitam os pronomes reflexos:
Their shoulders touched
Os seus ombros tocaram um no outro
They married.
Eles casaram.
Pronomes Relativos
Relative Pronouns
(´relətiv ´prounaunz)
Os Pronomes são as palavras que fazem a vez dos nomes/substantivos ou seja: substituem as palavras com que se designam seres concretos (pessoa, animal, coisa, etc.) ou entidades abstratas (acção, estado, qualidade, etc.)
Os pronomes relativos são os que se referem a uma palavra antecedente e introduzem uma oração que a qualifica ou carateriza. A palavra a que o pronome relativo se refere chama-se antecedente do relativo. Exs.:
Cesteiro que faz um cesto faz um cento;
Leve a palma aquele que a merece;
Chegou um homem cujo nome ignoro.
Os Pronomes das três frases são os seguintes: que, que e cujo; Os Antecedentes das três frases são os seguintes: cesteiro, aquele e homem
Alínea 1 – Assunto a – «Who» (hu:), sujeito – que, quem
Assunto b - «Whom» (hu:m), complemento – que, quem
Assunto c - «Whose» (hu:z), caso possessivo (adjetivo) – De quem, do qual, da qual, dos quais, das quais, cujo, cuja, cujos, cujas
■
Assunto a – «Who»:
Fleming was the man who discovered penicillin
Fleming foi o homem que descobriu a penicilina
Those who won received a prize
Os que ganharam receberam um prémio
«Who» só se usa com referência a pessoas, ou coisas e animais personificados
■
Assunto b - «Whom»
That was the boy whom he had seen (compl. direto)
Aquele era o rapaz que ele tinha visto
I know the people whom you asked for help (compl. indireto)
Conheço as pessoas a quem pediste auxílio
She is the girl about whom you are speaking (compl. de preposição)
Ela é a rapariga de quem estás a falar
«Whom» também só se usa com referência a pessoas, ou coisas e animais personificados. Hoje em dia, evita-se o emprego de «whom». Embora se considere incorreto, pessoas relativamente instruídas usam «who» em vez de «whom» como complemento direto. Quando «whom» é complemento de preposição, muitas vezes esta aparece no fim da frase:
She is the girl whom you are speaking about.
■
Quando temos de lidar com uma frase e descobrir se tem ou não tem complemento direto e indireto fazemos duas perguntas ao verbo dessa frase:
Para, numa frase, se descobrir o complemento direto faz-se a pergunta ao verbo: «o que».
Para se descobrir o complemento indireto, numa frase, faz-se a pergunta ao verbo: «a quem».
Exemplos
Qual o complemento direto desta frase: «Contruí uma casa». Fazendo a pergunta «o que» temos a resposta: Contruí o quê? Uma casa. Uma casa será, portanto, o COMPLEMENTO DIRETO.
Qual o complemento indireto desta frase: «Dou dinheiro aos pobres». Fazendo a pergunta «a quem» temos a resposta: Dou dinheiro a quem? Aos pobres. Aos pobres será, portanto o COMPLEMENTO INDIRETO.
Assim, sempre que tivermos que lidar com o complemento direto ou indireto, de uma frase, precisamos de nos lembrar das duas perguntas a fazer ao verbo dessa mesma frase.
Na frase: «Eu dou dinheiro aos pobres» o complemento direto é «dinheiro» e o complemento indireto é «aos pobres». Dou «o quê» e dou «a quem».
É importante.
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Assunto c - «Whose» - De quem, cujo, cuja, cujos, cujas
The girl whose mother I know is there (adjetivo)
A rapariga cuja mãe conheço está ali
Mr. Smith, at whose house I had lunch… (adjetivo)
O Sr. Smith, em casa de quem almocei…
O antecedente de «whose» é quase sempre uma pessoa ou pessoas, mas pode não ser:
The country whose soldiers won the war.
O país cujos soldados ganharam a guerra.
An organization whose business it is to look after the poor
Uma organização cuja atividade é cuidar dos pobres.
Notas – Neste último exemplo observa-se uma repetição do sujeito muito vulgar depois de «whose». Podia dizer-se «whose business is», mas diz-se, quase sempre, «whose business it is».
Hoje em dia, emprega-se vulgarmente «whose» com referência a coisas.
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Alínea 2 - «Which» (wit∫), (hwit∫). – Que, o qual, o que
Ex. 1 – This is the book which I bought
Este é o livro que eu comprei
Ex. 2 – The theatre which I was speaking of is there
O teatro de que eu falava está ali.
Ex. 3 – He laughed, which showed his sense of humor
Ele riu-se, o que mostrou o seu sentido de humor (humorismo)
«Which» não se usa com referência a pessoas (como pronome relativo).
O exemplo 2 apresenta uma construção semelhante à que vimos num exemplo com «whom», com respeito à colocação da preposição no fim da oração relativa. (As orações relativas são introduzidas por um pronome relativo Ex.: «Encontrei quem desejava»; «Quem empresta não melhora».)
O último exemplo 3 mostra «Which» tendo como antecedente uma oração. Neste caso, traduz-se por «o que» e não se deve confundir com «what» porque «what» não tem antecedente expresso e tem sempre um «consequente» (ver «What» mais adiante).
Nota: «Which» exerce funções de determinativo em exemplos como os seguintes:
He worked till 4 o’clock, at which time he had his tea
Ele trabalhou até às 4, hora a que tomou o chá.
A hat with two feathers, which feathers were ridiculously big
Um chapéu com duas penas, as quais penas eram ridiculamente grandes.
A tradução portuguesa destes exemplos não dá bem a noção do emprego de «which» como determinativo. A da primeira frase não é um paralelo exato da construção inglesa; a da segunda frase é mais elucidativa mas não representa uma tradução em bom português. No entanto, o estudante que tenha bem a noção do que é um determinativo verá com facilidade que este emprego de «which» é diferente dos que foram exemplificados anteriormente. (Determinativo – Limita a extensão do significado de uma palavra, particularizando o seu conteúdo)
This is my hat and this is his: don’t forget which is which – Este é o meu chapéu e este é o dele; não te esqueças de qual é o meu e qual é o dele.
Este emprego de «which» é igualmente determinativo: o pronome exerce aqui funções de demonstrativo e não tem correspondente exato em português.
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Alínea 3 - «What» (wot), (hwot) – o que, aquilo que
I don´t understand what he says
Não percebo o que ele diz
I want to know what you are doing
Quero saber o que está a fazer
«what», como pronome relativo, equivale a «that which», «aquilo que». É diferente dos outros pronomes relativos porque contém, por assim dizer, dois elementos: o pronome relativo (which) e o antecedente (that). Tem sido chamado por alguns gramáticos um pronome conjuntivo. (Conjuntivo – que serve para ligar duas palavras ou duas frases/proposições)
Convém não confundir «what» com «which» quando «which» significa «o que». Como se disse (ver «which»), o único pronome relativo que pode ter como antecedente uma oração é «which»
«what» pode ser um determinativo, substituindo «the» ou «all» em exemplos como:
I gave him what money I had (quanto)
Eu dei-lhe quanto dinheiro tinha (o dinheiro que tinha)
What mistakes he made, he didn’t correct
Quantos erros fez, não os corrigiu
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Alínea 4 - «That» (ðæt), (ðət) – Que, o qual, a qual, os quais, as quais
Those are the boys that (who) can sing
Aqueles são os rapazes que sabem cantar.
Give me the knife that (which) cuts well
Dá-me a faca que corta bem
O pronome «that» é invariável. Tem duas formas fonéticas: uma forte e outra fraca (Fonético – relativo ao som da palavra). Pode usar-se com referência a pessoas, animais, coisas, ideias, etc. Substitui muitas vezes «who» (ver 1º ex.) e «which» (ver 2º ex.)
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Omissão dos Pronomes Relativos
(Omissão significa: falta de, deixar para trás)
Exemplos:
This is the man (whom) I saw
This is the man (that) I saw
Este é o homem que eu vi
Here is the chair (which) I bought
Here is the chair (that) I bought
Aqui está a cadeira que eu comprei
The people (whom) we are working for
The people (that) we are working for
As pessoas para quem trabalhamos
The ideals (which) we are working for
The ideals (that) we are working for
Os ideais por que trabalhamos
Conforme mostram os exemplos, o pronome «whom» e os pronomes «that» e «which» quando servem de complemento podem omitir-se (Complemento – palavra ou expressão que completa o sentido de outra). É necessário, no entanto, que se possam subentender precedendo imediatamente o sujeito da oração que introduzem (subentender – admitir mentalmente que possam estar lá e antes do sujeito da oração). Em qualquer outra posição, não podem ser omitidos.
Em todos estes exemplos, o pronome «that» pode substituir «which» e «whom».
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Casos em que o pronome «that» não pode substituir «who», «whom» e «which»
Alínea A -
Nos últimos exemplos apresentados para o caso da omissão dos pronomes relativos (3º e 4º exemplos), apresentámos uma construção bastante vulgar em inglês, que consiste na colocação da preposição no fim da oração relativa.
Vamos mudá-la para antes do pronome:
The people for whom we are working
As pessoas para quem trabalhamos
The ideals for which we are working
Os ideais por que trabalhamos
Construindo as frases deste modo, não poderíamos substituir, aqui, «whom» e «which» por «that» porque o pronome relativo «that» não pode estar ligado a uma preposição.
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Alínea B -
I saw Mary, who gave me this book for you
Eu vi a Maria, que (a qual) me deu este livro para ti
I found a purse, which I took to the police station
Encontrei uma bolsa, que (a qual) levei para a esquadra
Nestes exemplos, «who» e «which» também não se poderiam substituir por «that». O pronome «that» é, por assim dizer, um pronome de identificação – a oração que introduz identifica o seu antecedente. Nos exemplos dados, o antecedente não necessita de ser identificado
Comparem-se as frases dadas atrás com as seguintes:
I saw the girl who (that) was here yesterday
Eu vi a rapariga que estava cá ontem
I found the purse which (that) I had lost
Encontrei a bolsa que tinha perdido
Aqui, já se pode empregar «that» em lugar de «who» e «which» porque o pronome já exerce a função de identificar:
Eu vi a rapariga… (que rapariga?)
- A rapariga que… esteve cá ontem.
Eu encontrei a bolsa… (que bolsa?)
- A bolsa que… eu tinha perdido.
Outro processo prático de estabelecer a distinção é ver quando se pode introduzir a conjunção «and» e um pronome pessoal, em vez do pronome relativo:
«I found a purse and I took it to the police-station».
Nos exemplos em que «that» ocorre, não se poderia fazer esta alteração sem prejuízo do sentido.
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Alínea 5 - «As» (æz), (əz) – Que
I never met such a person as he
Nunca vi (tal) pessoa como ele
That is the same material as I saw at Harrods
Essa é a mesma fazenda que eu vi no Harrods
Considera-se «as» um pronome relativo quando tem por antecedentes expressões em que entrem os determinativos «such» and «same».
Nota - «As» apresenta duas formas fonéticas: uma forte e outra fraca
Adjetivos e Pronomes Interrogativos
Interrogative Adjectives and Pronouns
(intə´rogətiv ´ædЗiktivz ənd ´prounaunz)
Alínea 1 - «Who» (hu:) – Quem?, que pessoa?, que espécie de pessoa?,
«whom» (hu:m) (hum) - Quem?,
«whose» (hu:z) – De quem?
Who is there?
Quem está ali?
To whom does this belong?
A quem pertence isto?
Whose pen is this? (adjetivo)
De quem é esta pena?
You borrowed a pencil. Whose was it? (pronome)
Pediste um lápis emprestado. De quem era?
Aqui, «who, whom e whose» estão empregados como puros interrogativos, interrogativos diretos.
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I don’t know who is there
Não sei quem está ali.
Tell me from whom you borrowed that pencil
Diz-me a quem pediste esse lápis emprestado
I don’t remember whose book this is
Não me lembro de quem é este livro
Nestas orações interrogativas indiretas, os mesmos pronomes exercem também funções de relativos (ver «Pronomes Relativos»)
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Alínea 2 - «Which» (wit1) - Que, qual
Which lady do you want to see? (adjetivo)
Com que senhora quer falar? (que senhora quer ver?).
You told me one of you brothers is ill. Which (one)? (Pronome)
Disseste-me que um dos teus irmãos está doente. Qual?
Which book are you taking with you? (adjetivo)
Que livro levas contigo?
Is that one by Shaw? Which? (Pronome)
É um de Shaw? Qual?
Note-se que «which», como interrogativo, pode referir-se a pessoas.
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Em interrogações indiretas, servindo também de relativo:
Nobody knows which way he took
Ninguém sabe que caminho ele levou
Tell me which you prefer
Diz-me qual preferes.
Nota – Para confronto, ver «Pronomes Relativos»
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Alínea 3 - «What» (w#t), (hw#t) – Que, o que
What languages do you speak? (adjetivo)
Que línguas falas?
What are you doing? (pronome)
Que estás a fazer?
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«What» usa-se, também, em interrogações indiretas, servindo de relativo:
Tell me what you are doing
Diz-me o que estás a fazer
I don’t know by what train he is going
Não sei em que comboio ele vai
Nota – Para confronto ver «Pronomes Relativos»
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«What a», «what», em exclamações (que!):
What a pretty little house!
Que casinha bonita!
What nice stockings you have on!
Que lindas meias tu tens (trazes)!
What beautiful weather we’re having!
Que lindo tempo temos tido!
«What», nestes exemplos, não se deveria considerar um pronome interrogativo mas sim um adjetivo exclamativo, expressão que o qualifica com maior exatidão.
Colocamo-lo, no entanto, neste capítulo para conveniência de estudo e por ser por alguns gramáticos incluído entre os pronomes interrogativos.
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«What» entra em inúmeras expressões idiomáticas como:
What about? – What about this?
Que me dizes acerca disto?
What of? – Well, what of that?
Bem, que importância tem isso?
What if…? – What if it rains?
E se chover?
What…like? – What is it like?
Como é? (Que aspeto tem?)
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Diferenças entre «what» e «which» como interrogativos
Ambos significam «que?», «o que?», mas «which» implica geralmente uma ideia de escolha entre os vários elementos mencionados ou subentendidos (pode significar«qual»):
Which sweets do you prefer?
Que doces preferes? – Quais dos doces preferes (de entre estes).
What sweets do you prefer?
Que doces preferes? – Que espécie de doces preferes? (de entre todos os doces).
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«Who», «which» e «what» em compostos com «ever».
Whoever he is, I don’t want to see him
Seja ele quem for, não quero vê-lo
Whichever you may choose, they are all the same price
Escolha o que escolher, são todos do mesmo preço
Whatever he may say, don’t answer him
Diga ele o que disser, não lhe respondas.
Estas construções idiomáticas ocorrem geralmente em orações concessivas, cujas traduções para português exigem o verbo no conjuntivo (diga…; escolha…; seja…).
A proposição concessiva indica uma circunstância que, embora contrarie a ação enunciada na subordinante não impede que esta se realize. A proposição concessiva é uma oração conjuncional introduzida por conjunções ou locuções conjuncionais. Ex.: Não consinto, ainda que me peça de joelhos.
(Ainda que é uma conjunção subordinativa concessiva. As conjunções subordinativas ligam duas proposições, uma das quais completa ou determina o sentido da outra; diz-se subordinante se dessa oração dependerem outra, ou outras, que lhe completem o sentido)
VERBOS
Verbs (və:bz)
Noções essenciais acerca da natureza dos verbos ingleses
Alínea 1 – A conjugação inglesa é essencialmente constituída por tempos compostos, isto é, formados com verbos auxiliares.
Entendendo por tempo a combinação de tempo, modo e voz, existem apenas dois tempos simples em inglês:
Alínea a – O presente do indicativo - «simple present» (simpl preznt).
Ex.:
I like (ai laik)
Eu gosto
Alínea b – O pretérito imperfeito ou perfeito do indicativo – «simple past» (simpl pα:st)
Ex.:
I liked (ai laikt)
Eu gostava ou gostei
Todos os outros tempos são compostos.
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Alínea 2 – Nos tempos simples, apenas a terceira pessoa do singular do presente do indicativo apresenta uma desinência distinta – a desinência «s» ou «es», conforme os casos. De resto, todas as pessoas são iguais à primeira do singular. (desinência – elemento terminal/do fim de uma palavra)
Ex.:
I like, you like, he (she, it) likes, we like, you like, they like.
I liked, you liked, he (she, it) liked, we liked, you liked, they liked
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Alínea 3 – A forma do presente é sempre igual à do infinito (com exceção do verbo to be)
Ex.:
Infinito: To like
Presente: I like
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Alínea 4 – O infinito, quando empregado isoladamente, é precedido da partícula «to»
Ex.:
To like, to go, to write
(gostar, ir, escrever)
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Alínea 5 – A forma do pretérito («simple past») pode ser igual à do presente, pode derivar dela tomando uma desinência, ou pode ser diferente, pela mudança da vogal do radical.
(radical – parte invariável de uma palavra)
Ex.:
Igual à forma do presente:
I cut
– eu corto
I cut
– eu cortei ou cortava
Derivada da forma do presente:
I like
– eu gosto
I liked
– eu gostei ou gostava
Diferente da forma do presente:
I see
– eu vejo
I saw
– eu vi ou via
I buy
– eu compro
I bought
– eu comprei ou comprava
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Alínea 6 – A forma do particípio passado (past participle) pode ser igual à do pretérito (simple past) ou pode ser diferente, pela alteração da vogal do radical ou da desinência, ou por ambas as alterações:
(desinência – elemento terminal/do fim de uma palavra)
Ex.:
Igual à forma do pretérito:
I liked
(pretérito – simple past) – eu gostei ou gostava
Liked
(particípio passado – past participle) - gostado
Diferente da forma do pretérito:
I saw
(pretérito – simple past) – eu vi ou via
Seen
(particípio passado – past participle) – visto
I broke
(pretérito – simple past) – eu quebrei ou quebrava
Broken
(particípio passado – past participle) – quebrado
Há ainda a contar com verbos anómalos, que apresentam formas totalmente diferentes no presente, pretérito e particípio passado.
■
Alínea 7 – A forma do particípio presente (present participle) termina sempre em «–ing», desinência que pode ser acrescentada à forma do infinito com ou sem alterações gráficas e fonéticas:
Ex.:
Infinito (to) like;
Particípio presente liking (gostando)
Infinito (to) cut;
Particípio presente cutting (cortando)
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Conclusões – Do que dissemos, podemos concluir que, para conjugar um verbo em inglês, precisamos de conhecer:
As suas três formas principais – «Leading Forms» (´li:diŋ fo:mz):
– A forma do infinito e do presente
– A forma do pretérito (pretérito – simple past)
– A forma do particípio passado (particípio passado – past participle)
A conjugação dos verbos auxiliares que servem para formar os tempos compostos.
Os principais verbos auxiliares são (nas suas formas principais):
To be (tə bi:) – was (woz) – been (bi:n) – ser ou estar
To have (tə hæv) – had (hæd) – had (hæd) – ter
To do (tə du:) – did (did) – done (dΛn) – fazer
Este último emprega-se na forma interrogativa, negativa e enfática.
Há ainda outros verbos que servem de auxiliares em construções idiomáticas. São chamados por alguns gramáticos «verbos defetivos», por outros «verbos auxiliares de modo», e recentemente têm sido denominados «verbos finitos anómalos» (gramático Palmer).
(verbos defetivos – são os verbos que não se conjugam em todas as formas do paradigma/modelo/norma a que pertence)
As suas formas principais são:
Forma do presente – Forma do pretérito – Forma do particípio
Shall – should – -----
Will – would – -----
Can – could – -----
May – might – -----
Must – ----- – -----
Let – let – let
Ought – ----- – -----
Como se vê, são todos irregulares e quase todos defetivos. Podem ter vários significados, razão por que não os traduzimos nesta lista.
Conhecendo a conjugação dos verbos auxiliares principais e a dos auxiliares de modo, bem como as três formas mais importantes de um verbo, podemos conjugá-lo sem dificuldade em todos os tempos, idiomáticos ou não idiomáticos.
Começaremos, pois, por estudar os verbos auxiliares.
VERBOS AUXILIARES
Auxiliary Verbs (#:g´ziljEri vE:bz)
Como os tempos compostos de todos os verbos – auxiliares ou não auxiliares – se formam da mesma maneira, o intuito deste capítulo é fazer que o aluno fique a conhecer as formas simples dos verbos auxiliares, que nem sempre são regulares.
Num capítulo mais avançado, e já de posse dos elementos necessários, estudaremos a conjugação inteira de qualquer verbo.
♣
O VERBO «TO BE» (tE bi:) – SER ou ESTAR
Presente do Indicativo – Simple Present (´simpl ´preznt)
[r] - O «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal
I am (ai "m)
You are (ju: a: [r])
He, she, it is (hi:, 1i:, it iz)
We are (wi: a: [r])
You are (ju: a: [r])
They are (Uei a: [r])
Exemplos:
I am a pupil
– sou um aluno
I am all right
– estou bem
You are better
– tu estás melhor; você está melhor; vocês estão melhor
You are English
– tu és inglês, você é inglês, vocês são ingleses
He is a teacher
– ele é professor
He is here
– ele está aqui
She is worse
– ela é, ou está, pior
It is clean
– (isto) é, ou está, limpo
We are rich
– nós somos, ou estamos, ricos
They are poor
– eles são, ou estão, pobres
O presente do indicativo do verbo to be apresenta apenas três formas distintas; a segunda pessoa do singular e as três pessoas do plural têm uma forma comum.
Como se vê por estes exemplos, o verbo to be significa ser ou estar.
Nota – Na palavra «are», o som (r) pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
Pretérito Imperfeito ou Perfeito – Simple past (´simpl pA:st)
I was (ai w#z)
You were (ju: wE:[r])
He, she, it was (hi:, 1i:, it w#z)
We were (wi: wE:[r])
You were (ju: wE:[r])
They were (Uei wE:[r])
Exemplos:
I was a child
Eu era ou fui uma criança
You were rich
Tu eras, ou estavas rico; você era, ou estava rico; vocês eram, ou estavam, ricos –– tu foste, ou estiveste rico; você foi, ou esteve, rico; vocês foram, ou estiveram, ricos
He was poor
Ele era, foi, estava, ou esteve, pobre
She was very kind
Ela era, ou foi, muito amável
We were ill
Nós estivemos, ou estávamos, doentes
They were there
Eles estiveram, ou estavam, lá
Correspondendo este tempo ao nosso pretérito imperfeito ou perfeito do indicativo, e significando o verbo «ser» ou «estar», as traduções possíveis são múltiplas.
Nota: na forma «were» o som (r) pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
Particípio Presente – Present Participle (´preznt ´pA:tsipl)
Being (´bi:iN) – estando ou sendo
Usa-se apenas em tempos compostos ou em expressões idiomáticas, que veremos mais tarde.
■
Particípio Passado – Past Participle (pA:st ´pA:tsipl)
Been (bi:n) – sido ou estado
Aprenderemos o uso desta forma ao estudarmos os tempos compostos.
■
Infinito – Infinitive (in´finitiv)
To be (tE bi:) – ser ou estar
■
Consequentemente, as formas principais («leading forms») do verbo to be são:
To be – was – been
Nota – A forma arcaica (arcaico – antigo, muito antigo) da segunda pessoa do singular do presente e do pretérito eram «thou art» (Uau A:t) e «thou wert» (Uau wE:t), que aparecem apenas em linguagem literária e religiosa (na Bíblia e em orações).
As formas verbais que apresentámos até aqui são as preferidas na linguagem oral cuidada e na literária. Além disso, empregam-se sempre na chamada forma enfática, isto é, quando se pretende dar ênfase ao verbo.
■
Formas Contractas e Formas Fracas
Contracted and Weak Forms
(kEn´tr"ktid End wi:k f#:mz)
Algumas vezes (em geral quase sempre na linguagem de todos os dias) as formas «am», «is» e «are» aparecem contraídas com o pronome-sujeito, como nos seguintes exemplos:
I’m a student (aim E ´stju:dnt)
Eu sou estudante
You’re my friend (ju: E mai frend)
Tu és meu amigo
He’s a good boy (hi: z E gud b#i)
Ele é um bom rapaz
She’s here (1i: z hiE)
Ela está cá
It’s a nice film (it z E nais film)
É um filme agradável
We’re happy here (wi: E ´h"pi hiE)
Somos felizes aqui
You’re kind, my boys (ju: E kaind mai boiz/b#iz)
Vocês são amáveis meus rapazes
They’re in the garden (Uei r in UE ´gA:dn)
Eles estão no jardim
Note-se também que, sem chegar à contração, é possível no discurso/fala abreviar as formas verbais tornando-as fracas:
We were there (wi: wE U3E)
He was here (hi: wEz hiE)
O «r» das formas «are» e «were» – fortes, fracas e contratas – pronuncia-se sempre que a palavra seguinte comece por vogal, como no último exemplo:
They’re in the garden (Uei r in UE ´gA:dn)
■
Forma Interrogativa – Interrogative Form (intE´r#gEtiv f#:m)
Am I better, doctor?
Estou melhor doutor?
Are you there, John?
Estás aí João?
Is Mary happy?
A Maria é feliz?
Is she here?
Ela está aqui?
Are we all here?
Estamos cá todos?
Are they your friends?
Eles são teus amigos?
Was I in the way?
Eu estava no seu caminho (eu estava a atrapalhá-lo)?
Were you here?
Estavas aqui?
Was he ill?
Ele estava doente?
Was it a letter?
Era uma carta?
Were they at home?
Eles estavam em casa?
Como se vê, na forma interrogativa o sujeito passa para depois do verbo, isto é, dá-se a inversão do sujeito.
■
Forma Negativa – Negative Form (´negEtiv f#:m)
I am not a millionaire
I’m not a millionaire
Não sou milionário
You are not ill, are you?
You’re not ill, are you?
You aren’t ill, are you?
Não estás doente pois não?
He is not in at the moment
He’s not in at the moment
He isn’t in at the moment
Ele não está em casa, neste momento
She is not well
She’s not well
She isn’t well
Ela não está bem
It is not gold, it is copper
It’s not gold, it’s copper
It isn’t gold, it’s copper
Não é ouro, é cobre
We are not children
We’re not children
We aren’t children
Não somos crianças
They are not with us
They’re not with us
They aren’t with us
Não estão conosco
I was not angry
I wasn’t angry
Eu não estava zangado
You were not in the church this morning
You weren’t in the church this morning
Tu não estavas na igreja esta manhã
He was not so thin
He wasn’t so thin
Ele não era tão magro
She was not here last year
She wasn’t here last year
Ela não estava cá o ano passado
It was not the postman
It wasn’t the postman
Não era o carteiro
They were not right
They weren’t right
Eles não tinham razão (não estavam dentro da razão)
Como se vê, a par da forma negativa completa, há duas formas contractas. A primeira, que já conhecemos, mostra a contração do verbo com o sujeito. «He’s», «we’re». Na segunda, o verbo contrai-se com a negativa «not» formando
«isn’t» (iznt), «aren’t»
(A:nt), «wasn’t» (w#znt) e «weren’t» (wE:nt). As formas contractas são mais usadas do que a forma completa, na linguagem falada. Mas quando se pretende dar ênfase, empregam-se as formas completas e não as contractas.
■
Forma Interrogativa-Negativa
Am I not right?
Não tenho razão?
Are you not with us?
Aren’t you with us?
Não estás conosco?
He is rich, is he not?
He is rich, isn’t he?
Ele é rico, não é?
Is she not your sister?
Isn’t she your sister?
Ela não é tua irmã?
It is cold, is it not?
It’s cold, isn’t it?
Está frio, não está?
We are friends, are we not?
We’re friends, aren’t we?
Somos amigos, não somos?
Are they not the Simpsons?
Aren’t they the Simpsons?
Não são os Simpsons?
I was here first, was I not?
I was here first, wasn’t I?
Eu estava aqui primeiro, não estava?
You were with me, were you not?
You were with me, Weren’t you?
Tu estavas comigo, não estavas?
It was hotter yesterday, was it not?
It was hotter yesterday, wasn’t it?
Estava mais quente ontem, não estava?
They were clever, were they not?
They were clever, weren’t they?
Eles foram espertos, não foram?
A interrogativa-negativa apresenta as mesmas formas contractas da negativa. Estas usam-se quase sempre na linguagem falada, excepto quando se pretende dar ênfase à negação.
Na linguagem familiar, usa-se ainda outra forma que não apresentámos até aqui, a forma contracta da primeira pessoa do singular:
I’m a nuisance to you, aren’t I? (A:nt ai ?)
Sou uma maçada para ti, não sou?
Esta forma não é aceite como correta por todas as autoridades, embora muitos afirmem que não se trata da forma «are», usada em vez de «am», mas da contração de «am» e «not», que deu primeiro «am’t» e depois «aren’t» por analogia com «are not». (analogia – relação de semelhança)
(Ainda por corrigir)
VERBOS AUXILIARES
Auxiliary Verbs (#:g´ziljEri vE:bz)
Como os tempos compostos de todos os verbos – auxiliares ou não auxiliares – se formam da mesma maneira, o intuito deste capítulo é fazer que o aluno fique a conhecer as formas simples dos verbos auxiliares, que nem sempre são regulares.
Num capítulo mais avançado, e já de posse dos elementos necessários, estudaremos a conjugação inteira de qualquer verbo.
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O VERBO «TO HAVE» (tE h"v) – TER
Presente do Indicativo
Simple Present
I have (ai h"v)
You have (ju: h"v)
He, she, it has (hi:, 1i:, it h"z)
We have (wi: h"v)
You have (ju: h"v)
They have (Uei h"v)
Ex.:
I have a car
Eu tenho um carro
We have enough sugar
Nós temos bastante açucar
You have money
Tu tens (Vocês têm) dinheiro
They have a nice house
Eles têm uma casa bonita
He has a long nose
Ele tem um nariz comprido
She has my book
Ela tem o meu livro
This table has tree legs
Esta mesa tem três pernas
O verbo «to have» nem sempre significa «ter»: usa-se num sem-número de expressões idiomáticas em que o sentido de «possuir» se perdeu.
Ex.:
We have tea at five
Tomamos chá às cinco horas
They have a chat every day
Eles conversam um pouco todos os dias
She has lunch at her grandfather’s
Ela almoça em casa do avô (dela)
The dog had its meat just now
O cão comeu (a sua) carne agora mesmo
Como este emprego idiomático é mais frequente que o literal, passaremos a usá-lo nos exemplos que se seguem, a fim de os tornar mais naturais (idiomático – que funciona como um todo e não pode ser entendido palavra a palavra) (literal – palavra a palavra; rigoroso). O nosso objetivo é que se aprenda a gramática simultaneamente com a língua e não isolada dela, de um modo artificial.
■
Pretérito Perfeito ou Imperfeito
Simple past
I, You, he, she, it, we, you, they
Had
(h"d)
Ex.:
I had a bathe in the sea
Tomei um banho de mar
You had more books than these
Tu tinhas (vocês tinham) mais livros que estes
He had his soup before me
Ele tomou a (sua) sopa antes de mim
We had the same money as you
Nós tínhamos o mesmo dinheiro que vós
They had dinner with us
Eles jantaram conosco
Nestas frases encontram-se mais alguns exemplos em que o verbo «to have» está usado idiomaticamente com certos substantivos e, de conjunto com eles, deixa de significar «ter», «possuir».
Tais frases idiomáticas referem-se sobretudo a ações da vida diária como: tomar banho, almoçar, tomar o pequeno almoço, jantar, tomar chá, sentar-se, conversar, fumar, etc.
Emprega-se ainda o verbo «to have» noutra aceção/interpretação/sentido muito corrente:
Ex.:
I had a suit made
Mandei fazer um fato
Have these letters typed
Mande passar estas cartas à máquina
Aqui, o verbo «to have» usa-se no sentido de «mandar», e tem como complemento um particípio passado o do verbo que indica a ação ordenada (complemento – aquilo que completa).
Os oferecimentos «de praxe» (praxe – cerimónia, etiqueta, respeito) são quase todos expressos com o verbo «to have»:
Will you have a seat?
(Please) have a seat.
Queira sentar-se
Will you have a cigarette?
(Please) have a cigarette.
Quer um cigarro?
Will you have some tea?
(Please) have some tea.
Não quer uma chávena de chá?
Nestes exemplos, empregam-se formas do futuro, construídas com o auxiliar «will». Como a formação do futuro é igual para todos os verbos (exceto os defetivos), veja-se o «Simple Future» - «Formação e Emprego dos Tempos da Conjugação Inglesa».
■
Particípio Presente
Present Participle
Having – (´h"viN) – (tendo)
Usa-se apenas em tempos compostos ou em expressões idiomáticas, que veremos mais tarde.
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Particípio Passado
Past Participle
Had (h"d) – (tido)
Usa-se apenas em tempos compostos
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Infinito
Infinitive
To have (tE h"v)
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Formas Principais
Leading Forms
To have – had – had
Resumindo: As formas simples do verbo «to have» são: have, has, had, having – quatro apenas. Para os tempos formados com verbos auxiliares, veja-se o capítulo «Formação e Emprego dos Tempos da Conjugação Inglesa».
■
Formas Contractas e Fracas
Tal como acontece com o verbo «to be», o verbo «to have» apresenta formas contractas e formas fracas, mas tais formas só ocorrem quando o verbo exerce funções de auxiliar, àparte raras exceções. Veremos, portanto, as formas fracas e contractas de «to have» ao estudarmos a forma do «perfeito» que é contruída com este verbo.
■
Forma Interrogativa
Have I a stain on my hat?
Tenho uma nódoa no chapéu?
Have you a match?
Tens um fósforo?
Has he a scar?
Ele tem uma cicatriz?
Have we enough food?
Temos comida suficiente?
Have they a new secretary?
Eles têm uma nova secretária?
Had you curly hair when you were a child?
Tinhas cabelo encaracolado quando eras criança?
Had they servants before?
Eles tinham criados antes?
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Forma Negativa
I have not a single penny
I haven’t (ai ´h"vnt) a single penny
Não tenho dinheiro nenhum
You have not a proper dress to wear
You haven´t (ju ´h"vnt) a proper dress to wear
Não tens um vestido decente para pôr
He has no children
He hasn’t any (hi ´h"znt ´eni) children
Ele não tem filhos
They have not enough money
They haven’t (Uei ´h"vnt) enough money
Não têm dinheiro suficiente
They had no chickens in their garden before
They hadn’t any (Uei ´h"dnt ´eni) chickens in their garden before
Eles não tinham galinhas no quintal antigamente
These trees had no leaves a month ago
These trees hadn’t any (Ui:z tri:z ´h"dnt ´eni) leaves a month ago
Estas árvores não tinham folhas há um mês
You had no right to do that
You hadn’t any (ju h"dnt ´eni) right to do that
Não tinhas o direito de fazer isso
Nota: «Not a» ou «not any» substituem-se por «no», exceto quando o determinativo se usa enfaticamente, como no exemplo «I haven’t a single penny» (não tenho sequer um único «penny»).
Have, has e had contraem-se com «not» em «haven’t» «hasn’t» e «hadn’t» (h"vnt) (h"znt) (h"dnt).
As formas contractas são muito mais comuns do que as formas completas, sobretudo na linguagem falada.
■
Forma Interrogativa-Negativa
Haven’t I a right to speak?
Não tenho o direito de falar?
Haven’t you an umbrella?
Não tens um guarda-chuva?
Hadn’t he a rich uncle?
Ele não tinha um tio rico?
Hasn’t the saucepan a lid?
A panela não tem tampa?
Haven’t they a lot of money?
Eles não têm muito dinheiro?
Também se pode usar «no», em vez de «not a» e «not any», como em:
Have I no right to speak?
Has he no manners?
Eles não têm educação?
(É assim que está na gramática! Sendo aluno não emendo.)
Have you no mercy?
Não tens compaixão?
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Forma composta com «got»
A forma «got», particípio do verbo «to get» (obter), aparece muito numa construção com «to have», quando este significa «possuir». Esta construção é muito usada na linguagem falada de todos os dias, e por isso convém aprendê-la logo que se aprende o verbo «to have».
I’ve got (ai v g#t) a new coat
Tenho um casaco novo
Have you got a pair of scissors?
Tens uma tesoura?
He hasn’t got (hi ´h"znt g#t) any more ink.
He’s got (hi z g#t) no more ink.
Ele não tem mais tinta
You’ve got (ju v g#t) a nice house
Tens uma casa bonita
Have we got all we want?
Temos tudo de que precisamos?
They haven’t got (Uei ´h"vnt g#t) any money
They’ve got (Uei v g#t) no money
Eles não têm dinheiro
She’s got (1i z g#t) a lovely dog
Ela tem um cão encantador
Hasn’t she got (´h"znt 1i g#t) a nice hat?
Ela não tem um chapéu bonito?
Haven’t they got (´h"vnt Uei g#t) any relatives?
Eles não têm parentes?
Como se vê, as combinações são múltiplas. De um modo geral, as formas do verbo «to have» tendem a abreviar-se ou a enfraquecer antes de «got»
(Ainda por corrigir)
VERBOS AUXILIARES
Auxiliary Verbs (#:g´ziljEri vE:bz)
Como os tempos compostos de todos os verbos – auxiliares ou não auxiliares – se formam da mesma maneira, o intuito deste capítulo é fazer que o aluno fique a conhecer as formas simples dos verbos auxiliares, que nem sempre são regulares.
Num capítulo mais avançado, e já de posse dos elementos necessários, estudaremos a conjugação inteira de qualquer verbo.
♣
O VERBO «TO DO» - (tE du:) - Fazer
Presente do Indicativo
Simple Present
I do (ai du:)
You do (ju: du:)
He, she, it does (hi:, 1i:, it, d8z)
We do (wi: du:)
You do (ju: du:)
They do (Uei: du:)
Exemplos:
I always do my morning exercise
Eu faço sempre o meu exercício da manhã
You do me a great favour
Tu fazes-me (vocês fazem-me) um grande favor
We do our duty
Nós fazemos o nosso dever
They do their job very well
Eles fazem o seu trabalho muito bem
He does what he says
Ele faz o que diz
It does me good to run
Faz-me bem correr
■
Pretérito Perfeito ou Imperfeito
Simple Past or Past Indefinite
I, you, he, she, it, we, you, they
did (did)
Exemplos:
I did this
Eu fiz isto
You did well
Tu fizeste (vocês fizeram) bem
They did everything themselves
Eles fizeram tudo sozinhos
■
Particípio Presente
Present Participle
doing (´du:iN) - fazendo
Usado apenas em tempos compostos e construções idiomáticas
■
Particípio Passado
Past Participle
done (d8n) - feito
Usado apenas em tempos compostos
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Infinito
Infinitive
To do (tE du:) – fazer
■
Formas Principais
Leading Forms
To do – did – done
Resumindo: as formas simples de «to do» são cinco: do, does, did, doing, done.
A forma «do» aparece poucas vezes isoladamente. Ocorre muito em combinação com os auxiliares de modo em expressões como: I can do, I must do, I should do, etc.
Nota: há que distinguir entre o verbo «to do» e o verbo «to make». Ambos significam «fazer», mas «to make» é mais usado no sentido de «confecionar»/manejar/preparar manualmente e «to do» no sentido geral.
I do my duty
Eu faço o meu dever
I make my hats
Eu faço os meus chapéus
They do their job
Eles fazem o seu trabalho
They make very good bread
Eles fazem muito bom pão
Diz-se, no entanto, to make noise (fazer barulho), to make a fuss (fazer «cena»), to make a mistake (fazer um erro), etc.
Também se emprega «to make» no sentido de obrigar: I made him speak (eu fi-lo falar).
■
Funções do verbo «to do»
O verbo «to do», como veremos, serve para construir a forma interrogativa e negativa (ver «Forma Interrogaiva e Negativa dos verbos).
■
O verbo «to do» serve para reforçar outros verbos, construindo a forma enfática:
I do want to go
Eu quero ir (tenho muito empenho/vontade em ir).
I did try, but I failed
Eu bem tentei, mas não consegui
Please, do come!
Venha, por favor!
They did enjoy the performance
Eles apreciaram muito a representação
■
O verbo «to do» substitui outros verbos quando se pretende evitar repetições:
You speak better than he does (than he speaks).
Tu falas melhor que ele (fala).
I can’t run as fast as you do (as you run)
Não posso correr tão depressa como tu (corres).
I bought exactly the same material as she did.
Comprei exatamente a mesma fazenda/tecido que ela.
You waited as long as I did.
Esperaste tanto tempo como eu.
Como verbo auxiliar das formas interrogativa, negativa e enfática, e quando substitui outros verbos, escusado será dizer que não se traduz por «fazer». Quando significa «fazer» isto é, quando é usado como verbo principal (da frase), aparece como auxiliar de si próprio, como veremos mais tarde.
(Ainda por corrigi
VERBOS FORTES, FRACOS E MISTOS
Strong, Weak and Mixed Verbs
(str#N, wi:k End ´mikst vE:bz)
Como se disse, todos os verbos ingleses que não são defetivos têm três formas principais que nos dão todos os elementos necessários para podermos conjugá-los em todos os tempos:
(defetivo – diz-se do verbo que se não conjuga em todas as formas do modelo a que pertence)
A forma do infinito ou do presente
A forma do pretérito
A forma do particípio passado
■
Verbos como:
To like – liked – liked
(tE laik - laikt - laikt)
To build – built – built
(tE bild - bilt - bilt)
To put – put – put
(tE put - put - put)
Que:
Não mudam a vogal do radical no pretérito e particípio;
(radical – parte invariável de uma palavra)
Terminam em «d», «ed» ou «t» no pretérito e particípio;
Ou têm as três formas principais iguais, chamam-se:
verbos fracos
■
Verbos como:
To see – saw – seen
(tE si: - sE: - si:n)
To sing – sang – sung
(tE siN - s"N - s8N)
To take – took – taken
(tE teik - tuk - ´teikEn)
Que:
Mudam a vogal do radical no pretérito.
Terminam em «n» ou «en» no particípio chamam-se:
verbos fortes
■
Verbos como:
To mow – mowed – mown
(tE mou – moud – moun)
To saw – sawed – sawn
(tE s#: - s#:d - s#:n)
To show – showed – shown
(tE 1ou - 1oud - 1oun)
que têm caraterísticas de verbos fortes e de verbos fracos chamam-se
verbos mistos.
Há tipos diferentes de verbos fortes, de verbos fracos e de verbos mistos. Alguns gramáticos distinguem entre fortes regulares e fortes irregulares, fracos regulares e fracos irregulares. Os mesmos verbos, em diferentes gramáticas, aparecem umas vezes como verbos mistos, outras como fortes ou fracos irregulares. Alguns autores baseiam-se nas formas atuais dos verbos, outros na sua evolução histórica, e consequentemente, há grande desacordo quanto à classificação dos mesmos.
A nosso ver, a questão da classificação não tem importância de maior para um aluno do Liceu; o essencial é conhecer as formas principais de cada verbo e saber distinguir, em cada uma delas, as caraterísticas fortes das caraterísticas fracas.
Damos no fim do livro uma lista dos verbos fracos irregulares, fortes e mistos, agrupados em diferentes categorias para efeitos de consulta.
http://www.jorgereal.pt/6/000-gram-30.htm
Aconselhamos a que, sempre que se depare ao estudante um verbo desconhecido, ele faça por aprender de cor as três formas principais desse verbo.
Os verbos fortes e mistos são muitos. São restos da chamada «conjugação morta», isto é, das conjugações do antigo inglês. Os verbos mistos são exemplos da tendência que tem transformado os verbos fortes em fracos.
Os verbos fracos formam a chamada «conjugação viva». Verbos que se criem hoje em dia são todos fracos.
O carácter plástico da língua inglesa permite que se forme um verbo de qualquer palavra:
Ex.: Mother (mãe) – to mother somebody
Fazer de mãe de alguma pessoa, isto é, protegê-la e dar-lhe conselhos, etc.
A influência do cinema neste sentido é grande. Sobretudo em cenas cómicas, tomam-se as maiores liberdades linguísticas:
- I beg your pardon, Sir!
- Don’t beg-your-pardon me!
Não me venhas cá com pedidos de perdão!
De resto, exemplos como este não devem causar admiração se nos lembrarmos que Shakespeare (Século XVI) escreveu:
«But me no buts»
Não me venhas com «mas»
Em que a conjunção «but» é usada como verbo e, a seguir, como substantivo.
(Ainda por corrigir)
Formação, Significado e Emprego dos Tempos do Modo Indicativo na Conjugação Inglesa
O presente capítulo tem por fim mostrar como se formam e em que circunstâncias se usam os diferentes tempos verbais em inglês. Quando dizemos «tempos», referimo-nos às diferentes combinações de «tempo, modo e voz». Os tempos, modos e vozes em inglês não se usam sempre nas mesmas situações que os seus correspondentes na nossa língua.
A conjugação inglesa é diferente da nossa. Deve aprender-se cada um dos tempos relacionando-o com o seu emprego e significado e não com o tempo paralelo na conjugação dos verbos portugueses.
■
Há na conjugação inglesa:
Alínea a – Três tempos: presente – present (´preznt), pretérito – past (pA:st) e futuro – future (´fju:t1E).
Alínea b – Três modos principais: indicativo – indicative mood (in´dikEtiv mu:d), conjuntivo – subjunctive mood (sEb´d[8ktiv mu:d) e imperativo – imperative mood (im´perEtiv mu:d)
(O conjuntivo e o imperativo estudar-se-ão muito mais para diante)
Alínea c – Duas vozes: ativa – active voice (´"ktiv v#is) e passiva – passive voice (´p"siv v#is)
Alínea d – Existem ainda quatro formas de construção, determinadas pelo uso dos verbos auxiliares (como dissemos, quase todos os tempos ingleses são compostos):
A forma simples – simple form (´simpl f#:m)
A forma contínua ou progressiva – progressive or continuous form (prE´gresiv #: kEn´tinjuEs f#:m)
A forma do perfeito – perfect form (´pE:fikt f#:m)
A forma progressiva ou contínua do perfeito – perfect continuous form (´pE:fikt kEn´tinjuEs f#:m)
Em cada uma destas formas há a considerar os tempos: presente, pretérito e futuro – Present, past and future.
As designações que acabamos de mencionar têm aplicação regular apenas com referência ao modo indicativo, porque a formação do modo conjuntivo em inglês é inteiramente idiomática. Estudá-la-emos num capítulo à parte, depois de havermos estudado os verbos auxiliares de modo.
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Forma Enfática
Esta forma constrói-se com o verbo «to do» e só se aplica ao «simple present», ao «simple past» (isto é, ao presente e pretérito da forma simples) e ao modo imperativo. Ver «Funções do verbo to do» e «Imperativo Enfático».
■
Vejamos agora, em esquema, os diferentes tempos que há a considerar no modo indicativo. Como é aconselhável que se estude a conjugação inglesa sem estabelecer paralelos com a nossa, como um assunto novo, daremos apenas as designações inglesas para evitar confusões.
O quadro é o seguinte:
Indicative Mood
(Ficam a aguardar o Subjunctive mood e o Imperative mood)
INDICATIVO (modo verbal) que exprime a acção como uma realidade, traduzindo a forte responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Forms and Tenses
(Tenses - Tempos)
(Ver Alínea D)
Simple
Present simple
Past simple
Future simple
Continuous
Present continuous
Past continuous
Future continuous
Prefect
Present perfect
Past perfect
Future perfect
Perfect-Continuous
Present perfect-continuous
Past perfect-continuous
Future perfect-continuous
Ver esta página antiga:
http://www.jorgereal.pt/6/000-gram-15.htm
Passaremos a analisar a formação, o significado e o emprego de cada um destes tempos.
Nota: Dentro do paradigma (paradigma – exemplo, modelo, norma, modelo de conjugação) apresentado não cabe o condicional, chamado pelos ingleses «conditional», «future preterite» ou «past subjunctive». Tratamos num lugar à parte esta forma verbal: Ver: «Verbos defetivos» - shall e will – alínea a)
(Ainda por corrigir)
Active Voice – Indicative Mood – Indefinite Form
INDICATIVO é o (modo verbal) que exprime a acção como uma realidade, traduzindo a forte responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
VOZ ATIVA - é a significação dos verbos que indica que a acção é praticada pelo sujeito da frase;
Verbo to work (tE wE:k) - trabalhar
«Simple Present»
(´simpl ´preznt)
I work (ai wE:k)
You work (ju: wE:k)
He, she it works (hi:, 1i:, it wE:ks)
We work (wi: wE:k)
You work (ju: wE:k)
They work (Uei wE:k)
No «simple present» (presente do indicativo) a única forma que se distingue/diferencia da forma do infinito é a da 3ª pessoa do singular, que apresenta a desinência «s» (exceto nos verbos defetivos ou anómalos, que estudaremos num capítulo especial) (defetivo – verbo que não se conjuga em todas as formas)
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Alterações gráficas e fonéticas da 3ª pessoa
Exemplos:
To pass (tE pA:s) - passar
I pass
He passes (hi ´pA:siz)
To go (tE gou) – ir
I go
He goes (hi gouz)
To wash (tE w#1) – lavar
I wash
He washes (hi ´w#1iz)
To march (tE mA:t1) – marchar
I march
He marches (hi ´mA:t1iz)
To study (tE ´st8di) – estudar
I study
He studies (hi ´st8diz)
To fix (tE fiks) – fixar
I fix
He fixes (hi ´fiksiz)
O verbos terminados em «s, sh, ch, x, z ou o» tomam a desinência «es» em vez de «s».
(desinência – elemento terminal de uma palavra)
Esta desinência «es» pronuncia-se (iz) de pois de um som sibilante e (z) depois de «o».
A desinência «s» pronuncia-se (s) quando segue uma consoante surda – works (wE:ks)
– e (z) depois de uma consoante sonora – lives (livz) – ou de vogal.
É conveniente relacionar estas regras com as da formação do plural dos substantivos porque as alterações fonéticas e gráficas que se observam são as mesmas.
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Uso do «Simple Present»
Exemplos:
I write to my sister every day
(verbo to write).
Escrevo à minha irmã todos os dias
You pass here very often
(verbo to pass)
Tu passas aqui muitas vezes
She washes her dog every week
(verbo to wash)
Ela lava o cão todas as semanas
John goes to school with his brother
(verbo to go)
O joão vai à escola com o irmão
They study too much
(verbo to study)
Eles estudam demais
He writes very quickly
(verbo to write)
Ele escreve muito depressa
Como os exemplos mostram, o «simple present» usa-se nas seguintes circunstâncias/condições/casos:
Para expressar uma ação que se repete habitualmente. Neste caso, é geralmente seguido de expressões de tempo, como «every day», «every week», «every evening», «often», «seldom», «now and then», etc.
Para expressar um facto, independentemente de qualquer questão de tempo (ex.: he writes very quickly – ele escreve muito depressa).
O «simple present» corresponde, quanto à forma, ao nosso presente do indicativo; porém, quanto ao emprego, não lhe corresponde exatamente. Nós empregamos o presente do indicativo mais largamente do que os ingleses, como teremos ocasião de mostrar no decurso do estudo da conjugação inglesa.
Do que dissemos, deduz-se que basta saber-se o infinito de qualquer verbo (com exceção dos defetivos) para se saber conjugá-lo no «simple present».
■
Formas Interrogativa, Negativa e Interrogativa-negativa
Estas formas são construídas com o auxiliar «TO DO»
Forma Afirmativa – Forma Interrogativa
(E´fE:mEtiv f#:m) (intE´r#gEtiv f#:m)
I scold him very often
Ralho com ele muitas vezes
Do I scold him very often?
(v.º to scold)
You work too hard
Tu trabalhas demais
Do you work too hard?
(v.º to work)
He speaks English
Ele fala inglês
Does he speak English?
(v.º to speak)
She does this everyday
Ela faz isto todos os dias
Does she do this everyday?
(v.º to do)
We pay for everything
Nós pagamos por tudo
Do we pay for everything?
(v.º to pay)
They play tennis
Eles jogam o ténis
Do they play tennis?
(v.º to play)
–– X ––
Nota:
Quando o sujeito da oração é expresso por um pronome interrogativo, não se usa o auxiliar «to do».
Ex.: Who speaks English?
Quem fala Inglês?
What makes you unhappy?
O que te faz infeliz?
Pronomes Interrogativos:
http://www.jorgereal.pt/6/000-gram-41.htm
■
Forma Negativa
Negative Form
(´negEtiv f#:m)
I do not (don’t) scold him very often
You do not (don’t) work too hard
He does not (doesn’t) speak English
We do not (don’t) pay for everything
They do not (don’t) play tennis
■
Forma Interrogativa-Negativa
Negative-Interrogative Form
(´negEtiv-intE´r#gEtiv f#:m)
Do I not scold him very often?
Don’t I scold him very often?
Do you not work very hard?
Don’t you work very hard?
Does he not speak English?
Doesn’t he speak English?
Do we not pay for everything?
Don’t we pay for everything?
Do they not play tennis?
Don’t they play tennis?
Nota: Nas 3ªs pessoas, se o sujeito for um substantivo, a partícula «not» pode ocorrer a seguir ao auxiliar «to do»
Ex:
Does not Mr. Jones speak English?
(Does he not speak English?)
Do not the pupils play tennis?
(Do they not play tennis?)
Nas formas negativa e interrogativa-negativa, o auxiliar «to do» contrai-se geralmente com a negativa. Estas contrações pronunciam-se da seguinte forma:
Don’t (dount)
Em todas as pessoas menos na terceira do singular
Doesn’t (d8znt)
Na terceira pessoa do singular
Nota: A forma interrogativa-negativa dos verbos pode apresentar uma modalidade que se traduz em português pela expressão «não é verdade?»
Ex.:
He speaks English, doesn’t he?
Ele fala Inglês não é verdade? (não fala?)
They play tennis, don’t they?
Eles jogam o ténis, não é verdade? (não jogam?)
Esta tradução ocorre também nas formas do pretérito e do futuro.
♣
«Simple Past»
(´simpl pA:st)
Verbo to work (tE wE:k)
I, you, he, she, it, we, you, they
Worked (wE:kt)
No «simple past» há uma forma única para todas as pessoas (exceto no verbo «to be»). Esta forma pode corresponder ao nosso pretérito perfeito ou ao pretérito imperfeito do indicativo. Assim, «I worked» pode significar «eu trabalhei» ou «eu trabalhava»
Exemplos.:
Verbo to walk (andar, ir a pé) (tE w#:k):
I walked to school this morning (w#:kt)
Eu fui a pé para a escola esta manhã
You walked to school this morning
Tu foste… vocês foram…
He walked to school this morning
Ele foi…
They walked to school this morning
Eles foram…
Verbo to buy (comprar) (tE bai)
I bought a new car (b#:t)
Eu comprei um carro novo
You bought a new car
Tu compraste (vocês compraram) um carro novo
She bought a new car
Ela comprou um carro novo
Etc.
A conjugação do «simple past» não apresenta nenhuma dificuldade, uma vez conhecida a sua forma.
Nos verbos regulares e fracos, o «simple past» forma-se acrescentando «____ed» à forma do infinito («d» caso esta termine em «e»)
A terminação «ed» ou «d» pode ter várias pronúncias:
To fade – faded (´feidid)
To translate – translated (trA:ns´leitid)
To walk – walked (w#:kt)
To name – named (neimd)
Precedida do som «d» ou «t» pronuncia-se (-id)
To fade – faded (´feidid)
To translate – translated (trA:ns´leitid)
Precedida de consoante surda, tem o valor de (t)
To walk – walked (w#:kt)
Precedida de consoante sonora, pronuncia-se (d)
To name – named (neimd)
■
Alterações Gráficas
Alínea 1 – Os verbos fracos regulares que terminam no infinito em «y» precedido de consoante formam o pretérito e o particípio mudando o «y» em «i» e tomando a desinência «____ed». (Relacione-se este caso com o da formação do plural dos substantivos em «y» e com a formação do comparativo e superlativo dos adjetivos em y):
To cry – cried – cried – chorar, gritar
(tE krai – kraid – kraid)
To supply – supplied – supplied – fornecer
(tE sE´plai - sE´plaid - sE´plaid)
To envy – envied – envied – invejar
(tE ´envi - ´envid - ´envid)
Alínea 2 – Os verbos fracos regulares que terminam no infinito em consoante singela/simples precedida de vogal breve acentuada dobram a consoante ao tomarem a terminação «___ed»:
To beg – begged – begged – pedir
(tE beg – begd – begd)
To quit – quitted – quitted – deixar, abandonar
(tE kwit - ´kwitid - ´kwitid)
To submit – submitted – submitted – submeter
(tE sEb´mit - sEb´mitid - sEb´mitid)
To compel – compelled – compelled – obrigar
(tE kEm´pel - kEm´peld - kEm´peld)
Alínea 3 – O verbos fracos regulares terminados em «___el» breve e «___er» acentuado também sofrem a mesma alteração gráfica:
To travel – travelled – travelled – viajar
(tE ´tr"vl - ´tr"vld - ´tr"vld)
To quarrel – quarrelled – quarrelled – questionar/discutir/brigar
(tE ´kw#rEl - ´kw#rEld - ´kw#rEld)
To prefer – preferred – preferred – preferir
(tE pri´fE: - pri´fE:d - pri´fE:d)
To confer – conferred – conferred – conferir
(tE kEn´fE: - kEn´fE:d - kEn´fE:d)
To deter – deterred – deterred – impedir, embargar
(tE di´tE: - di´tE:d - di´tE:d)
O «simple past» dos verbos fracos irregulares, dos verbos mistos, e dos verbos fortes forma-se irregularmente.
Os verbos fracos de origem latina semelhantes a verbos portugueses, como «to tolerate», «to imitate», «to dictate», etc., reconhecem-se facilmente como fracos regulares, mas os verbos de origem saxónica e os de origem latina que perderam o seu aspeto latino não se podem classificar à primeira vista.
Portanto, o único processo de saber o «simple past» destes verbos é consultar o dicionário ou uma lista gramatical.
Consulte-se para este efeito a tabela que damos no fim do livro, não esquecendo que a forma fonética é tão importante como a forma gráfica.
Consulta-se também o princípio do presente capítulo, em que se explica o que são verbos fortes, fracos e mistos.
■
Uso do Simple Past
O «simple past» exprime uma ação passada, como o nome indica. A ocasião em que a ação se passou pode vir expressa por uma locução de tempo:
I saw him
(eu vi-o)
A week ago
(há uma semana)
Yesterday
(ontem)
This morning
(esta manhã)
A moment ago
(há um momento)
Quando o tempo não é indicado, não se trata em geral de uma ação muito recente porque ações ocorridas num passado muito próximo são geralmente expressas pelo «present perfect», que veremos adiante.
A maior parte das vezes em que se emprega o «simple past» sem expressões circunstanciais de tempo não interessa especificar em que altura a ação ocorreu.
He did it
Ele fê-lo
You behaved very bravely
Tu portaste-te corajosamente
They killed him
Eles mataram-no
Frases como estas chamam a atenção apenas para o facto de que a ação ocorreu e pertence ao passado; a ocasião não se menciona porque ou é conhecida ou não interessa.
■
Formas Interrogativa,
Negativa e
Interrogativa-Negativa
do «Simple Past»
Afirmativa e Interrogativa
You went to the cinema
(verbo to go)
Você foi ao cinema (tu, vocês, os senhores, etc.)
Did you go to the cinema?
They made many mistakes
(verbo to make)
Eles fizeram muitos erros
Did they make many mistakes?
He came here yesterday
(verbo to come)
Ele veio cá ontem
Did he come here yesterday?
She did that very well
(verbo to do)
Ela fez aquilo muito bem
Did she do that very well?
Negativa
You didn’t go (you did not go) to the cinema
They didn’t make (they did not make) many mistakes
He didn’t come (he did not come) here yesterday
She didn’t do (she did not do) that very well
Interrogativa-Negativa
Didn’t you go (did you not go) to the cinema?
Didn’t they make (did they not make) many mistakes?
Didn’t he come (did he not come) here yesterday?
Didn’t she do (did she not do) that very well?
As formas interrogativa, negativa e interrogativa-negativa do «simple past» constroem-se com o «simple past» do verbo «to do» «did» e o infinito do verbo principal, sendo a construção igual para todas as pessoas. A forma contracta do auxiliar com a negativa é «didn’t» (didnt).
♣
«Simple Future»
(´simpl ´fju:t1E)
Primeiras Pessoas
I shall see him today
Vê-lo-ei hoje (hei-de vê-lo, vou vê-lo hoje)
I shall go with them
Irei com eles (hei-de ir, vou com eles)
We shall stay here a week
Ficaremos aqui uma semana (havemos de ficar aqui uma semana)
We shall be ready in a minute
Estaremos prontos num minuto
I shall have a house like that soon
Eu terei uma casa como essa brevemente
■
Segundas e Terceiras Pessoas
He will be here tomorrow
Ele estará cá amanhã
You will enjoy this book
Hás-de gostar deste livro
They will come soon
Eles virão em breve
She will meet me there
Ela encontrar-me-á ali
The ceremony will be grand
A cerimónia será grandiosa
O «simple future» (futuro do indicativo) é expresso por dois verbos auxiliares: «shall» (1"l) e «will» (wil).
«Shall» usa-se, em princípio, nas primeiras pessoas, «will» nas segundas e terceiras.
No entanto, o emprego de «shall» e «will» varia muito conforme as circunstâncias, como teremos ocasião de explicar.
■
Formas Fracas e Contractas
Quando não se usa enfaticamente, «shall» pronuncia-se (1El) ou (1l):
I shall go – (ai 1El ´gou), (ai 1l´gou)
«Will», na linguagem de todos os dias, aparece muitas vezes contraído com o sujeito e reduzido na pronúncia à consoante (l):
I hope they’ll come
(ai houp Uei l k8m)
(ai houp Ueil k8m)
Espero que eles virão (hão-de vir, venham).
A troca do emprego de «shall» e «will», isto é, o uso de «shall» com as segundas e terceiras pessoas, e de «will» com as primeiras pessoas, dá à forma do futuro significados especiais.
I will «I’ll», we will «we’ll»:
I’ll do that for you
Eu farei isso por ti
Eu vou fazer isso por ti
Hei-de fazer isso por ti
We’ll see you on Monday
Nós ver-te-emos na segunda-feira
Nós vamos ver-te na segunda-feira
Nós havemos de ver-te na segunda-feira
O uso de «will» nestas frases indica que a ação depende da vontade das pessoas que falam.
You shall, he shall, they shall:
You shall stay at home tonight
Tu ficarás em casa à noite (hás-de ficar)
He shall do what I want
Ele fará o que eu quero (há-de fazer)
They shall be sorry for this
Eles arrepender-se-ão disto (hão-de arrepender-se)
Estas frases são ordens ou ameaças, indicam que a pessoa que fala tenciona exercer a sua autoridade sobre outras pessoas ou está segura de que determinados factos se vão passar.
Costuma chamar-se a estes tipos de futuro: futuros «enfáticos», mas o significado do termo «enfático» (em que há ênfase, empoladamente, solenemente) não exprime bem a natureza destes futuros porque, hoje em dia, o futuro com «will» nas primeiras pessoas emprega-se a cada passo, sem verdadeira intenção de dar ênfase ao verbo, talvez porque as contrações I’ll e we’ll sejam formas mais rápidas de exprimir o futuro.
As abreviaturas são, todavia, mais fracas do que as formas completas: I will, we will.
Note-se que o «simple future» tem inúmeras traduções em português, isto é, nós podemos exprimir o futuro de muitas maneiras. Examinem-se as traduções dos exemplos dados
■
O Futuro Interrogativo com «shall» e «will»
«Shall» e «will», empregados interrogativamente, não têm o mesmo sentido que na forma afirmativa.
«Shall»
Shall I open the door?
Quer que eu abra a porta?
Posso abrir a porta?
Shall we help you?
Queres que nós te ajudemos?
Shall I use this pencil?
Posso servir-me deste lápis?
Quer que me sirva deste lápis?
Shall we go out for a walk?
Vamos dar um passeio?
Queres (querem) ir dar um passeio?
Shall he wait outside?
Ele espera lá fora?
Quer que ele espere lá fora?
Shall they rest now?
Eles podem descansar agora?
Quer que eles descansem agora?
«Shall» empregado com as primeiras e terceiras pessoas na forma interrogativa, serve para perguntar uma opinião ou pedir consentimento: «quer que eu abra a porta?», ou «posso abrir a porta?»; «quer que eu o ajude?»; «posso servir-me deste lápis?», etc.
Shall you be there?
Tu estarás lá?
Shall you miss me?
Tu sentirás a minha falta?
«Shall» usa-se raras vezes com a segunda pessoa na forma interrogativa porque, em tais circunstâncias, serve apenas para inquirir/perguntar se um determinado facto terá lugar ou não, independentemente da vontade ou desejo da pessoa que fala.
«will»
Will you lend me your pen?
Emprestas-me a tua caneta?
Will you have some tea?
Queres tomar chá?
Will you sit down?
Queres sentar-te?
(Faça favor de se sentar)
«will» com a segunda pessoa na forma interrogativa, usa-se geralmente quando se faz um pedido ou uma oferta. Note-se a diferença de sentido entre: «shall you be there?» e «will you be there?»
A primeira frase tem o sentido de «estarás lá?». A segunda significa «tencionas lá estar?»
Não é só a gramática inglesa que apresenta muitos casos idiomáticos, muitos usos complicados. Examinando bem a nossa língua, chegamos à conclusão de que, por exemplo, «shall» e «will» desempenham as funções de muitas expressões portuguesas e que o estudo do futuro em inglês é muito menos complicado do que o estudo do futuro em português. A forma do futuro propriamente dito é muito pouco empregada em português.
Will he do what he promised?
Ele fará o que prometeu?
Will they eat all this food?
Eles comerão toda esta comida?
Will she spend so much money?
Ela gastará tanto dinheiro?
Will it rain, do you think?
Achas que choverá?
«Will», com as terceiras pessoas na forma interrogativa, exerce as mesmas funções que «shall» com a segunda pessoa, isto é, expressa uma simples pergunta sobre a possibilidade de um determinado facto acontecer.
Nota: «will I» emprega-se somente na pergunta «will I do?» (eu servirei?) apresentada por H. Palmer na sua «Grammar of Spoken English».
■
O Futuro na Forma Negativa
Exemplos:
I won’t (will not) obey him
Eu não lhe obedecerei
He shan’t (shall not) do it
Ele não há-de fazê-lo
We shan’t (shall not) be here next year
Nós não estaremos cá no próximo ano
They won’t accept the offer
Eles não aceitarão a oferta
You won’t believe it
Tu não acreditarás (nisso)!
I shan’t be there long
Eu não estarei lá muito tempo
She won’t come
Ela não há-de vir
It won’t rain today
Hoje não vai chover
They shan’t have time
Eles não hão-de ter tempo
You shan’t have your holiday
Tu não vias ter o teu feriado
A forma «shan’t» (1A:nt) é a contração de «shall not»
A forma «won’t» (wount) é a contração de «will not»
O emprego de shall e will nestas contrações é o mesmo que na forma afirmativa:
«shan’t», com as primeiras pessoas, indica um futuro simples, sem intenções especiais; com as segundas e terceiras pessoas, pode indicar um futuro simples (he shan’t have time) ou denota certa intenção da parte da pessoa que fala de que determinado facto não aconteça (you shan’t have your holiday).
«Won’t» com as segundas e terceiras pessoas pode indicar um futuro simples (he won’t know the difference) ou revelar vontade da parte da pessoa de quem se fala (they won’t accept it).
Com as primeiras pessoas, «won’t» indica geralmente decisão (we won’t do it).
Como se disse, há certa tendência para usar «shall» e «will» indiferentemente na linguagem despreocupada de todos os dias.
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Forma Interrogativa Negativa
You will come with us, won’t you?
Tu vens conosco, não? (não é verdade?)
Won’t you come with us?
Tu não vens conosco?
He shall be able to enter, shan’t be?
Ele há-de poder entrar, não? (não é verdade?)
Shan’t he be allowed to enter?
Ele não há-de poder entrar?
They’ll wait for us, won’t they?
Eles hão-de esperar por nós, não? (não é verdade?)
Won’t they wait for us?
Eles não hão-de esperar por nós?
It’ll stop soon, won’t it?
Isto há-de passar em breve, não há-de? (não é verdade?)
Won’t it stop soon?
Isto não há-de passar em breve?
«shan’t» e «won’t» empregam-se muito em perguntas que pedem a confirmação de um facto, como se vê nos exemplos (em português também dizemos: ele vai sair, não vai?).
«won’t» usa-se muito raramente na forma interrogativa com as primeiras pessoas porque, como o auxiliar «will» indica certa resolução, não é lógico que as pessoas que falam perguntem a terceiras sobre as próprias resoluções. Mas aparece em sentido irónico/gozador:
So I won’t do it? You will see!
Então eu não hei-de fazer isso? Vão ver!
Won’t we do it?
Não o havemos de fazer?
Afirmação:
You won’t go!
Tu não hás-de ir!
Vocês não hão-de ir!
Respostas:
Won’t I?
Não hei-de ir?
Won’t we?
Não havemos?
(Ainda por corrigir)
«Continuous or Progressive Form»
(kEn´tinjuEz #: prE´gresiv f#:m)
«Present Continuous or Progressive»
(´preznt kEn´tinjuEz #: prE´gresiv)
Exemplos:
I am having my coffee
Verbo to have
Estou a tomar o meu café
He is being cruel to me
Verbo to be
Ele está a ser cruel para mim
I am studying English grammar
Verbo to study
Eu estou a estudar gramática inglesa
They are sitting in the garden
Verbo to sit
Eles estão sentados no jardim
She is drinking lemonade
Verbo to drink
Ela está a beber limonada
He is looking at you
Verbo to look at
Ele está a olhar para ti
You are making a mistake
Verbo to make
Tu estás a cometer um erro
We are trying to solve this problem
Verbo to try
Nós estamos a tentar resolver este problema
O «present continuous» forma-se com o «simple present» do verbo «to be» e o particípio presente do verbo que se quer conjugar.
O particípio presente termina em «__ing» (_iN). Esta desinência acrescenta-se à forma do presente ou infinito.
Sobre as alterações gráficas na formação do particípio presente, veja-se o capítulo «Gerúndio e particípio presente»
■
Uso do «Present-Continuous»
O «present continuous» expressa uma ação que se está a passar no momento em que se fala.
A forma progressiva ou contínua corresponde à nossa forma perifrástica com «estar» («estar a fazer», «estar a estudar», etc.), mas não se usa sempre nas mesmas circunstâncias em que se usa a perifrástica em português. O português falado no Alentejo, no Algarve e no Brasil apresenta uma forma semelhante de expressão: «eu estou fazendo», «ele está estudando».
(conjugação perifrástica – tipo de conjugação que consta de um verbo auxiliar que indica o tempo, e o verbo principal, no gerúndio ou no infinito, que exprime a ação que se realiza)
■
Formas Interrogativa, Negativa
e Interrogativa-Negativa
Am I hurting you?
Estou a magoar-te?
No, you aren’t hurting me
No, you are not hurting me
No, you aren’t
No, you’re not
Are you doing your hair?
Estás a pentear o cabelo?
No, I am not doing my air
No, I’m not
Is she working hard?
Ela está a trabalhar muito?
No, she’s not working hard
No, she isn’t working hard
No, she’s not
No, she isn’t
Como se vê não é necessário repetir o particípio, em resposta a uma pergunta feita com esta forma verbal.
■
Forma Interrogativa-Negativa
Isn’t she singing beautifully?
Ela não está a cantar muito bem?
Aren’t you writing to your father?
Não estás a escrever ao teu pai?
Am I not helping you?
Não te estou a ajudar?
Aren’t they exaggerating?
Eles não estão a exagerar?
They are playing aren’t they?
Eles estão a brincar, não estão?
You are joking aren’t you?
Tu estás a gracejar, não estás?
He is sleeping, isn’t he?
Ele está a dormir, não está?
Na linguagem de todos os dias, usam-se quase sempre as formas contractas do verbo «to be», ora com o «sujeito», ora com a negativa «not».
Observação: algumas vezes o «present continuous» usa-se em vez de um futuro:
I’m coming tomorrow
Venho (virei) amanhã.
I’m going to the cinema
Vou (irei) ao cinema
I’m leaving tonight for Scotland
Parto (partirei) para a Escócia esta noite.
I’m staying here till Saturday
Fico (ficarei) aqui até sábado
■
«The Past Continuous»
(UE pA:st kEn´tinjuEz)
Exemplos:
She was having tea, when I saw her
Ela estava a tomar chá, quando a vi
I was being foolish, just now
Eu estava a ser tolo, há pouco
They were playing when I called them
Eles estavam a brincar quando os chamei
He was singing, so he didn’t hear me
Ele estava a cantar, por isso não me ouviu
I forgot what you were saying
Eu esqueci-me do que estavas a dizer
Let me see what you were doing
Deixa-me ver o que estavas a fazer
O «past continuous» forma-se com o «simple past» do verbo «to be» e o «particípio presente» do verbo que se quer conjugar.
■
Uso do «Past-Continuous»
Uma ação expressa pelo «Past-Continuous» está quase sempre ligada a outra ação, porque esta forma verbal refere-se a um facto que acontecia quando outro se passou.
É semelhante ao nosso pretérito imperfeito do indicativo, porque se refere ao presente no passado.
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Formas Interrogativa, Negativa
e Interrogativa-Negativa
Were you sleeping?
Estavas a dormir?
No, I wasn’t (sleeping)
Was he working in your firm?
Ele estava a trabalhar (trabalhava) na tua firma?
No, he wasn’t (working)
Were they shouting?
Eles estavam a gritar?
No, they weren’t (shouting)
Was I exaggerating?
Eu estava a exagerar?
No, you weren’t (exaggerating)
■
Interrogativa-Negativa
Wasn’t I telling you that?
Eu não te dizia (estava a dizer) isso?
Wasn’t she insulting me?
Ela não estava a insultar-me?
Weren’t they lying?
Eles não estavam a mentir?
Weren’t you reading aloud?
Não estavas a ler alto?
Wasn’t it raining this morning?
Não estava a chover esta manhã?
Wasn’t he saluting you?
Ele não estava a cumprimentar-te?
■
«The Future Continuous»
(UE ´fju:t1E kEn´tinjuEs)
Exemplos:
Next Sunday at this time I shall be playing tennis
No próximo domingo, a esta hora, estarei a jogar o ténis
Tomorrow morning you’ll be working again
Amanhã de manhã estarás a trabalhar novamente
In an hour he’ll be sleeping soundly
Dentro de uma hora, ele estará a dormir profundamente
At 8 o’clock they’ll be having dinner
Às oito horas eles estarão a jantar
In a month’s time we’ll be sitting for our exam
Dentro de um mês estaremos a fazer o nosso exame
O «future continuous» forma-se com o simple future do verbo «to be» e o particípio presente do verbo principal.
■
Uso do «Future Continuous»
O «future continuous» exprime o presente no futuro, indica uma ação que estará a passar-se numa determinada altura no futuro.
Algumas vezes, a ação pode não ter o sentido de uma ação contínua.
I shall be seeing you soon
Ver-te-ei brevemente
He’ll be going out presently
Ele vai sair daqui a pouco
Frases como estas exprimem um futuro simples e denotam uma espécie de antecipação de pensamento. A pessoa que fala está a pensar na ocasião em que a ação se vai passar porque sabe que ela vai acontecer.
Forma interrogativa
Will you be working tomorrow?
Trabalhas amanhã?
Shall I be seeing you soon?
Ver-te-ei brevemente?
Will they be listening to you?
Eles estarão a ouvir-te?
Forma negativa
No, I shan’t (be working)
No, I won’t (be working)
No, you shan’t (be seeing me)
No, You won’t (be seeing me)
No, they shan’t (be listening to me)
No, they won’t (be listening to me)
Forma interrogativa- negativa
Won’t they be working at that time?
Eles não estarão a trabalhar a essa hora?
Won’t it still be raining in ten minutes?
Daqui a dez minutos não estará ainda a chover?
Shan’t I be seeing you for some time?
Não te verei durante algum tempo?
Shan’t we be playing bridge next week?
Não jogaremos bridge na próxima semana?
♣
A progressiva de to go seguida do verbo no infinito para exprimir o futuro
Esta construção tem paralelo em português na forma perifrástica com o verbo «ir».
(perifrástica – tipo de conjugação que consta de um verbo auxiliar que indica o tempo, e o verbo principal, no gerúndio ou no infinito, que exprime a ação que se realiza)
Exemplos:
I’m going to buy that book
Vou comprar aquele livro
I’m not going to eat anything
Não vou comer nada
Aren’t you going to sleep?
Não vais dormir?
He isn’t going to play with me
Ele não vai jogar comigo
(I’m going – present continuous de to go)(futuro próximo)
Na linguagem de todos os dias, esta forma de futuro é muito vulgar, sobretudo quando a pessoa que fala se refere a um futuro muito próximo.
Nota: Este futuro não se usa com o verbo «to go» para evitar a repetição «I’m going to go». Nem com o verbo «to come» para evitar a contradição «I’m going to come». A forma progressiva simples destes verbos pode substituir o futuro:
I’m going to the cinema
Vou ao cinema
I’m coming here tomorrow
Venho cá amanhã
Note-se que em português também não se diz «eu vou ir» nem «eu vou vir»
■
Verbos que não se usam na forma «progressiva ou contínua»
Os verbos que não designam ações que se podem medir em tempo não se usam senão excepcionalmente na forma progressiva, como é natural, porque esta forma refere-se a uma ação que ainda não terminou numa dada altura
(I am having..., he is being..., I am studying..., They are sitting..., she is drinking…, she was having…, I was being…, I shall be seeing…)
Os mais importantes são:
To believe
acreditar
To belong
pertencer
To detest
detestar
To deserve
merecer
To contain
conter
To possess
possuir
To result
resultar
To signify
significar
To understand
perceber
To seem
parecer
To love
amar
To know
saber
To equal
igualar
To consist
consistir
To matter
ter importância, importar
To prefer
preferir
To recognize
reconhecer
To resemble
assemelhar-se
To hate
odiar
■
Outros verbos há que podem ser tomados em duas aceções (aceção – sentido em que se toma uma palavra ou frase, interpretação): podem referir-se a um facto independentemente de qualquer questão de tempo, ou podem exprimir um processo lento no decorrer de uma ação.
I forget your name (1)
Não me lembro do seu nome
I’m forgetting what I learnt at school
Estou a esquecer-me do que aprendi na escola
(1) Não se poderia dizer «I’m forgetting your name», porque a pessoa que fala ou se lembra do nome ou se esqueceu dele, não pode «estar a esquecer-se de um nome».
Outros verbos deste tipo são:
To be
ser ou estar
To find
encontrar
To see
ver
To smell
cheirar
To think
pensar
To taste
provar
To hear
ouvir
To mind
importar-se (com)
To suppose
supor
To imagine
imaginar
To feel
sentir
To trust
confiar
Etc.
(Ainda por corrigir)
«The Perfect Form»
(UE ´pE:fikt f#:m)
«The Present Perfect»
(UE ´preznt ´pE:fikt)
Exemplos do grupo A
I have just received a letter from my brother
Recebi agora mesmo (acabo de receber) uma carta do meu irmão
She has invited me for lunch today
Ela convidou-me para almoçar hoje
We have now made a mistake
Fizemos agora um erro
They have just answered my question
Eles acabam de responder à minha pergunta
I see that you have had many letters
Vejo que tiveste (agora, há pouco) muitas cartas
He has just been here
(to be, was, been)
Ele esteve aqui agora mesmo
Exemplos do grupo B
You have had a lot of work there
Tiveste (ou tens tido) muito trabalho lá
I have enjoyed all his books
Gostei (ou tenho gostado) de todos os livros dele
We have spent much money here
Temos gasto (ou gastámos) muito dinheiro aqui
I have been to France several times
Estive (ou tenho estado) em França várias vezes
O «present perfect» é formado com o simple present do verbo to have e o participio passado (ex: gone é o particípio passado do verbo to go: to go, went, gone) do verbo que se quer conjugar.
Para usarmos o «present perfect» necessitamos de conhecer o particípio passado do verbo principal, e como este não se pode formar do infinito (a não ser quando se trata dos verbos fracos em ...ed) temos de consultar a tabela dos verbos fortes, fracos, irregulares e mistos, quando o dicionário não nos der a forma do particípio.
O verbo «to have» pode contrair-se com o sujeito como nas seguintes frases:
I’ve (I have) seen him
(aiv si:n him)
(to see, saw, seen)
Eu vi-o
We’ve (we have) made a mistake
(wi:v meid E mis´teik)
Fizemos um erro
He’s (he has) gone
(hi:z g#n)
(to go, went, gone)
Ele foi-se embora
Na chamada forma enfática (empolada, com ênfase, afetada) nunca se usam as contrações mas sim as formas completas. Estas são também as preferidas na linguagem oral cuidada e linguagem literária.
■
Uso do «Present Perfect»
O grupo A dos exemplos que apresentámos mostra que o «present perfect» expressa uma ação passada mas bastante recente. Se os advérbios «just» and «just now» não o indicassem, bastaria a forma do «present perfect» para no-lo dizer.
A diferença entre o «present perfect» e o «simple past» está em que o primeiro nos dá automaticamente uma ideia acerca da ocasião em que a ação ocorreu, ao passo que o segundo indica apenas que a ação já passou.
O «simple past» pode usar-se com qualquer advérbio de tempo, ao passo que o «present perfect» só se pode empregar com expressões de tempo que indiquem tempo recente.
Não se poderia dizer «I’ve seen him last week»; teria de se dizer «I saw him last week» (eu vi-o a semana passada)
O grupo B dos exemplos apresentados mostra que o «present perfect» pode corresponder ao nosso perfeito composto, indicando uma ação contínua que começou no passado mas que se prolonga até ao momento presente (we have spent much money here) ou uma ação que se repetiu muitas vezes no passado e se pode vir a repetir no futuro (I have been to France several times)
Forma interrogativa
Have you finished your work?
(Já) acabaste o teu trabalho?
Has the post man been already?
O correio já chegou?
Have they been in the garden?
Eles têm estado (já estiveram) no jardim?
Has she asked for her milk?
Ela já pediu o leite?
Forma negativa
No, I haven’t (finished it)
No, he hasn’t (been)
No, they haven’t (been…)
No, she hasn’t (asked…)
Forma interrogativa-negativa
Haven’t they seen you yet?
Eles ainda não te viram?
Hasn’t she told you the news?
Ela (ainda) não te deu a notícia?
Haven’t I paid for everything?
Eu não paguei (já) tudo?
Haven’t you heard that noise?
Não ouviste (agora mesmo) aquele ruído?
Hasn’t he been out today?
Ele não saiu (não tem estado fora) hoje?
He’s been a good boy, hasn’t he?
Ele tem sido bom rapaz (tem-se portado bem) não tem? (não é verdade?)
They have been nice to us, haven’t they?
Eles têm sido simpáticos para nós, não têm? (não é verdade?)
Como se vê nos exemplos as formas do verbo «to have» podem contrair-se com a partícula «not», dando «hasn’t» (h"znt) e «haven’t» (´h"vnt). Estas contrações nunca ocorrem na forma enfática. Na linguagem oral cuidada e na literária preferem-se as formas completas, isto é, não contractas (ver «Verbo to have»).
Sobretudo em questão de perguntas, é necessário ter muita cautela com respeito à escolha entre o «simple past» e o «present perfect». Sempre que em português se possa usar o verbo acompanhado do advérbio «já», a frase correspondente em Inglês deve ser formada com o «present perfect».
Ex: Já viste o meu vestido novo?
Have you seen my new dress?
(Pres. Perfect)
O «present perfect» informa-nos sobre a ocorrência de um facto que era esperado. No exemplo que acabamos de apresentar, a pessoa que fala esperava que a outra visse o vestido mais tarde ou mais cedo e não fez mais do que perguntar se ela já o tinha visto, isto é, se esse facto já tinha ocorrido. Note-se a diferença entre a frase de cima e a seguinte:
Viste o desastre?
Did you see the accident? (simple past)
Aqui pergunta-se apenas se um determinado facto ocorreu ou não.
Não se perguntaria, por exemplo, em circunstâncias normais:
Did you have your breakfast?
Tomaste o pequeno almoço?
Mas:
Have you had your breakfast?
Porque se parte do princípio que todas as pessoas costumam tomar o pequeno almoço.
(Como todas as pessoas tomam o pequeno almoço faz-se a pergunta deste modo: Já tomaste…)
Comparem-se as seguintes frases:
Have you done your homework? – Já fizeste o teu trabalho? Já o fizeste?
Did you do your homework? – Fizeste o teu trabalho? Fizeste-o ou não?
Have you bought the tickets? – Já compraste os bilhetes? Já os compraste?
Did you buy the tickets? – Compraste os bilhetes? Compraste-os ou não? Compraste-os ou deram-tos?
■
«The Past Perfect ou Pluperfect»
(UE pA:st ´pE:fikt #: ´plu:´pE:fikt)
Exemplos:
I had met John when I saw you
Eu tinha encontrado o João quando te vi
He told me he had heard the news
Ele disse-me que tinha ouvido a notícia
I thought they had been there before
(to be, was, been)
Eu pensava que eles lá tinham estado (antes)
We had given him enough money, so we gave him no more
Nós tínhamos-lhe dado bastante dinheiro, por isso não lhe demos mais
O «past perfect» forma-se com o «simple past» do verbo to have e o «particípio passado» do verbo que se quer conjugar. (o particípio passado do verbo write é written: to write, wrote, written)
Algumas vezes a forma «had» aparece contraída com o sujeito:
I’d (ai d) written the letter when I received his.
(to write, wrote, written)
Eu tinha escrito a carta quando recebi a dele
She’d (1i d) fallen before I could get hold of her arm.
(to fall, fell, fallen)
Ela tinha caído antes que eu lhe pudesse segurar o braço
Uso do Past Perfect
O «past perfect» expressa um passado com referência a outro passado, isto é, indica que um facto já tinha ocorrido quando outro se deu.
Este tempo corresponde exatamente ao nosso pretérito mais que perfeito composto: eu tinha ido, tu tinhas feito, etc.
Forma interrogativa
Had anybody told you anything?
Alguém te tinha dito alguma coisa?
Had she seen it?
Ela tinha visto isso?
Forma negativa
No, nobody had (told me anything)
No, she hadn’t (seen it)
Forma interrogativa-negativa
Hadn’t you seen it before?
Não o tinha visto antes?
Hadn’t they warned you about it?
Eles não te tinham prevenido disso?
Hadn’t we often been here?
Não tínhamos estado aqui muitas vezes?
♣
«The Future Perfect»
(UE ´fju:t1E ´pE:fikt)
In a year’s time I shall have earned three hundred pounds.
Dentro de um ano terei ganho trezentas libras
By next week you’ll have finished your work.
Na próxima semana hás-de ter acabado o teu trabalho
By that time they’ll have spent all their fortune.
Nessa altura, eles hão-de ter gasto toda a fortuna.
O «future perfect» forma-se com o «simple future» do verbo to have e o «particípio passado» do verbo que se quer conjugar.
Shall e will podem abreviar-se ou contrair-se com o sujeito, como noutros casos.
Uso do «Future Perfect»
O «future perfect» está sempre ligado a uma expressão adverbial de tempo e indica uma ação que terá sido completada num momento futuro, no momento indicado pelo advérbio de tempo. Corresponde exatamente ao nosso futuro perfeito.
Forma interrogativa
Will you have finished writing by six o’clock?
Terás acabado de escrever às seis horas?
Will she have rested enough by now?
Ela já terá descansado o suficiente (a estas horas)?
Forma negativa
No, I shan’t (I shall not have finished...)
No, she won’t (she will not have rested…)
Forma interrogativa-negativa
Won’t you have seen all you want in a week?
Não terás visto tudo que queres numa semana?
Won’t they have paid all their debts by then?
Eles não terão pago todas as dívidas, nessa altura?
O «future perfect» usa-se muito pouco nestas três formas porque a construção se torna um bocado longa e há outras maneiras mais práticas de fazer as mesmas perguntas e negações.
(Ainda por corrigir)
«The Perfect-Continuous Form»
(UE ´pE:fikt-kEn´tinjuEs f#:m)
«The Present Perfect-Continuous»
(UE ´preznt ´pE:fikt-kEn´tinjuEs)
Exemplos:
I have been reading an interesting novel
Eu tenho estado a ler um romance interessante
She has been singing all the morning
Ela tem estado a cantar toda a manhã
They have been asking for you
Eles têm estado a perguntar por si
You have been playing cards, I bet
Tu tens estado a jogar cartas, aposto
You have been helping me a lot
Tu tens estado a ajudar-me bastante
He has been working in the office
Ele tem estado a trabalhar no escritório (repartição, etc.)
O «present perfect-continuous» forma-se com o present perfect do verbo to be e o particípio presente do verbo que se quer conjugar.
O verbo «to have» (que faz parte do present perfect do verbo to be) pode aparecer contraído com o sujeito em formas como: I’ve been reading, they’ve been asking, she’s been singing, etc.
Uso do «Present Perfect-Continuous»
Este tempo indica uma ação contínua que começou no passado e se prolonga até ao presente, podendo ter terminado mesmo antes do momento em que se fala ou prolongar-se ainda pelo futuro isto é: continuar depois do momento em que se fala.
É neste ponto que o «present perfect continuous» difere do «present perfect». Este último indica que a ação terminou já no momento em que se fala, não se prolonga pelo futuro.
Quando se diz por exemplo: «I’ve read the newspaper» a leitura pode ter terminado mesmo antes do momento em que se fala, mas não continua depois. Mas a frase: «I’ve been reading the newspaper» pode significar que a leitura terminou no momento em que se fala ou que continuará depois.
Forma interrogativa
Have you been studying?
Tens estado a estudar?
Has she been crying?
Ela tem estado a chorar?
Have they been fighting?
Eles têm estado a lutar?
Forma negativa
No, I haven’t (been studying)
No, she hasn’t (been crying)
No, they haven’t (been fighting)
Forma interrogativa-negativa
Haven’t you been sleeping?
Não tens estado a dormir?
Hasn’t he been working?
Ele não tem estado a trabalhar?
Haven’t I been helping you?
Eu não te tenho estado a ajudar?
Haven’t they been playing?
Eles não têm estado a brincar?
■
«The Past Perfect-Continuous»
(UE pA:st ´pE:fikt-kEn´tinjuEs)
Exemplos:
I told him I had been waiting for two hours
Disse-lhe que tinha estado à espera durante duas horas
I asked her if she had been speaking with you
Perguntei-lhe se ela tinha estado a falar contigo
I wanted to know what he had been doing
Eu queria saber o que ele tinha estado a fazer
They told me they had been travelling
Eles disseram-me que tinham andado a viajar
I thought I had been working for nothing
Eu pensei que tinha estado a trabalhar para nada
He believed he had been seeing ghosts
Ele acreditou que tinha estado a ver fantasmas
O «past perfect continuous» forma-se com o «past perfect» do verbo to be e o particípio presente do verbo que se quer conjugar.
Como noutros tempos verbais, o verbo «to have» pode contrair-se com o sujeito: I’d been working, he’d been singing, etc
Uso do «Past Perfect-Continuous»
Este tempo indica uma ação contínua que começou no passado e terminou também num momento já passado.
Uma oração (oração – palavra ou grupo de palavras dispostas segundo as regras gramaticais que formam sentido completo, proposição, frase) em que entre este tempo pede automaticamente outra com o verbo também num tempo passado, porque, sem ela, a frase ficaria incompleta. As frases I wrote many letters e I have written many letters têm sentido completo, mas, se disséssemos apenas I had written many letters ou I had been writing many letters, os ouvintes ficariam à espera de que completássemos as frases com uma expressão de tempo que indicasse quando é que se tinham escrito as cartas.
Forma Interrogativa,
Negativa e
Interrogativa-Negativa
What had you been doing before I saw you?
O que é que tinhas estado a fazer antes de eu te ver?
I hadn’t been doing anything special
Não tinha estado a fazer nada de especial
Hadn’t you been crying when I went to your room?
Tu não tinhas estado a chorar quando fui ao teu quarto?
No, I hadn’t been crying
Hadn’t they been speaking about me when I came in?
Eles não tinham estado a falar de mim quando eu entrei?
No, they hadn’t been speaking about you
Had you been working all that time?
Tu tinhas estado a trabalhar todo esse tempo?
No, I hadn’ (been working…)
O «past perfect-continuous» usa-se pouco nas formas interrogatina, negativa e interrogativa-negativa. Substitui-se muitas vezes pelo «past continuous»:
Were you crying when I went to your room?
Estavas a chorar quando fui ao teu quarto?
Weren’t they speaking about me when I came in?
Eles não estavam a falar de mim quando eu entrei?
Em inglês, evitam-se os tempos longos, às vezes com sacrifício da exatidão de sentido
■
«Future Perfect-Continuous»
(´fju:t1E ´pE:fikt-kEn´tinjuEs)
Next month I shall have been working for this firm for two years
No mês que vem eu terei estado a trabalhar para esta firma há 2 anos. (Faz dois anos no mês que vem que eu trabalho para esta firma)
O «future perfect-continuous» forma-se com o «future perfect» do verbo to be e o particípio presente do verbo que se quer conjugar.
Este tempo usa-se muito pouco e somente em contextos especiais, como se vê pelo exemplo.
O mesmo se pode dizer das formas interrogativa, negativa e interrogativa-negativa, porque ainda representam ideias mais complicadas.
Praticamente não se usam.
(Ainda por conferir)
Passive Voice – Voz Passiva
(´p"siv v#is)
Indicative Mood – Modo Indicativo
(in´dikEtiv mu:d)
Voz ativa: é como se denomina a flexão verbal que indica que o sujeito pratica ou participa da ação denotada pelo verbo,dá destaque, é quem pratica a ação (agente). Não possui verbo ser, nem pronome "se".
Voz passiva: indica que a ação expressa pelo verbo é recebida pelo sujeito.
Voz é a categoria verbal da qual se marca a relação entre o verbo e seu sujeito. Essa relação pode ser de atividade, passividade ou ambas.
voz activa significação dos verbos transitivos que indica que a acção é praticada pelo sujeito da frase
voz passiva conjugação dos verbos transitivos que indica que a acção é sofrida pelo sujeito da frase (oração)
A voz passiva em inglês forma-se exatamente como em português, quer dizer, com o auxiliar ‘to be’ (ser) e o particípio passado do verbo principal.
(a.) Voz ativa:
John made this box
O joão fez esta caixa
(p.) Voz passiva:
This box was made by John
Esta caixa foi feita pelo joão
(a.) Mary wrote that letter
A Maria escreveu aquela carta
(p.) That letter was written by Mary
Aquela carta foi escrita pela Maria
(Leading forms: Infinitive - write, simple past - wrote, Past Participle - written)
(Leading – mais importante, principal, importante)
(a.) His family adores him
A família dele adora-o
(p.) He is adored by his family
Ele é adorado pela família
(a.) Three doctors are examining the patient
Estão três médicos a examinar o doente
(p.) The patient is being examined by three doctors
O doente está a ser examinado por três médicos
(a.) Somebody was watching me
Alguém me estava a observar
(p.) I was being watched by somebody
Eu estava a ser observado por alguém
(a.) We have sent an invitation to each member
Mandámos um convite a cada sócio
(p.) An invitation has been sent (by us) to each member
Foi mandado um convite a cada sócio (por nós)
(a.) They had informed me about the matter
Eles tinham-me informado do assunto
(p.) I had been informed (by them) about the matter
Eu tinha sido informado (por eles) do assunto
Como se vê, a correspondência com o português é exata:
1 – O verbo «to be» usa-se no mesmo tempo e modo em que estava o verbo principal na voz ativa;
2 – Do verbo principal, usa-se apenas o particípio passado (Ex: Past Participle – written).
3 – O sujeito da voz ativa passa para agente da voz passiva; (agente - pessoa que pratica uma ação).
4 – O complemento direto na voz ativa passa para o sujeito da voz passiva.
■ ■ ■
(complemento directo - palavra ou expressão que completa o sentido de um verbo, palavra ou palavras que designam o objeto sobre que recai a ação do verbo)
(Para descobrirmos o complemento direto faz-se a seguinte pergunta ao verbo: o que? Ex: comprou o quê? Comeu o quê? Alugou o quê?) (Se o verbo não conseguir responder à pergunta: «o que» é porque a frase não tem complemento direto)
(Passiva – conjugação dos verbos transitivos que indica que a ação é sofrida pelo sujeito da frase, voz passiva)
(Verbo transitivo – diz-se do verbo que tem complemento direto ou complemento indireto ou ambos.)
■■■
Nem todos os tempos da voz ativa são usados na passiva. Como na conjugação inglesa abundam tempos compostos e a construção da voz passiva ainda é mais complicada do que a da voz ativa a voz passiva usa-se apenas nos tempos mais simples.
Existe ainda outra razão para não se usarem todos os tempos da voz passiva. É que, quando se mudam alguns tempos da forma contínua para a passiva, o particípio presente do verbo «to be» fica junto ao particípio passado do mesmo verbo (been being) e, noutros tempos, o infinito fica junto ao particípio presente (be being):
(a.) We have been hearing that noise all day
Temos estado a ouvir aquele barulho todo o dia
(p.) That noise has been being heard by us all day
Aquele barulho tem estado a ser ouvido por nós todo o dia
(a.) I shall be finishing this job very soon
Eu estarei a terminar esta tarefa muito breve
(p.) This job will (shall) be being finished by me very soon
Esta tarefa estará a ser terminada por mim muito breve
Como se vê, não só os tempos dos verbos se tornam muito longos como apresentam cacofonias desagradáveis. (Cacofonia – som desagradável)
Os tempos que não se usam na voz passiva são:
a) O «future continuous»: I shall be being heard
Estarei a ser ouvido
b) O «present perfect-continuous»: I have been being heard
Tenho estado a ser ouvido
c) O «past perfect-continuous»: I had been being heard
Tinha estado a ser ouvido
d) O «future perfect-continuous»: I shall have been being heard
Eu terei estado a ser ouvido
■
Exemplos dos Tempos que se Usam na Voz Passiva
Interrogativa, Negativa e
Interrogativa-Negativa
«Simple Present»
Theatre tickets are sold in that shop
Vendem-se (são vendidos) bilhetes de teatro naquela loja
Are theatre tickets sold in that shop?
Theatre tickets aren’t (are not) sold in that shop
Are theatre tickets not sold in that shop?
Aren’t theatre tickets sold in that shop?
«Simple Past»
These books were ordered by John
Estes livros foram encomendados pelo João
Were these books ordered by John?
These books weren’t (were not) ordered by John
Were these books not ordered by John?
Weren’t these books ordered by John?
«Simple Future»
You will be called when you are needed
Tu serás chamado quando fores preciso
Will you be called when you are needed?
You won’t (will not) be called when you are needed
Will you not be called when you are needed?
Won’t you be called when you are needed?
«Present Perfect»
He has been sent to the country
Ele foi mandado para a província
Has he been sent to the country?
He hasn’t (has not) been sent to the country
Has he not been sent to the country?
Hasn’t he been sent to the country?
«Past Perfect»
Thet had been seen at the theatre
Eles tinham sido vistos no teatro
Had they been seen at the theatre?
They hadn’t (had not) been seen at the theatre
Hadn’t they been seen at the theatre?
Had they not been seen at the theatre?
(esta frase não está na gramática!! Porquê?)
«Future Perfect»
These goods will have been sold on Thursday
Estes artigos terão sido vendidos na quinta-feira
Will these goods have been sold on Thursday?
These goods won’t (will not) have been sold on Thursday
Will these goods not have been sold on Thursday?
Won’t these goods have been sold on Thursday?
«Present Continuous»
Your sister is being treated by the best doctors
A tua irmã está sendo tratada pelos melhores médicos
Is your sister being treated by the best doctors?
Your sister isn’t (is not) being treated by the best doctors
Is your sister not being treated by the best doctors?
Isn’t your sister being treated by the best doctors?
«Past Continuous»
The thief was being followed by the police
O ladrão estava a ser seguido pela polícia
Was the thief being followed by the police?
The thief wasn’t (was not) being followed by the police
Was the thief not being followed by the police?
Wasn’t the thief being followed by the police?
Como se vê na forma interrogativa basta fazer-se a inversão do sujeito com o verbo auxiliar. Na forma negativa, os verbos auxiliares podem atrair o advérbio «not» contraindo-se com ele. Esta forma contracta é a mais usada.
■
Emprego da Voz Passiva
A voz passiva emprega-se muito mais frequentemente em inglês do que em português.
Sempre que não interessa mencionar quem pratica a ação, usa-se em inglês a voz passiva.
Assim, nos títulos de artigos em periódicos e nos letreiros que se afixam em edifícios para informação do público, a voz passiva aparece muitas vezes onde paralelamente se usaria em português a voz ativa com «se» (partícula apassivante):
(apassivante/apassivar – pôr na voz passiva) (partícula apassivante, ou seja, indica a voz passiva «vendem-se apartamentos»
Exemplos:
English spoken
(English is spoken here)
Aqui fala-se inglês
(voz passiva, sintética ou pronominal)
Rain expected for tomorrow
(rain is expected)
(Espera-se chuva para amanhã)
Post-cards sold here
(Post-cards are sold here)
Aqui vendem-se postais
Rooms let
(Rooms are let)
Alugam-se quartos
to let – alugar, arrendar (deixar, permitir)
Mesmo fora do âmbito da linguagem dos anúncios, a voz passiva usa-se constantemente em inglês na linguagem de todos os dias, nas mesmas circunstâncias em que se usa em português a voz ativa com «se»:
Exemplos:
Isso não se faz
That isn’t done
Isto acaba-se num instante (acabar-se-á)
This will soon be finished
Números esquecem-se facilmente
Figures are easily forgotten
Este pode vender-se por bom preço
This one can be sold for a good sum.
Não é necessário aparecer a partícula apassivante em português para se empregar a voz passiva, em casos paralelos, em inglês. Basta que não interesse, de momento, mencionar quem praticou a ação:
Mataram o governador!
The governor was killed!
Roubaram o automóvel do meu tio
My uncle’s car was stolen.
Nota: Também se poderia dizer nestes dois casos «They have killed the governor» e «They have stolen my uncle’s car» mas, nas frases acima, dá-se maior relevo à ação. O emprego de «They» denota uma certa intenção da parte de quem fala com respeito à autoria da ação praticada. Empregando-se a voz passiva, dá-se todo o relevo à natureza da ação praticada e não à sua autoria.
Passiva idiomática
(Usos Especiais da Voz Passiva em Inglês)
Quando temos de lidar com uma frase e descobrir se tem ou não tem complemento direto e indireto fazemos duas perguntas ao verbo dessa frase:
Para, numa frase, se descobrir o complemento direto faz-se a pergunta ao verbo: «o que».
Para se descobrir o complemento indireto, numa frase, faz-se a pergunta ao verbo: «a quem».
Exemplos
Qual o complemento direto desta frase: «Contruí uma casa». Fazendo a pergunta «o que» temos a resposta: Contruí o quê? Uma casa. Uma casa será, portanto, o COMPLEMENTO DIRETO.
Qual o complemento indireto desta frase: «Dou dinheiro aos pobres». Fazendo a pergunta «a quem» temos a resposta: Dou dinheiro a quem? Aos pobres. Aos pobres será, portanto o COMPLEMENTO INDIRETO.
Assim, sempre que tivermos que lidar com o complemento direto ou indireto, de uma frase, precisamos de nos lembrar das duas perguntas a fazer ao verbo dessa mesma frase.
Na frase: «Eu dou dinheiro aos pobres» o complemento direto é «dinheiro» e o complemento indireto é «aos pobres». Dou «o quê» e dou «a quem».
É importante.
1 – Em inglês o complemento indirecto da voz ativa pode passar para sujeito da voz passiva: Ex.:
My father gave me a present
Meu pai deu-me um presente
(Deu um presente a quem? Deu a mim – compl. indireto)
I was given a present by my father
They asked me many questions
Eles fizeram-me muitas perguntas
I was asked many questions (by them)
Somebody has shown me that before
Alguém já me mostrou isso
I have been shown that before (by somebody)
They are constantly telling me to go
Eles estão sempre a dizer-me que vá
I’m constantly being told to go
As traduções portuguesas têm de ser as mesmas para os dois casos – voz ativa e voz passiva.
Esta construção usa-se muito com verbos como to give, to tell, to show, to offer, to ask, etc., que pedem complemento indirecto.
2 – O complemento de uma preposição na voz ativa pode passar para sujeito na voz passiva: Ex.:
They looked after him very well
Eles trataram dele muito bem
He was very well looked after
We must send for the witness
Temos de mandar chamar a testemunha
The witness must be sent for
We shall do away with it
Nós vamos acabar com isso
It shall be done away with
They will see to it
Eles hão-de tomar conta disso
It will be seen to
A razão desta construção é que as preposições empregadas estão intimamente ligadas ao verbo e formam com ele sentidos especiais. Por exemplo, ‘to look’ isoladamente significa «olhar» mas ‘to look after’ significa «tratar», «cuidar de». Se esquecermos que o verbo é composto de duas palavras e pensarmos apenas no sentido, compreenderemos facilmente por que razão o complemento da preposição (melhor, da partícula adverbial) pode servir de sujeito na voz passiva. À construção da voz passiva apresentada nos parágrafos 1) e 2) chama-se «passiva idiomática».
3 – O verbo «to get» substitui algumas vezes o verbo «to be» como auxiliar da passiva: Ex.:
They get paid at the end of the week
Eles são pagos no fim da semana
Pagam-lhes no fim da semana
My skirt got caught in the machine
A minha saia prendeu-se na máquina
(Por corrigir)
Paradigma dos Tempos da Voz Passiva - Modo Indicativo
Verbo: to be called (ser chamado)
(Paradigma - modelo de conjugação, exemplo típico de algo, modelo, norma)
The Simple Present
I am called
You are called
He, she it is called
We are called
You are called
They are called
■
The Simple Past
I was called
You were called
He, she, it was called
We were called
You were called
They were called
■
The Simple Future
I shall be called
You will be called
He, she, it will be called
We shall be called
You will be called
They will be called
■
The Present Continuous
I am being called
You are being called
He, she, it is being called
we are being called
You are being called
They are being called
■
The Past Continuous
I was being called
You were being called
He, she, it was being called
We were being called
You were being called
They were being called
■
The Future Continuous
Não se usa
■
The Present Perfect
I have been called
You have been called
He, she, it has been called
We have been callled
You have been called
They have been called
■
The Past Perfect
I had been called
You had been called
He, she, it had been called
We had been called
You had been called
They had been called
■
The Future Perfect
I shall have been called
You will have been called
He, she, it will have been called
We shall have been called
You will have been called
They will have been called
■
The Present Perfect-Continuous
The Past Perfect-Continuous
The Future Perfect-Continuous
Não se usam
Notas: - Nos tempos do futuro, há a considerar os empregos variáveis de shall e will (ver «Emprego de Shall e Will» - Verbos Auxiliares de Modo)
Para o estudo do condicional, consultem-se os «Verbos Defetivos» Should e Would - alínea 2
(Ainda por corrigir)
VERBOS DEFETIVOS
Defective Verbs
(di´fektiv vE:bz)
Os verbos que vamos tratar chamam-se verbos defetivos ou finitos anómalos («anomalous finites» - Palmer), porque lhes faltam muitas formas de conjugação. De facto, só têm presente e pretérito. Também são chamados «verbos auxiliares de modo», porque se empregam como auxiliares em construções especiais. As suas formas são as seguintes:
Forma do Presente
(Present Form)
Shall (1"l), (1El), (1l)
Will (wil), (l)
Can (k"n), (kEn)
May (mei)
Must (m8st), (mEst)
Ought (#:t)
Forma do Pretérito
(Past Form)
Should (1ud), (1Ed)
Would (wud), (d)
Could (kud), (kEd)
Might (mait)
---
---
As suas traduções são de certo modo variáveis, razão por que as daremos por meio de exemplos.
Alguns destes verbos apresentam formas fonéticas fortes e fracas. As fortes (as primeiras transcritas fonéticamente) empregam-se sempre que se pretende dar ênfase ao verbo (forma enfática), ou na linguagem oral cuidada e na literária. Estes verbos só têm presente e pretérito, com excepção de «must» e «ought», que não possuem forma de pretérito. Não se empregam com outros auxiliares, sendo substituídos por outras expressões nos tempos do futuro, condicional e outros tempos compostos. Nenhum destes verbos tem particípio nem infinito: não se deve dizer «o verbo to shall», «o verbo to can», etc., mas sim «o verbo shall, can», etc.
Vejamos primeiro as suas caraterísticas comuns para, em seguida, estudarmos isoladamente os empregos e significados de cada um.
Ex.:
Em frases afirmativas, interrogativas, negativas e interrogativas-negativas
He shall go
Ele irá
Shall he go?
He shall not (he shan’t) go
Shall he not (shan’t he) go?
He will do it
Ele fará isso
Will he do it?
He will not (he won’t) do it
Will he not (won’t he) do it?
She can write
Ela pode (sabe) escrever
Can she write?
She cannot (she can’t) write
Can she not (can’t she) write?
He may come
Ele pode vir
May he come?
He may not come
May he not come?
She must pay
Ela tem de pagar
Must she pay?
She must not (mustn’t) pay
Must she not (mustn’t she) pay?
He ought to pay
Ele deve pagar
Ought he to pay?
He ought not (he oughtn’t) to pay
Ought he not (oughtn’t he) to pay?
Examinando os exemplos, verifica-se o seguinte:
1 – Estes verbos só se usam combinados com o infinito;
2 – O infinito dependente destes verbos não é precedido da partícula «to», excetuando-se o caso do verbo «ought»;
3 – Usados na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, estes verbos não apresentam a desinência «s»;
4 – Usados nas formas interrogativa e negativa, não são acompanhados do auxiliar «to do», isto é, funcionam como o verbo auxiliar «to be».
5 – Tal como os outros verbos auxiliares, podem contrair-se com a negativa «not».
■
Estudemos agora os verbos defetivos um por um:
SHALL – SHOULD
Este verbo apresenta apenas duas formas: a do presente «shall» (1"l; 1El; 1l) – e a do pretérito – «should» (1ud; 1Ed).
Não tem particípio passado.
A – a forma «shall» serve de auxiliar na formação dos tempos do futuro – do futuro simples ou puro e do futuro intencional, isto é, do futuro com significados especiais. O seu emprego e significado vem descrito no capítulo «Significado e Emprego dos Tempos da Conjugação Inglesa».
Em frases negativas, «shall» aparece em contrações com «not», dando «shan’t» (1A:nt).
B – 1 – a forma «should» serve de auxiliar no modo conjuntivo (v. «Modo Conjuntivo»), em exemplos como:
Modo Conjuntivo: modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Presente do Conjuntivo: que eu venha
Pretérito imperfeito do Conjuntivo: se eu viesse
Futuro do Conjuntivo: quando eu vier
LINK
http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/vir
If he should come, give him this
Se ele vier, dá-lhe isto (Futuro)
If I should fail, you would despise me
Se eu falhasse, tu desprezavas-me (Pretérito)
It is necessary that he should know all
É necessário que ele saiba tudo (Presente)
Everybody thought that he should win
Toda a gente pensava que ele ganhasse (Pretérito)
2 – Serve também de auxiliar para a formação do tempo que corresponde ao nosso condicional e é chamado por autores ingleses «past subjunctive», «future-preterite» ou «conditional»
I told you that I should come today
Eu disse-te que viria hoje
If he said that, I should believe him
Se ele disse isso, eu acreditaria nele
Nesta função, usa-se geralmente com as primeiras pessoas.
3 – «should» pode ainda ser usado como verbo principal, no sentido de «dever» (ter o dever de):
You should go
Tu deves ir (tu devias ir)
He should have waited
Ele devia (deveria) ter esperado
Como verbo de significação própria, se é empregado com um infinito simples, traduz-se pelo presente do indicativo (tu deves) ou pelo imperfeito (tu devias);
se é empregado com um infinito perfeito, traduz-se pelo imperfeito do indicativo ou pelo condicional (devia ou deveria).
4 – «should» aparece em muitas frases coloquiais, que exprimem opiniões:
(coloquial – informal, familiar)
Do you think it’s cold outside?
Achas que está frio lá fora?
I should think so!
Eu acho que sim!
Don’t you think he’s very stupid?
Não achas que ele é muito estúpido?
I should say so!
Concordo, acho que sim!
Look! The child is asking for a sweet; I should give him one
Olha! A criança está a pedir um doce; eu dava-lhe um (acho que lhe podias dar um)
Can I wait here?
Posso esperar aqui?
I shouldn’t think so!
Acho que não
5 – Muitas vezes «should» equivale à nossa forma perifrástica «haver de», na linguagem coloquial:
conjugação perifrástica: tipo de conjugação, muito vulgar na língua portuguesa, que consta de um verbo auxiliar que indica o tempo, e o verbo principal, no gerúndio ou no infinito, que exprime a acção que se realiza;
You should hear him sing!
Havias de ouvi-lo cantar!
I was going out and whom should I meet? John!
Eu ia a sair e quem é que eu havia de encontrar? O João!
Why should she bother me?!
Porque é que ela me há-de aborrecer?!
(Porque é que ela me anda a aborrecer?!)
■
WILL – WOULD
A – 1 – «Will» (wil; l) serve de auxiliar na formação do futuro (v. «Os Tempos da Conjugação Inglesa») quer do futuro simples ou puro, quer das diferentes modalidades do futuro intencional.
2 – Emprega-se também em construções que não se podem bem considerar futuros e em que «will» desempenha funções de verbo principal, significando «ser capaz de» ou «costumar».
She will spend all her wages on a new dress
Ela é capaz de gastar todo o ordenado num vestido novo
He will read for hours in bed
Ele é capaz de (ele costuma) ler horas e horas na cama
Em certas frases, não se deve traduzir em português:
Dogs will bite
Os cães mordem
This glass will take a pint of liquid
Este copo leva um quartilho de líquido (aproximadamente ½ litro)
That will do
Isso serve (ou chega)
3 – «Will» pode envolver uma ideia de «vontade», traduzindo-se a expressão em que ocorre por um conjuntivo:
Conjuntivo: modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito; Nos Modos e Tempos Verbais o conjuntivo é o modo da eventualidade e possibilidade.
Presente do Conjuntivo: Que eu faça
Pretérito Imperfeito do Conjuntivo: Se eu fizesse
Futuro do Conjuntivo: Quando eu fizer
If you will do that, I shall be grateful to you
Se fizeres isso, ficar-te-ei grato
(Futuro do Conjuntivo)
I won’t talk to him again, if he won’t (will not) apologise
Não lhe torno a falar, a não ser que peça desculpa
(Presente do Conjuntivo)
Nota: A contração de «will» com «not» dá «won’t» (wount)
4 – Em certas frases em que há uma ideia de suposição, «will» traduz-se por «dever».
This will be enough, I think
Acho que isto deve ser suficiente
He will have heard the joke before
Ele deve ter ouvido a anedota anteriormente
They won’t have noticed the difference
Eles não devem ter notado a diferença
■
B – 1 – «Would» (wud) (d) A forma «would» serve de auxiliar no modo conjuntivo (v. «Modo Conjuntivo») sempre que a ideia de vontade esteja envolvida no sentido.
I could finish this today if you would help me (if you’d help me)
Eu poderia acabar hoje isto se tu me ajudasses (me quisesses ajudar)
You could do it if you would!
Tu podias fazê-lo se quisesses!
«Would» é uma forma de pretérito («will» é o presente) e por isso se usa no (pretérito imperfeito) imperfeito do conjuntivo
(«will» forma o presente ou o futuro do conjuntivo)
(ver este link: http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/fazer )
2 – «Would», como «Should», usa-se na formação do condicional:
If I were rich, I would buy a Rolls-Royce (I’d buy)
(If I were rich – a frase não é I was como habitualmente! Nestas condições a frase está correta e mais tarde se descobrirá a razão porque está correta!!) e, é evidente que, isto está fora do assunto que é o condicional com «would» e «should» !! Foi-me dito que é assim por ter o «If» atrás mas falta-me investigar melhor.
Se eu fosse rico, comprava (compraria) um Rolls-Royce
I would accept that offer, if I were you
Eu aceitava (aceitaria) aquela oferta, se fosse a ti
(«Should» e «Would», no condicional, empregam-se mais ou menos indistintamente com as primeiras pessoas, mas «would» usa-se quase sempre com as segundas e terceiras)
Nothing would stop me from travelling, if I were healthy
Nada me impediria de viajar, se eu tivesse saúde
If they knew that, they would punish you
Se eles soubessem isso, castigavam-te (castigar-te-iam)
3 – «Would» emprega-se paralelamente a «will», no passado, significando «ser capaz de», «costumar» (ver o A – 2 – ... com «Will» pois é semelhante a este B – 3 –)
She would spend all her wages on a new dress
Ela era capaz de gastar todo o ordenado num vestido novo
He would read for hours in bed
Ele era capaz de (costumava) ler horas e horas na cama
E também em certas frases em que não se traduz em português:
His dogs would bite everybody
Os cães dele mordiam toda a gente
The glasses he used would take a pint of liquid
Os copos que ele usava levavam um quartilho de líquido
He started working at the factory, but that wouldn’t do for him
Ele começou a trabalhar na fábrica, mas isso não lhe servia
To do – convir, ser conveniente (fazer, realizar, trabalhar, representar, estudar, preparar, arranjar, cozinhar, etc.)
4 – Também se usa paralelamente a «will» em frases que indicam suposição – mas aqui confunde-se algumas vezes com o condicional (v. «Will» Nº 4)
That would be enough, I thought
Pensei que isso devia bastar (bastaria)
He would have heard the joke before
Ele devia ter ouvido a anedota (anteriormente)
They wouldn’t have noticed the difference
Eles não deviam ter notado (não notariam) a diferença
5 – Algumas vezes, «would» é sinónimo de «querer»; não dá apenas uma ideia vaga de vontade, indica teimosia, insistência sobre uma resolução:
That woman wouldn’t let me pass!
Aquela mulher não me queria deixar passar!
I asked them for some bread, but they wouldn’t give me any
Pedi-lhes pão, mas não me quiseram dar nenhum
As none of them would confess his guilt, they were all sent to prison
Como nenhum quis confessar a culpa, foram todos presos
Nota: A contração de «would» com «not» dá «wouldn’t» (´wudnt)
6 – Paralelamente a «will» (v. «Futuro Interrogativo») «would», em orações interrogativas, usa-se para pedir um favor:
Would you pass me the salt?
Eras capaz de me passar o sal?
Would you tell me the way to Piccadilly?
Podia ensinar-me o caminho para Piccadilly?
■
MAY – MIGHT
«May» (mei) e «might» (mait) são as duas formas únicas deste verbo e usam-se paralelamente –– «may» no presente e «might» no passado. «May» é a forma única do presente.
1 – Como verbo auxiliar, «may-might» emprega-se na formação do conjuntivo, em orações finais:
Modo Conjuntivo: modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Nos Modos e Tempos Verbais o conjuntivo é o modo da eventualidade e possibilidade.
Presente do Conjuntivo: que eu venha
Pretérito imperfeito do Conjuntivo: se eu viesse
Futuro do Conjuntivo: quando eu vier
LINK
http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/vir
Oração final: exprime a intenção, ou o móbil da ação enunciada na oração subordinante/principal.
A oração subordinada é aquela cujo sentido depende do de outra, da principal, do mesmo período/frase.
Ex.: Amemos os nossos semelhantes, para que eles nos amem também a nós (oração final e subordinada/inferior/secundária)
I pray that he may succeed
Rogo a Deus que ele vença (Presente do conjuntivo)
Please let me go now, that I may catch the train
Por favor deixe-me ir agora, para que eu apanhe o comboio (Presente do conjuntivo)
He should have published his discovery, so that others might profit by it
Ele devia ter publicado a descoberta, para que outros se aproveitassem dela (Pretérito Imperfeito do Conjuntivo)
2 – «May-might» com um infinito, como verbo principal, pode indicar possibilidade:
He may go tomorrow, or he may not
Ele pode ir amanhã ou pode não ir
That might be dangerous
Isso podia ser perigoso
Might it not come true?
Isso não podia acontecer (vir a realizar-se)?
3 – «May-might», ainda como verbo principal e significando «poder», usa-se também para indicar ou pedir licença, permissão:
May I use your pen? – You may
Posso usar a tua caneta? – Podes
Might I give you some advice?
Podia dar-lhe um conselho?
You can do that, of course, but you may not
Tu podes fazer isso, é claro, mas não tens licença para isso
4 – Muitas vezes indica um pedido indireto ou desejo:
You might take this to my room
Podias levar isto para o meu quarto
May you be happy!
Que sejas feliz! (Oxalá sejas feliz!)
Aqui, «may» usa-se um pouco diferentemente de «might». «Might» serve para formular pedidos indiretos ou desejos, mas «may» indica apenas um desejo e usa-se sempre com inversão do sujeito (may you, may he, etc.), traduzindo-se em português por um conjuntivo. Quanto à forma, pode incluir-se este emprego de «may» no 1º grupo, isto é, pode considerar-se um auxiliar do conjuntivo. Apenas, neste caso, não se expressa a oração principal de que depende o conjuntivo:
I wish that …
(Eu desejo que…) (Oração principal)
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CAN – COULD
«Can» (k"n; kEn) é a forma do presente e «could» (kud; kEd) a forma do pretérito do mesmo verbo, que significa «poder», no sentido de «ser capaz de», «ter possibilidades para»:
1 – I can do that for you
Eu posso fazer-te isso
I could do it very easily
Eu podia (poderia) fazê-lo muito facilmente
2 – O verbo «can-could» anda ligado à expressão «to be able to» (ser capaz de), que o substitui nos tempos que lhe faltam, visto que os verbos defetivos não se podem conjugar com auxiliares.
Exemplos:
He will be able to walk in a month
Ele poderá andar dentro de um mês
I have been able to get some oranges
Consegui (pude) arranjar umas laranjas
I told him we had been able to get in
Eu disse-lhe que tínhamos podido (conseguido) entrar
I hope you will be able to earn some money
Espero que poderás (possas) ganhar algum dinheiro
Como o verbo «can» não tem particípios nem infinito, não se usa nos tempos compostos nem no futuro, e daí a necessidade de o substituir por uma expressão equivalente.
3 – Mas em vez das formas do condicional «should be able to» e «would be able to», usa-se muitas vezes a forma could:
Oh! I couldn’t bear such a person in my house!
Oh, eu não poderia suportar uma pessoa assim na minha casa!
I couldn’t carry all this alone!
Eu não poderia levar tudo isto sozinha
He could never do such a thing!
Ele nunca poderia (seria capaz de) fazer tal coisa!
If she helped me, I could help you
Se ela me ajudasse, eu podia (poderia) ajudar-te (ou eu ajudava-te)
4 – «Can-could», ligado a certos verbos, pode significar «saber» (ter aptidão para):
She can sing very well
Ela sabe cantar muito bem
Can she speak English? No, she can’t (kA:nt)
Ela sabe falar inglês? Não, não sabe
Couldn’t (kudnt) he speak French when he came here?
Ele não sabia falar francês quando veio?
Notas: A contração de «can» com «not» dá «can’t» (kA:nt). Sem se contraírem, podem-se escrever as duas palavras juntas: «cannot» (´k"n#t).
A contração de «could» com «not» dá «couldn’t» (kudnt)
5 – «Can» substitui muitas vezes «may» no sentido de «poder», «ter licença», «ter permissão», «ter direito de»:
You cannot (can’t) do that!
Tu não podes fazer isso!
Can I borrow this book?
Posso pedir este livro emprestado?
You could not do (couldn’t do) such a thing!
Tu não podias (poderias) fazer tal coisa!
6 – «Can-could» emprega-se muito em frases interrogativas que denotam um pedido ou uma oferta:
Can I help you?
Posso ajudá-lo? (Nas lojas: Posso atendê-lo?)
Could you open the door for me?
Podias abrir-me a porta?
Can you wait a moment?
Pode esperar um momento?
Could you lend me sixpence?
Podes emprestar-me seis dinheiros?
7 – Com verbos que exprimem perceções como «to see», «to hear», «to feel», «to taste», «to smell», não se traduz em português:
Can you hear some music?
Estás a ouvir uma música?
Ouves uma música?
Can you see the aircraft?
Vês o aeroplano?
Estás a ver o aeroplano?
Put your hand on my head. Can you feel anything here?
Pôe-me a mão na cabeça. Sentes alguma coisa aqui?
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MUST
O verbo «must» (m8st) só tem uma forma, que é a do presente. Contraído com «not», dá «mustn’t» (´m8snt). Exprime necessidade de fazer qualquer coisa, ou obrigação, e é algumas vezes sinónimo da expressão «to have to» (ter de).
1 – I must finish this today
Tenho de acabar isto hoje
Preciso de acabar isto hoje
He must find some way out of this trouble
Ele tem de arranjar uma saída para esta maçada
We must eat to live
Temos de comer para viver
You mustn’t do that
Não podes fazer isso
Não deves fazer isso
Neste último exemplo, «must» é mais forte que «should», significa, realmente, «É preciso que não faças isso.»
2 – Em certas expressões, «must» significa apenas necessidade lógica:
He must be very rich (to buy a house like that)
Ele deve ser muito rico (para comprar uma casa daquelas)
(É lógico que deve ser muito rico para comprar uma casa daquelas)
She must be over forty.
Ela deve ter mais de quarenta anos
You must first of all know that…
Primeiro que tudo, devo dizer-lhe que…
(À letra: Primeiro que tudo, deve saber que…)
( A expressão «À letra» significa: – de um modo rigoroso e claro)
3 – Quando há necessidade de usar a expressão «ter de» no passado ou no futuro, substitui-se «must» por «to have to»:
Present
I must go
Passado
I had to go
Tive de ir – tinha de ir
Futuro
I shall have to go
Terei de ir
You will have to go
Terás de ir
Algumas vezes, porém, «must» pode parecer um passado, devido à tradução portuguesa:
She knews she must go
Ela sabia que tinha (tem) de ir
He said he must talk to you
Ele disse que tinha (tem) de lhe falar
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OUGHT
1 – O verbo «ought» (#:t) assemelha-se no sentido a «should» e «must», mas difere deles em parte: é mais forte que «should» e, ao passo que «must» indica necessidade de qualquer espécie, «ought» refere-se apenas a conveniência ou dever:
You should do that
Deves fazer isso
You must do that
Tens de fazer isso
You ought to do that
Tens (o dever) de fazer isso
Note-se que «ought» é sempre acompanhado de um infinito com a partícula «to», ao contrário dos outros verbos defetivos.
Como tem uma forma única, empregado com um infinito perfeito, traduz-se pelo imperfeito do indicativo (pretérito):
He ought to have come, oughtn’t he?
Ele devia ter vindo, não devia?
Note-se que tal como os outros verbos que temos visto, pode contrair-se com a negativa, pronunciando-se (´#:tnt).
2 – «Ought» emprega-se certas vezes para indicar probabilidade:
He ought to have seen them on the way
Ele deve tê-los visto pelo caminho
They ought to be waiting for us
Eles devem estar à nossa espera
Advertência – Para complemento do estudo dos verbos auxiliares de modo, é de toda a utilidade consultar o capítulo sobre o «Modo conjuntivo».
(Ainda por corrigir)
MODO CONJUNTIVO
The Subjunctive Mood
(UE sEb´d[8nktiv mu:d)
Conjuntivo - modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Como curiosidade, o modo indicativo é o (modo verbal) que exprime a acção como uma realidade, traduzindo a forte responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
No capítulo anterior, dissemos que «shall», «should»,
«will», «would», «may»
e «might» servem de auxiliares na formação do conjuntivo.
Os tempos do conjuntivo inglês são quase sempre formados com estes verbos; as formas sintéticas do conjuntivo desapareceram praticamente porque foram pouco a pouco substituídas pelas formas do indicativo ou por construções perifrásticas com os auxiliares de modo.
conjugação perifrástica tipo de conjugação, muito vulgar na língua portuguesa, que consta de um verbo auxiliar que indica o tempo, e o verbo principal, no gerúndio ou no infinito, que exprime a acção que se realiza;
Apenas no pretérito do verbo «to be» se distingue o conjuntivo do indicativo:
Indicativo
I was your friend
Eu era seu amigo
Conjuntivo
If I were your friend…
Se eu fosse seu amigo…
Indicativo
He was very clever
Ele foi muito esperto
Conjuntivo
If he were cleverer...
Se ele fosse mais esperto…
Recordemo-nos que o Simple past do verbo «to be» é o seguinte:
I was
You were
He, she, it was
We were
You were
They were
Comparemos todas as pessoas do «Simple Past» – «Indicative Mood» com as do «Simple Past» – «Subjunctive Mood».
Simple Past – Indicative Mood
I was
You were
He, she, it was
We were
You were
They were
Simple Past – Subjunctive Mood
(If) I were
(If) you were
(If) he, she, it were
(If) we were
(If) you were
(If) they were
Como se vê, no conjuntivo, apenas a 1ª e 3ª pessoa do singular diferem do modo indicativo.
Note-se que hoje em dia, diz-se muito «if I was» e «if he was»; embora estas construções sejam ainda consideradas incorretas, denotam já uma tendência para nivelar absolutamente o modo indicativo com o modo conjuntivo.
A forma do presente do conjuntivo do verbo «to be» – «if I be», «if you be», «if he be», etc. – ocorre ainda raras vezes na linguagem escrita mas tende a desaparecer, substituindo-se pelas formas do presente do indicativo.
À parte o verbo «to be», este nivelamento já se deu completamente. Diz-se «I had» (eu tinha) e «if I had» (se eu tivesse); «I liked» (eu gostei) e «if I liked» (se eu gostasse), etc., etc. O mesmo sucede com todos os outros verbos.
Do mesmo modo que o imperfeito do indicativo substitui o imperfeito do conjuntivo, o futuro do conjuntivo é substituído pelo indicativo presente («simple present»):
« If I have »
Se eu tiver
« If I like »
Se eu gostar
Etc.
Do que acima dissemos, pode-se deduzir que:
A – Se se entende por «modo conjuntivo» (subjunctive mood) um conjunto de formas verbais distintas das do modo indicativo (indicative mood), pode dizer-se que, praticamente, o conjuntivo inglês desapareceu.
B – Se, por outro lado, se entender por «modo conjuntivo» um conjunto de maneiras, não sistematizadas, de exprimir a ação verbal, condicionadas pelas diferentes modalidades do pensamento, o conjuntivo inglês existe e é expresso ora por formas iguais às do modo indicativo, ora por construções perifrásticas em que figuram os auxiliares de modo «shall», «will»,
«should», «would»,
«may», «might» e até, em certas circunstâncias, «can» e «could» (estas formas são chamadas por alguns gramáticos ingleses «subjunctive equivalents»).
O modo conjuntivo aparece essencialmente em orações subordinadas. Como não se pode organizar um paradigma completo do modo conjuntivo em inglês, semelhante ao que apresentámos com os diferentes tempos do modo indicativo, daremos exemplos dos diversos tipos de orações em que o conjuntivo ocorre.
♣
O Conjuntivo em
Orações Subordinadas
INTRODUÇÃO
1 – Há períodos que são constituídos por mais de uma proposição:
António saiu e foi ao cinema
As estrelas parecem pequenas, porque estão muito distantes
O fulcro de cada proposição/oração é o predicado/verbo.
2 – Nos exemplos do parágrafo anterior, há em cada um dos períodos duas proposições/orações cujos predicados são ligados pelas conjunções «e» e «porque», respetivamente:
Saiu e foi
Parecem pequenas, porque estão muito distantes
As proposições/orações ligam-se, pois, por partículas de ligação
3 – Estas partículas de ligação podem ser:
Conjunções coordenativas:
Caiu e feriu-se
Conjunções subordinativas:
Quero que estudes
Sabe, porque estuda
Pronomes e advérbios relativos:
A casa que construí é grande
A casa onde moro é grande
Pronomes e advérbios interrogativos:
Perguntou quem bateu à porta
Sabia onde ela estava
As proposições/orações introduzidas por conjunções (orações conjuncionais) coordenativas chamam-se coordenadas e as introduzidas pelas outras partículas subordinadas.
Observação: A subordinação, como veremos, pode ser ainda expressa pelas formas de infinitivo dos verbos. Ex: Confesso não me causar impressão a notícia.
4 – A proposição que não é introduzida por qualquer partícula de ligação e não depende, portanto, de outra chama-se PRINCIPAL.
Ex.: Afirmou o Padre António Vieira que a guerra era uma calamidade composta de todas as calamidades.
5 – Examinemos agora o seguinte período:
Desejo que tenhas saúde
A proposição/oração «que tenhas saúde» depende da principal: é-lhe subordinada.
A principal, por isto mesmo, chama-se subordinante.
■
Definição de Conjunções - são as palavras que ligam proposições/orações, elementos com a mesma função na mesma oração ou, ainda, dois períodos.
■
Para os efeitos que pretendemos, as orações subordinadas podem dividir-se em orações conjuncionais, orações relativas e orações interrogativas indiretas.
Orações Conjuncionais
Orações Condicionais
As conjunções «Subordinativas Condicionais» ligam duas proposições/orações, uma das quais completa ou determina o sentido da outra.
São as seguintes: se, a não ser que, salvo se, contanto que, no caso que, sem que, exceto se, desde que, a menos que, uma vez que.
Exemplos em que a forma gramatical do modo indicativo serve para exprimir o conjuntivo.
If I did that, I should be sorry later on
Se eu fizesse isso, arrepender-me-ia mais tarde
If I do that, I shall be sorry later on
Se eu fizer isso arrepender-me-ei mais tarde
If he had written the letter, all would be well
Se ele tivesse escrito a carta, tudo estaria bem
If he has written the letter, all will be well
Se ele escreveu (tiver escrito) a carta, tudo estará bem
Unless he consented, I wouldn’t open the door
A não ser que ele consentisse, eu não abriria a porta
Unless he consents, I won’t open the door
A não ser que ele consinta, eu não abro (abrirei) a porta
Assim, como se viu em cima,
Como se disse, em orações condicionais, o futuro e imperfeito do conjuntivo podem ser expressos, respetivamente, por formas do presente e do imperfeito do indicativo.
Excetua-se o verbo «to be», que tem formas próprias para o imperfeito do conjuntivo.
Conjuntivo - modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Exemplos em que o modo conjuntivo é expresso perifrasticamente com os verbos auxiliares de modo:
Conjugação Perifrástica – tipo de conjugação, muito vulgar na língua portuguesa, que consta de um verbo auxiliar que indica o tempo, e o verbo principal, no gerúndio ou no infinito, que exprime a acção que se realiza;
Com «Should»:
If he should die, what should we do?
Se ele morresse, que havíamos de fazer?
If he should die, what shall we do?
Se ele morrer, que havemos de fazer?
Como se vê pelos exemplos, o sentido do conjuntivo depende muitas vezes da oração principal: se o verbo da oração principal está no condicional, a forma perifrástica traduz-se em português pelo imperfeito do conjuntivo; quando o verbo da oração principal estiver no futuro, a forma perifrástica traduz-se pelo futuro do conjuntivo.
As formas do conjuntivo em que figura «should» indicam mera possibilidade de uma ação acontecer: não há interferência da vontade da pessoa representada pelo sujeito.
Com «will-would»:
If you would come, I should be very glad
Se tu viesses (quisesses vir), eu ficaria muito satisfeito
If you will come, I shall be very glad
Se tu vieres (quiseres vir), ficarei muito satisfeito
He wouldn’t go unless I would go with him
Ele não iria, a não ser que eu fosse com ele
He won’t go unless I (will) go with him
Ele não irá, a não ser que eu vá com ele
Conjuntivos formados com «will» e «would»
em orações condicionais
indicam que a ação depende da vontade da pessoa representada pelo sujeito.
«Shall» aparece muito raramente como auxiliar do conjuntivo em orações condicionais, e apenas em estilo literário.
Supressão da conjunção «If»
Quando se suprime a conjunção «if», dá-se uma inversão do sujeito, aparecendo os auxiliares do conjuntivo em primeiro lugar:
Should I win the prize, I would give it to you
(If I should win)
Se eu ganhasse o prémio, dava-to
(Ganhasse eu o prémio…)
Had I seen you before, I would have asked you to help me
(If I had seen)
Se te tivesse visto antes, tinha-te pedido que me ajudasses
(Tivesse-te eu visto…)
«Will» e «would» não se empregam nesta construção.
Note-se que, em português, existe uma construção paralela.
Orações Causais
O conjuntivo não se usa em orações causais, em inglês.
Como curiosidade, as conjunções causais são as seguintes: que, porque, como, pois, pois que, porquanto, visto como, visto que, já que, por isso que, por isso mesmo que
Orações Concessivas
Conjunções Concessivas – embora, que, conquanto, ainda que, mesmo que, apesar de que, ainda quando, posto que, se bem que, sem que, por mais que, por menos que, por muito que, por pouco que, por lindo/feio/belo/gordo/etc. que
■
Definição de Conjunções - são as palavras que ligam proposições/orações, elementos com a mesma função na mesma oração ou, ainda, dois períodos.
Ao passo que, em português, o conjuntivo é obrigatório em orações concessivas, em inglês, aparece sempre o modo indicativo nestas orações.
Excetuam-se certas frases em que a forma do conjuntivo do verbo «to be» ainda se usa em alguns casos:
Though it be possible, I cannot believe it
Embora seja possível, não posso acreditar nisso
Be it a trifle, it ought to be done well
Embora seja coisa sem importância, tem de ser bem feita
Orações Consecutivas
Conjunção consecutiva: que (quando colocado depois de uma das palavras, ou expressões: tal, tanto, de tal maneira, de tal modo, de tal sorte, etc.)
Is he so cruel that you should fear him?
Ele é tão cruel que te meta medo?
I’m not so foolish that I should spend money uselessly
Não sou tão louco que gaste dinheiro à toa
Assim, como se viu acima,
Quando a oração consecutiva representa uma ação imaginária, usa-se o modo conjuntivo com «should». Caso contrário emprega-se o indicativo:
He was so evil that he hated his own parents
Ele era tão mau que odiava os próprios pais
Nota: Muitas vezes a ação é expressa por um infinito precedido de «as», nestas orações:
They weren’t so clever as to understand my intentions
Eles não eram tão espertos que compreendessem as minhas intenções
Orações Finais
Conjunções Finais – que, por que, para que, a fim de que
Take your medicine, that you may recover
Toma o remédio para que te ponhas bom
He worked hard, that he might pass the exam
Ele trabalhou muito para que passasse (para passar) no exame
Em orações finais, aparece geralmente o conjuntivo perifrástico formado com «may» e «might»
(v. «Verbos defetivos» – May-might).
Algumas vezes, em que o sujeito das duas orações é o mesmo, esta construção é substituída por um infinito: «He worked hard, so as to pass the examination».
A conjunção «lest» (para que não) exige uma forma perifrástica com «should»:
Be careful, lest you should fall
Tem cuidado, para que não caias
«Lest», hoje em dia, usa-se apenas em linguagem literária.
Orações Temporais
Conjunções Temporais – como, quando, que, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, sempre que, assim que, tanto que, mal, até que, desde que, apenas, à medida que, ao passo que, senão quando
Em orações temporais usa-se sempre o modo indicativo, a não ser que a ocasião em que a ação ocorre seja expressa de um modo muito vago:
He wanted you to have a cup of tea ready whenever he should come
Ele queria que tu tivesses uma chávena de chá pronta quando viesse (em qualquer altura que viesse)
He asked to see his mother before he should die
Pediu para ver a mãe antes que morresse (antes que chagasse a hora de ele morrer)
À parte estes casos, emprega-se o modo indicativo, mesmo quando em português se usa o conjuntivo:
When she comes, give her this
Quando ela vier, dá-lhe isto
Once you get in, everything will be all right
Uma vez que entres (quando tiveres entrado) tudo correrá bem
We had to wait till they arrived
Tivemos de esperar até que eles chegassem
As long as he has money , he will spend it
Enquanto tiver dinheiro, gasta-o
Orações Comparativas
Conjunções Comparativas – que, do que, como, assim como, bem como, conforme, consoante, segundo, assim também, qual (quando estiver depois de «tal»)
He can behave as he likes
Ele pode portar-se como queira (quer ou quiser)
I shall do as he tells me
Farei o que ele disser (diz)
She dressed as if she were rich
Vestia-se como se fosse rica
They addressed him as though he were a king
Tratavam-no como se fosse rei
Em orações comparativas, o verbo usa-se no modo indicativo mesmo quando corresponde a um conjuntivo em português, exceto quando se trata do verbo «to be» precedido de «as though» ou «as if» (em orações comparativas que designam um facto imaginário)
Orações Integrantes
Conjunção Integrante – que
I am glad (that) she has come
Folgo que ela tenha vindo
I believe he is a good man
Acredito que ele seja (é) bom
I thought he might be ill
Pensei que estivesse doente
It is necessary that he should come tomorrow
É necessário que ele venha amanhã
It is possible that he may wish to see you
É provável que ele o queira ver
It is decided that he shall go with us
Está decidido que ele vai conosco (ou vá conosco)
Como as orações integrantes estão intimamente ligadas à oração principal, o modo em que se usa o verbo depende muito do sentido desta.
Pode-se usar o modo indicativo ou o modo conjuntivo, conforme as circunstâncias:
Conjuntivo:
I thought he might be ill
Pensei que estivesse doente
Indicativo:
I thought he was ill
Pensei que estava doente
O primeiro exemplo significa: «Eu calculei que ele estivesse doente», ao passo que o sentido da segunda frase é: «Eu julgava que ele estava doente».
Quando se usa o conjuntivo em inglês, a escolha do verbo auxiliar depende também da oração principal:
It is necessary that he should come
É necessário que ele venha
It is possible that he may come
É provável que ele venha
It is hoped that he will come
Espera-se que ele venha
Assim, vimos acima que,
O verbo «should» reforça a expressão «it is necessary». O verbo «may» é condicionado pela expressão «it is possible». O verbo «will» indica que o facto de «ele vir» depende da vontade da pessoa de quem se fala.
Note-se que chamamos «conjuntivos» a estas construções verbais tendo apenas em vista as modalidades do pensamento; quanto à forma, trata-se apenas do que Palmer chama «subjunctive equivalents», ou seja, conjuntivos perifrásticos.
■
Orações Relativas
Pronomes relativos - que, quem, qual, cujo, cuja, quanto, quanta
Advérbios (pronominais) relativos – onde, aonde, quando (se está precedido de para)
Whatever I get is for the two of us
O que eu receber é para nós ambos
He can say what he likes
Ele pode dizer o que quiser (queira, quer)
He who comes first shall have the prize
Aquele que vier primeiro terá o prémio
Whoever moves an inch will be shot
Quem quer que se mexa uma polegada apanha um tiro
I need a person who works
Preciso de uma pessoa que trabalhe
Em inglês, aparece geralmente o modo indicativo em orações relativas, mesmo quando em português se usa o conjuntivo, isto é, quando nos referimos a um facto que não é ainda real, como nos exemplos apresentados.
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Orações Interrogativas
Indiretas
Pronomes Interrogativos – que?, quem?, qual?, quais?, quanto?, quanta?, quantos?, quantas?
Advérbios (pronominais) Interrogativos – onde, como (=de que modo), se, por que, quão, quanto, quando (=em que ocasião), etc. Ex.: Diz-me onde nasceste; diz-me se vais; como vais; quando vais; por que vais
I don’t know who they are or where they are
Não sei quem sejam nem onde estão (estejam)
I wonder why she should behave like that
Não sei porque é que ela se porta (se há-de portar) daquela maneira
I wonder why she behaves like that
Não sei porque é que ela se porta assim
I asked him the reason why he should give me orders
Perguntei-lhe a razão porque me dava (me havia de dar) ordens
I asked him why he gave me orders
Perguntei-lhe por que razão me dava ordens
Como se vê pelos exemplos, em orações interrogativas indiretas usa-se o modo indicativo, e quando aparecem formas perifrásticas com «should», estas não correspondem a conjuntivos em português. «Should», aqui, não é um auxiliar de modo, mas um verbo «de noção» - (notional verb) (v. «Verbos Defetivos» - shall-should) – isto é, imprime à construção verbal um sentido especial.
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Conjuntivo em Orações
ditas «Independentes»
Vimos até aqui casos em que se usa, ou não, o conjuntivo em orações subordinadas. Em rigor, não se pode dizer que o conjuntivo (modo que indica subordinação) se pode usar em orações principais, mas há certas frases que se empregam isoladamente e que encerram verbos no modo conjuntivo, conservando ainda o conjuntivo antigo:
God save the King!
Deus salve o Rei! (Viva o Rei!)
Oh, were the people for us!
Oh, se o povo fosse por nós!
God bless you!
Que Deus te abençoe!
Heaven forbid!
Deus nos livre!
As formas da 3ª pessoa do singular dos verbos a cor azul não têm «s», o que indica que estão na forma do conjuntivo, que caiu em desuso. À primeira vista pode parecer que os verbos dados nos exemplos estão no modo imperativo, mas note-se que todos estes exemplos, são na realidade, orações subordinadas. Apenas, não se menciona a oração principal de que dependem – uma oração vaga que pode exprimir desejo, consequência… («I wish», «We would», etc.)
Escusado será dizer que se a oração principal estivesse expressa, a construção seria totalmente diferente: os verbos que aqui estão empregados no conjuntivo antigo passariam a usar-se no modo indicativo ou seriam expressos por conjuntivos perifrásticos.
Note-se também que no segundo exemplo dado houve inversão do sujeito, porque se suprimiu a conjunção «if». Se a oração principal estivesse expressa, a oração subordinada seria: «Oh, if the people were for us…».
O conjuntivo antigo aparece somente neste tipo de orações.
(Ainda por Corrigir)
MODO IMPERATIVO
Imperative Mood
(im´perEtiv mu:d)
IMPERATIVO - modo verbal que exprime uma ordem, um conselho, um pedido ou um convite;
Relembrar:
INDICATIVO é o modo verbal que exprime a acção como uma realidade, traduzindo a forte responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
CONJUNTIVO é o modo verbal que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Os tempos verbais podem ser vistos/estudados neste link:
http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/ter
Exemplos.:
Sit down and keep quiet!
Senta-te e cala-te
Come here and tell me your troubles
Vem cá e conta-me as tuas apoquentações
Come in! Sit down
Entre! Sente-se!
Entra! Senta-te!
Entrem! Sentem-se!
Have some sweets!
Tome (toma, tomem) uns doces!
O imperativo, tal como em português, pode exprimir uma ordem, um convite, uma sugestão, uma oferta, etc.
Uma das maneiras de exprimir o imperativo é com a forma do infinito, como mostram estes exemplos.
O outro modo de formar o imperativo é com o auxiliar «to let» (to let – let – let).
Exemplos:
Let’s (let us) go
Vamos!
Let him do what he likes!
Que faça o que queira!
Let me help you!
Deixa-me ajudar-te!
Let’s dance, shall we?
Vamos dançar, vamos?
Let them say what they like!
Que digam o que quiserem!
O verbo «to let» serve de auxiliar de modo imperativo. Este imperativo pode chamar-se exortativo porque nunca exprime uma ordem mas uma sugestão, um pedido ou (quando aplicado a terceiras pessoas) consentimento. As formas «shall we?», «shall I?», reforçam a ideia de sugestão ou pedido.
Imperativo Negativo e Imperativo Enfático
Exemplos:
Please, do come! Don’t stay!
Vem, por favor! Não fiques!
For God’s sake, do let’s go!
Vamos, por amor de Deus!
Don’t let’s talk so much!
Não falemos tanto!
O verbo «to do» usa-se como auxiliar na forma negativa do imperativo e no imperativo enfático (v. «Verbos Auxiliares» - to do).
Ainda que o imperativo seja construído com «let», pode-se-lhe antepor o verbo «to do», para o reforçar. (ver o 1º e 2º ex.s)
(Ainda por corrigir)
O INFINITO VERBAL
(The Infinitive)
(Ui in´finitiv)
O infinito, em inglês, não exerce exatamente as mesmas funções que em português.
Em inglês, a forma do infinito – quer do infinito simples quer do infinito perfeito – é geralmente acompanhada da partícula «to»:
PERFEITO (tempo verbal) que exprime uma acção terminada no passado;
PRETÉRITO tempo de um verbo que indica uma acção decorrida em tempo passado;
IMPERFEITO (tempo verbal) que exprime um processo inacabado ou durativo, principalmente no passado;
To go ‘ir’, to sing ‘cantar’, to eat ‘comer’.
To have gone ‘ter ido’, to have sung ‘ter cantado’, to have eaten ‘ter comido’
Há, no entanto, casos em que o infinito aparece sem esta partícula.
■
O Infinito sem «to»
I must go now
Eu tenho de ir embora
You may come in
Tu podes entrar
He should work more
Ele deve trabalhar mais
They can speak French
Eles sabem falar francês
Quando precedido pelos verbos defetivos «shall», «will»,
«may», «can», «must»
(quer usados como verbos principais, quer usados como auxiliares de modo) o infinito não é acompanhado de «to» (v. «Verbos Auxiliares Defetivos»).
□
I’ll make him work
Eu vou fazê-lo trabalhar
Please, let me go
Por favor, deixa-me ir
I bade him go!
Eu pedi-lhe (ordenei-lhe) que fosse
O mesmo sucede depois dos verbos «to make», «to let» e «to bid».
□
You need not move
You don’t need to move
Não precisas de te mover
I dare not shout
I don’t dare to shout
Não me atrevo a gritar
I need to go
Eu preciso de ir
I dare say
Atrevo-me a dizer (acho que)
Os verbos «to need» e «to dare» podem ocorrer na forma negativa sem o auxiliar «to do», como mostram os exemplos.
Quando tal sucede, comportam-se como os verbos defetivos «can», «may», etc., e o infinito que deles depende não leva a partícula «to». Defetivo - diz-se do verbo que se não conjuga em todas as formas do paradigma a que pertence.
Os mesmos verbos podem, no entanto, aparecer na forma negativa com o auxiliar «to do», comportando-se como verbos normais, caso em que o infinito que lhes completa o sentido é precedido de «to».
Na forma afirmativa, o infinito dependente destes verbos ocorre geralmente com a partícula «to», exceto em certas frases consagradas, como «I dare say», em que o verbo funciona ainda como anómalo.
□
I saw him run
Eu vi-o correr
We heard you sing
Nós ouvimos-te cantar
He felt something stir
Ele sentiu uma coisa mexer
I watched her go
Eu vi-a partir
Os chamados «verbos sensitivos», «to see», «to feel», «to hear» e seus sinónimos, são também seguidos de um infinito sem «to»
□
I’d rather pay now
Eu prefiro pagar agora
We’d better stop here
É melhor pararmos aqui
Depois das expressões «had rather», «would rather» e «had better», o infinito aparece igualmente sem a partícula «to». As contrações «I’d» e «we’d» estão por «I had» e «we had».
□
I intend to come and work with you
Eu tenciono vir trabalhar contigo
I came here to rest and amuse myself
Eu vim cá para descansar e divertir-me
Quando dois infinitos estão ligados pela conjunção «and», o segundo não leva a partícula «to».
■
Emprego Idiomático do Infinito
O infinito como substituto do modo conjuntivo:
I want you to come
Quero que tu venhas
I asked him to stay
Pedi-lhe que ficasse
He told me to help him
Disse-me que o ajudasse
We expected you to react
Esperávamos que reagisses
I advised her to wait
Aconselhei-a a que esperasse
Aconselhei-a a esperar
Note-se que só o último destes exemplos se pôde traduzir à letra. As traduções literais dos outros seriam «Eu quero-te para vir», «Eu pedi-lhe para ficar», «Ele disse-me para o ajudar», «Eu esperei-o para reagir» - traduções essas que não são corretas na nossa língua, sendo algumas inaceitáveis.
Portanto, quando um infinito funcione como complemento de verbos que signifiquem pedir, desejar, esperar, ordenar, aconselhar, suspeitar, etc. … traduz-se muitas vezes em português por um conjuntivo numa oração integrante. Oração integrante – oração que serve de complemento
Inversamente, quando é preciso traduzir para inglês uma oração integrante com o verbo no conjuntivo, dependente de um dos verbos mencionados, deve-se empregar, em vez do conjuntivo, um infinito, numa construção semelhante à dos exemplos.
Frases como estas podem-se pôr na voz passiva, em inglês (passiva idiomática), mantendo-se a mesma tradução portuguesa. O complemento indireto passa a servir de sujeito:
Quando temos de lidar com uma frase e descobrir se tem ou não tem complemento direto e indireto fazemos duas perguntas ao verbo dessa frase:
Para, numa frase, se descobrir o complemento direto faz-se a pergunta ao verbo: «o que».
Para se descobrir o complemento indireto, numa frase, faz-se a pergunta ao verbo: «a quem».
Exemplos
Qual o complemento direto desta frase: «Contruí uma casa». Fazendo a pergunta «o que» temos a resposta: Contruí o quê? Uma casa. Uma casa será, portanto, o COMPLEMENTO DIRETO.
Qual o complemento indireto desta frase: «Dou dinheiro aos pobres». Fazendo a pergunta «a quem» temos a resposta: Dou dinheiro a quem? Aos pobres. Aos pobres será, portanto o COMPLEMENTO INDIRETO.
Assim, sempre que tivermos que lidar com o complemento direto ou indireto, de uma frase, precisamos de nos lembrar das duas perguntas a fazer ao verbo dessa mesma frase.
Na frase: «Eu dou dinheiro aos pobres» o complemento direto é «dinheiro» e o complemento indireto é «aos pobres». Dou «o quê» e dou «a quem».
É importante.
Voz passiva: indica que a ação expressa pelo verbo é recebida pelo sujeito.
A voz passiva em inglês forma-se exatamente como em português, quer dizer, com o auxiliar ‘to be’ (ser) e o particípio passado do verbo principal.
I asked him to stay
He was asked to stay (by me)
He told me to help him
I was told (by him) to help him
We expected you to react
You were expected (by us) to react
I advised her to wait
She was advised (by me) to wait
Nota – Frases com o verbo «to want», nestas construções, não se mudam para a passiva (não se poderia dizer «you are wanted to come»).
□
Eu disse-te que não fosses
I told you not to go
Em casos semelhantes aos descritos anteriormente, a uma oração integrante negativa, em português, corresponde, na língua inglesa, um infinito precedido da partícula «not».
□
O infinito precedido de «as to»:
I’m not so stupid as to agree with that
Não sou tão estúpido que concorde com isso
They weren’t so clever as to understand the joke
Eles não foram tão espertos que entendessem a graça
Em orações que poderíamos chamar comparativas-consecutivas, o infinito precedido de «as to» corresponde em português a um verbo no modo conjuntivo (v. «O Conjuntivo em Orações Consecutivas»).
conjunção comparativa conjunção subordinativa que introduz uma oração que contém o segundo membro de uma comparação;
conjunção consecutiva conjunção subordinativa que introduz uma oração em que se expressa a consequência do que é declarado na oração principal;
□
O «split infinitive» (infinito separado):
I like to slowly walk down the stairs
Gosto de descer vagarosamente as escadas
He wants to entirely spoil my work
Ele quer estragar completamente o meu trabalho
Na linguagem falada de todos os dias, aparece muitas vezes um advérbio entre a partícula «to» e o «infinito». Esta construção não é considerada correta pelos puristas mas é bastante idiomática.
(Ainda por corrigir)
Gerúndio e particípio presente
Gerund and Present Participle
(´d[erEnd End ´preznt ´pa:tsipl)
GERÚNDIO - forma nominal do verbo terminada em -ndo, que exprime o decurso de uma acção e desempenha a função de advérbio ou adjectivo (na língua portuguesa);
O gerúndio (forma substantiva) e o particípio presente (forma adjetiva e verbal) têm a mesma forma e terminam em «-ing» (iN):
Talking (´t#:kiN); staying
(´steiiN); going (´gouiN);
singing (´siNiN)
A terminação «-ing» acrescenta-se à forma do infinito.
Alterações Gráficas
1 – Os verbos que terminam em «e» perdem a vogal final antes da terminação «-ing»:
To hate (heit) – hating (´heitiN)
Odiar
To make (meik) – making (´meikiN)
Fazer
To come (k8m) – coming (´k8miN)
Vir
To drive (draiv) – driving (´draiviN)
guiar, impelir
Nota – Excetuam-se a esta regra os verbos:
To dye (dai)
Tingir
Dyeing (´daiiN)
tingindo
To singe (sind[)
Chamuscar
Singeing (´sind[iN)
chamuscando
porque se perdessem o «e» final, confundir-se-iam com
to die (dai)
morrer
dying
morrendo
to sing (siN)
cantar
singing
cantando
no gerúndio e no particípio presente.
2 – Os verbos que terminam em «ie» perdem o «e» e mudam o «i» em «y»:
To die (dai)
Dying (´daiiN)
morrer
to lie (lai)
lying (´laiiN)
mentir, jazer
3 – Os verbos terminados em consoante singela, precedida de vogal breve acentuada, dobram a consoante final:
singelo - simples, único, só
To spit (spit)
Spitting (´spitiN)
Cuspir
To omit (ou´mit)
Omitting (ou´mitiN)
Omitir
To get (get)
Getting (´getiN)
Obter
To forbid (fE´bid)
Forbidding (fE´bidiN)
Proibir
To spin (spin)
Spinning (´spiniN)
Fiar
To shut (18t)
Shutting (´18tiN)
Fechar
To let (let)
Letting (´letiN)
Deixar
To dig (dig)
Digging (´digiN)
Cavar
To run (r8n)
Running (´r8niN)
Correr
To win (win)
Winning (´winiN)
Ganhar
Mas não:
To open (´oupEn)
Opening (´oupEniN)
Abrir
To listen (´lisn)
Listening (´lisniN)
Escutar
Porque, nestes verbos, a vogal que precede a consoante final não é acentuada (em «listen», nem se pronuncia)
4 – Os verbos terminados em «el» breve e «er»
acentuado dobram a
consoante final:
To travel (´tr"vl)
Travelling (´tr"vliN)
Viajar
To prefer (pri´fE:)
Preferring (pri´fE:riN)
Preferir
Diferença entre Particípio Presente e Gerúndio
O particípio presente serve para formar tempos verbais da forma progressiva ou contínua. Ex.:
I have been working
Tenho estado a trabalhar
(Present Perfect-Continuous)
I am standing
Estou de pé
(Present Continuous)
You were running
Tu estavas (você estava) a correr
(Past Continuous)
They had been sitting
Eles tinham estado sentados
(Past Perfect-Continuous)
Etc.
O particípio presente usa-se também como «adjetivo». Ex.:
The smiling lieutenant
O tenente sorridente
A fighting cock
Um galo de luta
A singing bird
Uma ave canora
O Gerúndio – The Gerund
(UE ´d[erEnd)
O gerúndio exerce funções de substantivo. Ex.:
Walking is a healthy exercise
O andar é um exercício saudável
No smoking allowed
(O) fumar não é permitido
(Não é permitido fumar)
Spitting prohibited
É proibido cuspir
Como se vê, o gerúndio nestas frases corresponde ao nosso infinito tomado como substantivo.
Em inglês, o gerúndio usa-se em vez do infinito nas seguintes funções:
1 – Como sujeito:
Skating is very nice
Patinar é muito agradável
Drinking is a bad habit
Baber (vinho) é mau hábito
2 – Como complemento de uma proposição:
I am fond of reading
Sou amigo de ler
I can’t do without sleeping
Não posso passar sem dormir
He began by taking his hat off
Começou por tirar o chapéu
There is no harm is doing that
Não há mal em fazer isso
Thank you for coming
Obrigado por vir (por ter vindo)
3 – Como complemento de verbos, em especial dos seguintes:
To avoid – evitar
To begin – começar
To continue – continuar
To delay – demorar
To deny – negar
To detest – detestar
To dislike – não gostar de
To enjoy – gostar de, gozar
To excuse – desculpar
To finish – acabar
To forget – esquecer, esquecer-se de
To hate – odiar
To intend – tencionar
To like – gostar de
To love – amar
To mind – importar-se com, de
To omit – omitir
To postpone – adiar
To prefer – preferir
To recollect – recordar
To remember – lembrar-se de
To risk – arriscar
To start – começar, partir
To stop - parar
Exemplos:
I remember seeing you there
Lembro-me de te ver lá
Stop talking!
Pára de falar!
I love riding a spirited horse
Gosto muito de andar num cavalo vivo
Avoid making mistakes
Evita fazer erros
I can’t deny having seen him
Não posso negar tê-lo visto
She detests hearing that song badly sung
Ela detesta ouvir aquela canção mal cantada
We like talking to him
Gostamos de falar com ele
He enjoys smoking
Ele gosta de fumar
We risked missing the train
Arriscámo-nos a perder o comboio
I hate standing
Detesto estar de pé
O gerúndio pode ser substituído pelo infinito (I like to walk, I hate to stand), mas depois dos verbos marcados com o asterisco (com fundo a azul claro) é obrigatório o seu uso, bem como depois das seguintes expressões verbais:
To give up
Abandonar, desistir
To put off
Adiar
To leave off
Abandonar
Can’t help
Não poder deixar de
To be no use
Não servir de nada
To go on
Continuar
To keep on
Manter, continuar
To look like
Parecer-se com
To be worth
Valer a pena
Exemplos:
I gave up smoking
Deixei de fumar
It’s no use going there
Não serve de nada lá ir
He looks like being happy
Parece ser feliz
It’s worth seeing
Vale a pena ver
He keeps on coming here
Ele anda sempre a vir cá
She went on singing
Ela continuou a cantar
I can’t help laughing when I hear that
Não posso deixar de rir quando oiço isso
They have put off going to Scotland
Eles adiaram a ida à Escócia
4 – O gerúndio pode usar-se no plural ou no caso possessivo, tal como se fosse um substantivo:
He doesn’t like your comings and goings
Ele não gosta das tuas idas e vindas
Her sayings and doings are famous
Os seus ditos e feitos são famosos
He is speaking just for speaking’s sake
Fala só por (amor de) falar
O gerúndio no caso possessivo não é muito vulgar mas aparece muitas vezes seguido de «sake».
5 – O gerúndio precedido de determinativos nem sempre tem correspondente em português:
This shifting about doesn’t please me
Isto de me mudar de um lado para o outro não me agrada.
That shouting and struggling didn’t help her
Aquilo de gritar e lutar não lhe serviu de nada
I don’t want to hear any shouting
Não quero ouvir gritar (à letra: nenhum grito)
I’d like to do some reading
Gostaria de ler um pouco
6 – O gerúndio pode ser determinado por nomes no caso possessivo:
I was surprised by Mary’s crying in front of them
Fiquei surpreendido por a Mary chorar diante deles
He protested against the teacher’s punishing the whole class
Ele protestou contra o facto de o professor castigar a classe inteira
Nota: muitas vezes, em linguagem despreocupada, omite-se a desinência do genitivo (possessivo):
He protested against the teacher punishing the class
I can’t bear John laughing at me
Não posso suportar que o João se ria de mim
7 – Precedido de possessivos (adj. e pron. possessivos) e seguido de complementos, o gerúndio corresponde muitas vezes a um conjuntivo em português:
I don’t like your calling me a child
Não gosto que me chames criança
I hope you don’t mind my asking you questions
Espero que não te importes que te faça perguntas
May be Helen didn’t like your laughing at her
Talvez a Helena não gostasse que te risses dela
Please excuse my coming so late
É favor desculpar que eu venha tão tarde
Nota: Algumas vezes, em linguagem despreocupada, aparece a forma de complemento dos pronomes em vez do adjetivo possessivo:
I don’t like you calling me a child
Please excuse me coming so late
8 – Apesar de funcionar como substantivo, o gerúndio pode usar-se no perfeito e na voz passiva. Este facto fez que o gramático Jespersen chamasse ao gerúndio uma forma híbrida porque retém as caraterísticas de substantivo e de verbo.
(Híbrido – Quando se juntam coisas diferentes)
No Perfeito:
I hope you don’t mind my having called so early
Espero que não se importe que eu tenha aparecido tão cedo
He was punished for having lied
Foi castigado por ter mentido
Na voz passiva:
His being visited by so many people may do him harm
Ser visitado por tanta gente pode fazer-lhe mal
After having been caught by the police, he killed himself
Depois de ter sido apanhado pela polícia, matou-se
(Ainda por corrigir)
Tradução em Inglês do Verbo HAVER
«There to be»
(U3E tE bi:)
(3E - ver os ditongos neste link da fonética: http://www.jorgereal.pt/6/000-gram-37.htm )
Traduz-se em/para inglês o verbo «haver» antepondo o advérbio «there» (U3E) ao verbo «to be».
Exemplos:
Há um marco de correio nesta rua
There is a pillar-box in this street
Há muitas lojas nesta rua
There are many shops in this street
Havia uma casa naquele monte
There was a house on that hill
Havia muitas árvores naquele monte
There were many trees on that hill
Analisando os exemplos, verifica-se que, em português, as formas singulares do verbo «haver» podem ter o complemento direto no singular ou no plural.
Em inglês, as expressões que correspondem a estes complementos diretos, são consideradas «sujeitos» das orações, e, portanto, o verbo tem de concordar com elas.
Assim, no 2º e no 4º exemplo, a «há» e «havia» (singulares), correspondem «there are» e «there were» (plurais).
Em rigor, não se pode dizer que exista em inglês o verbo «there to be». Usamos esta expressão para conveniência de estudo. O gramático inglês Palmer considera a palavra «there», neste emprego, uma expressão introdutiva semelhante a um pronome indefinido da terceira pessoa do singular (compare-se com o francês «il y a»).
As formas do verbo «there to be» são as seguintes:
Formas:
afirmativas, interrogativas, negativas e interrogativas-negativas
Há
There is
Is there?
There is not (there isn’t)
Não há
Is there not (isn’t there)?
Há
There are
Are there?
There are not (there aren’t)
Não há
Are there not (aren’t there)?
Havia ou houve
There was
Was there?
There was not (there wasn’t)
Não havia ou não houve
Was there not (wasn’t there)?
Havia ou houve
There were
Were there?
There were not (there weren’t)
Não havia ou não houve
Were there not (weren’t there)?
Haverá
There will be
Will there be?
There will not be (there won’t be)
Não haverá
Will there not be (won’t there be)?
Haveria
There would be
Would there be?
There would not be (there wouldn’t be)
Não haveria
Would there not be (wouldn’t there be)?
Tem havido ou houve
There has been
Has there been?
There has not been (there hasn’t been)
Não tem havido ou não houve
Has there not been (hasn’t there been)?
Tinha havido ou houvera
There had been
Had there been?
There had not been (there hadn’t been)
Não tinha havido ou não houvera
Had there not been (hadn’t there been)?
Terá havido
There will have been
Will there have been?
There will not have been (there won’t have been)
Não há-de ter havido, não terá havido
Will there not have been (won’t there have been)?
Teria havido
There would have been
Would there have been?
There would not have been (there wouldn’t have been)
Não havia de ter havido, não teria havido
Would there not have been (wouldn’t there have been)?
Havendo
There being
There not being
Não havendo
Como se vê, nestas construções aparecem as formas contractas de «to be» e «to have».
As formas do futuro perfeito e condicional perfeito são pouco usadas, por se tornarem bastante longas.
Exemplos do emprego de algumas formas:
Forma afirmativa:
There will be a concert tomorrow
Haverá um concerto amanhã
Forma interrogativa:
Will there be a concert tomorrow?
Forma negativa:
There will not be a (any) concert tomorrow
There won’t be a (any) concert tomorrow
Forma interrogativa-negativa:
Will there not be a (any) concert tomorrow?
Won’t there be a (any) concert tomorrow?
Forma afirmativa:
There has been snow this winter
Tem havido neve este inverno
Forma interrogativa:
Has there been snow this winter?
Forma negativa:
There has not been (any) snow this winter
There hasn’t been (any) snow this winter
Forma interrogativa-negativa:
Has there not been (any) snow this winter?
Hasn’t there been (any) snow this winter?
O verbo «there to be» pode ainda empregar-se nos seguintes casos:
1 – No modo conjuntivo, em orações condicionais:
If there were (was) more sugar, I could make a cake.
Se houvesse mais açúcar, eu podia, (poderia) fazer um bolo
2 – Combinado com verbos defetivos:
Defetivo - diz-se do verbo que se não conjuga em todas as formas da conjugação a que pertence;
There must be somebody to help me!
Tem de haver alguém que me ajude!
There can’t be any doubt about that
Não pode haver dúvida sobre isso
There may be some letter for me
Pode haver alguma carta para mim
Nestas combinações, pode equivaler a um conjuntivo em português:
Is it necessary that there should be so many servants?
É necessário que haja tantos criados?
3 – Combinado com certos verbos impessoais: (impessoal - diz-se do verbo que quase sempre se usa na terceira pessoa do singular, ex.: amanhecer, chover, nevar; verbos que não se aplicam a pessoas, eu não posso amanhecer, eu não nevo, eu não chovo)
There seems to be a lot of dust here
Parece que há muita poeira aqui
There happened to be no more bread left, so I had none
Aconteceu não haver mais pão, por isso não comi nenhum
4 – Com um gerúndio precedido de «no», tem um sentido especial:
There is no making her take the medicine
Não há meio de a fazer tomar o remédio
Advertência:
O verbo «there to be» não se usa para traduzir formas do nosso verbo «haver» com expressões de tempo, como «há dois dias», «havia uma semana», etc. Vejam-se a este respeito as preposições «for» e «since» e o advérbio «ago».
(Ainda por corrigir)
PREPOSIÇÕES
Prepositions
(prepE´zi1Enz)
O estudo do emprego das preposições é um dos capítulos da gramática inglesa que oferece mais dificuldades a estrangeiros.
As razões deste facto são diversas:
1 – Alguns advérbios, preposições
e conjunções têm exatamente a mesma forma:
Preposição:
You arrived after him
Tu chegaste depois dele
Preposições são as palavras que servem para relacionar dois elementos da mesma oração, mostrando a dependência que há entre eles.
Preposições são as palavras invariáveis que ligam dois termos/palavras, normalmente pertencentes à mesma oração, indicando a relação de dependência existente entre ambos.
Preposição: liga termos entre si estabelecendo que o segundo depende do primeiro para se perceber o sentido da frase e formando um conjunto inseparável. O segundo termo é sempre uma consequência, efeito ou resultado natural (é nisto que difere das conjunções quando estas ligam termos!!). Ex: vim de barco com ele até aqui. Explicação: até aqui, de barco, com ele, dependem todos da palavra vim para fazerem sentido, ex.:
vim de barco,
vim com ele,
vim até aqui.
Advérbio:
He came at ten o’clock. You came after
Ele veio às dez horas. Tu vieste depois
Advérbios: são as palavras que se juntam a (adjetivos e) verbos para lhes modificar a significação e exprimir circunstâncias de uma ação, qualidade ou estado.
Advérbios – modificam o verbo exceto os de intensidade (ex.: muito) que também podem modificar adjetivos e advérbios.
Ex.: o Juiz morava longe
Conjunção:
He came in after you had gone
Ele entrou depois de tu teres saído
(depois que tu saiste)
Conjunções – são as palavras que ligam orações (ou elementos com a mesma função na mesma oração).
A conjunção ou liga termos da oração ou duas orações (quando há 2 verbos). Ex: eu e João fomos passear porque tínhamos estudado todo o dia
Eu e João – liga termos
Porque – liga duas orações
Nestes exemplos, a forma prepositiva corresponde a «depois de». A forma adverbial corresponde a «depois». Existe ainda a forma conjuncional, também representada por «after», que se traduz em português por «depois que» ou «depois de». Neste caso, «after» liga duas orações.
2 – Quando as preposições têm por objeto ou complemento um pronome, este é usado na forma objetiva ou de complemento.
(Pronomes Pessoais: «I», forma de sujeito; «me», forma de complemento)(forma objetiva=forma de complemento) (objetiva/complemento)
This is for me
That is for us
Those books are for them
These are for him and for her
Etc.
Em português, também dizemos «para mim» e «para ti», mas, à parte a primeira e segunda pessoa do singular, as outras formas de pronomes são iguais às formas de sujeito em português.
3 – Muitas das preposições simples inglesas correspondem a locuções prepositivas em português:
(locução – conjunto de palavras equivalente a uma só)
After – depois de
Before – antes de
About – acerca de, cerca de
Near – perto de
Etc.
Em trabalhos de retroversão, portanto, não se deve traduzir a palavra «de».
(Retroversão – tradução da língua original/português para outra língua/inglês)(de português para inglês) (não dizer: «near of»)
4 – Quando o complemento de uma preposição é um verbo, este deve estar na forma do gerúndio:
I am interested in buying this book
Tenho interesse em comprar este livro
After having written the letter, he posted it
Depois de ter escrito a carta, ele deitou-a no correio
Em português, como se vê, usa-se geralmente o infinito.
5 – Algumas preposições, quando ligadas a verbos, alteram-lhes o sentido, podendo-se considerar partículas verbais, porque não se podem separar deles:
To get significa «conseguir», «alcançar», «obter»:
To get in – entrar
To get out – sair
To get up – levantar-se
To get over – refazer-se de
Etc.
6 – Alguns verbos e adjetivos ingleses usam-se com preposições diferentes das que lhes corresponderiam em português:
To laugh at – rir-se de
To depend on/upon – depender de
To look at – olhar para
Surprised at – surpreendido com
Close to – perto de
Eager for – desejoso de
etc.
Pelo que acabámos de dizer, há toda a conveniência em procurar aprender os verbos e adjetivos prepositivos (v. o nº 7) (isto é, que pedem preposições) juntamente com as preposições que com eles se usam. (prepositivo – diz-se de uma palavra ou partícula que estabelece uma relação entre outras palavras)
7 – Em inglês, uma frase prepositiva (isto é, um conjunto de preposição e complemento) pode exercer funções de adjetivo, correspondendo em português a uma oração relativa. (oração relativa - é introduzida por um pronome que substitui um nome antecedente com o qual se relaciona)
Give me that book on the table
Dá-me esse livro que está em cima da mesa
I went to that shop because I know the man at the counter
Fui àquela loja porque conheço o homem que está ao balcão balcão
As frases prepositivas «on the table» e «at the counter» classificam as palavras «book» e «man» e são, portanto, equivalentes a adjetivos.
8 – Com respeito à colocação das preposições na oração, em inglês elas podem ir para o fim da frase quando se trata de uma oração relativa (v. «Pronomes Relativos») ou quando o verbo está na voz passiva.
Who was the girl you were speaking to?
Quem era a rapariga com quem estavas a falar?
The pen I’m writing with is good
A caneta com que estou a escrever é boa
He was very well looked after
Ele foi muito bem tratado (trataram muito bem dele)
The servant was sent for
O criado foi chamado (chamaram o criado)
A propósito destes dois últimos exemplos, veja-se o «Emprego da voz passiva» – (Passiva Idiomática).
■
Lista das principais Preposições Inglesas
ABOUT ABOVE ACROSS AFTER AGAINST ALONG AMID, AMIDST AMONG AT BEFORE BEHIND BELOW BENEATH BESIDE BESIDES BETWEEN BEYOND BUT BY DOWN DURING EXCEPT FOR FROM IN INSIDE INTO LIKE NEAR OF OFF ON OVER PAST ROUND SINCE THROUGH THROUGHOUT TILL, UNTIL TO TOWARDS UNDER UNDERNEATH UP WITH WITHIN WITHOUT
A maior parte destas preposições pode empregar-se em aceções diferentes, com significados diversos, e não se pode, portanto, apresentar uma tradução exata para cada uma.
Daremos exemplos de todas, em empregos diferentes.
ABOUT (E´baut)
Pode ter várias significações:
1 – Cerca de, perto de, quase (indicando proximidade):
This picture was finished at about five o’clock
Este quadro ficou pronto cerca das cinco horas
The book cost me about a pound
O livro custou-me perto de uma libra
Nota: Antes de um infinito, corresponde à nossa expressão «mesmo a», «quase»:
I was about to leave when he arrived
Eu estava para (mesmo a, quase) sair quando ele chegou
She was about to insult me when I explained everything
Ela estava quase (mesmo a) a insultar-me quando eu expliquei tudo
(Também se poderia dizer «on the point of leaving» e «on the point of insulting» em vez das expressões em azul)
2 – Acerca de, sobre (qualquer assunto), de, em:
We were talking about you just now
Nós estávamos a falar de ti agora mesmo
I have nothing more to add about the subject
Eu não tenho mais nada a acrescentar sobre o assunto
He wrote a book about the jungle
Ele escreveu um livro sobre a selva
What are you thinking about?
Em que é que estás a pensar?
3 – À volta de, em redor de, etc.:
Mr. Smith is that gentleman with a scarf about is neck.
O Sr. Smith é aquele cavalheiro com um «cache-col» à volta do pescoço
They have a nice garden (round) about their house
Eles têm um lindo jardim em redor da casa
Nota: Em linguagem despreocupada, pode significar «com», nos seguintes exemplos (substituindo with):
I haven’t got any money about (with) me
Eu não tenho dinheiro nenhum comigo
There is something wrong about (with) her
Há qualquer coisa nela que não está bem
4 – Por, através de:
My dog was found trotting about the town
O meu cão foi encontrado a andar pela cidade
I was walking about the woods when I heard a shot
Eu estava a passear pelos bosques quando ouvi um tiro
■
ABOVE (E´b8v)
Significa sempre «acima de», «mais de»:
The lamp is above us
O candeeiro (a lâmpada) está acima de nós
Above a hundred people were killed in the accident
Mais de cem pessoas morreram no acidente
I’m interested in books above everything else
Eu interesso-me por livros acima de tudo
■
ACROSS – (E´kr#s):
Não temos em português preposição que corresponda a esta. Usa-se em dois sentidos diferentes, indicando direção:
1 – Com o sentido de movimento de um lado para o outro (atravessando, cruzando):
He walked across the street
Ele atravessou a rua
The plane flew across the Atlantic
O aeroplano atravessou o Atlântico
2 – Indicando posição em sentido transversal:
A long table was placed across the room
Uma mesa comprida atravessava o quarto
He laid himself across the entrance
Deitou-se no chão atravessando-se à entrada (da porta)
Nota: O verbo «to come across» significa encontrar por acaso, deparar com:
I came across a funny fellow
Deparou-se-me um sujeito curioso
■
AFTER (´A:ftE [r])
[r] - O «r» final de «after» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal
Esta preposição significa «depois de» e emprega-se nos mesmos casos que em português, com este sentido;
pode também indicar «semelhança», «imitação», traduzindo-se por «como», «segundo», «conforme»:
He painted that picture after a French model
Pintou aquele retrato segundo um modelo francês.
After the English custom, I always have milk in my tea
Conforme o costume inglês, tomo sempre chá com leite
He went in for the Navy, after his father
Seguiu a marinha, como o pai
«After» entra em algumas expressões idiomáticas, como «after all» (apesar de tudo) e junta-se a certos verbos formando outros de significação diferente.
Ex.:
To be after something (somebody)
Andar à procura de alguma coisa (ou de alguém)
Andar atrás de alguma coisa (ou de alguém).
To look after
procurar
To run after
perseguir, correr atrás de
Etc.
Nota – O «r» final de «after» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
AGAINST (´Egeinst)
Significa geralmente «contra»:
They were against me but finally they understood what I wanted
Eles estavam contra mim, mas por fim entenderam o que eu queria
These daffodils look lovely against the green lawn
Estes narcisos ficam muito bem contra o fundo da relva verde
The wardrobe is against the wall
O armário está encostado à parede
Nota – Em casos especiais – quando se fazem comparações estatísticas, por exemplo – traduz-se diferentemente em português:
We spent £500 this year against £700 last year
Gastámos 500 libras este ano, ao passo que no ano passado gastámos 700
■
ALONG (´El#N)
Não oferece dificuldades. Significa «ao longo de», «segundo» ou «por» (numa determinada direção):
Go along this road and then turn left
Vai por esta rua fora e depois volta à esquerda
We can do this along the same lines as he did it
Podemos fazer isto segundo as mesmas normas que ele seguiu
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AMID, AMIDST (´Emid, E´midst)
Significa «no meio de», «entre»:
We were sailing along the river, amid (amidst) lovely scenery
Nós íamos navegando ao longo do rio, no meio de um cenário encantador
The general fell amid (amidst) his soldiers
O general caiu no meio dos seus soldados
■
AMONG (AMONGST) (E´m8N, E´m8nkst)
significa «entre» ou «por entre», mas aplica-se somente a mais de dois elementos (caso contrário usa-se «between» - v. Between)
Among (amongst) colleagues, I tell you the patient is going to die.
Entre colegas, digo-vos que o doente vai morrer
I found a pear among (amongst) the apples I bought
Encontrei uma pêra entre as maças que comprei
«Amongst» é uma forma antiquada, mas ainda se emprega hoje em dia em vez de «among».
■
AT ("t, Et)
Esta preposição usa-se em diversos sentidos. Tem uma forma fonética forte e outra fraca.
1 – Em, a, etc. (indicando «lugar», quando se trata de lugares relativamente pequenos):
I’ll see you at Oxford Circus (lugar onde)
Ver-te-ei em Oxford Circus
He was standing at the door (lugar onde)
Ele estava de pé à porta
É indispensável conhecer a distinção entre «at» e «in» (v. In). De um modo geral, «at» usa-se para lugares relativamente pequenos e «in» para lugares grandes, mas esta regra nem sempre tem aplicação.
O uso de uma ou outra preposição é ditado pela natureza da ideia: se se pretende indicar que uma pessoa ou coisa se encontra «dentro» de um determinado recinto, usa-se «in». Quando o fim é indicar apenas, de um modo mais ou menos vago, o lugar onde uma pessoa ou coisa se encontra, diz-se «at».
Comparem-se as seguintes frases:
I saw him at the theatre
He was in the theatre when I came out
A primeira frase indica «eu vi-o no teatro» (podia tê-lo visto à porta do teatro).
Na segunda frase, especifica-se que a pessoa em questão estava dentro do recinto do teatro.
Diz-se sempre «in London», «in England», «in France», etc., mas pode dizer-se «at Oxford» ou «in Oxford», «at Nottingham» ou «in Nottingham», etc., conforme o sentido.
2 – Em, a, etc. (indicando «tempo», com referência a uma determinada hora ou ocasião):
Shops open at nine o’clock in London
As lojas abrem às nove horas em Londres
I’ll see her at the end of the week
Vê-la-ei no fim da semana
At that time I was a child
Nessa altura, eu era uma criança
Nota: Com dias da semana emprega-se «on»: «on Saturday», «on Monday», etc.; com meses, anos, estações e séculos, diz-se «in»: «in January», «in 1945», «in Spring», «in the XX century».
3 – A, à razão de (indicando preço):
These oranges were sold at sixpence each
Estas laranjas foram vendidas a seis dinheiros cada uma
I bought three cakes at sixpence each
Eu comprei três bolos a seis dinheiros cada
Expressões idiomáticas:
Existe um grande número de verbos e de adjetivos que pedem a preposição «at». Esta preposição entra também em muitas frases consideradas idiomáticas, como:
At hand – à mão
At last – por fim
At least – pelo menos
At home – em casa
At school – na escola
At church – na igreja
At play – no recreio
At peace – em paz
At war – em guerra
At work – no trabalho, a trabalhar
At sea – no mar
Etc.
À excepção de «at least», verifica-se que, em todas estas expressões, a preposição «at» anda ligada à ideia de situação ou de ocasião (lugar ou tempo). Para o estudante que chegue a aprender bem o sentido da preposição «at», estas expressões deixarão de parecer idiomáticas. Verá nelas o sentido comum de
«enquanto se está em um determinado lugar»
ou
«enquanto se pratica uma determinada atividade».
■
BEFORE (bi´f#:[r])
Usa-se em sentido oposto ao de «after» e pode significar «antes de» ou «diante de».
1 – Antes de:
Please come before lunch-time
Por favor venha antes do almoço
Let’s go home before sunset
Vamos para casa antes do pôr do sol
2 – Diante de, em frente de:
Bring him before us!
Traga-o à nossa presença!
He started crying before the whole assembly
Ele começou a chorar diante de toda a assembleia
Nota – O «r» final de «before» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
BEHIND (bi´haind)
Usa-se sempre com o sentido de «atrás de», «por trás de» e emprega-se nas mesmas circunstâncias que estas locuções prepositivas em português:
(locução – conjunto de palavras equivalentes a uma só: «atrás de», «por trás de»)
He is hiding behind the screen
Ele está escondido atrás do biombo
There is a mystery behind all this
Há um mistério por trás disto tudo
■
BELOW (bi´lou)
Esta preposição usa-se em sentido oposto ao de «above» e significa «abaixo de», «por baixo de»:
Fix this picture on the wall below the clock
Pendura este quadro na parede por baixo do relógio
The temperature this morning was below zero
A temperatura esta manhã estava abaixo de zero
■
BENEATH (bi´ni:T)
Tem o mesmo sentido que «below» - «abaixo de», «debaixo de»:
This film was taken beneath the waves
Este filme foi rodado debaixo das ondas
(debaixo da água, no fundo do mar)
■
BESIDE (bi´said)
Significa «ao lado de», «ao pé de»; às vezes, «fora de»:
I told her to sit beside me
Eu disse-lhe que se sentasse ao pé de mim
Give me that book beside the ashtray
Dá-me aquele livro que está ao pé do cinzeiro
He was beside himself with fear
Ele estava fora de si com medo
To do this would be beside my subject
Fazer isso seria ir fora do meu assunto
■
BESIDES (bi´saidz)
Convém não confundir «beside» com «besides». Esta última preposição significa «além de»:
Besides Dr. Smith, there are three more doctors here
Além do Dr. Smith (sem contar com o Dr. Smith) há mais três médicos aqui
Did he say anything else besides that?
Ele disse mais alguma coisa além disso?
■
BETWEEN (bi´twi:n)
Esta preposição significa «entre» e emprega-se em geral só quando se trata de dois elementos (v. Among):
Between my house and yours, there is enough room for a garage
Entre a minha casa e a tua, há espaço bastante para uma garagem
Between you and me, I didn’t like those people
Entre nós (entre ti e mim), eu não gostei daquela gente
Notas:
Diz-se às vezes «between ourselves» (entre nós) em linguagem despreocupada.
A forma «betwixt» é arcaica mas aparece ocasionalmente em lugar de «between».
■
BEYOND (bi´j#nd)
Significa «além de» no sentido de «passando de»:
His insolence was beyond limit!
A insolência dele foi além dos limites!
Don’t hit the ball beyond this line
Não atires a bola para além desta linha
■
BUT – (b8t)
A palavra «but» é considerada por alguns gramáticos uma preposição quando significa «exceto», «senão», como nos exemplos seguintes:
He did nothing but sleep the whole day
Não fez senão dormir o dia inteiro
None but the brave deserves the fair
Ninguém exceto os valentes merece o que é belo
Eis algumas expressões em que «but» serve de preposição:
All but you
Todos menos tu
(exceto tu)
Everybody but him
Todos menos ele
(exceto ele)
Everything but this
Tudo menos isto
(exceto isto)
Everywhere but here
Em toda a parte menos aqui
(exceto aqui)
Anything but that
Qualquer coisa menos isso
(exceto isso)
Anybody but me
Qualquer pessoa menos eu
(exceto eu)
■
BY (bai)
Esta preposição pode ter várias significações:
1 – Pode indicar posição «junto de»:
They are sitting by the fireside
Estão sentados junto do fogão (de sala)
There was a house by the brook
Havia uma casa junto do ribeiro
2 – Quando indica o agente da voz passiva, significa «por»:
He was killed by a thief
Ele foi morto por um ladrão
All this was made by my sister
Tudo isto foi feito pela minha irmã
(Agente da passiva: aquele que executa a ação expressa pelo verbo)
3 – Em expressões de tempo significa «até», «por», «em»:
I hope you’ll have this ready by Monday
Espero que tenhas isto pronto até segunda-feira
She will be here by Christmas
Ela há-de estar cá pelo Natal
Nota: As expressões «by day» e «by night» significam «de dia» e «de noite».
4 – Pode indicar «meio», significando «por», «por meio de», «de», etc.:
I knew him by his grey coat
Conheci-o pelo seu casaco cinzento
Hold the saucepan by the other side!
Pega na panela pelo (do) outro lado!
By doing that , he lost everything
Fazendo isso (por fazer isso), perdeu tudo
Are you going by train?
Vais de comboio?
5 – Pode acompanhar expressões que indiquem «medida», deixando de se traduzir, algumas vezes, em português:
He is older than I am by five years
Ele é mais velho que eu cinco anos
These plums are sold by the dozen
Estas ameixas vendem-se à dúzia
His horse won the Derby by three lengths
O cavalo dele ganhou o Derby por três comprimentos
6 - «By» usa-se em muitas expressões idiomáticas como
«by candlelight» (à luz da candeia),
«by far» (de longe, sem favor),
«by the way» (a propósito),
«side by side» (lado a lado),
«by chance» (por acaso),
«by sight» (de vista),
«by name» (de nome), etc.
■
DOWN (daun)
Indica direção no sentido «de alto para baixo» e corresponde a uma preposição e um advérbio, em português:
He went down the road as quickly as he could
Ele foi pela rua abaixo tão depressa quanto pôde
(o mais depressa que pôde)
Let’s sail down the river
Vamos de barco pelo rio abaixo
■
DURING (´djuEriN)
Corresponde exatamente a «durante»:
We had a lot of rain during the week
Tivemos muita chuva durante a semana
Everybody was excited during the race
Toda a gente estava excitada durante a corrida
■
EXCEPT (excepting)
(ik´sept) (ik´septiN)
Esta preposição corresponde exatamente à nossa preposição «exceto»:
Everybody agrees with me except you (excepting you)
Toda a gente concorda comigo exceto tu
■
FOR ( f#: - f# - fE [r] )
Ocorre em diversos sentidos e pode corresponder a várias das nossas preposições. Tem várias formas fonéticas. O «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
1 - «Para», no sentido de fim, destino, direção:
This book is for you
Este livro é para ti
She came back for her money
Ela voltou para (buscar) o dinheiro
He left for Edinburgh last night
Ele partiu para Edimburgo a noite passada
He will come here for tea next Sunday
Ele volta cá para tomar chá, no domingo que vem
Nota – Em português não basta usar a preposição com o seu complemento em frases como «she came back for her money» e «he’ll come here for tea»; o sentido não fica claro se não usarmos um verbo: «para buscar o seu dinheiro» e «para tomar chá». Este emprego de «for» em inglês é típico do espírito sintético da língua. Usando verbos no infinito, não se empregaria «for» mas sim «to»:
She came back to fetch her money
He’ll come here to have tea
2 – Por, por causa de, com (indicando razão, causa):
He yelled for fear of being killed
Ele gritou com medo de que o matassem
He was punished for having behaved badly
Ele foi castigado por se ter comportado mal
3 – Durante, há (indicando duração de tempo):
I’ll stay here (for) half-an-hour
Fico (ficarei) aqui meia hora
I haven’t seen him for ages
Não o vejo há «séculos»
Nota – Correspondendo à nossa expressão «há» em frases que indicam tempo, a preposição «for» está sempre ligada a uma frase que exprima um «período de tempo» (for an hour, for a week, for many days, etc.). Deve distinguir-se de «since» (v. Since), porque «since» está geralmente ligada a uma expressão que indica «uma determinada ocasião» (since last year, since Saturday, since last week, since 1945, etc.).
«Since» refere-se ao espaço de tempo que decorreu desde uma determinada ocasião até ao presente. O ouvinte tem de calcular a medida de tempo que decorreu.
«For», por outro lado, indica uma medida de tempo sem fazer referência a nenhum ponto particular no passado.
Comparem-se «for» e «since» com o advérbio «ago» (v. Advérbios de Tempo) e ainda com a preposição «during».
4 – Por, indicando troca, preço:
He gave the boy a shilling for the service he did him
Ele deu ao rapaz um xelim pelo serviço que lhe fez
I bought this book for a pound
Comprei este livro por uma libra
A preposição «for» anda ligada a certos verbos, como «to mistake for» (tomar por); «to wait for» (esperar por); etc., modificando a significação de outros como «to ask», «to look» - «to ask for» (pedir); «to look for» (procurar), etc.
Também faz parte de um número de frases idiomáticas.
Ex.:
Once for all
De uma vez para sempre
For sure
Certamente
For a time
Durante algum tempo
Etc.
■
FROM (fr#m, frEm)
Equivale a «de», «por», quando indica:
1 – Razão causa, origem, proveniência:
We had a letter from John yesterday
Tivemos uma carta de João ontem
From what you have said, I think you must be mad
Pelo que disseste, acho que deves estar doido
He died from wounds
Ele morreu de ferimentos
Here are some lines from Shakespeare’s «Othello»
Aqui estão versos do «Otelo» de Shakespeare
2 – Separação, diferença (nesta aceção, é pedida por certos adjetivos e verbos):
I can´t tell a leopard from a tiger
Não sei distinguir um leopardo de um tigre
He is very different from me
Ele é muito diferente de mim
Please refrain from smoking
É favor absterem-se de fumar
Nota: «From» tem duas formas fonéticas, uma forte e outra fraca.
(Fonética: é o estudo dos sons da língua, no nosso caso da língua inglesa, é o estudo de como se pronunciam ou / e se dizem as palavras inglesas)
■
IN (in)
Emprega-se em frases que contêm uma ideia de lugar, situação, quer real quer figurada. Pode ter várias traduções em português, mas geralmente corresponde a «em» (comparar com «at»):
1 –
The book is in the drawer
O livro está na gaveta
There is a lot of truth in what he said
Há muita verdade no que ele disse
«In», em expressões que indicam lugar, refere-se, em geral, a uma área contida dentro de certos limites (v. «at»)
2 – Também pode indicar tempo (situação no tempo), sobretudo com referência a meses, anos e séculos:
A – I met him in November
Encontrei-o (conheci-o) em Novembro
Come and have a cup of coffee in the evening
Vem tomar uma chávena de café à noite
(Quando se pretende redigir/escrever)
Nota – Diz-se «in the morning», «in the evening», «in the afternoon», mas «on a lovely morning», «on a fine evening», «on a hot afternoon»; quer dizer, sempre que as palavras «morning», etc., estejam acompanhadas de expressões que as particularizem, usa-se «on» em vez de «in». Com nomes de dias, também se usa «on»: «on Saturday», «on Sunday», etc.
(Particularizar - descrever, dizer como é, dar pormenores, dar muitos pormenores, dizer as qualidades de)
B – Pode significar «dentro de»:
I’ll see you in ten minutes
Vejo-te dentro de dez minutos
She’ll be home in an hour or so
Ela há-de estar em casa dentro de uma hora, mais ou menos
3 - «In» usa-se em muitas frases que têm correspondente em português quanto ao sentido, mas que se formam com outras preposições:
She was in mourning
(de luto)
She was in white
(de branco)
He was in his uniform
(de ou com uniforme)
Let us discuss the subject in parts
(por partes)
She went out in haste
(à pressa)
They spoke in favour of the plan
(a favor de)
In the rain
(à chuva)
In the sun
(ao sol)
In fact
(de facto)
In this way
(de este modo)
In earnest
(a sério)
In jest
(a brincar)
In time
(a tempo)
In pain
(com dores)
etc.
■
INSIDE (´in´said)
Corresponde exatamente a «dentro de», «dentro»:
Put this inside your bag
Põe isto dentro da tua mala
Is anybody inside the house?
Está alguém dentro da casa?
Nota - «Inside», como preposição, pode quase sempre substituir-se por «in», mas «inside» é uma expressão mais enfática.
(Enfático – empolado, com realce, com exagero, excessivo)
■
INTO (´intu, ´intE)
Indica movimento «para dentro de»:
I threw the paper into the dust-bin
Deitei o papel para dentro do caixote do lixo
I looked into the room and saw nobody there
Olhei para dentro do quarto e não vi lá ninguém
Algumas vezes indica mudança e traduz-se por «para» ou «em»:
Translate this into English
Traduza isto para inglês
I changed into warmer clothes
Eu vesti roupa mais quente
(mudei de roupa para vestir outra mais quente)
He went into details
Ele meteu-se em pormenores
You must put your theory into practice
Tens de pôr a tua teoria em prática
Nota – Esta preposição tem duas formas fonéticas: uma forte e outra fraca
■
LIKE (laik)
Corresponde geralmente a «como» (semelhante a):
Our country needs a man like him
O nosso país precisa de um homem como ele
Did he really treat you like that?
Ele realmente tratou-te assim (desse modo, como dizes)?
Nota – As expressões que traduzem «like» não são consideradas preposições, em português, ao passo que, em inglês, a forma de complemento do pronome (v. 1º exemplo) não deixa dúvidas quanto à classificação gramatical desta palavra.
Preposições são as palavras que servem para relacionar dois elementos da mesma oração, mostrando a dependência que há entre eles.
Preposições são as palavras invariáveis que ligam dois termos/palavras, normalmente pertencentes à mesma oração, indicando a relação de dependência existente entre ambos.
Preposição: liga termos entre si estabelecendo que o segundo depende do primeiro para se perceber o sentido da frase e formando um conjunto inseparável. O segundo termo é sempre uma consequência, efeito ou resultado natural (é nisto que difere das conjunções quando estas ligam termos!!). Ex: vim de barco com ele até aqui. Explicação: até aqui, de barco, com ele, dependem todos da palavra vim para fazerem sentido, ex.:
vim de barco,
vim com ele,
vim até aqui.
«De», «com» e «até» são preposições.
■
NEAR (niE [r])
Corresponde exatamente a «perto de»:
I was very near her when the accident took place
Eu estava muito perto dela quando o acidente ocorreu
Don’t sit near the fire
Não te sentes perto do fogo
Nota - «Near» pode ser também usado como advérbio.
O «r» final desta palavra pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
OF (#v, Ev)
Indica geralmente posse (real ou figurada); origem, causa ou relação de qualquer espécie.
À parte raras excepções que ocorrem em empregos idiomáticos, a preposição «of» corresponde a «de» em português.
O reverso/contrário, porém, não se observa: a nossa preposição «de» emprega-se em muitas construções que se formam com outras preposições em inglês. Será mais conveniente, portanto, estudar as situações em que a preposição «of» não se usa em inglês (a par da nossa preposição «de») do que examinar a infinidade de casos em que o seu emprego é igual ao português.
Exemplos:
Sentido:
Origem, proveniência, etc.
Ele vem de Paris
He comes from Paris
Sentido:
Tempo
Estou ocupado, de momento
I’m busy at the moment
Sentido:
Assunto
É um livro de matemática
It is a book on mathematics
Sentido:
Tempo
Vejo-o de manhã
I see him in the morning
Sentido:
Companhia
«A mulher do bandolim»
«The woman with the mandolin»
Etc.
(Conferir com outras preposições, como «in», «at», etc.)
■
OFF (#:f, #f)
Usa-se sobretudo com verbos. Isoladamente, traduz-se por «fora de», «ao largo de», «à saída de». Tem duas formas fonéticas, uma forte e outra fraca.
Exemplos:
The «Queen Mary» was off Portsmouth harbour this morning
O «Queen Mary» estava à saída (na barra) do porto de Portsmouth, esta manhã
The shop I told you about is off Regent Street
A loja de que te falei está à saída de «Regent Street»
«Off» emprega-se em algumas expressões idiomáticas de todos os dias, como:
To be off duty
Estar de folga
(fora do serviço)
My day off
O meu dia de folga
In an off-hand way
Desabridamente, rudemente
To switch off the light
Apagar a luz
(em oposição a «switch on»)
To be well off
Estar em boas circunstâncias financeiras
■
ON (upon) (#n), (E´p#n)
Pode ter vários sentidos. Usa-se:
1 – Em frases que indicam lugar (em, sobre, etc.):
He is sitting on the carpet
Ele está sentado no tapete
The map is on the wall
O mapa está na parede
Life on the sea is very pleasant
A vida no mar é muito agradável
I like to ride on horseback
Gosto de andar a cavalo
A ideia comum nestes exemplos é de «posição sobre».
2 – Em frases que indicam tempo (em, a, etc.):
A – Neste sentido, usa-se com os nomes dos dias da semana e com os dias do mês, e ainda com as palavras «morning», «afternoon», «evening» e «day», quando precedidas de um adjetivo, ou quando particularizadas.
(recordar em «in») Link
On the second of January I’ll go to Scotland
No dia dois de Janeiro vou para a Escócia
I go to mass on Sundays
Vou à missa aos domingos
I like to go out on a fine morning
Gosto de sair numa manhã bonita
We were born on the same day
Nós nascemos no mesmo dia
On Christmas day I saw a lovely pantomine
No dia de Natal vi uma encantadora pantomina
He went there on the evening of the tenth
Ele foi lá na noite (tarde) do dia dez
B – Emprega-se também com gerúndios que indicam o decorrer de uma ação:
On going to the Post Office, I met him
Quando ia para o correio (ao ir para o correio) encontrei-o
I thought of that on reading this poem
Pensei nisso ao ler esta poesia
Nota – Na linguagem de todos os dias, preferem-se frases com as conjunções «while» e «when» (enquanto, quando) aos exemplos que acabamos de apresentar:
When I was going to the Post Office, I saw him
While I was reading this poem I thought of that
3 – Significando «sobre», «respeitante a», «com respeito a»:
He gave a lecture on the releasing of atomic energy
Ele fez uma conferência sobre a libertação da energia atómica
I’ve read several books on this subject
Eu li vários livros sobre este assunto
On that point, I agree with you
Com respeito a esse ponto, concordo contigo
4 – Indicando situação (a, em):
Stratford on Avon
Stratford no Avon
(banhada pelo rio Avon)
The turn is on your left
A volta é à tua esquerda
Scotland is on the north of England
A Escócia está ao norte da Inglaterra
On both sides of the road there are lovely houses
Em ambos os lados da estrada há casas encantadoras
5 - «On» forma ainda muitas expressões idiomáticas de conjunto com substantivos:
On foot
A pé
On sale
À venda
On fire
Em chamas
On business
Em negócio
On the contrary
Pelo contrário
On duty
De serviço
On board
A bordo
On horseback
A cavalo
On diet
De dieta
On strike
Em greve
On the way
A caminho
■
OVER (´ouvE [r])
Significa «acima de», «para cima de», «por cima de» ou «em cima de» e usa-se muitas vezes em vez de «above» e «on»:
The ball passed just over my head
A bola passou mesmo por cima da minha cabeça
I sold over a hundred books this morning
Vendi para cima de cem livros esta manhã
Nota – O «r» final de «over» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
«Over» ocorre em muitos compostos como «overnight» (durante a noite, de um dia para o outro), «overseas» (ultramar), «to overlook» (deixar passar, não reparar em), etc.
Esta preposição anda ligada a certos verbos como:
To rule over
Governar
To pass over
Morrer
To turn over
Voltar, virar (uma página), folhear
To run over
Atropelar
Etc.
Existem também muitas expressões idiomáticas formadas com «over»:
All over
Completamente, por toda a parte
Over and over again
Repetidamente
Over a meal
Durante uma refeição
Over a book
Enquanto se lê um livro
■
PAST (pA:st)
Não tem correspondente em português. Pode usar-se para indicar tempo (horas):
It’s half past twelve
É meio dia (meia noite) e meia
It’s twenty minutes past five
São cinco e vinte
Emprega-se também com verbos de movimento, indicando «além de», «por»:
I went past the gate
Passei pelo portão
(passei além do portão)
He swam past the raft
Ele nadou para além da jangada
■
ROUND (around) (raund), (E´raund)
Significa «à roda de», «à volta de»:
The shop is round the corner
A loja está à volta da esquina
(ao voltar da esquina)
They were sitting round the table
Estavam sentados à roda da mesa
■
SINCE (sins)
Corresponde exatamente a «desde»;
I haven’t seen him since last Sunday
Não o vejo desde domingo passado
He has been with us since the beginning of the holidays
Ele tem estado conosco desde o princípio das férias
(Conferir o emprego de «since» com o emprego de «for»).
Note-se o uso do perfeito composto («present perfect») em frases com «since».
«Since» pode também ser uma conjunção.
■
THROUGH (θru:)
Significa «através de», «por», no sentido real ou figurado:
I saw him through the glass-door
Vi-o através da porta de vidro
I knew that through Mary
Eu soube disso pela Mary
He went shouting through the streets
Ele foi a gritar pelas ruas
They obtained that through political influence
Eles obtiveram isso por influência política
This plant shall not live through the winter
Esta planta não viverá todo o inverno
(pelo inverno fora)
A preposição «through» ocorre em muitas frases idiomáticas, como:
A through train
Um comboio direto (expresso)
Wet through
Completamente molhado (encharcado)
Through and through
Repetidas vezes (emprega-se com verbos)
Etc.
■
THROUGHOUT (θru´aut)
Tem o mesmo sentido que «through» mas é mais enfática:
The money was spent throughout the year
O dinheiro foi gasto no decorrer do ano
The house-sparrow is found throughout Europe
O pardal encontra-se por toda a Europa
■
TILL (until) (til, En´til)
Até.
A forma «till» é preferida antes de substantivos ou frases curtas.
«Until» usa-se em geral no princípio de frases:
I’ll be working here till next week
Eu trabalharei aqui até à próxima semana
Until yesterday, she was very ill
Até ontem, ela estava muito doente
«Till» e «until» podem também usar-se como conjunções.
Nota – Estas preposições não se usam em contextos com o sentido de lugar.
Ex.:
Fui até Oxford
I went as far as Oxford
(e não till Oxford)
«Till» e «Until» estão sempre ligadas à ideia de tempo.
■
TO (tu:, tu, tE)
Indica direção «ao encontro de» e pode corresponder a «para», «a», «para com», «até», etc.
Tem várias formas fonéticas, uma forte e duas fracas.
1 – I’m going to the cinema
Vou ao cinema
He invited me to his house
Ele convidou-me para sua casa
Send this letter to London
Manda esta carta para Londres
You must be kind to your sister
Tens de ser bondosa para a tua irmã
Johnny can count from one to ten
O Joãozinho sabe contar de um até dez
From right to left
Da direita para a esquerda
2 – Acompanha quase sempre o complemento indireto:
Give that to me
Dá-me isso
I wrote to him yesterday
Escrevi-lhe ontem
It seems to me that he is really clever
Parece-me que ele é realmente esperto
3 - «To» precede geralmente o infinito dos verbos e, como tal, pode considerar-se uma partícula verbal ou prepositiva e não se deve traduzir:
It is necessary to work
É necessário trabalhar
I want to go
Eu quero ir
Nota – (Ver «O infinito sem to»)
4 – Algumas vezes a preposição «to», no sentido de «para», coincide com a partícula do infinito – caso em que deve traduzir-se:
I’m staying here to rest a bit
Estou aqui para descansar um pouco
I did that to please her
Fiz isto para lhe agradar
5 – A preposição «to» é pedida por certos verbos:
Ex.:
To agree to (a proposal)
Concordar com uma proposta
To listen to
Ouvir, escutar
To attend to
Atender a
Etc.
■
TOWARD, TOWARDS (tE´w#:d, tw#:d, tE´w#:dz, tw#:dz)
Significa «em direção a» e pode empregar-se com o sentido de aproximação ou finalidade:
He was walking towards the beach
Ele caminhava em direção à praia
I must leave towards five o’clock
Tenho de me ir embora um pouco antes das cinco
They collected money towards the building of a hospital
Eles juntaram dinheiro para a construção de um hospital
■
UNDER (´8ndE [r])
Significa «por baixo de», «debaixo de», «menos de», «sob»:
The dog is under the table
O cão está debaixo da mesa
I’ve been sitting under the chestnut-tree
Tenho estado sentado debaixo do castanheiro
I spent under a pound for all this
Eu gastei menos de uma libra com tudo isto
He was known under the name of Jones
Ele era conhecido sob o nome de «Jones»
Nota: o «r» final de «under» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
UNDERNEATH (8ndE´ni:θ)
Significa «por baixo de», em sentido real, não figurado:
They found valuable ancient relics underneath the house
Eles encontraram relíquias antigas de valor por baixo da casa
Underneath those rocks there is a coal mine
Por baixo daquelas rochas há uma mina de carvão
Nota: «Underneath» pode também empregar-se como advérbio.
■
UP (8p)
Como preposição, indica direção no sentido de baixo para cima; é o contrário de «down»:
I was walking up the hill when I heard him call me
Eu ia a subir o monte (pelo monte acima) quando o ouvi chamar-me
You can’t cycle up that slope
Tu não podes subir essa encosta de bicicleta
He spends all the morning going up and down the stairs
Ela passa a manhã a subir e descer as escadas
Nota: «Up» pode ser também um advérbio.
■
WITH (wiU)
Corresponde a «com»:
I want to go with you
Quero ir contigo
He brought the letter with him
Ele trouxe a carta consigo
I usually have tea with sugar
Geralmente, tomo chá com açúcar
Nota: Em alguns casos, não se emprega «with» quando seria para esperar.
Ex.:
Café com leite
Coffee and milk
Pão com manteiga
Bread and butter
Por outro lado, o emprego de «with» causa-nos certa estranheza em algumas expressões idiomáticas, como:
What you want with me?
Que quer de mim?
What’s the matter with you?
O que tem? Que lhe aconteceu?
Emprega-se também idiomaticamente com alguns verbos:
To bear with
Suportar
To part with
Separar-se de
Etc.
■
WITHIN (wiU´in)
Significa «dentro de», no sentido material ou figurado:
I’ll see you within two months
Ver-te-ei dentro de dois meses
We stayed within those four walls for a month
Ficámos dentro daquelas quatro paredes durante um mês
Nota: «Within» pode empregar-se como advérbio.
■
WITHOUT (wiU´aut)
É o contrário de «with» e significa «sem»:
1 – I have tea without sugar
Tomo chá sem açúcar
You can go on without fear
Podes continuar sem medo
She left without saying good-bye
Ela foi-se embora sem dizer adeus
2 - «Without» aparece algumas vezes com o sentido de «fora de», em oposição a «within»:
He was standing without the gate
Ele estava (de pé) fora do portão (do lado de fora do portão)
Este emprego vai-se tornando raro e está sendo substituído pela locução «out of».
Nota: Ocasionalmente, emprega-se «without» como advérbio, no sentido de «fora».
(Tem continuação mas numa nova página pois este capítulo é longo)
(Ainda por corrigir)
PREPOSIÇÕES
Prepositions
(prepE´zi1Enz)
As Preposições em ligação com os Substantivos, Adjetivos e Verbos
Há em inglês certos substantivos, adjetivos e verbos que andam ligados a determinadas preposições. Estas preposições introduzem os seus complementos ou objetos.
Exemplos:
1 – He is heir to a large fortune
Ele é herdeiro de uma grande fortuna
2 – They were anxious for help
Eles estavam ansiosos de (por) auxílio
3 – You can count on them
Tu podes contar com eles
1 – O substantivo «heir» pede a preposição «to», que introduz o complemento «a large fortune»
2 – O adjetivo «anxious» pede a preposição «for», que introduz o complemento «help»
3 – O verbo «to count» emprega-se com a preposição «on», que introduz o complemento «them»
Examinando as traduções portuguesas, vemos que as preposições empregadas na nossa língua não correspondem às inglesas. Muitos casos há em que existe correspondência entre as duas línguas, não se levantando dificuldades para o estudante. Vamos estudar apenas alguns dos casos mais importantes em que essa correspondência não se observa.
■
1 – Preposições em ligação com substantivos
No que diz respeito às preposições empregadas com substantivos, os casos de falta de correspondência entre o português e o inglês são bastante restritos. Vejamos alguns exemplos típicos:
Have you got change for a shilling?
Tens troco de um xelim?
You must take (have) pity on them
Tens de ter piedade deles
I cast a glance at (over) the landscape
Eu olhei de relance para a paisagem
You are taking a dislike to him
Estás a criar aversão por ele
He showed no gratitude for what they had done to him
Ele não mostrou gratidão pelo que lhe tinham feito (por o)
His reliance on us was very great
A sua confiança em nós era bastante grande
Os ingleses evitam empregar substantivos com preposições sempre que, em vez de tais expressões, possam usar verbos ou adjetivos. Assim, por exemplo, em lugar de dizerem «eu estou na dependência de…» preferem dizer «eu dependo de» ou «eu estou dependente de».
2 – Preposições em ligação com adjetivos
Vamos apresentar algumas listas de empregos mais comuns de preposições ligadas a adjetivos. Estas listas não devem, de modo algum, ser decoradas. O estudante não deve encarar estes empregos de preposições como idiotismos sem explicação; (idiotismo - construção ou expressão peculiar/especial a uma língua cujo significado não pode ser descodificado/interpretado/
explicado literalmente/à letra/
completamente através da combinação dos significados de cada uma das palavras de que é formada;)
É mais aconselhável que se esforce por compreender o seu sentido, porque só procedendo assim conseguirá adquirir um domínio seguro da língua. Casos há em que é difícil compreender o emprego de certas preposições porque se trata apenas de uma questão de uso – como o caso de «dependent on», em que seria de esperar a preposição «from». Contudo, na maioria dos restantes exemplos, há geralmente pontos em comum que se podem deduzir.
As listas destinam-se, portanto, a ser fontes de consulta e objeto de estudo comparativo.
Adjetivos que pedem «at»
To be angry at (something)
Estar zangado com (alguma coisa)
Tratando-se de pessoas emprega-se «with»
To be bad at
Ser mau para
Não ter jeito para
To be clever at
Ter jeito para
Ser bom em
To be good at
Ter jeito para
Ser bom em
To be quick at
Ser rápido em (a)
■
Adjetivos que pedem «for»
To be famous for
Ser famoso por
To be grateful for
Ser (estar) grato por
To be responsible for
Ser responsável por
To be sorry for
Estar pesaroso por (ter pena de)
To be thankful for
Estar agradecido por
À preposição «for» está ligada uma ideia de «causa» e por isso é empregada com estes adjetivos e com os seus sinónimos. (Sinónimo – palavra que tem o mesmo sentido e significado de outra, palavra que diz o mesmo que outra)
■
Adjetivos que pedem «from»
To be absent from
Estar ausente de
To be different from
Ser diferente de
To be distant from
Estar longe (distante) de
To be free from
Estar livre de
To be safe from
Estar salvo (a salvo) de
A preposição «from» encerra uma ideia de «separação» e por isso anda ligada a estes adjetivos e aos seus sinónimos.
■
Adjetivos que pedem «on»
To be dependent on
Estar dependente de
To be bent on
Estar inclinado a
To be hard on
Ser severo em, a, para
To be intent on
Estar resolvido a
■
Adjetivos que pedem «about»
To be anxious about
Estar em cuidado por
To be crazy about
Estar doido por (gostar muito de)
To be earnest about
Tomar a sério
To be uneasy about
Estar preocupado com
To be worried about
Estar preocupado com
Embora as traduções portuguesas mostrem certa disparidade entre os diferentes sentidos destas expressões, um exame mais profundo dos exemplos revela que se trata sempre do mesmo caso: os adjetivos apresentados designam «estados de espírito»; e a preposição «about» serve para introduzir o objeto desses estados de espírito (estar em cuidado por um amigo, ser doido por dinheiro, etc).
■
Adjetivos que pedem «to»
To be agreeable to
Ser agradável a
To be blind to
Ser cego para (não reparar em, não querer ver)
To be contrary to
Ser contrário a
To be convenient to
Ser conveniente a (para)
To be cruel to
Ser cruel para
To be dangerous to
Ser perigoso a (para)
To be deaf to
Ser surdo a (não ouvir, não querer ouvir)
To be dear to
Ser caro a (para)
To be due to
Ser devido a
To be equal to
Ser igual a
To be faithful to
Ser fiel a
To be friendly to
Tratar amigavelmente
To be important to
Ser importante para
To be indifferent to
Ser indiferente a (para)
To be inferior to
Ser inferior a
To be kind to
Ser amável para
To be new to
Ser novo para
To be obedient to
Ser obediente a
To be opposed to
Ser contrário a (opor-se a)
To be preferable to
Ser preferível a (para)
To be profitable to
Ser proveitoso a
To be similar to
Ser semelhante a
To be subject to
Estar (ser) sujeito a
To be suitable to
Ser próprio para
To be true to
Ser verdadeiro para (com)
To be unknown to
Ser desconhecido a (para)
To be used to
Estar acostumado a
To be welcome to
Ser bem-vindo a (para)
À parte raras exceções, a preposição «to» a seguir a um adjetivo traduz-se por «a» ou «para». Os adjetivos que a pedem indicam geralmente «qualidades ou estados» e a preposição introduz o objeto sobre o qual recai o efeito dessas qualidades ou estados (ser igual a «alguma coisa»; ser amável para «alguém»; estar acostumado a «alguma coisa»; ser bem-vindo a «alguma parte», etc.).
■
3 – As preposições em ligação com verbos
Há dois aspetos essenciais a considerar ao estudarmos as preposições em ligação com verbos:
1º - Como mostrámos com respeito aos adjetivos, há verbos que se usam com determinadas preposições.
2º - O outro aspeto a considerar é o caso dos verbos cuja significação é modificada por determinadas preposições, que, por essa razão, têm sido chamadas «partículas verbais» ou «partículas adverbiais».
■
1º – Verbos que pedem determinadas preposições
Verbos que pedem «at»
To aim at
Aspirar a, almejar
To arrive at
Chegar a (um ponto)
To bark at
Ladrar a, para
To catch at
Agarrar-se a
To drive at
Querer chegar a
To fire at
Disparar para
To frown at
Franzir o sobrolho para
To gaze at
Olhar (admirado) para
To glance at
Olhar (de relance) para
To jump at
Saltar para
To knock at
Bater a (porta, janela, etc.)
To laugh at
Rir-se de
To look at
Olhar para
To rejoice at
Regozijar-se com
To rush at
Correr (ir depressa) para
To shoot at
Atirar (um tiro) para
To smile at
Sorrir para
To snatch at
Agarrar-se (depressa) a
To stare at
Olhar fixamente para
To strike at
Bater em
To throw at
Atirar, lançar para, a
To wonder at
Ficar admirado com
A preposição «at» acompanha geralmente o objeto sobre o qual recai a ação expressa pelo verbo.
Verbos que pedem «for»
To praise for
Louvar por
To care for
Preocupar-se por (com), gostar de
To blame for
Censurar por
To answer for
Responder por
To punish for
Castigar por
To reward for
Recompensar por
To thank for
Agradecer por
To tremble for
Tremer por
To sigh for
Suspirar por
To stand for
Estar por, significar, representar
To wait for
Esperar por
Paralelamente ao que dissemos em relação aos adjetivos, a preposição «for» emprega-se com estes verbos porque anda ligada à ideia de «causa».
Não incluímos nesta lista os casos em que a preposição «for»
significa «para» - como «to prepare for» (preparar para), «to book for» (reservar para), etc. – porque esse emprego é semelhante ao da nossa língua.
Verbos que pedem «from»
To abstain from
Abster-se de
To banish from
Banir de
To borrow from
Pedir emprestado a
To derive from
Derivar de
To desist from
Desistir de
To differ from
Diferir de
To dismiss from
Despedir de
To dissuade from
Dissuadir de
To distinguish from
Distinguir de
To escape from
Escapar de, a
To exclude from
Excluir de
To exact from
Exigir de
To extract from
Extrair de
To free from
Livrar de
To hide from
Esconder de
To judge from
Julgar por (partindo de)
To keep from
Conservar afastado de
To part from
Separar-se de
To prevent from
Impedir de
To protect from
Proteger de
To remove from
Retirar de
To rescue from
Salvar de
To save from
Salvar de
To separate from
Separar de
To subtract from
Subtrair de
To suffer from
Sofrer de
To take from
Tirar de
O que se disse a propósito dos adjetivos seguidos de «from» aplica-se a este caso: a preposição encerra uma ideia de «separação» e por isso se emprega com estes verbos.
Não incluímos nesta lista os verbos que indicam movimento – como «to go from» (ir de), «to depart from» (partir de), «to fall from» (cair de), etc. – porque, nestes casos, o emprego da preposição é condicionado pelo sentido da frase e não do verbo: trata-se de complementos circunstanciais de lugar «donde».
Verbos que pedem «into»
Vamos apresentar apenas alguns casos em que o emprego de «into» com certos verbos é para nós inesperado:
To burst into (tears)
Irromper em lágrimas
To change into
Mudar, mudar-se para
To collect into (heaps, etc.)
Juntar em (montes, etc.)
To cut into (parts)
Cortar em (partes)
To divide into
Dividir em
To force into (to)
Forçar a
To lead into (to)
Levar a
To look into (the matter, problem)
Examinar, estudar (o assunto, problema)
To turn into
Mudar em, para; transformar em; passar (verter) para
Verbos que pedem «on» (ou «upon»)
To agree upon (something)
Concordar com (alguma coisa)
Tratando-se de pessoas diz-se «to agree with»
To congratulate on (birthday, work, etc.)
Felicitar por (aniversário, trabalho, etc.)
To confer on
Conferir a (alguém um título ou grau)
To comment on
Comentar sobre
To decide on
Decidir sobre
To depend on
Depender de
To feed on
Alimentar de, alimentar-se de
To insist on
Insistir em
To lean on
Encostar-se a
To live on
Viver de
To rely on
Confiar em
To sit on
Sentar-se em (sobre)
To spend (money, time, etc.) on
Gastar (dinheiro, tempo, etc.) em (com)
To wait on
Servir a, ser criado de
Verbos que pedem «to»
Transitivos com «to»
To accustom to
Acostumar a
To adapt to
Adaptar a
To compel to
Obrigar a
To help to
Ajudar a
To incite to
Incitar a
To induce to
Convencer a
To sentence to
Condenar a
To subject to
Sujeitar a
Os verbos transitivos que pedem «to» empregam-se, geralmente, com dois complementos: um é o complemento direto e o outro, o introduzido pela preposição, completa a significação do verbo. Ex.: «I compelled him to do that».
Não incluímos nesta lista casos em que «to» precede o complemento indireto – como «to say something to somebody» - porque o seu emprego é óbvio e não oferece dificuldade.
Verbos intransitivos com «to»
To agree to (some proposal)
Concordar com (alguma proposta); Tratando-se de pessoas emprega-se «with»
To attend to
Atender a
To belong to
Pertencer a
To condescend to
Condescender em
To long to
Ansiar por
To recur to
Recorrer a
To stick to
Agarrar-se a
Verbos que pedem «with»
Destes apresentaremos apenas casos em que «with» não corresponde em português a «com»:
To abound with
Abundar em
To charge with
Acusar de
To deal with
Tratar de
To part with (from)
Separar-se de, desfazer-se de
■
2º - Verbos que mudam de significado consoante as preposições que os seguem:
To ask
Perguntar
To ask for
Pedir
To call
Chamar
To call on
Visitar
To call out
Gritar
To call up
Recrutar (para o serviço militar),
Chamar (pelo telefone)
To get
Obter
To get back
Voltar
To get down
Descer
To get in
Entrar
To get off
Sair (em certos casos, apear-se, descer)
To get on
Passar, progredir
To get out
Sair
To get over
Restabelecer-se (de um desgosto, uma doença, etc.)
To get through
Passar por
To get up
Levantar-se
To go
Ir
To go back
Voltar
To go down
Descer
To go in
Entrar
To go on
Continuar
To go over
Examinar, retocar
To go out
Sair
To go through
Passar por (desgosto, privação, etc.);
Discutir em pormenor
To go without
Passar sem (qualquer coisa)
To go up
Subir
To look
Olhar
To look after
Cuidar de
To look for
Procurar
To look like
Parecer-se com
To look out
Estar de vigia
To look to
Ter cuidado com
To look upon
Encarar, considerar
To put
Pôr
To put away
Guardar
To put back
Atrasar, pôr no lugar antigo
To put down
Dominar
To put off
Adiar
To put on
Vestir
To put through
Levar a cabo, ligar telefonicamente
To take
Levar
To take after
Parecer-se com (coloquialmente «sair a»)
To take down
Apontar (por escrito)
To take in
Enganar
To take off
Descolar (em aviação);
Tirar (peças de vestuário, etc.)
To take out
Tirar
To take over
Suceder (a alguém no trabalho, etc.)
To take up
Levantar, apanhar
To run
Correr
To run over
atropelar
■
Verbos que não se empregam com Preposições
Tão importantes como os casos até aqui apontados são os dos verbos que se empregam com preposição em português, e sem preposição em inglês.
Eis uma lista dos mais importantes:
To address (somebody)
Dirigir-se a (alguém)
To answer (somebody)
Responder a (alguém)
To approach (somebody)
Aproximar-se de (alguém)
To believe (somebody)
Acreditar em (alguém)
To disobey (somebody)
Desobedecer a (alguém)
To displease (somebody)
Desagradar a (alguém)
To distrust (somebody)
Desconfiar de (alguém)
To doubt (something)
Duvidar de alguma coisa
To enter (some place)
Entrar em (algum lugar)
To enjoy (something)
Gostar de, apreciar alguma coisa
To escape (something or somebody)
Escapar de (alguma coisa ou alguém)
To fit (something or somebody)
Servir a (alguma coisa ou alguém)
To like (something or somebody)
Gostar de (alguma coisa ou alguém)
To obey (somebody)
Obedecer a (alguém)
To oppose (somebody)
Opor-se a alguém
To order (somebody)
Ordenar a (alguém)
To pay (somebody)
Pagar a (alguém)
To please (somebody)
Agradar a (alguém)
To resemble (somebody or something)
Assemelhar-se a (alguém, alguma coisa)
To suit (somebody or something)
Adaptar-se, ficar bem, servir a (alguém, alguma coisa)
To survive (somebody or something)
Sobreviver a (alguém, alguma coisa)
To tell (somebody)
Dizer a (alguém)
Em português, os verbos empregados no sentido acima descrito não se usam na voz passiva. Em inglês, funcionam como verbos transitivos e estão, portanto, sujeitos à mudança de voz (com exceção dos marcados a fundo azul). Ver «Passiva idiomática».
Exemplos:
A member of the jury addressed the judge
The judge was addressed by a member of the jury
Um membro do júri dirigiu-se ao juiz
The soldiers obeyed the captain willingly
The captain was willingly obeyed by the soldiers
Os soldados obedeciam ao capitão de boa vontade
They told him to go
He was told to go (by them)
Disseram-lhe que fosse
Como é óbvio, as frases na voz ativa e na voz passiva têm uma tradução comum/semelhante /idêntico em português.
(Ainda por corrigir)
ADVÉRBIOS
Adverbs (´ædvə:bz)
Advérbios: são as palavras que se juntam a (adjetivos e) verbos para lhes modificar a significação e exprimir circunstâncias de uma ação, qualidade ou estado.
Advérbios – modificam o verbo exceto os de intensidade (ex.: muito) que também podem modificar adjetivos e advérbios.
Ex.: o Juiz morava longe
Ao iniciarmos o estudo dos advérbios em inglês, convém notar o seguinte:
1 – Muitos dos «advérbios» ingleses têm a mesma forma que certas preposições,
adjetivos e conjunções.
Exemplos:
Advérbio:
This room is warm because the kitchen is below
Este quarto é quente porque a cozinha é lá em baixo
Preposição:
The kitchen is below this room
A cozinha fica (é) por baixo deste quarto
Preposição: liga termos entre si estabelecendo que o segundo depende do primeiro para se perceber o sentido da frase e formando um conjunto inseparável. O segundo termo é sempre uma consequência, efeito ou resultado natural (é nisto que difere das conjunções quando estas ligam termos!!). Ex: vim de barco com ele até aqui. Explicação: até aqui, de barco, com ele, dependem todos da palavra vim para fazerem sentido, ex.:
vim de barco,
vim com ele,
vim até aqui.
Advérbio:
He has been working very hard
Ele tem trabalhado muito
Adjetivo:
He has done a very hard job
Ele fez um trabalho muito difícil (pesado)
Advérbio:
They will come at five o’clock. Everything must be cleaned before
Eles virão às cinco horas. Tudo tem de ser limpo antes
Conjunção:
You must clean everything before they come
Tens de limpar tudo antes que eles venham
Conjunções – são as palavras que ligam orações (ou elementos com a mesma função na mesma oração).
A conjunção ou liga termos da oração ou duas orações (quando há 2 verbos). Ex: eu e João fomos passear porque tínhamos estudado todo o dia
Eu e João – liga termos
Porque – liga duas orações
É conveniente, portanto, analisar sempre as funções de palavras que não conheçamos bem, a fim de podermos compreender o sentido de uma frase.
2 – Há em inglês advérbios simples, compostos
e derivados e muito pouca correspondência entre as formas inglesas e as formas adverbiais portuguesas que têm o mesmo significado. Por exemplo, «nowhere»
significa «em parte nenhuma».
(Composto - formado por dois ou mais elementos)
(Derivado - palavra proveniente, que vem, de outra palavra)
Por estas razões, é sempre muito arriscado traduzir ou retroverter à letra expressões adverbiais.
(Retroverter – passar frases de português para inglês)
(Só é possível traduzir ou retroverter à letra quando na outra língua exista uma palavra correspondente, que signifique exatamente a mesma coisa)
Aconselhamos a que se estudem os advérbios ingleses nos contextos em que aparecem e é com este fim que damos as listas de exemplos que se seguem, sem traduzirmos os advérbios isoladamente.
EXEMPLOS DO EMPREGO DOS PRINCIPAIS ADVÉRBIOS EM INGLÊS
Advertência: Agrupamos os exemplos que se seguem em categorias por uma questão de ordem, mas desde já avisamos o estudante que estas divisões não podem ser tomadas dogmaticamente/rigorosamente. Um advérbio como «above», que aqui figura agrupado entre os advérbios de lugar, pode usar-se também como advérbio de quantidade. A categoria a que um advérbio pertence deduz-se pelo sentido em que é empregado. Seria demasiado longo apresentar aqui todos os sentidos em que são empregados os principais advérbios; apenas daremos exemplos de circunstâncias em que ocorrem mais vulgarmente. Incluiremos exemplos de partículas adverbiais, isto é, advérbios inseparáveis de certos verbos.
É conveniente não esquecer que nos exemplos que se seguem figuram palavras que podem também ser empregadas como preposições e conjunções. Porém, aqui, estão usadas apenas como «advérbios».
■
ADVÉRBIOS DE LUGAR
Adverbs of Place
(´ædvə:bz əv pleis)
1 - «Above» (ə´bΛv)
We live on the ground-floor. My parents live above.
Nós vivemos no rés-do-chão. Os meus pais vivem (lá) em cima.
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2 - «About» (ə´baut)
Did you see Mr. Brown about?
Viste o sr. Brown por aí? (por aqui?)
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3 - «Abroad» (ə´bro:d)
When I was abroad I met very interesting people
Quando estava no estrangeiro, conheci pessoas muito interessantes
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4 - «Across» (ə´kros)
Run across and post this letter in that pillar box
Dá uma corrida até ao outro lado (da rua) e deita esta carta naquele marco
Cut this paper across
Corta este papel transversalmente (no sentido da largura)
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5 - «Along» (ə´loŋ)
A – Usa-se com verbos de movimento indicando continuação da ação:
Come on, swim along to the other side of the pool!
Vamos, continua a nadar até ao outro lado da piscina!
B – Algumas vezes não se traduz, usa-se apenas como uma expressão de estímulo/incentivo/incitamento:
You must come along and meet my people
Tens de vir (daí) para conheceres a minha gente
Take your books along with you
Traz os teus livros contigo
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6 - «Around» (ə´raund)
I looked around but didn’t see him
Eu olhei à volta (para todos os lados) mas não o vi
I’ve been walking around for half an hour
Tenho andado (de um lado para o outro) por aqui há meia hora
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7 - «Aside» (ə´said)
Push the door aside, otherwise the table won’t get in
Empurra a porta para o lado, de outro modo a mesa não entra
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8 - «Away» (ə´wei)
Usa-se com verbos e indica «afastamento» em relação a lugar mencionado ou subentendido.
My father is away (from home). Have you any message for him?
O meu pai foi para fora. Tem algum recado para ele?
Keep away from me, please, I want to work in peace.
Tira-te de ao pé de mim, quero trabalhar em paz.
Will you put these books away?
Levas estes livros daqui? (para pô-los no seu lugar).
Nota - «To put something away» significa «pôr qualquer coisa no seu lugar»
Combinado com certos verbos, «away» tem significações especiais:
To pass away
Morrer
To wash away
Limpar
To give away
Dar, desfazer-se de
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9 - «Back» (bæk)
John will be back from school at four o’clock
O João deve estar de volta da escola às quatro horas
Take the book but bring it back
Leva o livro mas trá-lo de volta (devolve-o)
He ran away without looking back
Fugiu sem olhar para trás
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10 - «Backward(s)» (´bækwəd[z])
Indica sempre direção no sentido da retaguarda.
This part of the machine moves backwards and forwards
Esta parte da máquina trabalha para trás e para diante
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11 - «Behind» (bi´haind)
Don’t look behind!
Não olhes para trás
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12 - «Below» (bi´lou)
«Below» é o contrário de «Above»
Please answer to the address given below.
É favor responder para o endereço abaixo indicado
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13 - «By» (bai)
Indica proximidade e usa-se ligado a verbos.
Is anybody passing by?
Está alguém a passar (perto, por aqui)?
I was walking by and I saw the accident
Eu andava perto e vi o desastre
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14 - «Down» (daun)
Will you sit down?
Queira sentar-se!
She stepped down from the motor-car
Ela desceu do carro
I’ve been lying down all day
Tenho estado deitado todo o dia
Nestes exemplos, «down» indica posição baixa ou movimento para baixo e não se traduz em português.
His proposal was turned down
A proposta dele caiu por terra (não foi aceite)
The house was burnt down
A casa ficou completamente queimada (caiu queimada)
Nestes exemplos, «down» ocorre em combinações com verbos significando destruição, de qualquer espécie.
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15 - «Downward(s)» (´daunwəd[z])
Significa sempre «para baixo» e só se usa como advérbio propriamente dito.
When this lift goes downwards, it shakes a lot
Quando este elevador desce, treme muito
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16 - «Far» (fa:[r])
O «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
My house is very far from yours
A minha casa fica muito longe da tua
«Far» significa geralmente longe.
This pen is far better than that
Esta caneta é muito melhor do que aquela
In a minute, the plane was far away
Num minuto, o avião pôs-se muito longe
«Far» também se usa no sentido de «muito», intensificando advérbios e adjetivos. Nestes casos, deve considerar-se um advérbio de quantidade ou de intensidade.
Nota – em perguntas sobre distância, «far» usa-se com «how»:
How far did he go?
Até onde foi ele?
How far is the Post Office?
A que distância fica o correio?
«Far» usa-se ainda em combinações como as seguintes:
I haven’t see him so far
Não o vi até agora
He walked as far as the main road
Andou até à estrada principal
He is by far the best painter of our time
Ele é de longe (sem favor) o melhor pintor da nossa época
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17 - «Here» (hiə [r])
Corresponde a «aqui», «cá», e em frases interjetivas traduz-se muitas vezes por «lá».
(Interjetivo - expresso por interjeições) (Interjeição - vocábulo ou expressão de carácter sugestivo usada: para traduzir um sentimento ou reacção súbita (dor, alegria, admiração, etc.), para dar uma ordem, para chamar a atenção ou ainda para imitar um som; exclamação )
Here is your pen
Aqui está a tua caneta
Look here!
«olha lá» ou «ouve cá!»
(Aqui, «here» serve de partícula de realce)
■
18 - «In» (in)
Indica posição «dentro de» ou movimento «para dentro de»:
Is Mr. Smith in?
O sr. Smith está? (está cá dentro?)
Ask the visitor in!
Diga à visita que entre!
I came in at six sharp.
Eu entrei às seis em ponto.
Nota – Aqui, pode considerar-se «in» uma partícula adverbial inseparável do verbo.
Advérbios formados com «in»:
«Indoors» (´in´do:z) – dentro de casa
I like staying indoors when it is cold
Eu gosto de estar em casa quando está frio
«Inside» (´in´said) – dentro ou para dentro
I opened the box and found nothing inside
Eu abri a caixa e não encontrei nada dentro
I’m going inside to fetch my hat
Vou lá dentro buscar o meu chapéu
«Inward(s)» (´inwəd (z) ) – para dentro
Don’t push the drawer too far inwards
Não empurres a gaveta muito para dentro
«Inwardly» (´inwədli) – por dentro, interiormente
She was smiling, but inwardly she was suffering
Ela sorria mas interiormente estava a sofrer
■
19 - «Near» (niə [r])
Significa «perto»:
The station is very near
A estação está muito perto
Please, come near
Por favor, aproxime-se (venha perto)
Nota – O «r» final de «near» pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal
■
20 - «On» (on)
a) «On» usa-se com verbos, exprimindo uma ação de «cobrir» ou «colocar por cima»:
Put your coat on, it is cold
Põe o casaco, está frio
Here is the stamp, stick it on
Aqui está o selo, cola-o
He entered the church with his hat on
Entrou na igreja de chapéu
I can’t fix this lid on properly
Não consigo pôr bem esta tampa
b) Outras vezes, «on» serve para dar a ideia de que a ação está a decorrer:
The gas fire is on
O fogão de gás está a trabalhar
There is nothing on at the theatre tonight
Não há nada no teatro esta noite
c) «On» pode ainda exprimir continuidade ou progresso de uma ação:
Please drive on, we can’t stop
Continue a guiar, por favor, não podemos parar
How have you been getting on?
Como tem andado?
I must go on working
Tenho de continuar a trabalhar
Nota - «On», nestes dois últimos exemplos, pode considerar-se uma partícula adverbial inseparável do verbo.
■
21 - «Out» (aut)
a) Usa-se com verbos encerrando a ideia de «fora» ou movimento «para fora»:
He is out
Ele está fora (não está em casa)
I’m going out for a walk
Vou sair para um passeio
b) Aparece com outros
verbos indicando proeminência/destaque
ou ação repentina:
He really stands out from among his colleagues
Ele realmente distingue-se entre os colegas
When the war broke out, I was abroad
Quando rebentou a guerra, eu estava no estrangeiro
Somebody shouted out when he was speaking
Alguém (uma pessoa qualquer) começou a gritar quando ele estava a falar
c) Ainda pode aparecer em combinações com verbos, indicando que uma ação se completou:
These shoes are worn out
Estes sapatos estão completamente gastos
I hope to carry out our plans
Espero levar a cabo os nossos planos
I’m sorry, all tickets have been sold out
Tenho pena, mas já se venderam os bilhetes todos
d) Aparece em muitas combinações idiomáticas, em que se pode considerar uma partícula adverbial inseparável do verbo:
to look out
ter cuidado
to make out
entender, descobrir, compreender
to find out
resolver, descobrir, encontrar
Advérbios formados com «out»:
«Outdoors» (´aut´do:z)
Fora de casa
(Contrário de «indoors»)
People in the tropics spend a long time outdoors
As pessoas que vivem nos trópicos passam muito tempo fora de casa
– X –
«Outside» (´aut´said)
Fora ou para fora
(Contrário de «inside»)
I think Mary is outside in the garden
Acho que Maria está lá fora no jardim
You shouldn’t go outside, you have a bad cold
Não deves ir lá para fora, estás muito constipado
– X –
«Outward(s)» (´autwəd[z])
Para fora
(Contrário de «inwards»)
The walls fell outwards
As paredes caíram para fora
– X –
«Outwardly» (´autwədli)
Por fora
(Contrário de «inwardly»)
Aparentemente
They hated each other but outwardly they were the best friends
Eles detestavam-se, mas aparentemente eram os melhores amigos
■
22 - «Past» (pα:st)
Usa-se em combinações com verbos, encerrando a ideia de «deixar para trás qualquer coisa».
We didn’t stop here, we drove past (ou «on»)
Não parámos aqui, passámos (continuámos no carro, deixando para trás o lugar indicado)
■
23 - «Round» (raund)
Usa-se com verbos, sugerindo movimento circular, real ou figurado.
Turn round and let me see the back of your hair
Vira-te e deixa-me ver a parte de trás do teu cabelo
■
24 - «Under», «Underneath»
(´Λndə, ´Λndə´ni:θ)
1) «Under» usa-se geralmente como prefixo adverbial, significando «insuficiência» de qualquer espécie.
(Prefixo - partícula que se antepõe a uma palavra para formar uma palavra nova)
He is underpaid and underfed
Ele é mal pago e mal alimentado
2) «Underneath» significa «por baixo», «no fundo» ou «em baixo».
He is rough but underneath he is a kind man
É rude, mas no fundo é bom homem
The field has a thick layer of chalk underneath
Esta campo tem uma espessa camada de calcário por baixo
■
25 - «Up» (Λp)
a) Com verbos, indicando posição vertical, ou superior; ou movimento em sentido vertical, ou de baixo para cima:
Please, stand up!
Por favor levanta-te (põe-te em pé)!
I have to go up again, I’ve forgotten my handkerchief
Tenho de subir novamente, esqueci-me do lenço
I got up very early this morning
Levantei-me muito cedo esta manhã
I was up at six o’clock
Eu estava a pé às seis horas
Nota – Nestes exemplos, pode-se considerar «up» uma partícula adverbial.
b) Com certos verbos, não se traduz, serve apenas para reforçar a ideia de ação:
Wake me up at seven thirty
Acorda-me às sete e meia
Hurry up, it’s time to go home
Avia-te, são horas de ir para casa
Take these clothes and clean them up
Leva estes fatos e limpa-os
It’s late, we must clear this up quickly
É tarde, temos que arrumar isto depressa
c) Aparece em muitas combinações idiomáticas:
To give up
Desistir
To make up
Formar, compor, arranjar
To keep up
Manter, continuar
To bring up
Educar, criar
To be called up
Ser recrutado (nas forças armadas);
Ser chamado ao telefone
To take up
Adotar, ocupar-se com, tomar interesse por
■
26 - «Upwards» (´Λpwəd [z])
Indica movimento «para cima».
Smoke generally goes upwards, unless there is wind
O fumo sobe geralmente, a não ser que haja vento
■
27 - «Through» (θru:)
a) Usa-se em combinações com verbos, no sentido geral de «atravessar».
I’ve been reading the poem through
Tenho estado a ler o poema desde o princípio (até ao fim)
The table-cloth was burnt through
A toalha de mesa estava toda queimada
(as queimaduras não tinham só deixado nódoa, tinham destruído o pano)
b) Aparece em combinações enfáticas:
(Enfático – solene, empolado, afetado, exagerado)
Go straight through
Vá sempre a direito
(Siga sempre em frente)
I’ve read this book through and through
Li e reli este livro muitas vezes
■
28 - «Where» (wεə [r]; hwεə [r])
([r] significa que o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal)
Equivale a «onde».
– Where are your books?
Onde estão os teus livros?
– I don’t know where I left them
Não sei onde os deixei
Nota – Costuma chamar-se a este advérbio um «advérbio relativo» porque liga orações.
(Relativo: que introduz uma oração em que substitui um substantivo, adjectivo ou pronome, antecedente com o qual se relaciona)
Advérbios formados com «Where»:
«Anywhere» (´eniwεə [r])
Em qualquer parte, em parte alguma
You’ll find people like him anywhere
Encontram-se pessoas como ele em toda a parte
Nota: Em frases interrogativas e negativas, substitui «somewhere»
(v. «any» e «some», «Pronomes indefinidos»)
«Everywhere» (´evriwεə [r])
Em toda a parte
You can’t smoke everywhere
Não se pode fumar em toda a parte
«Somewhere» (´sΛmwεə [r])
Em alguma parte
I’m sure the books must be somewhere
Tenho a certeza de que os livros estão em alguma parte
Somewhere between four and five
A qualquer hora entre as quatro e as cinco
«Nowhere» (´nouwεə [r])
Em parte nenhuma
He is nowhere in the house
Ele não está em parte nenhuma da casa
Nota: Para o uso destes advérbios, é conveniente ver o capítulo respeitante ao emprego de «any», «some» e «no» em «Pronomes e Adjetivos Determinativos».
■
29 - «There» (ðεə [r])
Equivale a «ali», «lá», «acolá».
There he is!
Lá está ele
The house is there!
A casa está acolá!
Look there!
Olha para ali!
[r] - Este símbolo [r] significa que o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal
(Ainda por corrigir)
ADVÉRBIOS DE TEMPO
Adverbs of Time
(´ædvə:bz əv taim)
1 – «After», «Afterwards» (´α:ftə [r]) (´α:ftəwədz)
Correspondem a «depois».
What do you intend to do after (afterwards)?
Que tencionas fazer depois?
■
2 - «Again» (ə´gein)
Corresponde a «outra vez», «novamente».
It is raining again
Está a chover outra vez
■
3 - «Already» (o:l´redi)
Corresponde a «já».
Has the postman come already?
O carteiro já chegou?
It’s already ten o’clock, you know
Já são dez horas, sabes…
■
4 - «Always» (´o:lweiz)
Corresponde a «sempre».
I always go to the park on Sundays
Eu vou sempre ao parque aos domingos
He is always contradicting me
Ele está sempre a contradizer-me
■
5 - «Before» (bi´fo:[r])
Corresponde a «antes»
(ou «já», em certos casos)
You should have said that before
Tu devias ter dito isso antes
Heve you heard this tune before?
Já ouviste esta música?
■
6 - «Beforehand» (bi´fo:hænd)
É uma alternativa de «before», que tem o sentido de «antecipadamente».
Everything had been prepared beforehand
Tudo tinha sido preparado antes (de ante-mão)
■
7 - «Early» (´ə:li)
Corresponde a «cedo».
It is too early to go to bed
É cedo demais para ir para a cama
The train arrived very early
O comboio chegou muito cedo
■
8 - «Ever» (´evə [r])
Usa-se bastante em frases negativas e interrogativas; corresponde a «já», «jamais», «alguma vez», «nunca».
Have you ever been to the zoo?
Já estiveste no Jardim Zoológico?
If they ever annoy you, call me at once
Se eles alguma vez te aborrecerem, chama-me logo
Nobody ever tried to understand me
Ninguém jamais tentou compreender-me
I’m enjoying Shakespeare’s plays more than ever
Estou a apreciar as peças de Shakespeare mais do que nunca
Nota: «Ever» emprega-se muito em compostos, como «wherever» (onde quer que) e «whenever» (sempre que), com sentido conjuncional.
■
[r] - Este símbolo [r] significa que o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
■
9 - «Just» (dЗΛst)
Corresponde a «mesmo», usado como advérbio.
I’ve just seen him
Acabei mesmo de o ver
The performance had just finished when he came
A representação tinha mesmo acabado quando ele veio
Algumas vezes aparece reforçando outros advérbios:
He is in bed just now
Ele está na cama agora (neste momento)
It is just too late for tea
É (já) muito tarde para o chá
■
10 - «Late» (leit)
Corresponde a «tarde».
Better late than never
(É) melhor tarde que nunca
It’s late; let’s go to bed
É tarde; vamos para a cama
Nota: «Late» pode também usar-se como adjetivo em frases como:
I was late
Eu cheguei tarde
(eu atrasei-me)
■
11 - «Long» (loŋ)
Significa «por muito tempo».
Are you going to stay here long?
Vais ficar aqui muito tempo?
Long live the king!
Que o Rei viva muito tempo!
Nota: Em perguntas sobre duração de tempo, «long» emprega-se com «how»:
How long will you be at Oxford?
Quanto tempo estás em Oxford?
For how long do you want this book?
Por quanto tempo queres este livro?
■
12 - «Never» (´nevə [r])
Corresponde a «nunca».
I’ve never been to France
Eu nunca estive em França
He never said that
Ele nunca disse isso
Nota:
«Never again» significa «nunca mais»
I’ll never speak to you again
Nunca mais te falarei
■
13 - «Now» (nau)
Corresponde a «agora».
I’m very busy now
Estou muito ocupado agora
Now we are going to read
Agora vamos ler
Nota: Algumas vezes, «now» usa-se como interjeição.
Now, tell me what is worrying you
Vamos lá, diz-me o que te apoquenta
Combinações com «now»:
Now and then
De vez em quando
Now and again
De vez em quando
■
14 - «Often» (´ofn; ´o:fən; ´o:ftən)
Significa «muitas vezes»:
I often come here for tea
Eu venho cá muitas vezes tomar chá
He has often been to my house
Ele tem estado muitas vezes em minha casa
Em perguntas sobre frequência:
How often do you go to the movies in a week?
Quantas vezes por semana vais ao cinema?
How often have I told you not to whistle?
Quantas vezes te disse que não assobiasses?
■
15 - «Once» (wΛns)
Significa «uma vez»:
I’ve seen him once, not more than once!
Vi-o uma vez, não mais que uma vez
Combinações com «once»:
Once for all
De uma vez para sempre
Once in a while
De longe em longe
Once again
Mais uma vez
At once
Imediatamente
Once upon a time
Era uma vez…
■
16 - «Seldom» (´seldəm)
Significa «poucas vezes», «raras vezes», «raramente».
I seldom go to the theatre
Eu vou poucas vezes ao teatro
I’ve been here very seldom
Eu tenho estado aqui muito poucas vezes
■
17 - «Shortly» (´∫o:tli)
Significa «pouco tempo» ou «dentro de pouco tempo»:
I heard the news shortly before you came
Eu ouvi a notícia pouco tempo antes de tu vires
I’ll be finishing this letter shortly
Eu acabo esta carta dentro de pouco tempo
■
18 - «Soon» (su:n)
Significa «brevemente» ou «cedo» - no sentido de «mais brevemente do que se esperava».
Summer will come soon
O verão virá em breve
He soon spent all the money
Ele em breve gastou o dinheiro todo
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19 - «Still» (stil)
Significa «ainda».
Are you still at school?
Andas ainda na escola?
He was still working at midnight
Ele estava a trabalhar ainda, à meia-noite.
Nota:
Em frases negativas emprega-se «yet» em vez de «still» (v. «yet»)
■
20 - «Then» (ðen)
Significa «então», «nessa altura».
I was very young then
Eu era muito novo nessa altura
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21 - «Today» (tə´dei)
Equivale a «hoje».
I hope it doesn’t rain today
Espero que não chova hoje
Things are different today from what they were before the war
Hoje as coisas são diferentes do que eram antes da guerra
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22 - «Tomorrow» (tə´morou) (ou –ditongo) («o» - fechado)
Corresponde a «amanhã».
Where are you going tomorrow?
Onde vais amanhã?
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23 - «Tonight» (tə´nait)
Significa «esta noite» e às vezes «esta tarde» ou «hoje».
What are you going to see tonight?
Que vais ver hoje (esta noite)?
Tonight at six o’clock Mr. Jones will come here
Esta tarde às seis horas o sr. Jones vem cá
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24 - «Twice» (twais)
Significa «duas vezes».
I saw that film twice
Eu vi aquele filme duas vezes
I have lunch here twice a week
Eu almoço aqui duas vezes por semana
Nota: V. Numerais – Numerais de frequência
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25 - «When» (wen; hwen)
Corresponde a «quando».
When are you coming back?
Quando voltas?
I don’t know since when these people have been here
Eu não sei desde quando estas pessoas cá estão
Nota:
«When» pode também considerar-se uma conjunção e é quase sempre difícil separar as duas funções – de advérbio e conjunção, chamando-lhe alguns autores um advérbio relativo.
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26 - «Yesterday» (´jestədi)
Significa «ontem».
What were you doing yesterday?
Que fizeste ontem?
Yesterday I didn’t go out
Ontem não saí
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27 - «Yet» (jet)
Significa «ainda» e emprega-se geralmente em frases negativas:
I haven’t had my lunch yet
Eu ainda não almocei
Isn’t he there yet?
Ele ainda não está aí?
«Yet» pode aparecer em frases interrogativas sem o verbo na forma negativa, indicando incerteza ou dúvida da parte de quem fala. Traduz-se por «já»:
Has he come yet?
Ele já veio?
Diferença entre «still» e «yet»: ambas estas palavras significam «ainda» mas «still» refere-se a uma ação que ainda não terminou, ao passo que «yet» refere-se a uma ação que ainda não ocorreu.
■
28 - «Ago» (ə’gou)
(ou –ditongo) («o» - fechado)
Este advérbio não tem correspondente em português, mas frases com «ago» traduzem-se por frases com o verbo «haver» ligado a uma expressão de tempo.
I saw John five minutes ago
Vi o João há cinco minutos
I bought this book a long time ago
Comprei este livro há muito tempo
Nota: «Ago» aparece sempre ligado a expressões de tempo.
■
29 - «Since» (sins)
Significa «desde então» (como advérbio).
I saw him last week but I haven’t seen him since
Vi-o a semana passada mas não o vi mais desde então
Nota: «Since» usa-se muito mais como preposição (v. Preposições «Since» e «For»).
♣
Locuções Adverbiais de Tempo
É conveniente fixar as seguintes locuções adverbiais de tempo, pela sua construção especial:
(Locução – conjunto de palavras equivalente a uma só)
The day before yesterday
Antes de ontem
The day after tomorrow
Depois de amanhã
The night before
A noite anterior
Tomorrow night
Amanhã à noite
The next night
A noite seguinte
Today week
De hoje a oito dias
Tomorrow week
De amanhã a oito dias
In a year’s time
Dentro de um ano
(Ainda por corrigir)
ADVÉRBIOS DE QUANTIDADE
Adverbs of Quantity
(´ædvə:bz əv´kwontiti)
1 - «Almost» (´o:lmoust)
Significa «quase».
He’s almost ready
Ele está quase pronto
I almost fainted when I heard the news
Eu quase desmaiei quando ouvi a notícia
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2 - «Enough» (i´nΛf)
Corresponde a «bastante», «suficientemente».
You don’t eat enough
Tu não comes bastante
My coat isn’t warm enough
O meu casaco não é suficientemente quente
I was silly enough to believe him
Eu fui suficientemente tolo para acreditar nele
Nota: Como se vê nos dois últimos exemplos, «enough» segue geralmente um adjetivo quando significa «suficientemente».
É conveniente não confundir o adjetivo «enough» com o advérbio; o adjetivo determina um substantivo e coloca-se geralmente antes dele, podendo também colocar-se depois:
I haven’t enough paper
Não tenho papel suficiente
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3 - «Half» (ha:f)
Como advérbio, corresponde a «meio».
The man is half crazy
Aquele homem é meio maluco
I want my steak half done, please
Quero o meu bife meio passado, por favor (mal passado)
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4 - «Just» (dЗΛst)
Como advérbio de quantidade significa «exatamente», «mesmo», e emprega-se com outras expressões adverbiais. Confunde-se facilmente com um advérbio de modo.
This is just long enough for a belt
Isto tem exatamente o comprimento de um cinto
It´s just nine o’clock
São mesmo (exatamente) nove horas
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5 - «Little» (´litl)
Corresponde a «pouco», não sendo muito usado em inglês. Preferem-se expressões negativas como «não muito» (not much), «não bastante» (not enough), etc.
He eats very little
Ele come muito pouco
«Little» aparece geralmente precedido de «a» e significa «um pouco»:
Rest a little!
Descansa um pouco
I’m a little better, thank you
Estou um pouco melhor, obrigado
Nota: para o comparativo e superlativo de «little», ver «Comparativos e Superlativos Irregulares».
■
6 - «Much» (mΛt∫)
Corresponde a «muito».
I don’t know much about music
Não sei muito sobre música
This is much better
Isto é muito melhor
Combinações com «Much»:
This is too much!
Isto é demais (demasiado)!
This isn’t as much (so much) as I thought
Isto não é tanto como eu pensava
Thank you very (so much)
Muito (muitíssimo) obrigado
Em perguntas sobre «quantidade»:
How much is this?
Quanto é isto? (Quanto custa isto?)
How much do you want?
Quanto quer?
Nota: Com adjetivos no grau comparativo, usa-se sempre «much» e não «very»: diz-se «very good» mas «much better» (Ver «Very»).
Para o comparativo e superlativo de «much», ver «Comparativos e Superlativos Irregulares».
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7 - «Nearly» (´niəli)
É sinónimo de «almost» e, portanto, significa «quase».
It’s nearly nine o’clock
São quase nove horas
This cost me nearly one pound
Isto custou-me quase uma libra
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8 - «Only» (´ounli)
Corresponde a «só», «somente».
He told me this only, nothing else
Ele só me disse isto, não me disse mais nada
You’re not only a liar, you’re a thief
Não és só mentiroso, és um ladrão!
Notas:
«Only» aparece combinado com a conjunção «if», significando «se ao menos»:
If only I could speak to her!
Se ao menos lhe pudesse falar!
«Only» também se pode usar como adjetivo no sentido de «único»:
He’s my only brother
Ele é o meu único irmão
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9 - «Quite» (kwait)
Pode exprimir dois graus diferentes de quantidade, conforme os adjetivos com que é usado e o tom em que se fala:
The film was quite nice!
O filme foi bastante agradável (não extraordinariamente bom, mas «bonzinho»)
This is quite impossible to stand!
Isto é absolutamente (completamente) impossível de suportar!
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10 - «Rather» (´rα:ðə [r])
Também pode exprimir dois graus de quantidade:
I think she’s rather pretty
Acho que ela é razoavelmente bonita («bonitinha»)
It’s cold, isn’t it? – Yes, rather
Está frio, não está? – Sim, bastante (muito)
Nota: «Rather» não se emprega com adjetivos que signifiquem extremos, como «impossible», «unbearable», etc.
Com estes, emprega-se «quite».
[r] - Este símbolo [r] significa que o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal
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11 - «So» (sou)
Como advérbio de quantidade corresponde a «tão»:
Oh, this is so beautiful!
Oh, isto é tão lindo!
This isn’t so difficult as I thought
Isto não é tão difícil como eu pensava
Nota: Consulte-se «so», advérbio de modo.
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12 - «Too» (tu:)
Significa «demais» (demasiado):
This dress is too long for you
Este vestido é comprido demais para ti
He’s too nervous
Ele está nervoso demais
This is too little
Isto é muito pouco (pouco demais)
Nota: Em português, não usamos geralmente combinações como «too little» (à letra: «pouco demais»), «too much» (à letra: «muito demais»), «too few» (à letra: «poucos, poucas demais»). Nestas expressões, «too» deve traduzir-se por «muito», embora o sentido verdadeiro seja «demasiado».
«Too» na aceção de «demasiado», coloca-se sempre antes da palavra a que se refere. A expressão «too» pode significar «também» e, como tal, coloca-se depois (ver «Conjunções copulativas»).
«Only too» é uma combinação idiomática que se usa em certas frases convencionais:
I’m only too pleased to do something for you
Só tenho prazer em lhe ser útil
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13 - «Very» (´veri)
Corresponde a «muito» e usa-se sempre com adjetivos ou advérbios.
He’s very tall
Ele é muito alto
I’m very well, thank you
Estou muito bem, obrigado
Diferença entre «Very» e «Much»
«Much» pode empregar-se isoladamente, ao contrário de «Very».
«Very» usa-se apenas com adjetivos no grau positivo, ao passo que «much» emprega-se geralmente com adjetivos no grau comparativo:
He´s much taller than you
Ele é muito mais alto do que tu
(não se poderia dizer «very taller»)
(Ainda por corrigir)
ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO, DE NEGAÇÃO E DE DÚVIDA
Adverbs of Affirmation, Negation and Doubt
(´ædvə:bz əv æfə´mei∫ən, ni´gei∫ən ənd daut)
1 – «Yes» (jes)
Sim.
2 - «No» (nou)
Não.
3 - «Not» (not)
Não.
Diferença entre «No» e «Not»:
«No», como advérbio, emprega-se isoladamente, em resposta a perguntas; «Not» aparece combinado com verbos:
Are you going out?
No, I’m not
I shan’t be out today
Tencionas sair?
Não, não tenciono
Hoje não saio
■
4 - «Never» (´nevə [r])
Pode considerar-se um advérbio enfático de negação e emprega-se como em português «nunca»:
(Enfático: solene, empolado, afetado, exagerado)
[r] - Este símbolo [r] significa que o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal
I’ll never let him do that
Eu nunca o deixarei fazer isso
I never said such a thing
Eu nunca disse tal coisa
Nota: A expressão idiomática «never mind» significa «não se incomode», «não faz mal».
■
5 - «Perhaps» (pə´hæps)
Corresponde a «talvez»:
Perhaps you’d like to read this book
Talvez gostasses de ler este livro
Perhaps he’s still there
Talvez ele esteja ainda lá
■
6 - «Indeed» (in´di:d)
Corresponde à expressão «na verdade»; tem valor enfático.
(Enfático: solene, empolado, afetado, exagerado)
He was very kind indeed
Ele foi muito amável, na verdade
The party was very nice indeed
A festa foi muito agradável, na verdade
Thank you very much indeed
Muitíssimo obrigado
Nota: Algumas vezes, «indeed» expressa admiração:
- That man is 99 years old
Aquele homem tem 99 anos
Indeed!
Sim?!
(Continua)
ADVÉRBIOS DE MODO
Adverbs of Manner
(´ædvə:bz əv ´mænə)
1 - «Well» (wel)
Corresponde a «bem»:
She sings well
Ela canta bem
I’m not feeling very well
Eu não me sinto muito bem
This is very well done
Isto está muito bem feito
Notas: Como em português, «well» pode usar-se como interjeição:
Well, let’s see what happens
Bem, vamos ver o que acontece
O comparativo e o superlativo de «well» têm as mesmas formas que o comparativo e o superlativo de «good» - «better» (melhor) e «best» (o melhor de todos):
He sang well, but Tom sang better and I think John did it best
Ele cantou bem, mas o Tomás cantou melhor, e penso que o João foi quem cantou melhor (que todos).
■
2 - «Badly» (´bædli)
Corresponde a «mal»:
You behaved very badly
Tu portaste-te muito mal
This soup is badly cooked
Esta sopa está mal feita
Nota: Com alguns adjetivos, «badly» tem o significado de «bastante», «seriamente»:
He was badly hurt
Ficou gravemente ferido
This area has been badly bombed
Esta área foi muito bombardeada
(muito destruída por bombardeamentos)
■
3 - «So» (sou)
Como advérbio de modo, significa «assim».
Exemplos:
1) I don’t think so
Eu não penso assim
2) Is that so?
Isso é assim?
(«Ele é isso»?)
3) You are hungry and so am I
Tu estás com fome e assim estou eu (e eu também)
4) You like fish and so do I
Tu gostas de peixe e eu também
5) Did you open the door? – So I did
Abriste a porta? – Assim fiz
6) Mr. Morris is ill. At least, so he said
O sr. Morris está doente. Pelo menos, assim o disse (ele disse isso)
As possíveis traduções da palavra «so», nestes exemplos, originam certa confusão quanto à sua classificação gramatical. «So» pode traduzir-se por:
a ) isso – que é um pronome
b ) assim – que é um advérbio
c ) também – que é uma conjunção
Note-se que quando se pode traduzir por «também» (exemplos 3 e 4), a oração a que pertence aparece com inversão do sujeito. Quando o sentido é «isso» ou «assim» (e não «também») a inversão do sujeito não se verifica (exemplos 5 e 6). Incluímos este emprego de «so» entre os advérbios de modo porque nos parece ser esta a sua função predominante, mas não nos repugna chamar à palavra «so», nestes casos, um pronome demonstrativo, como fez Palmer («A Grammar of Spoken English»).
■
4 - «Together» (tə´geðə [r])
Significa «juntamente»:
Laurel and Hardy are always together in films
Laurel a Hardy estão sempre juntos em filmes
Are you two travelling together?
Vocês os dois andam a viajar juntos?
■
5 - «Altogether» (o:ltə´geðə [r])
Tem dois sentidos:
a ) This is altogether impossible
Isto é de todo (completamente) impossível
b ) Altogether, there were two hundred people there
Ao todo, estavam lá duzentas pessoas
Notas: No exemplo b ), «altogether» é mais um advérbio de quantidade do que um advérbio de modo
■
6 - «Fast» (fα:st)
Corresponde a «depressa»:
The train is going fast
O comboio está a andar depressa
Don’t walk so fast, please
Não andes tão depressa, por favor
■
7 - «Just» (dЗΛst)
Como advérbio de modo, significa «exatamente» (mesmo):
This is just what I want
Isto é mesmo o que eu quero
You did just as you should have done
Tu fizeste exatamente o que devias ter feito
■
8 - «How» (hau)
Corresponde a «como» e emprega-se em frases interrogativas diretas ou indiretas:
How do you do?
Como vai (como tem passado)?
I don’t know how they came here
Não sei como cá vieram
Notas: «How» exerce também funções de conjunção. É também chamado por alguns autores um advérbio relativo.
«How» entra num grande número de perguntas sobre quantidade ou grau, com vários adjetivos e advérbios, exprimindo as seguintes ideias:
Distância:
How far is the Post Office?
A que distância fica o correio?
Idade:
How old are you?
Que idade tens?
Tamanho:
How big is it?
Que tamanho tem?
Altura:
How tall is John?
Que altura tem o João?
How high is the building?
Que altura tem o edifício?
Comprimento:
How long is your ruler?
Que comprimento tem a tua régua?
Duração:
How long have you been here?
Há quanto tempo cá estás?
Largura:
How wide is the room?
Que largura tem o quarto?
Profundidade:
How deep is the well?
Que profundidade tem o poço?
Frequência:
How often does she come here?
Quantas vezes vem ela cá?
Número:
How many were there in all?
Quantos estavam lá ao todo?
Quantidade:
How much sugar do you want?
Quanto açúcar quer?
Preço:
How much is this hat?
Quanto custa este chapéu?
Velocidade:
How fast can a plane travel?
A que velocidade pode andar um avião?
Etc., etc.
■
9 - «Anyhow» (´enihau)
Significa «de qualquer modo» e emprega-se com duas funções distintas:
a ) You must be careful, you can’t throw your coat on a chair anyhow
Tens de ter cuidado, não podes atirar o casaco para cima de uma cadeira de qualquer maneira
b ) You should have called me before. Anyhow, it doesn’t matter now
Devias ter-me chamado antes. De qualquer modo, já não tem importância
♣
ADVÉRBIOS DE MODO EM « –LY»
Exemplos:
He contributed very generously for our collection
Ele contribuiu muito generosamente para a nossa coleção
He answered them very cleverly
Ele respondeu-lhes muito inteligentemente
This must be done immediately
Isto tem de ser feito imediatamente
Os advérbios «generously», «cleverly»
e «immediately» formaram-se dos adjetivos «generous», «clever»
e «immediate» com o
acrescentamento do sufixo « –ly».
Alterações Gráficas
1 ) «Simple» dá «simply»
«Reliable» dá «reliably»
Os adjetivos terminados em «e» perdem a vogal final.
2 ) «Merry» dá «Merrily»
«Happy» dá «happily»
«Gay» dá «gaily»
Os terminados em «y» mudam o «y» em «i».
Exceções:
«Shy» - «shyly»
«Sly» - «slyly»
3 ) «Dull» dá «dully»
«Full» dá «fully»
Os terminados em duplo «l» perdem um «l».
■
Precauções quanto à significação de alguns advérbios em « –ly»
O significado de alguns advérbios em « –ly» não corresponde exatamente ao dos adjetivos de que derivaram.
Exemplos:
1 - «Actually» (´æktjuəli)
Significa «de facto», «na realidade», «precisamente» (e não «atualmente», como parece à primeira vista).
Actually, I don’t agree with you, but I can see your point
Na realidade, não concordo consigo, mas estou a ver o seu ponto de vista.
You say you heard that from Mr. Simpson; did he actually tell you that?
Tu dizes que ouviste isso da boca do Sr. Simpson; foi ele realmente quem to disse?
I went to see my friend this morning; actually he asked me to go
Eu fiu ver o meu amigo esta manhã; de facto, ele é que me disse para ir
■
2 - «Definitely» (´definitli)
Significa «sem dúvida», «decerto»:
This material is definitely better than that
Esta fazenda é sem dúvida melhor que aquela
Do you agree with him? – Yes, definitely
Concordas com ele? – Sim, pois decerto
He definitely doesn’t know what he's talking about
Ele certamente não sabe do que está a falar
■
3 - «Directly» (di´rektli; dai´rektli)
Usa-se com dois sentidos:
a ) You don’t need to change trains, you can go directly from London to Glasgow
Não é precido mudar de comboio, pode-se ir diretamente de Londres a Glasgow
Este é o significado literal de «directly», mas não o que aparece mais vulgarmente.
b ) You go now, I’ll join you directly
Tu vais agora, eu vou ter contigo imediatamente (dentro de muito pouco tempo)
Nota: «Directly» pode também usar-se como conjunção, no sentido de «logo que». Neste sentido, bem como no do exemplo b ), a vogal da primeira sílaba não se ditonga. (di´rektli)
■
4 - «Eventually» (i´ventjuəli)
Significa «mais cedo ou mais tarde», «com o andar dos tempos».
I’m sure you’ll receive a letter from him eventually
Tenho a certeza de que mais cedo ou mais tarde recebes uma carta dele
■
5 - «Presently» (´prezəntli)
Significa «dentro em pouco».
I’ll see you presently
Vejo-te dentro em pouco
■
6 - «Hardly» (´hα:dli)
Corresponde ao nosso advérbio «mal» no sentido dos seguintes exemplos:
I’m so worried, I can hardly sleep
Estou tão apoquentado, mal posso dormir
He had hardly met me and he asked me to lend him money
Mal me tinha sido apresentado, pediu-me que lhe emprestasse dinheiro
■
7 - «Terribly» (´teribli)
«Awfully» (´o:fuli)
Estes advérbios empregam-se na linguagem falada de todos os dias para formar superlativos e quase nunca se podem traduzir à letra.
It’s terribly late
É muitíssimo tarde
The play was awfully good
A peça foi muitíssimo boa
Nota: Confira-se este emprego de «awfully» e «terribly» com o nosso uso dos advérbios «formidavelmente», «colossalmente», etc., pela geração moderna.
(Ainda por corrigir)
Advérbios com a mesma forma de Adjetivos
Muitos advérbios de modo têm a mesma forma que adjetivos.
Exemplos:
She works hard (hα:d)
Ela trabalha muito (com muito afinco)
You must do it right (rait) now
Tens de fazê-lo mesmo agora
I left him straight (streit) away
Eu deixei-o imediatamente
As palavras «hard», «right» e «straight» quando empregadas como adjetivos, significam, respetivamente, «duro», «direito» e «reto».
Outros adjetivos e advérbios homónimos são:
(Homónimo - diz-se da palavra que tem pronúncia e grafia iguais às de outra, mas significação diferente)
«Far» (fα:)
Adjetivo – longínquo
Advérbio – longe
«Fast» (fα:st)
Adjetivo – rápido
Advérbio – depressa
«First» (fə:st)
Adjetivo – primeiro
Advérbio – primeiramente
«Early» (´ə:li)
Adjetivo – matutino; que vem cedo
Advérbio - cedo
«Long» (loŋ)
Adjetivo – comprido
Advérbio – muito tempo
«Daily» (´deili)
Adjetivo – diário
Advérbio – diariamente
«Weekly» (´wi:kli)
Adjetivo – semanal
Advérbio – semanalmente
«Monthly» (´mΛnθli)
Adjetivo – mensal
Advérbio – mensalmente
etc.
Nota: É conveniente ter cuidado com certos adjetivos em « –ly», que podem à primeira vista parecer advérbios de modo, não o sendo. Exemplos: «manly» (másculo); «friendly» (amigável), etc.
♣
Contração de certos advérbios com preposições
a ) Os advérbios de lugar «here», «there» e «where» aparecem muitas vezes contraídos com preposições.
Exemplos:
I enclose herewith a cheque for five pounds
Remeto incluso um cheque de cinco libras
The contents herein are to be kept in a dry place
O conteúdo disto deve ser conservado em lugar seco
He shot the guard, trying thereby to escape
Ele deu um tiro no guarda, tentando por esse modo escapar
I must find some means, whereby I may earn my own living
Tenho de encontrar um meio pelo qual possa ganhar a vida
Nota-se aqui uma formação curiosa:
«here» está em vez de «this»;
«there» emprega-se com o sentido de «that»;
e «where» substitui «which», conforme se depreende do sentido.
b ) Os advérbios «hence», «thence» e «whence» são sinónimos de
«from here»,
«from there» e
«from where»,
ou de
«from this»,
«from that» e
«from which»,
embora, do ponto de vista filológico, não se possam considerar contrações. São formas arcaicas, mas ainda se usam em linguagem requintada.
(Filologia - estudo crítico dos textos escritos de uma língua com o fim de discutir a sua autenticidade e o seu significado, e de estabelecer a sua forma original)
Exemplos:
He had won; hence his enthusiasm
Ele tinha ganho; daí o seu entusiasmo
It thence appears that they are lost
Daí parece que eles estão perdidos
I don’t know whence it comes
Não sei de onde isto vem
♣
Graus de significação dos Advérbios
Para o estudo dos graus de significação dos advérbios, devem consultar-se as regras sobre os graus de significação dos adjetivos, porque são as mesmas.
Assim temos, por exemplo:
No grau positivo:
The green car goes fast
O carro verde anda depressa
No grau comparativo:
The blue car goes faster
O carro azul vai mais depressa
No grau superlativo:
The red car goes fastest of all
O carro vermelho é o que vai mais depressa (de todos)
No positivo:
She dances gracefully
Ela dança graciosamente
No comparativo:
She dances more gracefully than her sister
Ela dança mais graciosamente do que a irmã
No superlativo:
She dances most gracefully
Ela dança muito graciosamente
■
Principais Comparativos e Superlativos Irregulares
Positivo – Comparativo - Superlativo
Well (wel)
Bem
Better (´betə)
Best (best)
Badly (´bædli)
Mal
Worse (wə:s)
Worst (wə:st)
Little (´litl)
Pouco
Less (les)
Least (li:st)
Much (mΛt∫)
Muito
More (mo:) (moə)
Most (moust)
Far (fα:)
Longe
Farther (´fα:ðə)
Farthest (´fα:ðist)
♣
COLOCAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
A colocação dos advérbios na oração constitui um dos aspetos mais delicados no estudo da língua inglesa. Apenas uma grande prática e um conhecimento profundo do idioma permitem que um estrangeiro domine completamente este assunto.
No entanto, existem normas gerais que podem servir de orientação ao estudante, desde que não sejam tomadas como regras absolutamente rígidas.
Podem reduzir-se a três casos as funções dos advérbios:
I ) Advérbios que qualificam adjetivos e outros advérbios;
II ) Advérbios que qualificam verbos;
III ) Advérbios que qualificam orações.
Vejamos cada um destes casos separadamente:
I ) Advérbios que qualificam adjetivos e outros advérbios
Exemplos:
He speaks too quickly
Ele fala demasiadamente depressa
She is rather shy
Ela é um tanto tímida
Os advérbios colocam-se «antes dos adjetivos e advérbios que qualificam».
Exceção: O advérbio «enough» (suficientemente, bastante) coloca-se depois:
The water is not hot enough
A água não está suficientemente quente
Nota: Não confundir com o adjetivo indefinido «enough», que se pode colocar antes ou depois da palavra que determina, ocorrendo com mais frequência antes dela:
We haven’t got enough sugar
Nós não temos açúcar suficiente (bastante)
II ) Advérbios que qualificam verbos
a ) She walks slowly
Ela anda devagar
They have come again
Eles voltaram novamente (outra vez)
O advérbio coloca-se geralmente a seguir ao verbo que qualifica, quando este é intransitivo.
Meus Apontamentos:
(Verbo Intransitivo - diz-se de um verbo que tem sentido completo e, assim, não pede complemento directo nem complemento indirecto)
Quando temos de lidar com uma frase e descobrir se tem ou não tem complemento direto e indireto fazemos duas perguntas ao verbo dessa frase:
Para, numa frase, se descobrir o complemento direto faz-se a pergunta ao verbo: «o que».
Para se descobrir o complemento indireto, numa frase, faz-se a pergunta ao verbo: «a quem».
Exemplos
Qual o complemento direto desta frase: «Contruí uma casa». Fazendo a pergunta «o que» temos a resposta: Contruí o quê? Uma casa. Uma casa será, portanto, o COMPLEMENTO DIRETO.
Qual o complemento indireto desta frase: «Dou dinheiro aos pobres». Fazendo a pergunta «a quem» temos a resposta: Dou dinheiro a quem? Aos pobres. Aos pobres será, portanto o COMPLEMENTO INDIRETO.
Assim, sempre que tivermos que lidar com o complemento direto ou indireto, de uma frase, precisamos de nos lembrar das duas perguntas a fazer ao verbo dessa mesma frase.
Na frase: «Eu dou dinheiro aos pobres» o complemento direto é «dinheiro» e o complemento indireto é «aos pobres». Dou «o quê» e dou «a quem».
É importante.
b ) I left my pencil here
Eu deixei o meu lápis aqui
Eu deixei aqui o meu lápis
He has read the book twice
Ele leu o livro duas vezes
Ele leu duas vezes o livro
They did the job very carefully
Eles fizeram o trabalho muito cuidadosamente
Eles fizeram muito cuidadosamente o trabalho
Quando o verbo é «transitivo», o advérbio coloca-se depois do complemento direto.
Não se deve intercalar o advérbio entre o verbo e o complemento direto – como se faz em português – a não ser em casos muito especiais, quando o complemento direto é bastante longo.
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Colocação especial de determinados advérbios
a ) He soon got tired
Ele em breve se cansou (Ele cansou-se depressa)
I really enjoyed the film
Eu gostei realmente do filme
We usually get up at seven
Nós levantamo-nos geralmente às sete
Muitos advérbios de várias categorias – exceto os de lugar e os que indicam tempo definido – podem colocar-se antes do verbo, se este estiver num tempo simples.
b ) She is always smiling
Ela está sempre a sorrir
I have never been to Oxford
Eu nunca estive em Oxford
I can easily answer that question
Eu posso responder facilmente a essa pergunta
Tratando-se de um «tempo composto», muitos advérbios (exceto os de lugar e os que indicam tempo definido) podem colocar-se entre o verbo auxiliar – incluindo o auxiliar de modo, como «can», etc.… – e o verbo principal.
Observações:
1 ) Os advérbios que mais frequentemente ocorrem nas posições dos grupos a ) e b ) são os que indicam tempo indefinido, como «always», «already»,
«never», «often», «seldom»,
«soon», «still», etc.
Também ocorrem com muita frequência nestas posições os que têm forma de advérbios de modo mas sentido de advérbios de tempo indefinido
(como «usually», «frequently», etc.); e ainda, os de modo e quantidade que indicam o grau de intensidade da ação (como «quickly», «violently»,
«quite», «rather», «just»,
«hard», «nearly», «almost», etc.).
2 ) As posições acima mencionadas não se verificam quando o verbo da oração é um tempo simples do verbo «to be».
Ex.: He was soon tired. Neste exemplo, que tem o mesmo sentido que o 1º do grupo a) (He soon got tired), o advérbio colocou-se depois do verbo.
3 ) Os advérbios «today», «tonight», «tomorrow» e «yesterday» (que indicam tempo definido) e ainda «early» e «late» não podem colocar-se nas posições mencionadas. Colocam-se segundo as regras gerais, isto é, depois do complemento direto e dos advérbios de lugar, se os houver.
4 – O advérbio «soon», quando significa «daqui a pouco tempo» também não ocupa as posições indicadas. Coloca-se depois do verbo. Note-se, portanto:
He will soon come
Ele virá depressa
He will come soon
Ele virá daqui a pouco tempo
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Ordem dos diferentes advérbios que qualificam o mesmo verbo
Existe apenas uma regra obrigatória quanto à sequência dos diversos advérbios atribuídos ao mesmo verbo: os de lugar precedem os de tempo:
I was there yesterday
Eu estive lá ontem
Eu estive ontem lá
We shall meet here early tomorrow
Nós encontramo-nos aqui amanhã cedo
Quando há dois advérbios de tempo, o mais curto coloca-se primeiro.
Quando, além dos advérbios de tempo e de lugar, há um de modo, este pode, geralmente, colocar-se nas posições indicadas nas alíneas a ) e b ):
He was impatiently shouting there just now
Ele estava ali a gritar impacientemente, mesmo agora
Tudo depende do sentido da frase e, muitas vezes, do estilo da pessoa que fala ou escreve. Na linguagem oral, seria naturalíssimo colocar o advérbio «impatiently» depois de «there», pronunciando-se com ênfase.
Embora determinados advérbios possam colocar-se em várias posições, muitas vezes o sentido da frase é alterado, se os deslocarmos. O advérbio «only» é um dos exemplos mais típicos deste facto:
John wrote to him only once (Or: once only)
O João escreveu-lhe só uma vez (Ou: uma vez só)
John only wrote to him once. (He never spoke to him)
O João só lhe escreveu uma vez. (Ele nunca lhe falou)
Only John wrote to him once. (Nobody else did)
Só o João lhe escreveu uma vez. (Mais ninguém o fez)
Estes diferentes significados explicam-se porque «only» tem um sentido «quantitativo» e «restritivo» que recai sobre a palavra seguinte, a não ser que se faça uma pausa depois de «only», caso em que esse sentido recai sobre a palavra anterior (alternativa do 1º exemplo)
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III ) Advérbios que qualificam orações
a ) Unfortunately, he is not so clever as his father
Infelizmente, ele não é tão esperto como o pai (dele)
Yesterday he said he was going to Cambridge
Ontem ele disse que ia a (ou para) Cambridge
Quando um advérbio qualifica uma oração inteira, deve colocar-se no rosto dessa oração (rosto/início). Pode também colocar-se no fim, mas a primeira posição é preferível quando a posição final possa causar ambiguidade/confusão de sentido.
No primeiro exemplo, podia colocar-se «unfortunately» no fim, sem que resultasse confusão de sentido, mas no segundo exemplo, a deslocação do advérbio para o fim faria que se ligasse apenas ao último verbo. Assim, a frase tomaria este aspeto:
He said he was going to Cambridge yesterday
Ele disse que ia a (para) Cambridge ontem
b ) Here you are! I’ve been looking for you
Aqui estás! Tenho andado à tua procura
Look at the plane. Down it goes!
Olha para o aeroplano. Lá vai ele para baixo!
Certos advérbios, sobretudo os de lugar, colocam-se no princípio da oração para lhe dar mais cor ou ênfase.
c ) Never have I heard of such a thing!
Nunca ouvi falar de tal coisa!
Scarcely had he spoken when a shot was heard
Mal ele tinha falado, ouviu-se um tiro
Nowhere else do we find such a wonderful scenery
Em mais parte nenhuma encontramos um cenário tão encantador
Quando um advérbio de sentido negativo ou restritivo se coloca no princípio da oração para lhe imprimir um tom enfático, faz-se a inversão do sujeito. Se o verbo não vem acompanhado de um auxiliar na construção normal, emprega-se o verbo «to do», numa construção idêntica à da forma interrogativa (veja-se o último exemplo).
(Ainda por corrigir)
CONJUNÇÕES
Conjunctions (kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conforme se disse nos capítulos anteriores, há em inglês palavras que podem empregar-se como «preposições», como «advérbios» e como «conjunções».
Exemplo:
Preposição:
You came before me
Tu vieste antes de mim
Advérbio:
I came at nine o’clock. You came before
Eu cheguei às nove horas. Tu vieste antes
Conjunção:
You came before I arrived
Tu vieste antes que eu chegasse
Para que se possa distinguir esta última função das outras, é preciso ter em mente que uma «conjunção» serve para ligar orações ou partes da oração.
Meus Apontamentos:
Preposição:
You arrived after him
Tu chegaste depois dele
Preposições são as palavras que servem para relacionar dois elementos da mesma oração, mostrando a dependência que há entre eles.
Preposições são as palavras invariáveis que ligam dois termos/palavras, normalmente pertencentes à mesma oração, indicando a relação de dependência existente entre ambos.
Preposição: liga termos entre si estabelecendo que o segundo depende do primeiro para se perceber o sentido da frase e formando um conjunto inseparável. O segundo termo é sempre uma consequência,
efeito ou resultado natural (é nisto que difere das conjunções quando estas ligam termos!!). Ex: vim de barco com ele até aqui. Explicação: até aqui, de barco, com ele, dependem todos da palavra vim para fazerem sentido, ex.:
vim de barco,
vim com ele,
vim até aqui.
Advérbio:
He came at ten o’clock. You came after
Ele veio às dez horas. Tu vieste depois
Advérbios: são as palavras que se juntam a (adjetivos e) verbos para lhes modificar a significação e exprimir circunstâncias de uma ação, qualidade ou estado.
Advérbios – modificam o verbo exceto os de intensidade (ex.: muito) que também podem modificar adjetivos e advérbios.
Ex.: o Juiz morava longe
Conjunção:
He came in after you had gone
Ele entrou depois de tu teres saído
(depois que tu saiste)
Conjunções – são as palavras que ligam orações (ou elementos com a mesma função na mesma oração).
A conjunção ou liga termos da oração ou duas orações (quando há 2 verbos). Ex: eu e João fomos passear porque tínhamos estudado todo o dia
Eu e João – liga termos
Porque – liga duas orações
As conjunções podem ligar orações de duas maneiras:
a ) Coordenando-as às anteriores, isto é, ligando-as simplesmente;
b ) Subordinando-as, isto é, tornando-as dependentes daquelas.
Passemos a dar exemplos das conjunções mais importantes de um e de outro grupo, nos seus contextos. Não nos limitaremos às conjunções simples, isto é, formadas de uma só palavra, mas incluiremos aqui as conjunções compostas e as locuções conjuncionais de uso mais corrente. Em virtude da importância da sua função gramatical, é preciso que o estudante se habitue a reconhecer as expressões conjuncionais mais usadas na língua inglesa como elementos capazes de ligar orações.
Observação:
Convém não esquecer que as orações também podem ser ligadas por pronomes relativos ou advérbios relativos (ver «Pronomes» e «Advérbios»).
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A ) Exemplos de Conjunções Coordenativas
Co-ordinating Conjunctions
(kou´o:dineitiŋ kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conjunção coordenativa - conjunção que estabelece relação recíproca
a ) Conjunções Copulativas
Copulative Conjunctions
(´kopjulətiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
(conjunção copulativa conjunção coordenativa que liga palavras, orações ou frases de natureza semelhante; que liga ou serve para ligar)
1 ) «And» (ænd; ənd; ən; nd; n) - «e»
John and Mary are here
O João e a Maria estão aqui
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2 ) «Both… and» (bouθ… ænd; ənd; ən; nd; n) – «tanto… como», «não só… mas também».
Both John and Mary are here
Tanto o João como a Maria estão aqui
He can play both the piano and the violin
Ele toca piano e violino
Ele não só toca piano como também violino
Ele toca tanto piano como violino
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3 ) «As well as» (æz [əz] well æz [əz]) - «bem como»; «e também».
I speak Spanish as well as Italian
Eu falo espanhol e (e também) (bem como) italiano
«Both… and» e «as well as» são mais enfáticas do que «and».
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4 ) «Also» (´o:lsou) - «também»
I know English; I know German also (I also know German)
Eu sei inglês; sei alemão também (também sei alemão)
Note-se a colocação de «also».
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5 ) «Too» (tu:) – «também»
I know English; I know German too
Note-se que «too» não é tão móvel como «also». Só se pode colocar depois das palavras a que se refere (confira-se com «too», como advérbio de quantidade).
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6 ) «Nor» (no: [r]) - «nem»; «e também não».
I didn’t like the book; nor did my brother
Eu não gostei do livro; nem o meu irmão (e o meu irmão também não)
Esta conjunção corresponde a «and» em frases negativas. Note-se a inversão do sujeito.
No caso de «nor» e noutros semelhantes, o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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7 ) «Not only… but also» (not ´ounli… bΛt ´o:lsou) - «não só… mas também».
I not only saw him but also spoke to him
Eu não só o vi, mas também lhe falei
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b ) Conjunções Disjuntivas
Disjunctive Conjunctions
(dis´dЗΛŋktiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
conjunção disjuntiva conjunção coordenativa que liga palavras, orações ou frases de sentido diferente, indicando que, ao verificar-se o que uma exprime, não se verifica o que exprime a outra
1 ) «Or» (o: [r]) - «ou».
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
Do you want this or don’t you?
Queres isto ou não?
You may have tea or coffee
Podes tomar chá ou café
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2 ) «either… or» (´aiðə [r]… o: [r]; ´i:ðə [r]… ə: [r]) - «ou… ou».
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
You can take either this or that one
Podes levar (ou) este ou aquele
Either you go or you stay: you must decide quickly
Ou vais ou ficas: tens de decidir depressa
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3 ) «Neither… nor» (´naiðə [r]… no: [r]; ´ni:ðə [r]… no: [r]) - «nem… nem».
She can neither sing nor dance
Ela nem sabe cantar nem dançar
Neither my parents nor my brother agrees to that
Nem os meus pais nem o meu irmão concordam com isso
Nota: A conjunção «nor», quando empregada correlativamente/com dependência mútua com «neither», não exige a inversão do sujeito da oração. Veja-se «nor», conjunção copulativa. Depois de «either… or» e «neither… nor», o verbo concorda com o segundo sujeito.
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4 ) «(Or) Else» ([o:r] els) - «ou» («de outro modo», «senão»)
Hold tight, (or) else you will fall down
Segura-te bem, ou (de outro modo, senão) cais
«Else», como conjunção, introduz orações que encerram geralmente uma alternativa, em relação ao sentido da oração anterior. Pode ser ou não precedida da conjunção «or».
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5 ) «Otherwise» (´Λðəwaiz) - «ou» («de outro modo», «senão»)
You must eat, otherwise you will get weaker
Tens de comer, ou (senão, de outro modo) enfraqueces mais
«Otherwise», como conjunção, é sinónimo de «else».
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c ) Conjunções Adversativas
Adversative Conjunctions
(əd´və:sətiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
conjunção adversativa conjunção coordenativa que liga palavras, orações ou frases de natureza semelhante, estabelecendo contraste ou oposição entre elas;
Contraste - efeito de acentuação de uma oposição qualitativa ou quantitativa entre duas coisas ou pessoas das quais uma faz realçar a outra;
1 ) «But» (bΛt; bət) - «mas»
I like tea, but without milk
Eu gosto de chá, mas sem leite
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2 ) «However» (hau´evə; hau´evər) - «contudo», «no entanto», «todavia», «porém»
He is right; however, he shouldn’t behave like that
Ele tem razão; contudo (no entanto, todavia, porém) não deve proceder assim
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3 ) «Nevertheless» (nevəðə´les) - «contudo», «no entanto», «todavia», «porém»
I don’t like him; nevertheless I will help him
Não gosto dele; contudo (no entanto, todavia, porém) vou ajudá-lo
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4 ) «Yet» (jet) - «contudo», «no entanto», «todavia», «porém»
You knew it; yet you didn’t tell us anything
Tu sabias isso, no entanto (contudo, todavia, porém) não nos disseste nada
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5 ) «still» (stil) - «contudo», «no entanto», «todavia», «porém»
It’s dangerous to do that; still, I’m going to try
É perigoso fazer isso; contudo (no entanto, todavia, porém) vou tentar
«however», «nevertheless», «yet» e «still», como conjunções, são mais ou menos sinónimos
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d ) Conjunções Conclusivas
Illative Conjunctions
(´ilətiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
conjunção conclusiva conjunção coordenativa que liga à oração anterior uma outra que exprime conclusão;
(Illative - conclusivo)
1 ) «Hence» (hens) - «logo», «portanto», «por conseguinte»
«A» is equal to «B»; «B» is equal to «C»; hence, «A» is equal to «C»
«A» é igual a «B»; «B» é igual a «C»; logo (portanto, por conseguinte), «A» é igual a «C»
A conjunção «hence» usa-se em geral para introduzir inferências/conclusões de caráter lógico.
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2 ) «So» (sou) – «por isso», «por tanto», «por conseguinte»
The book was expensive, so I didn’t buy it
O livro era caro, portanto (por isso, por conseguinte) não o comprei
Nota: A palavra «so» pode também usar-se como advérbio (ver «Advérbios»).
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3 ) «Then» (ðen) - «então», «portanto»
You don’t like the hat; then you needn’t take it
Tu não gostas do chapéu; então (portanto) não precisas de o levar
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4 ) «Therefore» (´ðεəfo: [r]) - «portanto», «por isso», «por conseguinte»
He killed somebody; therefore he must die
Ele matou uma pessoa; portanto (por isso, por conseguinte) tem de morrer
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
(Ainda por Corrigir)
B ) Conjunções Subordinativas
Subordinating Conjunctions
(sə´bo:dineitiŋ kən´dЗΛŋk∫ənz)
Meus Apontamentos
Conjunções subordinativas – são as que ligam duas proposições/orações/frases uma das quais completa ou determina o sentido da outra.
As conjunções subordinativas ligam orações (e, por vezes, períodos) exprimindo entre elas (oração subordinante e oração subordinada) uma relação de dependência tal que a subordinada/oração menos importante não se compreende sem a respetiva subordinante/oração mais importante/oração principal.
Observação: Muitas conjunções subordinativas pedem, em português, o verbo no conjuntivo. Tal não sucede em inglês, exceto com as «conjunções finais». Para complemento deste capítulo veja-se o «Conjuntivo em Inglês».
a ) Conjuncões Causais
Causal Conjunctions
(´ko:zəl kən´dЗΛŋk∫ənz)
1 ) «as» (æz; əz) - «como», «visto que».
As I had no money, I didn’t buy the tickets
Como (visto que) não tinha dinheiro, não comprei os bilhetes
Nota: «As» pode ser também uma conjunção comparativa ou temporal (ver «Conjunções Comparativas» e «Conjunções Temporais»).
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2 ) «Because» (bi´koz) - «porque»
I like them because they are kind
Gosto deles porque são amáveis
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3 ) «For» (fo: [r]; fə [r]) - «pois», «porque»
You may call me what you like, for I don’t care about what you say
Podes-me chamar o que quiseres, porque (pois) eu não me importo com o que tu dizes
I was amazed, for I had never seen such a thing
Eu estava espantado, pois (porque) nunca tinha visto tal coisa
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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4 ) «Since» (sins) - «visto que», «uma vez que»
Since you are ill, you may go home
Visto que (uma vez que) estás doente, podes ir para casa
I won’t buy the dress, since my mother doesn’t like it
Não compro o vestido, visto que (uma vez que) a minha mãe não gosta dele
Nota: «Since» também pode ser uma conjunção temporal (ver «Conjunções Temporais»).
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b ) Conjunções Concessivas
Concessive Conjunctions
(kən´sesiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conjunção concessiva conjunção subordinativa que introduz uma oração que exprime uma oposição ou restrição à acção expressa na oração principal, mas não é suficiente para impedir que ela se realize
1 ) «Although», «though» (o:lðou, ðou) - «embora»
Although (though) she is not rich, she dresses well
Embora ela não seja rica, veste-se bem
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2 ) «Notwithstanding that» (notwiθ´stændiŋðæt [ðət]) - «embora», «apesar de que»
I’m having this coffee, notwithstanding that I don’t like it
Estou a tomar este café, embora não goste dele
Nota: As conjunções concessivas não pedem o verbo no conjuntivo, em inglês. Veja-se «O conjuntivo em orações concessivas»
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c ) Conjunções Condicionais
Conditional Conjunctions
(kən´di∫ənl kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conjunção condicional conjunção subordinativa que introduz uma oração em que é expressa uma condição para que seja realizada ou não a acção da oração principal;
1 ) «If» (if) - «se»
If it doesn’t rain tomorrow, we are going to the Zoo
Se não chover amanhã, vamos ao Jardim Zoológico
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2 ) «Provided (that)» (prə´vaidid [ðæt; ðət]) - «desde que», «na condição de que», «contanto que»
I will explain you everything, provided you come early
Eu explico-te tudo, desde que venhas cedo
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3 ) «Supposing (that)» (sə´pouziŋ [ðæt; ðət]) - «supondo que», «se»
Supposing the train is late, what shall I do?
Se o comboio vier tarde (supondo que o comboio vem tarde), o que hei-de fazer?
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4 ) «Unless» (ən´les) - «a não ser que»
You are not going to the pictures, unless you finish your work
Tu não vais ao cinema, a não ser que acabes o teu trabalho (se não acabares o teu trabalho)
Nota: «Unless» corresponde a «if not»; é a versão negativa de «if», que se usa quando o verbo está na forma afirmativa.
O exemplo dado podia ser substituído por:
You’re not going to the pictures if you don’t finish your work.
Não vais ao cinema se não acabares o teu trabalho
Observação: quando as conjunções condicionais introduzem uma oração cujo predicado é o verbo «to be» e cujo sentido é uma suposição, o verbo vai para o conjuntivo.
Ex:
If I were rich, I should live in the French Riviera
Se fosse rico, vivia na Riviera Francesa
Anyone would accept that offer, unless he were a fool
Qualquer pessoa aceitaria essa oferta, a não ser que fosse um tolo
(Ver, para complemento, «O Conjuntivo em Inglês»)
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5 ) «Whether…or» (´weðə [r]… o: [r]; ´hweðə [r]… o: [r]) - «quer… quer»
He must do it whether he likes it or not
Ele tem de o fazer, quer queira quer não
Nota: poderíamos ter incluído a conjunção «whether», empregada correlativamente com «or», entre as conjunções disjuntivas. Não o fizemos, no entanto, por duas razões:
1ª – Porque, empregada desta forma, ela introduz orações condicionais;
2ª – Porque essas orações condicionais são sempre subordinadas a uma outra, que é a principal.
É preciso, contudo, não confundir este emprego de «whether» com o seu uso como conjunção integrante (ver «Conjunções Integrantes»).
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d ) Conjunções Consecutivas
Consecutive Conjunctions
(kən´sekjutiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conjunção consecutiva conjunção subordinativa que introduz uma oração em que se expressa a consequência do que é declarado na oração principal
«That» (ðæt; ðət) - «que»
They made such a noise that I couldn’t sleep
Eles fizeram tanto barulho que eu não pude dormir
The book was so interesting that I read it in one day
O livro era tão interessante que eu li-o num dia
He ate so much that he got ill
Ele comeu tanto que ficou doente
I swam so far that I couldn’t come back
Eu nadei (para) tão longe que não pude voltar
«That» é a conjunção consecutiva que introduz orações pedidas por expressões adverbiais de intensidade, formadas com «such» e «so».
Nota: «That» também pode ser uma conjunção final ou integrante (ver «Conjunções Finais» e «Conjunções Integrantes»).
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e ) Conjunções Comparativas
Comparative Conjunctions
(kəm´pærətiv kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conjunção comparativa conjunção subordinativa que introduz uma oração que contém o segundo membro de uma comparação
1 ) «As» (æz; əz) - «como»
You are not so tall as John
Tu não és tão alto como João
A conjunção comparativa «as» introduz orações que expressam um comparativo de igualdade.
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2 ) «Than» (ðæn; ðən) - «do que»
This book is thicker than that
Este livro é mais espesso do que aquele
You have done less than I have
Fizeste menos do que eu (fiz)
A conjunção comparativa «than» introduz orações que expressam um comparativo de superioridade ou de inferioridade.
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f ) Conjunções Finais
Final Conjunctions
(´fainl kən´dЗΛŋk∫ənz)
conjunção final conjunção subordinativa que introduz uma oração que exprime a finalidade da oração principal
1 ) «So that» (sou ðæt [ðət]) - «para que», «de modo que», «a fim de que»
Get up early tomorrow, so that you may be ready by eight
Levanta-te cedo amanhã, para que estejas pronto às oito
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2 ) «In order that» (in ´o:də ðæt [ðət]) - «para que», «de modo que», «a fim de que»
He died in order that his companions might live
Ele morreu para que os seus companheiros pudessem viver
Notas: O predicado das orações finais introduzidas por estas conjunções é um conjuntivo sintético/especial formado com o verbo «may» (might) (ver «O Conjuntivo em Inglês»).
Algumas vezes, estas conjunções finais reduzem-se à palavra «that»:
Work hard, that you may earn a lot of money
Trabalha muito, para que possas ganhar muito dinheiro
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3 ) «Lest» (lest) - «Para que não»
Take plenty of clothes, lest you should feel cold
Leva muita roupa, para que não tenhas frio
A conjunção final «lest» é a versão negativa de «so that», e o verbo auxiliar da oração que introduz é, geralmente, «should» e não «may».
Esta conjunção é hoje pouco usada. Em lugar do exemplo indicado ocorreria, com mais frequência, o seguinte, com a mesma significação:
Take plenty of clothes, so that you may not feel cold
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g) Conjunções Integrantes
Introductory Conjunctions
(intrə´dΛktəri kən´dЗΛŋk∫ənz)
Meus apontamentos:
oração, conjunção integrante que serve de complemento; completivo; que completa
As conjunções integrantes subordinam orações que completam outras, servindo-lhes de sujeito, predicado do sujeito ou de algum elemento complementar.
Exs.:
«Peço-te que não saias hoje»
(oração integrante servindo de complemento direto à subordinante)
«É conveniente que te dediques mais à pintura»
(oração integrante servindo de sujeito)
«A razão por ele invocada foi que chovia»
(integrante servindo de predicativo do sujeito)
«Ele fez esta descoberta: que era possível ir à lua em quatro dias»
(integrante servindo de aposto)
1 ) «That» (ðæt; ðət) - «que»
I knew that it was going to rain
Eu sabia que ia chover
He told me that you were here
Ele disse-me que tu estavas aqui
Observação: Esta conjunção pode suprimir-se/retirar-se quando se lhe segue imediatamente o sujeito da oração seguinte. Assim, os dois exemplos dados poderiam substituir-se por:
I knew it was going to rain
He told me you were here
A conjunção «that» já não se poderia suprimir na frase:
He told me that yesterday you were here
Ele disse-me que ontem estiveste (ou estavas) cá
Porque se lhe segue um complemento (yesterday) e não o sujeito da oração seguinte, havendo, portanto, risco de se incluir esse complemento na oração anterior, o que alteraria o sentido:
He told me yesterday (that) you were here
Ele disse-me ontem que tu estavas (ou estiveste) cá
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2 ) «whether» (´weðə [r]; ´hweðə [r]) - «se»
I wonder whether it’s going to rain (or not)
Gostava de saber se vai chover (ou não)
I asked him whether he would help me (or not)
Eu perguntei-lhe se ele me ajudaria (ou não)
A conjunção integrante «whether» substitui «that», introduzindo orações que encerram uma dúvida, geralmente orações interrogativas indiretas.
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3 ) «If» (if) - «se»
I wonder if it is going to rain (or not)
Gostava de saber se vai chover (ou não)
I asked him if he would help me (or not)
Eu perguntei-lhe se ele me ajudaria (ou não)
Conforme se pode deduzir, comparando estes exemplos com os últimos apresentados, a conjunção integrante «if» pode substituir «whether» - o que acontece geralmente.
No entanto, não se devem empregar indiferentemente em casos que possam suscitar ambiguidade de interpretação, como nestes exemplos apresentados por Palmer («A Grammar of Spoken English», pág. 215):
1 – Please wire whether I’m to come
Por favor, manda-me um telegrama dizendo se eu devo vir ou não
2 – Please wire if I’m to come
Por favor, manda-me um telegrama, no caso de eu ter de vir
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h ) Conjunções Temporais
Temporal Conjunctions
(´tempərəl kən´dЗΛŋk∫ənz)
Conjunção temporal conjunção subordinativa que introduz uma oração que expressa circunstância de tempo
1 ) «After» (´α:ftə [r]) - «depois que» («depois de», em traduções portuguesas).
The accident took place after I had left
O desastre ocorreu depois de eu ter saído
Nota: A conjunção temporal «after» corresponde, geralmente, em português, a uma locução prepositiva seguida de um infinito pessoal. A conjunção «depois que» é pouco usada em português.
(Locução: conjunto de palavras equivalente a uma só)
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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2 ) «As» (æz; əz) - «quando», «à medida que»
As I was climbing the slope, I heard voices
Quando (à medida que) subia a encosta, ouvi vozes
Nota: «As» pode ser também uma conjunção causal ou comparativa (ver «Conjunções Causais» e «Conjunções Comparativas»).
Como conjunção temporal, é sinónimo de «when», mas usa-se de preferência a esta última para indicar simultaneidade de uma ação em relação a outra, que geralmente demora tempo a decorrer.
■
3 ) «As soon as» (æz [əz] su:n æz [əz]) - «logo que», «assim que»
I came as soon as I got the telegram
Vim logo que recebi o telegrama
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4 ) «As long as» (æz [əz] loŋ æz [əz]) - «enquanto»
You may stay here as long as you like
Podes ficar aqui enquanto quiseres
Nota: Esta conjunção distingue-se de «while» (que também significa «enquanto») por encerrar um sentido de duração.
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5 ) «Before» (bi´fo:)(bi´fo:r) - «Antes que» («antes de», em certas traduções).
Come home before it gets dark
Vem para casa antes que escureça
He gave me a present before I left
Ele deu-me um presente antes de eu me vir embora
Notas: A conjunção temporal «before» corresponde, muitas vezes, em português, a uma locução prepositiva, que é seguida de um infinito pessoal, conforma mostra o último exemplo.
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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6 ) «Directly» (di´rektli) - «logo que», «assim que»
I knew it would be you directly I heard the telephone ring
Soube que eras tu, logo que ouvi o telefone tocar
«Directly» está-se a empregar com bastante frequência em vez de «as soon as».
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7 ) «Since» (sins) - «Desde que»
I haven’t seen him since he came
Eu não o vi desde que ele veio
Nota: «Since» também pode ser uma conjunção causal (ver «Conjunções Causais»)
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8 ) «Till, until» (til, ən´til) - «até que»
I am tired but I shall go on until (till) I finish this
Estou cansado, mas vou continuar até acabar isto (até que acabe isto)
Nota: A conjunção temporal «till» (ou «until») pode corresponder, em português, a uma preposição, que é seguida de um infinito pessoal.
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9 ) «when» (wen; hwen) - «quando»
The children are always happy when you are here
As crianças estão sempre contentes quando tu cá estás
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10 ) «Whenever» (wen´evə [r]; hwen´evə [r]) - «sempre que»
She cried whenever she heard that song
Ela chorava sempre que ouvia essa canção
[r] - o «r» final pronuncia-se quando a palavra seguinte começa por vogal.
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11 ) «While» (wail; hwail) - «enquanto»
I like to hear music while I’m reading
Gosto de ouvir música enquanto estou a ler
Nota: «While» distingue-se de «as long as» (que também significa «enquanto») porque não encerra sentido de duração; refere-se apenas à simultaneidade da ação.
Quando, em português, a conjunção «enquanto» exigir o verbo no conjuntivo, o seu correspondente em inglês será «as long as»; se o verbo da oração introduzida por «enquanto» puder estar, sem prejuízo da correção, no modo indicativo, a conjunção inglesa a empregar é «while».
(Ainda por corrigir)
INTERJEIÇÕES
Interjections (intə´dЗek∫ənz)
INTERJEIÇÃO vocábulo ou expressão de carácter sugestivo usada para traduzir um sentimento ou reacção súbita (dor, alegria, admiração, etc.), para dar uma ordem, para chamar a atenção ou ainda para imitar um som; exclamação;
Em rigor, uma interjeição é apenas uma palavra ou um som sem sentido real mas de grande valor expressivo/enérgico/que transmite vivacidade/significativo. Não nos podemos, no entanto, limitar a esta conceção/ideia/noção se pretendermos fazer um estudo das expressões inglesas que se usam como interjeições.
O valor das exclamações/grito súbito/grito de espanto – no inglês como em todas as línguas – depende muito das circunstâncias em que elas são emitidas/ditas. Assim, o grito «Hay!» («Pch!») tanto pode ser apenas um grito destinado a fazer parar alguém, como pode significar «Come here!» («Venha cá!»); a expressão «Good morning» tanto significa «Desejo-lhe bom dia!» como simplesmente «Olá!».
Tudo depende, portanto, das circunstâncias. E como não é possível, neste livro, fazer uma descrição pormenorizada de todas as situações em que cada uma das interjeições apresentadas se tornaria oportuna, classificá-las-emos por grupos convencionais, segundo a maior frequência com que são empregadas.
As traduções – como não podia deixar de ser – são apenas exclamações correspondentes na nossa língua.
■
Principais Interjeições
De chamamento:
Hay! (hei!)
Pch!
Hello!; Hullo! (´hΛ´lou)
Olá!
Look here! (luk hiə!)
Ouça lá! Ouve cá! Ouça cá! Ouve lá!
I say! (ai sei!)
Olhe! Escute! Ouça lá!
De cumprimento, saudação:
a ) De chegada:
Hello! (´hΛ´lou)
Olá!
Good morning! (gud ´mo:niŋ!)
Bom dia.
Good afternoon! (gud ´a:ftə´nu:n!)
Boa tarde (só até à hora do lanche)
Good evening! (gud ´i:vniŋ!)
Boa tarde (das 5 em diante, aproximadamente); Boa noite (pela noite fora)
b ) De despedida:
Good-bye! (´gud-´bai!)
Adeus!
Cheerio! (´t∫iərju!)
Adeus! (muito familiar)
So long! (sou ´loŋ!)
Adeus! (muito familiar)
Farewell (´fεə´wel!)
Até à vista!
Adieu! (pronuncia-se à francesa)
Adeus! (para sempre, despedida definitiva)
Good day! (´gud ´dei!)
Bom dia ou boa tarde (conforme a hora; esta é a despedida formal que se usa a qualquer hora do dia)
Good night! (´gud ´nait!)
Boa noite (esta expressão só se emprega quando a pessoa não tenciona tornar a ver a outra nesse dia e pode usar-se à tarde; por exemplo, à saída do emprego).
De espanto:
(simples espanto ou impressão desagradável)
Oh! (ou!)
Ó! Ai!
What?! (wot?! – hwot?!)
O quê?!
(My) Goodness (mai ´gudnis!)
Meu Deus! Credo!
Gracious! (´grei∫əz!)
Meu Deus! Credo!
Lord! (lo:d!)
Meu Deus! Credo!
Fancy! (´fænsi!)
Imaginem!
Indeed! (in´di:d!)
Ai sim?!
Dear! Oh dear! Dear me! (djə!) (ou djə!) (djə mi:!)
Meu Deus! Valha-me Deus! Credo!
Good Heavens! (´gud ´hevnz!)
Deus do Céu!
I say! (ai sei!)
Ora vejam!
Bless my soul! (bles mai soul!)
Valha-me Deus!
Why! (wai!)
Ora!
De desaprovação ou descontentamento:
Nonsense! (´nonsəns)
Que disparate!
Fie! Fie on you! (fai! ´fai on ju:!)
Ora! Ora! Que vergonha!
Well I never! (wel ai ´nevə!)
Parece impossível! Já viram?!
What a pity! (wot ə ´piti!)
Que pena!
Tut-tut… (tΛt-tΛt…)
Ora, ora…
De aprovação ou contentamento:
I say (ai sei)
Ora vejam! Sim senhor!
How nice! (hau nais!)
Que bom! Que bonito!
Well done! (´wel ´dΛn!)
Sim senhor! Muito bem! Bravo!
Bravo! (´brα:vou!)
Bravo!
Hip-hip-hurrah! (hip-hip-´hu´rα:!)
Viva! Hurra! Esplêndido!
De aborrecimento:
Oh bother! (ou ´boðə!)
Que maçada!
De aviso:
Hush! (hΛ∫!)
Chiu! Pouco barulho!
Hark! (hα:k!)
Escutem!
Now… now… (nau… nau…)
Ai… ai…
De ironia:
Indeed! (in´di:d!)
Ai, sim?!…
De surpresa agradável:
Well… well… well (wel… wel… wel…)
Ora vejam! Olhem! Sim senhor!
I say! (ai sei!)
Olhem! Sim senhor! Ora viva! Ora vejam!
De exortação:
Come… come (kΛm… kΛm…)
Vamos! Vamos!
Come on! (´kΛm ´on!)
Vamos lá!
O seguinte diálogo mostra o significado e emprego de algumas das mais importantes interjeições em inglês, que estão a azul:
Hello, Mary, what brought you here? Good Heavens, you look pale. Are you ill?
Olá, Maria, que te trouxe cá? Meu Deus, tu estás pálida. Estás doente?
Thank Goodness, no! I’m a bit tired, that´s all.
Graças a Deus, não! Estou um pouco cansada, apenas.
Why, you don’t look merely tired. I think you ought to see a doctor.
Ora, tu não pareces só cansada. Acho que deves ir ao médico.
Good Gracious, please don’t try to convince me I’m sick. I’m feeling perfectly all right
Credo, por favor não tentes convencer-me de que estou doente. Sinto-me perfeitamente bem.
Come, come, you know you aren’t and it’s a mistake to refuse taking care of yourself.
Vamos… vamos…, sabes que não estás e é um erro recusares-te a tratar de ti.
Indeed! You seem to know more about myself than I do!
Ai sim? Tu pareces saber mais a meu respeito do que eu própria!
Fie! Don’t be so cynical, I’m going to take you to Dr. Smith right now.
Ora! Não sejas cínica. Vou levar-te ao Dr. Smith mesmo agora.
Well I never! Do you think I’m a baby or what? Good Lord!
Já viram?! Pensas que sou um bebé ou quê? Jesus!
Tut-tut! Come on, you know what I mean. Shall I give him a ring now? Pass me the phone book, will you?
Ora, ora…! Vamos lá! Tu sabes que tenho boas intenções. Telefono-lhe agora? Passa-me a lista, sim?
There you are, if that satisfies you.
Toma lá, se ficas satisfeita.
Good! That’s a good girl!
Bom! Assim é que és boa rapariga!
Hullo, I want Primrose 2354. Is that Dr. Smith? Alice Taylor speaking. Well, it’s about Mary, she seems to be ill. What, she’s been to see you already? And she’s all right! And she didn’t tell me! Oh, the cheek! I’m going to give her a good scold. Goodbye, Dr. Smith, thank you.
Está lá, queria Primrose 2354. É o Dr. Smith? Daqui fala Alice Taylor. Bem, é por causa da Maria, ela parece doente. O quê?! Ela já esteve consigo? E está bem! E não me disse! Ai o atrevimento! Vou-lhe dar uma descompostura! Adeus, Dr. Smith. Obrigada.
Now, now, you…
Ai… ai… tu…
Hurrah! At last I played you a good trick! And don’t you mother me any more!
Esplêndido! Até que enfim te preguei uma boa partida. E não tornes a fazer de «mamã» outra vez!
(Ainda por corrigir)
COMPOSIÇÃO E DERIVAÇÃO
Dupla Origem dos Prefixos e Sufixos
Prefixo - partícula que se antepõe (se põe no princípio da palavra) a uma palavra para formar uma palavra nova
Sufixo - partícula que se pospõe (se põe no fim da palavra) a uma palavra para formar uma palavra nova com outra significação
Na língua inglesa, há prefixos e sufixos de origem germânica e latina.
Como se sabe, a Inglaterra – onde viviam povos de origem germânica – foi invadida em 1066 por Guilherme da Normandia, um duque francês. Com a ida dos normandos para as Ilhas Britânicas, a língua francesa – derivada do latim – passou a exercer a sua influência sobre o anglo-saxão – uma língua germânica – e daí o encontrarem-se ainda hoje na língua inglesa palavras muito parecidas com as francesas.
Dividiremos, pois, os principais sufixos e prefixos em dois grupos: os de origem latina ou francesa e os de origem germânica. O estudante verá, quando estudar os primeiros, que os mesmos prefixos e sufixos existem também em palavras portuguesas e francesas.
♣
I ) Composição
1 ) Composição por Prefixação
a ) Prefixos de Origem Germânica
Destes, daremos apenas os que ocorrem mais vulgarmente na língua, e cujo sentido ainda se pode aperceber/avistar/dar conta de. Outros existem – como «a- », «be- », «for- », etc. – que aparecem somente num pequeno grupo de palavras, tendo-se perdido o seu sentido primitivo.
1 ) «Fore- » - Indica antecipação
Ex.:
foretell
predizer
foresee
prever
forerunner
precursor
forward
para a frente
■
2 ) «Mis- » - Implica um ideia de erro, um sentido negativo
Ex.:
misunderstand
compreender mal
misfortune
desventura/infelicidade
mislead
enganar, conduzir mal
misalliance
aliança funesta
misapplication
aplicação imprópria
■
3 ) «Un- » - Dá uma ideia de negação
Ex.:
undo
desfazer
unwise
imprudente
unarmed
desarmado
unknown
desconhecido
unlimited
ilimitado
unlock
abrir o que esteja fechado à chave
unforeseen
imprevisto
unrest
inquietação
unequalled
inegualado, inegualável
unexpected
inesperado
un-English
não inglês, contrário à índole inglesa
uncertain
incerto
unclean
pouco limpo, sujo
Este prefixo ocorre principalmente em adjetivos e particípios, tendo substituído, em muitas palavras de origem latina, o prefixo latino «in- ».
É, talvez, o único prefixo germânico inteiramente móvel, isto é, que se pode manejar, aplicando-se livremente a um grande número de palavras.
Nota: Algumas preposições inglesas têm sido usadas como prefixos (ver «Preposições»), como por exemplo «out» (outbreak), «in» (inward», «on» (onward), etc. Não se trata de prefixos propriamente ditos e, portanto, este assunto será tratado na «Composição por Justaposição»
■
b ) Prefixos de Origem Latina ou Francesa
Os prefixos latinos que entram na língua inglesa – quer na sua forma primitiva, quer através da adaptação francesa – são em muito maior número do que os germânicos. A grande maioria dos que vamos indicar aparece também na nossa língua, pelo que, seria interessante e proveitoso que o estudante, com a ajuda do dicionário, organizasse listas de palavras portuguesas, francesas e inglesas e fizesse com elas um estudo comparativo.
Pelo facto de serem comuns a várias línguas, os prefixos latinos têm-se tornado tão expressivos que alguns se empregam hoje como palavras isoladas.
Ex.:
The pros and cons
os «pros» e os «contras»
the extra
o «extra», o que sobra
Alguns dos prefixos que vamos apontar eram inicialmente prefixos «gregos» (da Grécia) que foram importados para a língua latina. A nomenclatura científica moderna ainda hoje vai buscar ao «grego» muitos dos seus prefixos, como, por exemplo, «hyper- » e «hypo- ».
1 ) «a- », «ab- », «abs- » - Encerra uma ideia de separação ou afastamento.
Ex.:
abstain
abster-se
absence
ausência
abroad
livremente, longe, no estrangeiro
abhor
detestar
abnormal
anormal
aversion
aversão
■
2 ) «ad- » - Indica aproximação.
O «d» deste prefixo assimilava-se (mesmo em latim) à consoante inicial da palavra seguinte, dando uma consoante dupla que persiste, muitas vezes, no inglês moderno.
Assimilar - fenómeno fonético que consiste na identificação de um som com outro que lhe fica próximo; assemelhar-se, parecer-se
Ex.:
Appear
Aparecer
Attain
Atingir
Advantage
Vantagem
Advance
Avançar
Admit
Admitir
Adjective
Adjetivo
Adverb
Advérbio
Adjust
Ajustar
Adhere
Aderir
Accompany
Acompanhar
Accomodation
Acomodação
■
3 ) «ante- », «anti- » - exprime anterioridade
Ex.:
Anticipate
Antecipar, esperar
Antecedent
Antecedente
Antechamber
Antecâmara
■
4 ) «anti- » - Indica antagonismo.
Não se deve confundir com o prefixo anterior porque este é de origem grega.
É muito usado no inglês moderno, podendo-se empregar livremente com um grande número de palavras, a que fica ligado por um traço de união.
Ex.:
Antipathy
Antipatia
Antidote
Antídoto
Antibody
Anticorpo – palavra científica de criação recente
Anti-Semite
Anti-semita
Anti-jacobin
Antijacobino
Anti-Protestant
Anti-protestante
■
5 ) «circum- » - Denota movimento circular, real ou figurado
Ex.:
Circumnavigation
Circum-navegação
Circumspect
Circunspecto
Circumstance
Circunstância
Circumscribe
Circunscrever
■
6 ) «com- », «con- », «co- » - Dá uma ideia de companhia, de junção.
Ex.:
Comfort
Conforto
Conduct
Conduta
Cooperation
Cooperação
Colleague
Colega
Contain
Conter
Coincide
Coincidir
Este prefixo emprega-se hoje livremente, indicando associação de qualquer espécie, como em:
Co-habitation
Coabitação
Co-adjust
Ajustar
Coadjacent
Coadjacente
Etc.
■
7 ) «contra- », «contro- », «counter- » - Indica oposição. A terceira versão deste prefixo foi importada do francês.
Ex.:
Contradict
Contradizer
Contrast
Contraste
Controversy
Controvérsia
Counterbalance
Contrabalançar
Counterpoint
Contraponto
Counter-revolution
Contra-revolução
A forma «counter», a mais moderna, é a que se emprega na formação de palavras novas, como em:
Counter-attack
Contra-ataque
■
8 ) «dis- », «di- » - indica ideia contrária, negação
Ex.:
Dislike
Não gostar
Distrust
Desconfiar
Dissolve
Dissolver
Disappoint
Desapontar
Disarm
Desarmar
Different
Diferente
■
9 ) «ex- » - Significa «fora de», «para fora».
Ex.:
Exclude
Excluir
Expand
Expandir
Expatriate
Expatriar
Exasperate
Exasperar
Emprega-se muito com substantivos – ligado a eles por um traço de união – para indicar uma situação que deixou de ser ocupada:
Ex.:
Ex-king
Ex-rei
Ex-governor
Ex-governador
Ex-husband
Ex-marido
Ex-wife
Ex-mulher
Etc.
■
10 ) «extra- » - Imprime às palavras em que ocorre um sentido de ultrapassagem.
Ex.:
Extraordinary
Extraordinário
Extra-mural
Extra-mural
Emprega-se também isoladamente, como adjetivo e como advérbio:
Extra-strong
Extra-forte
Extra-work
Trabalho extra
Extra-pay
Pagamento extra
E ainda como substantivo:
An extra
Um «extra»
■
11 ) «in- », «im- », «i- » - Imprime um sentido de negação:
Ex.:
Injustice
Injustiça
Ingratitude
Ingratidão
Immortal
Imortal
Irrelevant
Que não diz respeito a
Em palavras novas, prefere-se o prefixo germânico «un- »: diz-se «ingratitude», mas «ungrateful»; «injustice» mas «unjust»;
«unconventional»
Não-convencional
«unintended»
Não-intencional
■
12 ) «inter- » - Exprime reciprocidade de ação ou situação interior
Ex.:
Interchange
Intercâmbio
Inter-provincial
Interprovincial
International
Internacional
Inter-digital
Interdigital
Inter-osseous
Interósseo
Interlude
Interlúdio
■
13 ) «intro- » - Indica movimento para dentro
Ex.:
Introduce
Introduzir
Introspection
Introspeção
Introvert
Introverter
■
14 ) «Non- » - Antepõe-se muito frequentemente a um grande número de palavras para indicar negação.
Ex.:
Non-member
Não-membro
Non-intervention
Não-intervenção
Non-conformist
Não-conformista
■
15 ) «post- » - Encerra uma ideia de posteridade.
Ex.:
Postscript
«post-scriptum»
Postpone
Adiar
Post-natal
Pós-natal
■
16 ) «pre- » - indica anterioridade
Ex.:
Precede
Preceder
Predecessor
Predecessor
Presuppose
Pressupor
Pretend
Pretender
Usa-se em formações modernas como:
Prefabricated
Pré-fabricado
Pretested
Pré-experimentado
■
17 ) «pro- » - tinha vários sentidos em latim: «para diante», «em frente de», «a favor de», «em vez de» e «por causa de» são os mais importantes:
Ex.:
Proceed
Proceder, continuar
Progress
Progresso
Proclaim
Proclamar
Pro-negro
A favor dos negros
Pro-British
Pró-britânico
Pro-German
Germanófilo
Usa-se isoladamente como substantivo na expressão «the pros and cons» - os prós e os contras.
■
18 ) «semi- » - Dá a ideia de metade.
Ex.:
Semicircle
Semicírculo
Semivowel
Semivogal
Semi-civilized
Semi-civilizado
Emprega-se largamente em novas formações, tal como em português.
■
19 ) «sub- » - Indica inferioridade, real ou figurada.
Ex.:
Subsoil
Subsolo
Subordinate
Subordinado
Submarine
Submarino
Subtropical
Subtropical
Subway
Subterrâneo
Sub-editor
Sub-redator
■
20 ) «super- » - encerra uma ideia de superioridade, de exagero
Ex.:
Supernatural
Sobrenatural
Superfluous
Supérfluo
Superheat
Calor exagerado
Superman
Super-homem
Usa-se muito em linguagem comercial, para publicidade, etc.
■
21 ) «trans- » - Exprime a ideia de «além de»:
Ex.:
Transatlantic
Transatlântico
Translate
Traduzir
Transfer
Transferir
Transform
Transformar
Transition
Transição
Transport
Transporte
■
22 ) «ultra- » - encerra a ideia de transcendência/que ultrapassa/que excede
Ex.:
Ultra-radical
Ultra-radical
Ultra-clerical
Ultra-clerical
Ultraconservative
Ultraconservador
Emprega-se em inúmeras formações novas, tal como em português
♣
2 ) Composição por Justaposição
Justaposição: processo de composição de palavras em que cada elemento conserva a sua integridade gráfica e prosódica/da pronúncia
Nas palavras compostas por justaposição, os elementos podem estar ligados ou separados por traços de união.
Há a considerar uma infinidade de tipos morfológicos de compostos, dentro desta classe, dos quais citaremos apenas os mais vulgares.
A língua inglesa é extremamente maleável.
Formam-se substantivos, adjetivos e verbos de toda a espécie de palavras.
E, por vezes, de frases inteiras, como, por exemplo, na expressão «a happy-go-lucky young fellow» - um jovem despreocupado («não te rales»).
Por esta razão, seria impossível apresentar aqui uma lista completa das combinações a que a imaginação recorre para a formação de compostos por justaposição.
O que interessa é que o estudante apreenda o grau de elasticidade do idioma, neste aspeto, a fim de que se torne capaz de
compreender a significação do composto mais rebuscado
e de empregar, ele próprio, compostos idiomáticos, sempre que haja oportunidade de o fazer.
a ) Substantivos compostos por justaposição
Na maioria dos substantivos compostos por justaposição, o primeiro elemento funciona como se fosse um adjetivo.
1 ) Compostos de dois substantivos:
Ex.:
Bedroom
Quarto de cama
Fountain-pen
Caneta de tinta permanente
Lighthouse
Farol
Ice-cream
Sorvete/gelado
Stepson
Enteado
Wind-mill
Moinho
Man-servant
Criado
Cock-sparrow
Pardal
Inkstand
Tinteiro
Playground
Pátio de recreio
Workman
Trabalhador
■
2 ) Compostos de dois substantivos, sendo o segundo um nome de agente (geralmente derivado de um verbo) terminado em « -er».
Agente - aquele que executa a acção expressa pelo verbo;
Ex.:
Typewriter
Máquina de escrever
Engine-driver
Maquinista
Caretaker
Encarregado
Shoemaker
Sapateiro
Cigarette-holder
Boquilha
Hairdresser
Cabeleireiro
■
3 ) Compostos de um adjetivo e um substantivo.
Ex.:
Englishman
Inglês
Gentleman
Cavalheiro
Blackbird
Melro
Grandfather
Avô
Hot-house
Estufa
Single-ticket
Bilhete de ida
The Highlands
A parte montanhosa do norte da Escócia
The High-street
A rua principal de uma terra pequena ou de um bairro
■
4 ) Compostos de um particípio presente e um substantivo.
Ex.:
Writing-table
Secretária
Sitting-room
Sala de estar
Dinning-car
Carruagem-restaurante
Sleeping-berth
Beliche
Blotting-paper
Papel mata-borrão
Swimming-suit
Fato de banho
Walking-stick
Bengala
■
5 ) Compostos de um pronome e um substantivo
Ex.:
He-goat
Bode
She-bear
Ursa
She-ass
Burra
Por vezes, antepõe-se «he» ou «she» aos substantivos epicenos, para indicar se o indivíduo é do sexo masculino ou feminino.
Epiceno: diz-se dos substantivos, nomes de animais, cujo masculino e feminino se formam do mesmo substantivo, pondo depois as palavras macho ou fêmea;
■
6 ) Compostos de um verbo e de um substantivo
Ex.:
Wash-basin
Lavatório
Switch-board
Quadro de eletricidade
Cross-country
Corta-mato
Pick-pocket
Larápio
Telltale
Mexeriqueiro/bisbilhoteiro /intriguista
■
7 ) Compostos de uma preposição ou de um advérbio e de um substantivo
Ex.:
On-looker
Espetador
By-stander
Circunstante
In-laws
Parentes por afinidade
Upstart
Pessoa petulante
Overcoat
Sobretudo
Inlet
Reentrância
Onset
Começo, ataque
Offspring
Fruto, resultado
Uproar
Tumulto
■
8 ) Compostos de vários tipos
1 ) Substantivo e Gerúndio
Handwriting
Caligrafia
Bookbinding
Encadernação
Housebuilding
Construção de casas
2) Substantivo, adjetivo ou verbo mais preposição ou advérbio
Passer-by
Transeunte
Grown-ups
Adultos
Left-overs
Restos
Roundabout
Rotunda, carrocel
Cut-through
Atalho
3 ) Miscelâneas/misturas de palavras
Father-in-law
Sogro
Merry-go-round
Carrocel
Man-of-war
Barco de guerra
Forget-me-not
Planta chamada de miosótis
As possibilidades de combinação de palavras são múltiplas. No inglês moderno, que sofre a influência da era essencialmente prática que estamos a atravessar, estão constantemente a formar-se novas palavras compostas – o que dá maior força de expressão à língua e torna mais breve o discurso. Sobre a flexão dos substantivos compostos, veja-se o capítulo dos «Substantivos».
b ) Adjetivos compostos por justaposição
Justaposição - processo de composição de palavras em que cada elemento conserva a sua integridade gráfica e prosódica/da pronúncia
1 ) Compostos de dois adjetivos
Ex.:
Dark-brown
Castanho-escuro
Light-green
Verde-claro
2 ) Compostos de um substantivo e um adjetivo
Ex.:
Navy-blue
Azul-marinho
Pitch-dark
Escuro como breu
Sky-blue
Azul celeste
Blood-red
Vermelho como sangue
Headstrong
Teimoso
Colour-blind
Daltónico
Sea-sick
Enjoado
Home-sick
Saudoso de casa ou do seu país
3 ) Compostos de um substantivo ou adjetivo e de um particípio presente
Ex.:
Good-looking
Bonito
Sweet-smelling
Perfumado
Heartbreaking
Torturante, comovente
Self-sufficing
Que se basta a si próprio
4 ) Compostos de um substantivo ou adjetivo e de um particípio passado (adjetivo verbal).
Ex.:
Heart-broken
Amargurado
Book-learned
Erudito
Hand-made
Feito à mão
ill-bred
mal educado
whitewashed
caiado
5 ) Compostos de um adjetivo e de um substantivo tomado como adjetivo verbal, ao qual se juntou a desinência « -ed» ( -d).
Ex.:
The one-eyed monster
O monstro de um olho
A hard-hearted man
Um homem de coração duro
A short-sighted person
Um míope
A long-necked bird
Uma ave de pescoço comprido
A funny-shaped hat
Um chapéu de forma engraçada
A three-legged table
Uma mesa de três pés
A short-sleeved blouse
Uma blusa de manga curta
A double-breasted coat
Um casaco assertoado
Esta maneira de formar adjetivos é curiosa e revela bem o caráter prático da língua inglesa. Ao contrário do que à primeira vista parece, não se trata de uma formação moderna; já existia em antigo inglês.
6 ) Compostos de vários tipos
a ) Advérbio ou preposição mais particípio presente:
Ex.:
Never-ending
Interminável
Ever-smiling
Sempre sorridente
b ) Advérbio ou preposição mais particípio passado
Ex.:
Long-neglected
Desprezado há muito tempo
Never-forgotten
Nunca esquecido
c ) Advérbio ou preposição mais adjetivo
Ex.:
Over-polite
Delicado demais
Always-ready
Sempre-pronto
d ) Miscelâneas de palavras
Miscelânea – mistura, confusão
Ex.:
Good-for-nothing
«pessoa inútil»
Ever-longed-for
Desejado há muito
Spick-and-span
Novo «em folha»
Would-be
Pretenso, futuro
c ) Verbos compostos por justaposição
Justaposição - processo de composição de palavras em que cada elemento conserva a sua integridade gráfica e prosódica/da pronúncia
Os verbos compostos por justaposição constam geralmente de um verbo simples, primitivo, ao qual se antepôs uma preposição ou advérbio. Hoje em dia, formam-se poucos verbos novos desta natureza. Prefere-se a aposição da preposição ou advérbio, palavra que passa a ser considerada uma partícula adverbial.
Apor – pôr junto, juntar
Exemplos dos compostos verbais existentes:
To overflow
Transbordar
To overstrain
Cansar em extremo
To overvalue
Exagerar o valor
To upbraid
Repreender
To upset
Chocar, ofender
To understand
Compreender
To underline
Sublinhar
To underpay
Pagar mal
To undertake
Empreender
To withdraw
Tirar, retirar
To withstand
Resistir
Existe um número de verbos compostos que derivam de substantivos compostos, como «to nickname» (apelidar, alcunhar), que foi formado de «nickname» (apelido, alcunha).
Outros, ainda, são formados por palavras de diversas categorias morfológicas, tomadas na aceção/interpretação/sentido de advérbios.
Morfologia - Disciplina da linguística que
descreve e analisa os processos
e regras de formação e
de criação de palavras, a sua
estrutura interna, a composição
e a organização dos seus
constituintes.
Ex.:
To doublecross
Enganar
To cross-examine
Inquirir judicialmente
To safe-guard
Salvaguardar
To whitewash
Caiar
Assim como um substantivo passa a ter valor de adjetivo quando se antepõe a um nome para formar um composto, do mesmo modo, qualquer palavra anteposta a um verbo por justaposição, é tomada na aceção/interpretação/sentido de um advérbio.
d ) Advérbios compostos por justaposição
Na maioria destes advérbios, o primeiro elemento é um pronome ou uma preposição.
1 ) Advérbios formados com pronomes
Ex.:
Somewhere
Em alguma parte
Anywhere
Em qualquer parte
Nowhere
Em nenhuma parte
Somehow
De algum modo
Anyhow
De qualquer modo
Everywhere
Em toda a parte
Everyday
Todos os dias
Always
Sempre
Already
Já
Almost
Quase
Altogether
Completamente
Como se vê, os pronomes usados para formar advérbios são: «some», «any», «no», «every» e «all»
2 ) Advérbios formados com preposições
Ex.:
Inside
Dentro
Inwards
Para dentro
Outside
Fora
Outwards
Para fora
Indoors
Dentro de casa
Outdoors
Fora de casa
Onwards
Para a frente
Afterwards
Depois
Therein
Aí, aí dentro
Thereby
Desse modo
Hereafter
Daqui por diante
Herewith, therewith
Juntamente – com isto ou com isso
3 ) Os substantivos «way» e «wise», que significam «maneira», constituem o segundo elemento de alguns advérbios de modo. Hoje, «wise» já não se emprega isoladamente como substantivo.
Ex.:
Sideways
De lado
Clockwise
No sentido dos ponteiros do relógio
Otherwise
De outro modo
Lengthwise
No sentido do comprimento
Note-se a junção do «s» à palavra «way». Compare-se com «indoors».
4 ) Formam-se também advérbios de modo de adjetivos (estes advérbios são compostos mas também são derivados).
Ex.:
Over-politely
Delicadamente demais
Ever-increasingly
Sempre a aumentar
Understandingly
Compreensivamente
Upwardly
Para cima
5 ) Existem ainda tipos-miscelâneos de advérbios compostos que a maleabilidade da língua vai formando dia a dia.
Ex.:
Upside-down
De pernas para o ar
Inside-out
De dentro para fora, ao contrário
The-other-way-round
Ao contrário, às avessas
(Ainda por corrigir)
DERIVAÇÃO
As palavras compostas por derivação, palavras derivadas, são formadas por sufixos, que podem ser germânicos ou latinos.
1 ) Sufixos que formam substantivos
Sufixo - partícula que se pospõe/põe depois a uma palavra para formar uma palavra nova com outra significação
a ) Sufixos de Origem Germânica
1 ) « -ar», « -er», « -or» - São formas do sufixo germânico « -ere», que indica nome de agente. Estas formas são resultado da analogia com os sufixos latinos.
Agente - aquele que executa a acção expressa pelo verbo
Analogia – relação de semelhança entre…
Ex.:
Writer
Escritor
Liar
Mentiroso
Sailor
Marinheiro
Modernamente, o sufixo de agente é « -er», que se pode acrescentar praticamente a qualquer verbo, para indicar «o que pratica a ação».
Ex.:
Reader
Leitor
Teacher
Professor
Singer
Cantor
Speaker
Orador
Binder
Encadernador
Etc.
2 ) « -dom» - Ocorre principalmente em substantivos abstratos.
Meu apontamento:
Substantivo abstrato – substantivo que não exprime uma coisa ou um objeto, mas, sim, uma ação, estado ou qualidade.
Ex.:
Freedom
Liberdade
Kingdom
Reino
Wisdom
Sabedoria
Christendom
Cristandade
Martyrdom
Martírio
3 ) « -hood» - Forma substantivos abstratos
Ex.:
Childhood
Infância
Brotherhood
Irmandade
Falsehood
Falsidade
Neighbourhood
Vizinhança
(este substantivo tornou-se concreto/coisa/objeto)
Concreto é o contrário de abstrato
A vizinhança, mesmo sendo muito grande, não deixa de ser um objeto, uma coisa
Likelihood
Semelhança
4 ) « -ness» – forma também substantivos abstratos.
Ex.:
Prettines
Beleza
Goodness
Bondade
Kindness
Bondade, amabilidade
Laziness
Preguiça
Closeness
Proximidade
Brightness
Claridade, alegria, esperteza
5 ) « -ship» - Também forma geralmente substantivos abstratos.
Ex.:
Friendship
Amizade
Hardship
Dificuldade
Ownership
Posse
Worship
Adoração
Sufixos Diminutivos
Diminutivo - que expressa a ideia de pequenez ou valores afectivos/com carinho
1 ) « -kin»
Napkin
Toalha pequena, guardanapo
Lambkin
Cordeiro
2 ) « -ling»
Darling
Amorzinho
Duckling
Patinho
3 ) « -ock»
Hillock
Colina
Bullock
Vitelo
4 ) « -y», « -ie»
Juntam-se a nomes próprios, a nomes de animais ou a objetos de uso comum.
Ex.:
Johnny
Joãozinho
Annie
Aninhas
Doggy
Cãozinho
Horsy
Cavalinho
Hanky
Diminutivo de «handkerchief»
Lencinho
Nighty
Diminutivo de «nightdress»
Camisinha de noite
Na Escócia, é preferida a versão « -ie».
Ex.:
Prince Charlie
Príncipe «Carlinhos»
Lassie
Rapariguinha
■
b ) Sufixos de Origem Latina
Como estes sufixos são muito abundantes, vamos dividi-los em dois grupos: os que se aplicam a nomes referentes a seres vivos e os que ocorrem na formação de substantivos abstratos.
Sufixos que ocorrem em nomes referentes a seres vivos
1 ) « -ee» (do latim « -atus»; do francês « -é») – Serve, geralmente, para indicar a pessoa sobre quem recai uma determinada ação.
Ex.:
Employee
Empregado
Devotee
Dedicado
Refugee
Refugiado
Trustee
Encarregado
Referee
Árbitro
2 ) « -ar», « -er», « -eer», « -ier» (do latim « -arino»; do francês « -ier») – Indica nome de agente.
Agente - aquele que executa a acção expressa pelo verbo
Ex.:
Barber
Barbeiro
Officer
Oficial
Prisoner
Prisioneiro
Vicar
Vigário
Scholar
Estudioso
Templar
Templário
Cavalier
Cavalheiro, cavaleiro
Gondolier
Gondoleiro
Volunteer
Voluntário
Pionner
Pioneiro
3 ) « -or» (do latim « -or») – Indica também nome de agente.
Ex.:
Emperor
Imperador
Author
Autor
Orator
Orador
Governor
Governador
Tailor
Alfaiate
4 ) « -ess» (do latim « -issa»; do francês « -esse») – Aparece em nomes do género feminino.
Nome - palavra com que se designa um ser concreto (pessoa, animal, coisa, etc.) ou uma entidade abstracta (acção, estado, qualidade, etc.), em geral precedida de um determinante, podendo variar em género e número e assumir diversas funções sintácticas na frase; substantivo
Ex.:
Goddess
Deusa
Lioness
Leoa
Tigress
Tigre-fêmea
Countess
Condessa
Jewess
Judia
Negress
Negra
Princess
Princesa
5 ) « -ist» (do latim « -ista») – Denota profissão ou partido ideológico.
Ex.:
Scientist
Cientista
Tobacconist
Vendedor de tabaco
Botanist
Botânico
Chemist
Farmacêutico, droguista
Communist
Comunista
Nihilist
Niilista
Niilismo – doutrina filosófica
Royalist
Monárquico
■
Sufixos que ocorrem em nomes abstratos
Na maioria dos exemplos que se seguem, trata-se, de facto, de nomes abstratos; porém, outros há que são nomes concretos, o que revela a evolução semântica (evolução de sentido nas palavras) das línguas. Por exemplo, a palavra «company» (companhia), que era originariamente um substantivo abstrato, passou a referir-se também às pessoas ou animais que constituem a companhia, tornando-se substantivo concreto.
1 ) « -ade» (do latim « -ata»; do francês « -ade») – Indica geralmente ação prolongada.
Ex.:
Parade
Parada
Promenade
Passeio
Serenade
Serenata
Cavalcade
Cavalgada
2 ) « -age» (do latim « -atticum», « -agium»; do francês « -age»).
Ex.:
Homage
Homenagem
Bondage
Servidão
Bandage
Ligadura
Luggage
Bagagem
Language
Linguagem
Voyage
Viagem
Courage
Coragem
Plumage
Plumagem
Nos substantivos concretos, este sufixo sugere um conjunto, uma coleção de coisas da mesma espécie (bandage, luggage, plumage).
3 ) « -ance», « -ence» (do latim « -antia», « -ancia», « -entia», « -encia») – Designa qualidade ou ação.
Ex.:
Ignorance
Ignorância
Innocence
Inocência
Penitence
Penitência
Experience
Experiência
Entrance
Entrada
Repentance
Arrependimento
4 ) « -ancy», « -ency» - Resultam da combinação dos sufixos anteriores com o sufixo « -y».
Ex.:
Agency
Agência
Consistency
Consistência
Clemency
Clemência
5 ) « -ate» (do latim « -atus») exprime função.
Ex.:
Consulate
Consulado
Electorate
Eleitorado
Syndicate
Sindicato
Professorate
Professorado
6 ) « -cy», « -sy» (do latim « -tia», « -cia») Sugere qualidade ou cargo.
Ex.:
Obstinacy
Teimosia
Constancy
Constância
Intimacy
Intimidade
Episcopacy
Episcopado
Papacy
Papado
Magistracy
Magistratura
7 ) « -ey», « -y» (do latim « -ia»; do francês « -ie») Não só ocorre em substantivos abstratos mas em muitos concretos, por evolução semântica.
Semântica - parte da linguística que se ocupa da significação das palavras e da evolução do seu sentido
Abstrato – que não é um objeto
Concreto – que é um objeto
Ex.:
Modesty
Modéstia
Fury
Fúria
Family
Familia
Navy
Marinha
Study
Estudo
Comedy
Comédia
Company
Companhia
Tragedy
Tragédia
8 ) « -ice», « -ess», « -ise» (do latim « -itia», « -icia») É usado especialmente em substantivos abstratos derivados de adjetivos.
Ex.:
Avarice
Avareza
Justice
Justiça
Cowardice
Cobardia
Malice
Malícia
Riches
Do francês «richesse»
riqueza
finesse
subtileza/inteligência/ ... /habilidade/delicadeza
Exercise
Exercício
Franchise
Privilégio
9 ) « -ion», « -sion», « -tion» (do latim « -ionem» É usado especialmente em substantivos abstratos derivados de verbos.
Ex.:
Education
Educação
Translation
Tradução
Opinion
Opinião
Religion
Religião
Passion
Paixão
Compulsion
Compulsão
10 ) « -ism» (do latim « -ismus») Sugere ações, hábitos ou partidarismo.
Ex.:
Conservantism
Conservantismo
Mannerism
Maneirismo
Egoism
Egoísmo
Patriotism
Patriotismo
Anglicanism
Anglicanismo
Catholicism
Catolicismo
Nota: Algumas vezes, este sufixo aparece com a forma « -cism», por influência do grego:
Fanaticism
Fanatismo
Empiricism
Empirismo
11 ) « -ment» (do latim « -mentus») Aparece em substantivos derivados de verbos.
Ex.:
Payment
Pagamento
Treatment
Tratamento
Enjoyment
Divertimento, usufruto
Punishment
Castigo
Employment
Emprego
12 ) « -or», « -our» (do latim « -orem»; do francês « -our») Ocorre em substantivos abstratos e também em muitos concretos.
Ex.:
Behaviour
Procedimento
Honour
Honra
Colour
Cor
Vapour
Vapor
Nota: Na América, os substantivos formados com este sufixo apresentam geralmente a versão « -or».
Honor
Behavior
Color
Vapor
Assim, parecendo à primeira vista que esta ortografia é uma simplificação, verifica-se, pelo contrário, que se trata de um regresso à forma mais antiga, a latina.
13 ) « -ry» (deriva do francês « -rie») Sugere aglomeração, mas também ocorre em formações novas, sem este sentido.
Ex.:
Jewelry
Jóias, joalharia
Poultry
Criação – aves domésticas
Rivalry
Rivalidade
Chivalry
Cavalheirismo
Poetry
Poesia
Tapestry
Tapeçaria
14 ) « -ty» (do latim « -tatem»; do francês « -té») Ocorre em substantivos derivados de adjetivos.
Ex.:
Loyalty
Lealdade
Majority
Maioria
Superiority
Superioridade
Dignity
Dignidade
Certainty
Certeza
Vanity
Vaidade
Liberty
Liberdade
■
2 ) Sufixos que formam adjetivos
a ) Sufixos de Origem Germânica
1 ) « -ed» O sufixo que se junta a certos substantivos para formar adjetivos compostos do tipo de «one-eyed» (ver «Adjetivos compostos por justaposição»), tornando-os semelhantes a particípios, era originariamente um sufixo germânico que já se empregava na mesma aceção/interpretação. Assim, existiam no antigo inglês palavras de construção morfológica semelhante à que descrevemos, significando, por exemplo, «com cabeça grande» (big-headed), «com olhos tristes» (sad-eyed), etc.
Morfologia – parte da gramática que se ocupa das formas das palavras (flexão e derivação).
2 ) « -en» Junta-se a alguns nomes de materiais, para significar «feito de»:
Ex.:
Wooden
Feito de madeira
Golden
Dourado; feito de ouro
Leaden
Feito de chumbo
3 ) « -ern» Serve para formar derivados dos pontos cardeais.
Ex.:
Northern
Setentrional
Southern
Meridional
Eastern
Oriental
Western
Ocidental
4 ) « -ish» Indica nacionalidade ou qualidade
Ex.:
Spanish
Espanhol
Finnish
Finlandês
Flemish
Flamengo
Childish
Infantil
Yellowish
Amarelado
Greenish
Esverdeado
5 ) « -ful» Denota qualidade.
Ex.:
Grateful
Grato
Hopeful
Esperançoso
Beautiful
Belo
Useful
Útil
Este sufixo deriva do adjetivo «full» (cheio)
6 ) « -less» Indica destituição.
Ex.:
Careless
Descuidado
Harmless
Inofensivo
Fruitless
Infrutífero
Hopeless
Sem remédio
Speechless
Sem fala
7 ) « -ly» Significa «próprio de», «semelhante a».
Ex.:
Princely
Principesco
Sickly
Adoentado
Fatherly
Paternal
Manly
Másculo
Godly
Divino
Nota: O sufixo « -ly», que forma advérbios de modo, tem origem neste sufixo de adjetivos. Usava-se o adjetivo na aceção/interpretação de advérbio e daí, por analogia/semelhança, passaram a formar-se advérbios em « -ly» de outros adjetivos.
8 ) « -like» Indica semelhança, «afinidade com».
Ex.:
Childlike
Acriançado
Warlike
Aguerrido
Womanlike
Feminino
9 ) « -some» Denota qualidade.
Ex.:
Troublesome
Incomodativo
Handsome
Belo
Lonesome
Solitário
10 ) « -y» Sugere abundância.
Ex.:
Hairy
Cabeludo
Rainy
Chuvoso
Stormy
Tempestuoso
Greasy
Gorduroso
Oily
Oleoso
Shadowy
Ensombrado
Sunny
Soalheiro
11 ) « -ward» Indica direção.
Ex.:
Forward
Que avança
Backward
Que recua
Westward
Que vai no sentido do oeste
Downward
Descendente
Upward
Ascendente
Este sufixo pode também ser adverbial. Os exemplos acima apresentados servem também de advérbios, a par de formas com o «s» final.
■
b ) Sufixos de Origem Latina
1 ) « -ble» (do latim « -bilis») Indica suscetibilidade/que é sensível
Ex.:
Remarkable
Notável
Considerable
Considerável
Eatable
Que se pode comer
Drinkable
Bebível
Tolerable
Tolerável
Terrible
Terrível
Flexible
Flexível
2 ) « -al» (do latim « -alis») Significa «próprio de».
Ex.:
Natural
Natural
Essential
Essencial
Mental
Mental
Royal
Real
Local
Local
Mortal
Mortal
3 ) « -an» (do latim « -anus») Denota qualidade.
Ex.:
Human
Humano
Italian
Italiano
Roman
Romano
Shakespearean
«Shakespeareano»
Shavian
De Bernard Shaw
Republican
Republicano
Anglican
Anglicano
4 ) « -ant», « -ent» (do latim « -antem», « -entem») Também indica qualidade.
Ex.:
Reluctant
Relutante
Obedient
Obediente
Extravagant
Extravagante
Eminent
Eminente
Ignorant
Ignorante
Nota: Muitas palavras formadas com estes sufixos tornaram-se substantivos.
Ex.:
Student
Estudante
Servant
Criado
Inhabitant
Habitante
Agent
Agente
5 ) « -ic» (do latim « -icus») Sugere também qualidade.
Ex.:
Domestic
Doméstico
Public
Público
Basic
Básico
Catholic
Católico
Rustic
Rústico
Asiatic
Asiático
Barbaric
Bárbaro
Celtic
Céltico
6 ) « -ical» É um sufixo pleonástico (composto de « -ic» e « -al»).
Pleonasmo - figura literária que consiste na redundância de palavras para expressar uma ideia, como em parece-me a mim, entra para dentro, etc.
Ex.:
Comical
Cómico
Poetical
Poético
Musical
Musical
Mathematical
Matemático
Geographical
Geográfico
Typical
Típico
Nota: Estes adjetivos existem a par de «comic», «poetic», «music», «mathematic», etc. formas sem « -al».
7 ) « -ese» (do latim « -ensis», « -esis») Usa-se geralmente com adjetivos gentílicos/de povos.
Ex.:
Portuguese
Português
Chinese
Chinês
Japanese
Japonês
Javanese
Javanês
8 ) « -ous» (do latim « -onsus», « -osus») Indica qualidade.
Courageous
Corajoso
Dangerous
Perigoso
Glorious
Glorioso
Pious
Piedoso
Fabulous
Fabuloso
9 ) « -ive» (do latim « -ivus») Também sugere qualidade.
Ex.:
Primitive
Primitivo
Active
Ativo
Passive
Passivo
Native
Nativo
Sensitive
Sensitivo, sensível
Extensive
Extenso
Positive
Positivo
■
3 ) Sufixos que formam verbos
Como os verbos de origem germânica perderam quase todas as suas terminações antigas, é desnecessário indicar aqui os sufixos verbais de origem germânica. Lembramos apenas que a terminação « -en», caraterística do particípio passado dos verbos fortes, é saxónica, bem como a desinência « -ing», do particípio presente.
Sufixos de Origem Latina
Os sufixos verbais de origem latina que se mantiveram na língua são:
1 ) « -fy» (do latim « -ficare»; do francês « -fier»)
Ex.:
To modify
Modificar
To certify
Certificar
To purify
Purificar
To exemplify
Exemplificar
To unify
Unificar
To qualify
Qualificar
2 ) « -ish» (do latim « -scere»)
Ex.:
To finish
Terminar
To flourish
Florescer
To nourish
Alimentar
To abolish
Abolir
To punish
Castigar
3 ) « -ize», « -ise» (do latim « -isare»; do francês « -iser»)
Ex.:
To civilize
Civilizar
To authorize
Autorizar
To agonize
Agonizar
To realize
Realizar, imaginar
To criticize
Criticar
Nota: Os americanos escrevem estas palavras e outras semelhantes servindo-se da versão « -ise».
■
4 ) Sufixos que formam advérbios
Nos advérbios ingleses hoje existentes, apenas se distinguem algumas terminações que não se podem, em rigor, classificar de sufixos adverbiais. São elas:
1 ) « -ly» que forma advérbios de modo e adjetivos.
Ex.:
Generously
Generosamente
Beautifully
Belamente
Constantly
Constantemente
Calmy
Calmamente
Etc.
Este sufixo pode aplicar-se a um grande número de adjetivos. Quanto às alterações morfológicas que ocorrem na derivação, veja-se o capítulo «Advérbios» – Advérbios de modo em « -ly».
(Ver: «Sufixos que formam adjetivos» - Sufixos de origem germânica).
2 ) « -ward», « -wards», que forma também advérbios de modo.
Ex.:
Forward, forwards
A avançar; para a frente
Backward, backwards
A recuar, para trás
Eastward, eastwards
Para leste
Downward, downwards
Para baixo
Upward, upwards
Para cima
(Ver: «Sufixos que formam adjetivos» - Sufixos de origem germânica).
3 ) « -ways» não é propriamente um sufixo, mas um substantivo tomado nesta aceção/interpretação/sentido
Ex.:
Sideways
Para os lados
Always
Sempre
(Ver: «Advérbios compostos por justaposição»).
4 ) « -wise» também é um substantivo empregado como sufixo.
Ex.:
Clockwise
No sentido dos ponteiros de um relógio
Otherwise
De outro modo
(Ver: «Advérbios compostos por justaposição»)
(Ainda por corrigir)
DISCURSO INDIRETO
Indirect Speech
(indi´rekt spi:t∫)
Discurso Indireto - diz-se do discurso em que
se reproduz os diálogos e
discursos das personagens
na terceira pessoa utilizando
verbos introdutórios, seguidos
de oração subordinada
Quem souber transformar frases do discurso direto para o indireto, em português, saberá também fazê-lo em inglês. No entanto, como se trata de um assunto em que os nossos estudantes encontram certa dificuldade, passaremos a apontar os passos essenciais deste processo, por meio de exemplos. Referir-nos-emos apenas ao trabalho de modificação de textos, porque a reprodução do que se ouve, sendo prática a que toda a gente está habituada, não apresenta as mesmas dificuldades.
Suponhamos que temos de passar para o discurso indireto a seguinte frase de um trecho dialogado:
Mary: «I know Mr. Smith»
Maria: «Eu conheço o Sr. Smith»
Começamos por ter de introduzir o verbo «to say» (dizer) e podemos empregá-lo em vários tempos, conforme o sentido, ou conforme o que nos for pedido. Daqui resultam duas possíveis versões:
Discurso Indireto
Versão A
Mary says (ou has said, ou is saying, ou will say) (that) she knows Mr. Smith
Maria diz (ou acaba de dizer, ou está a dizer, ou dirá) que conhece o Sr. Smith.
Versão B
Mary said (ou had said, ou was saying, ou would say) (that) she knew Mr. Smith
Maria disse (ou tinha dito, ou estava a dizer, ou diria) que conhecia o Sr. Smith
Podemos tirar destes exemplos a primeira regra:
1 ) Questão do tempo verbal:
O tempo verbal a empregar depende do tempo em que está o verbo que introduz o discurso indireto.
Na versão «a)», o verbo «to say» está nos tempos do presente ou no futuro e, por isso, o verbo «to know» mantém-se no presente, isto é, no tempo em que foi empregado pela interlocutora.
interlocutor - aquele que conversa com outro
Na versão «b)», o verbo «to say» está em tempos do pretérito ou do condicional e, consequentemente, o verbo «to know» teve de passar para o pretérito.
Vejamos mais exemplos que ilustrem a lei da sequência dos tempos verbais:
Discurso direto e
Discurso indireto
John:
I am writing to my brother
John said (that) he was writing to his brother
I wrote to my brother
John said (that) he had written to his brother
I have just written to my brother
John said (that) he had just written to his brother
I was writing to my brother
John said (that) he had been writing to his brother
I have been writing to my brother
John said (that) he had been writing to his brother
I shall write to my brother
John said (that) he would write to his brother
Verificamos, portanto, que, se o verbo que introduz o discurso indireto estiver no pretérito, a correspondência dos tempos verbais é a seguinte:
Estando no:
Passam para o:
Present continuous
Past continuous
Past simple
Past perfect
Present perfect
Past perfect
Past continuous
Past perfect-continuous
Present perfect-continuous
Past perfect-continuous
Future
Conditional
É fácil notar que, tal como acontece em português, o facto de transpormos a ação para o passado, no discurso indireto, obriga a que os tempos empregados no texto se tornem mais remotos/antigos. Se o verbo estivesse no «past perfect-continuous» (I had been writing), como o tempo não se poderia tornar mais remoto, ficaria na mesma forma (he had been writing). Todos os futuros passam para condicionais (futuros no passado).
Vejamos agora outros pontos importantes:
Discurso direto
Discurso indireto
Mary:
I know you, but I don’t know your sister
Eu conheço-te (conheço-o, -a, -os, -as, -vos) mas não conheço a tua (sua, vossa) irmã
Mary said (that) she knew him (her, them), but she did not know his (her, their) sister
Maria disse que o (a, os, as) conhecia, mas não conhecia a irmã dele (dela, deles, delas).
2 ) Questão dos pronomes pessoais e dos adjetivos e pronomes possessivos:
Conforme se vê nestes exemplos, as primeiras e segundas pessoas dos pronomes transformam-se, na passagem para o discurso indireto, em terceiras pessoas. Mas como a terceira pessoa pode ter várias formas (masculina, feminina, singular, plural), é preciso verificar, no texto que nos for apresentado, quais são as formas que convém escolher, de acordo com a identidade dos interlocutores.
Nos exemplos apresentados, a escolha das variantes entre parêntesis dependeria da identidade da pessoa ou pessoas a quem «Mary» se dirigisse.
3 ) Questão da conjunção integrante «that»:
A conjunção integrante «that» encontra-se entre parêntesis em todos os exemplos dados até aqui porque se pode suprimir quando se lhe segue imediatamente o sujeito da oração que introduz.
Estudemos agora novos exemplos, para a observação de outros pontos:
Discurso direto
Discurso indireto
Henry: I will bring you the book tomorrow
Henrique: Trazer-te-ei (trago-te) o livro amanhã
Henry said (that) he would bring him the book (on) the following day (on the next day).
Henrique disse que lhe traria (trazia) o livro no dia seguinte
Peter: «Can’t you bring it today, Henry?
Pedro: Não o podes trazer hoje, Henrique?
Peter asked Henry if he could not bring it on that day.
Pedro perguntou a Henrique se não o podia trazer nesse dia.
Henry: «Oh, don’t be so impatient, Peter! I shall be very busy this evening, I can’t come here again».
Henrique: Oh! Não sejas tão impaciente, Pedro! Eu vou estar (estarei) muito ocupado esta tarde, não posso vir cá outra vez.
Henry told Peter not to be so impatient. He would be very busy that evening, he couldn’t go there again.
Henrique disse a Pedro que não fosse tão impaciente. Ele estaria muito ocupado nessa tarde, não podia ir lá outra vez.
4 ) Questão do verbo que introduz o discurso indireto em orações interrogativas, exclamativas, imperativas, etc.
a ) Quando reproduzimos uma pergunta, o verbo que introduz a frase deve ser «to ask» (perguntar) e não «to say» (dizer)
b ) Quando se trata de um conselho ou uma ordem, deve-se empregar «to tell» ou «to order» (no caso de uma ordem formal), sendo estes verbos acompanhados de um infinito. (Ver «O infinito, substituto do modo conjuntivo»).
Estes verbos podem não ocorrer no texto que apresenta o discurso direto, mas temos de os introduzir no discurso indireto, em substituição dos pontos de interrogação e de exclamação. Podem-se introduzir ainda outros verbos, como
to exclaim
exclamar
to protest
Protestar
To repeat
Repetir
To retort
Retorquir
To state
Afirmar
To remark
Observar
Etc. …
conforme o sentido da frase e ainda para evitar a repetição dos mesmos verbos, tornando o estilo mais elegante.
5 ) Questão das expressões de tempo:
Quando, no discurso direto, ocorrem expressões de tempo como «today» (hoje), «tomorrow» (amanhã), «now» (agora), etc… evidentemente que essas expressões não se podem manter no discurso indireto, porque perdem a sua atualidade. Substituem-se por outras, a saber:
Em vez de,
Diz-se:
Now
Agora
At that moment
Nesse momento
Today
Hoje
On that day
Nesse dia
Tomorrow
Amanhã
(on) the following day
(on) the next day
No dia seguinte
Yesterday
Ontem
On the eve
Na véspera
(on) the day before
(on) the previous day
No dia anterior
The day after tomorrow
Depois de amanhã
The day after the next
Dois dias depois
The day before yesterday
Antes de ontem
The day before the previous one
Dois dias antes
Two days ago
Há dois dias
Two days before
Havia dois dias
Dois dias antes
A week ago
Há uma semana
A week before
Havia uma semana
Uma semana antes
As expressões com «next» e «last» (last week – a semana passada; next year – no próximo ano) podem-se manter.
6 ) Questão dos advérbios de lugar e dos pronomes e adjetivos demonstrativos:
Expressões como «this» (este) e «here» (aqui) não se podem manter no discurso indireto, porque a pessoa que reproduz o que leu não está no mesmo lugar que os interlocutores do texto. Assim, «this», substitui-se por «that» (esse, aquele) o mesmo sucedendo aos plurais respetivos. A «here», corresponde «there» (ali, lá) no discurso indireto, ou outras expressões, quando o sentido exigir maior clareza. Pelas mesmas razões, o verbo «to come» (vir) substitui-se geralmente por «to go» (ir).
7 ) Questão do vocativo e das interjeições:
Vocativo - palavra ou expressão que serve para chamar;
Examinando os exemplos dados, ver-se-á que os vocativos «Peter» e «Henry» não aparecem no discurso indireto. Isto é compreensível, visto que o vocativo é uma expressão que se emprega apenas quando dirigida pela pessoa que fala à pessoa que ouve, ou quando se repete exatamente uma conversa, isto é, no discurso direto.
São estes os pontos essenciais a considerar quando se muda um texto do discurso direto para o indireto.
Vejamos a aplicação destas normas no trecho que se segue:
«A strange pair of boots»
«A gentleman had a very stupid man-servant and one day he called him and said «Bring up my boots, will you Paul?». When the servant returned, he said angrily: «Good Heavens, what is this you have brought, Paul? This is not a pair! One is a boot and the other a shoe!»
«It surprised me very much too, Sir», said the man-servant, «and what surprised me more is that I have another pair just like this one downstairs.»
«Um senhor tinha um criado muito estúpido e um dia chamou-o e disse: Traz-me as minhas botas, sim Paulo? Quando o criado voltou, ele disse, zangado: Valha-me Deus, o que é isto que tu trouxeste, Paulo? Isto não é um par! Um é uma bota e o outro um sapato!
«Isto admirou-me muito também, senhor – disse o criado – e o que me admirou mais foi eu ter outro par exatamente como este lá em baixo!»
Discurso Indireto
«A strange pair of boots»
A gentleman had a very stupid man-servant and one day he called him and told him to bring up his boots. When the servant returned, he asked him angrily what was that he had brought, and exclaimed that that was not a pair. One was a boot and the other a shoe.
«The man-servant replied that it had surprised him very much too, and what had surprised him more was that he had another pair just like that one downstairs.
«Um senhor tinha um criado muito estúpido e um dia chamou-o e disse-lhe que lhe trouxesse as (suas) botas. Quando o criado voltou, ele perguntou-lhe zangado o que era aquilo que ele tinha trazido, exclamando que aquilo não era um par. Uma coisa era uma bota e a outra um sapato.
«O criado respondeu que isso também o tinha admirado muito, e o que o tinha admirado mais tinha sido ele ter outro par exatamente como aquele, lá em baixo.»
(Ainda por corrigir)
Lista dos principais Adjetivos Monossilábicos e Dissilábicos cujo Comparativo e Superlativo se podem formar com «more» e «most».
(Segundo H. Palmer («A Grammar of Spoken English)
Monossilábicos
Sílaba - som ou conjunto de sons de uma palavra que se pronunciam numa só emissão de voz
Monossilábico – que tem uma só sílaba
Fit
Apto, pronto, preparado, adaptado, próprio
Fond
Amigo, terno
Frank
Franco, sincero
Free
Livre, independente
Glad
Contente, satisfeito
Grave
Grave, sério; importante, digno
Huge
Grande, enorme
Calm
Calmo, quieto
Keen
Agudo; forte, intenso; esperto, ansioso
Cross
Contrário, oposto, transversal, zangado
Mild
Suave, brando
Old
Velho, antigo, idoso
Pale
Pálido, claro
Plain
Simples, liso, singelo, feio
Prompt
Pronto, rápido
Sound
São, correto, lógico, sensato
Scarce
Escasso, insuficiente
True
Verdadeiro, sincero, leal
Vague
Vago, indistinto, incerto
♣
Dissilábicos
Angry
Zangado, ressentido
Dingy
Baço, pardo, de aspeto sujo
Foggy
Nevoento, enevoado, turvo, obscuro, confuso
Hilly
Acidentado, montanhoso
Holy
Santo, santificado, sagrado
Chilly
Frio, fresco, resfriado
Cloudy
Nublado, turvo, obscuro
Clumsy
Desajeitado, desastrado, deformado, pesado
Cosy (cozy)
Confortável, aconchegado
Likely
Provavel, esperado, prometedor
Lucky
Feliz, venturoso, com sorte
Misty
Embaciado, enevoado, pardo, obscuro
Naughty
Desobediente, mal comportado, maldoso, mau, indecente
Rainy
Chuvoso
Risky
Arriscado, perigoso
Rocky
Rochoso, semelhante a rocha
Sleepy
Sonolento, adormecido
Snowy
Nevado, semelhante a neve
Sorry
Triste, preocupado, arrependido
Sunny
Soalheiro, alegre
Steady
Firme, sólido, seguro
Stony
Pedregoso, rochoso, semelhante a pedra
Stormy
Tempestuoso, violento, veemente
Tidy
Arrumado, ordenado, limpo
Shady
Frondoso, ensombrado, duvidoso
Showy
Vistoso, espalhafatoso
Thorny
Espinhoso, que pica
Windy
Ventoso, verboso, oco
Worthy
Digno, respeitável
(Ainda por corrigir)
Lista dos Principais Verbos Irregulares
Introdução: todos os verbos ingleses que não são defetivos (verbo defetivo – aquele que não se conjuga em todas as formas) têm três formas principais que nos dão todos os elementos necessários para podermos conjugá-los em todos os tempos:
A forma do infinito ou do presente
A forma do pretérito
A forma do particípio passado
■
Verbos Fracos são os que:
Não mudam a vogal do radical no pretérito e particípio
Terminam em «d», «ed» ou «t» no pretérito e particípio.
Ou têm as três formas principais iguais
(radical – parte invariável de uma palavra; desinência – elemento terminal de uma palavra)
■
Verbos Fortes são os que:
Mudam a vogal do radical no pretérito.
Terminam em «n» ou «en» no particípio.
■
Verbos Mistos são os que têm caraterísticas de verbos fortes e de verbos fracos
■
Lista dos principais Verbos Fortes
Classificação baseada nas formas que ocorrem na linguagem contemporânea
Os verbos marcados com *asterisco podem ocorrer também com formas fracas regulares.
Advertência – o símbolo [r] indica que apenas se pronúncia quando a palavra seguinte começa por vogal.
Presente – Pretérito - Particípio
Abide* – abode – abode – morar
Arise* – arose – arisen – levantar-se
Awake – awoke – awoke – acordar
Bear [r] – bore [r] – born – suportar, gerar
(Born – gerado; borne – suportado)
Forbear [r] – forbore [r] – forborne – abster-se
Beat – beat – beaten – bater
Begin – began – begun – começar
Bid – bade – bidden – pedir, mandar
Forbid – forbade – forbidden – proibir
Bind – bound – bound – ligar
Bite – bit – bitten - morder
Blow – blew – blown – soprar
Break – broke – broken – quebrar
Chide*– chid – chidden – ralhar
Choose – chose – chosen – escolher
Cleave – clove – cloven – fender, rachar
Cling – clung – clung – pegar-se
Come – came – come – vir
Become – became – become – tornar-se
Dig* – dug – dug – cavar
Do – did – done – fazer
( a forma «did» é ao mesmo tempo forte e fraca pois apresenta a desinência «d»)
Draw – drew – drawn – puxar, desenhar
Drink – drank – drunk – beber
Drive – drove – driven – guiar, andar de carro, impelir
Eat – ate – eaten – comer
Fall – fell – fallen – cair
Fight – fought – fought – lutar
Find – found – found – achar
Fling – flung – flung – arremessar
Fly – flew – flown – voar
Forsake – forsook – forsaken – abandonar
Freeze – froze – frozen – gelar
Get – got – got – obter
Beget – begot – begotten – gerar
Give – gave – given – dar
Forgive – forgave – forgiven – perdoar
Grind – ground – ground – moer
Grow – grew – grown – crescer, cultivar
Hang – hung – hung – pendurar
(a par deste verbo existe o fraco regular que significa «enforcar»)
Heave – hove – hove – içar
Hide – hid – hid (hidden) – esconder
Hold – held – held – segurar, abraçar
Behold – beheld – beheld – contemplar
Know – knew – known – saber, conhecer
Lie – lay – lain – jazer
Ride – rode – ridden – andar a cavalo, carro, comboio, etc
Ring – rang – rung – tocar campainha
Rise – rose – risen – erguer-se
Run – ran – run – correr
See – saw – seen – ver
Foresee – foresaw – foreseen – prever
Shake – shook – shaken – sacudir
Shine – shone – shone – brilhar
Shrink – shrank – shrunk – encolher
Sing – sang – sung – cantar
Sink – sank – sunk – afundar-se
Sit – sat – sat – sentar-se
Slay – slew – slain – matar em linguagem poética
Slink – slank – slunk – escapar-se sem ser notado
Speak – spoke – spoken – falar
Spin – span – spun – fiar
Spit – spat – spat – cuspir
Spring – sprang – sprung – saltar, surgir
Stand – stood – stood – estar de pé, erguer-se
Steal – stole – stolen – roubar
Stick – stuck – stuck – afixar, pegar
Sting – stung – stung – dar picadas de inseto
Stink – stank, stunk – stunk – cheirar mal
Stride – strode – stridden – dar passos largos
Strike – struck – struck – bater
String – strung – strung – atar com cordel, retesar
Strive – strove – striven – esforçar-se
Swear* [r] – swore* [r] – sworn – jurar
Forswear* [r] – forswore* [r] – forsworn – abjurar, desdizer
Swim – swam – swum – nadar
Swing – swung – swung – balouçar, oscilar, revolver
Take – took – taken – levar
Tear [r] – tore [r] – torn – rasgar
Thrive* – throve – thriven – prosperar
Tread – trod – trodden – pisar
Wake* – woke – woke, woken – acordar
Wear [r] – wore [r] – worn – usar, vestir
Weave – wove – woven – tecer
Win – won – won – ganhar
Wind – wound – wound – serpear
Wring – wrung – wrung – apertar, torcer
Write – wrote – written – escrever
■
Verbos Fortes com dois Radicais
(radical – parte invariável de uma palavra; desinência – elemento terminal de uma palavra)
Be – was – been – ser, estar
Go – went – gone – ir
♣
Lista dos principais Verbos Fracos
(Verbos Fracos Irregulares)
Classificação baseada nas formas que ocorrem na linguagem contemporânea.
Os verbos marcados com *asterisco apresentam também formas fracas regulares em –ed.
Verbos com enfraquecimento da vogal do pretérito e do particípio
Presente - vogal (i:) – Pret./Part. - Vogal (e)
Bereave* (bi´ri:v)– bereft (bi´reft) – despojar
Bleed (bli:d) – bled (bled) – sangrar
Breed (bri:d)– bred (bred) – criar
Creep – crept – arrastar-se
Deal – dealt – negociar, tratar
Dream* – dreamt – sonhar
Feed – fed – alimentar
Feel – felt – sentir
Flee – fled – fugir
Keep – kept – conservar
Kneel – knelt – ajoelhar-se
Lead – led – conduzir
Lean* – leant – encostar-se
Leap* – leapt – saltar
Leave – left – deixar
Mean – meant – significar
Meet – met – encontrar
Read (ri:d) – read (red) – ler (as 3 formas não são iguais: o som difere)
Sleep – slept – dormir
Speed – sped – apressar-se
Weep – wept – chorar
-----------
Lose (lu:z) – lost (l#st) – perder
Shoe (1u:) – shod (1#d) – calçar (ferrar)
Shoot (1u:t) – shot (1#t) – dar tiros
Slide (slaid) – slid (slid) – deslizar
Light* (lait) – lit (lit) – acender
■
Verbos que apresentam as três formas iguais:
Burst (bE:st) – rebentar
Cast (ka:st) – lançar
Cost (k#st) – custar
Cut – cortar
Hit – bater
Hurt – magoar
Let – deixar
Put – pôr
Rid – livrar
Set – colocar
Shed – derramar
Shut – fechar
Slit – rachar
Split – separar
Spread – espalhar
Sweat* – transpirar
Thrust – empurrar
Wet* – molhar
Os verbos marcados com *asterisco apresentam também formas fracas regulares em –ed.
■
Verbos que terminam em «d» no presente e em «t» no pretérito e particípio
Presente - Pret./Part.
Bend (bend) – bent (bent) – dobrar
Build (bild) – built (bilt) – construir
Gird – girt – cingir
Lend – lent – emprestar
Rend – rent – rasgar
Send – sent – enviar
Spend – spent – gastar
■
Verbos cuja desinência é «t» no pretérito e particípio sem alteração de vogal:
Presente - Pret./Part.
Burn* (bE:n) – burnt (bE:nt) – queimar
Dwell* – dwelt – morar
Smell* – smelt – cheirar
Spell* – spelt – soletrar
Spoil* – spoilt – estragar
■
Verbos que sofrem alterações fonéticas que não correspondem a alterações gráficas:
Presente - Pret./Part.
Hear (hiE) – heard (hE:d) – ouvir
Read (ri:d) – read (red) – ler
■
Verbos que sofrem alterações gráficas e contracções:
Presente - Pret./Part.
Say – said – dizer
Pay – paid – pagar
Lay – laid – colocar
Have – had – ter
Make – made - fazer
■
Verbos que apresentam mudança de vogal no radical e a desinência «t» ou «d» no pretérito e particípio:
(radical – parte invariável de uma palavra; desinência – elemento terminal de uma palavra)
Presente - Pret./Part.
Beseech – besought – implorar
Bring – brought – trazer
Buy – bought – comprar
Catch – caught – apanhar
Seek – sought – procurar
Teach – taught – ensinar
Sell – sold – vender
Tell – told – dizer
Dare – durst, dared – atrever-se
O verbo «to dare» só apresenta a forma irregular no pretérito a par da regular «dared»; o particípio é sempre «dared»
♣
Verbos Mistos
Verbos que apresentam desinência fraca no pretérito e uma forma forte no particípio:
Os verbos marcados com *asterisco apresentam também particípios fracos regulares
Presente – Pretérito - Particípio
Lade – laded – laden – carregar
Mow* – mowed – mown – ceifar
Rive – rived – riven – rachar
Saw – sawed – sawn – serrar
Shave* - shaved – shaven – barbear
Shear – sheared – shorn – tosquiar
Show* – showed – shown – mostrar (este verbo também ocorre com a grafia «shew» shew=show)
Sow* - sowed – sown – semear
Strew* - strewed – strewn – espalhar
Swell* – swelled – swollen – inchar
Nota: Além destes há outros verbos que tinham um particípio forte, o qual passou a usar-se apenas como adjetivo sendo substituído na conjugação verbal por um particípio fraco.
Exemplos:
To melt – melted – melted – (molten) – derreter
To sew – sewed – sewed – (sewn) – coser
Não os incluímos nestas listas visto que as formas fortes são sempre adjetivos.
(ainda sem correção)