VERBOS DEFETIVOS
Defective Verbs
(di´fektiv vE:bz)
Os verbos que vamos tratar chamam-se verbos defetivos ou finitos anómalos («anomalous finites» - Palmer), porque lhes faltam muitas formas de conjugação. De facto, só têm presente e pretérito. Também são chamados «verbos auxiliares de modo», porque se empregam como auxiliares em construções especiais. As suas formas são as seguintes:
Forma do Presente
(Present Form)
Shall (1"l), (1El), (1l)
Will (wil), (l)
Can (k"n), (kEn)
May (mei)
Must (m8st), (mEst)
Ought (#:t)
Forma do Pretérito
(Past Form)
Should (1ud), (1Ed)
Would (wud), (d)
Could (kud), (kEd)
Might (mait)
---
---
As suas traduções são de certo modo variáveis, razão por que as daremos por meio de exemplos.
Alguns destes verbos apresentam formas fonéticas fortes e fracas. As fortes (as primeiras transcritas fonéticamente) empregam-se sempre que se pretende dar ênfase ao verbo (forma enfática), ou na linguagem oral cuidada e na literária. Estes verbos só têm presente e pretérito, com excepção de «must» e «ought», que não possuem forma de pretérito. Não se empregam com outros auxiliares, sendo substituídos por outras expressões nos tempos do futuro, condicional e outros tempos compostos. Nenhum destes verbos tem particípio nem infinito: não se deve dizer «o verbo to shall», «o verbo to can», etc., mas sim «o verbo shall, can», etc.
Vejamos primeiro as suas caraterísticas comuns para, em seguida, estudarmos isoladamente os empregos e significados de cada um.
Ex.:
Em frases afirmativas, interrogativas, negativas e interrogativas-negativas
He shall go
Ele irá
Shall he go?
He shall not (he shan’t) go
Shall he not (shan’t he) go?
He will do it
Ele fará isso
Will he do it?
He will not (he won’t) do it
Will he not (won’t he) do it?
She can write
Ela pode (sabe) escrever
Can she write?
She cannot (she can’t) write
Can she not (can’t she) write?
He may come
Ele pode vir
May he come?
He may not come
May he not come?
She must pay
Ela tem de pagar
Must she pay?
She must not (mustn’t) pay
Must she not (mustn’t she) pay?
He ought to pay
Ele deve pagar
Ought he to pay?
He ought not (he oughtn’t) to pay
Ought he not (oughtn’t he) to pay?
Examinando os exemplos, verifica-se o seguinte:
1 – Estes verbos só se usam combinados com o infinito;
2 – O infinito dependente destes verbos não é precedido da partícula «to», excetuando-se o caso do verbo «ought»;
3 – Usados na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, estes verbos não apresentam a desinência «s»;
4 – Usados nas formas interrogativa e negativa, não são acompanhados do auxiliar «to do», isto é, funcionam como o verbo auxiliar «to be».
5 – Tal como os outros verbos auxiliares, podem contrair-se com a negativa «not».
■
Estudemos agora os verbos defetivos um por um:
SHALL – SHOULD
Este verbo apresenta apenas duas formas: a do presente «shall» (1"l; 1El; 1l) – e a do pretérito – «should» (1ud; 1Ed).
Não tem particípio passado.
A – a forma «shall» serve de auxiliar na formação dos tempos do futuro – do futuro simples ou puro e do futuro intencional, isto é, do futuro com significados especiais. O seu emprego e significado vem descrito no capítulo «Significado e Emprego dos Tempos da Conjugação Inglesa».
Em frases negativas, «shall» aparece em contrações com «not», dando «shan’t» (1A:nt).
B – 1 – a forma «should» serve de auxiliar no modo conjuntivo (v. «Modo Conjuntivo»), em exemplos como:
Modo Conjuntivo: modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Presente do Conjuntivo: que eu venha
Pretérito imperfeito do Conjuntivo: se eu viesse
Futuro do Conjuntivo: quando eu vier
LINK
http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/vir
If he should come, give him this
Se ele vier, dá-lhe isto (Futuro)
If I should fail, you would despise me
Se eu falhasse, tu desprezavas-me (Pretérito)
It is necessary that he should know all
É necessário que ele saiba tudo (Presente)
Everybody thought that he should win
Toda a gente pensava que ele ganhasse (Pretérito)
2 – Serve também de auxiliar para a formação do tempo que corresponde ao nosso condicional e é chamado por autores ingleses «past subjunctive», «future-preterite» ou «conditional»
I told you that I should come today
Eu disse-te que viria hoje
If he said that, I should believe him
Se ele disse isso, eu acreditaria nele
Nesta função, usa-se geralmente com as primeiras pessoas.
3 – «should» pode ainda ser usado como verbo principal, no sentido de «dever» (ter o dever de):
You should go
Tu deves ir (tu devias ir)
He should have waited
Ele devia (deveria) ter esperado
Como verbo de significação própria, se é empregado com um infinito simples, traduz-se pelo presente do indicativo (tu deves) ou pelo imperfeito (tu devias);
se é empregado com um infinito perfeito, traduz-se pelo imperfeito do indicativo ou pelo condicional (devia ou deveria).
4 – «should» aparece em muitas frases coloquiais, que exprimem opiniões:
(coloquial – informal, familiar)
Do you think it’s cold outside?
Achas que está frio lá fora?
I should think so!
Eu acho que sim!
Don’t you think he’s very stupid?
Não achas que ele é muito estúpido?
I should say so!
Concordo, acho que sim!
Look! The child is asking for a sweet; I should give him one
Olha! A criança está a pedir um doce; eu dava-lhe um (acho que lhe podias dar um)
Can I wait here?
Posso esperar aqui?
I shouldn’t think so!
Acho que não
5 – Muitas vezes «should» equivale à nossa forma perifrástica «haver de», na linguagem coloquial:
conjugação perifrástica: tipo de conjugação, muito vulgar na língua portuguesa, que consta de um verbo auxiliar que indica o tempo, e o verbo principal, no gerúndio ou no infinito, que exprime a acção que se realiza;
You should hear him sing!
Havias de ouvi-lo cantar!
I was going out and whom should I meet? John!
Eu ia a sair e quem é que eu havia de encontrar? O João!
Why should she bother me?!
Porque é que ela me há-de aborrecer?!
(Porque é que ela me anda a aborrecer?!)
■
WILL – WOULD
A – 1 – «Will» (wil; l) serve de auxiliar na formação do futuro (v. «Os Tempos da Conjugação Inglesa») quer do futuro simples ou puro, quer das diferentes modalidades do futuro intencional.
2 – Emprega-se também em construções que não se podem bem considerar futuros e em que «will» desempenha funções de verbo principal, significando «ser capaz de» ou «costumar».
She will spend all her wages on a new dress
Ela é capaz de gastar todo o ordenado num vestido novo
He will read for hours in bed
Ele é capaz de (ele costuma) ler horas e horas na cama
Em certas frases, não se deve traduzir em português:
Dogs will bite
Os cães mordem
This glass will take a pint of liquid
Este copo leva um quartilho de líquido (aproximadamente ½ litro)
That will do
Isso serve (ou chega)
3 – «Will» pode envolver uma ideia de «vontade», traduzindo-se a expressão em que ocorre por um conjuntivo:
Conjuntivo: modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito; Nos Modos e Tempos Verbais o conjuntivo é o modo da eventualidade e possibilidade.
Presente do Conjuntivo: Que eu faça
Pretérito Imperfeito do Conjuntivo: Se eu fizesse
Futuro do Conjuntivo: Quando eu fizer
If you will do that, I shall be grateful to you
Se fizeres isso, ficar-te-ei grato
(Futuro do Conjuntivo)
I won’t talk to him again, if he won’t (will not) apologise
Não lhe torno a falar, a não ser que peça desculpa
(Presente do Conjuntivo)
Nota: A contração de «will» com «not» dá «won’t» (wount)
4 – Em certas frases em que há uma ideia de suposição, «will» traduz-se por «dever».
This will be enough, I think
Acho que isto deve ser suficiente
He will have heard the joke before
Ele deve ter ouvido a anedota anteriormente
They won’t have noticed the difference
Eles não devem ter notado a diferença
■
B – 1 – «Would» (wud) (d) A forma «would» serve de auxiliar no modo conjuntivo (v. «Modo Conjuntivo») sempre que a ideia de vontade esteja envolvida no sentido.
I could finish this today if you would help me (if you’d help me)
Eu poderia acabar hoje isto se tu me ajudasses (me quisesses ajudar)
You could do it if you would!
Tu podias fazê-lo se quisesses!
«Would» é uma forma de pretérito («will» é o presente) e por isso se usa no (pretérito imperfeito) imperfeito do conjuntivo
(«will» forma o presente ou o futuro do conjuntivo)
(ver este link: http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/fazer )
2 – «Would», como «Should», usa-se na formação do condicional:
If I were rich, I would buy a Rolls-Royce (I’d buy)
(If I were rich – a frase não é I was como habitualmente! Nestas condições a frase está correta e mais tarde se descobrirá a razão porque está correta!!) e, é evidente que, isto está fora do assunto que é o condicional com «would» e «should» !! Foi-me dito que é assim por ter o «If» atrás mas falta-me investigar melhor.
Se eu fosse rico, comprava (compraria) um Rolls-Royce
I would accept that offer, if I were you
Eu aceitava (aceitaria) aquela oferta, se fosse a ti
(«Should» e «Would», no condicional, empregam-se mais ou menos indistintamente com as primeiras pessoas, mas «would» usa-se quase sempre com as segundas e terceiras)
Nothing would stop me from travelling, if I were healthy
Nada me impediria de viajar, se eu tivesse saúde
If they knew that, they would punish you
Se eles soubessem isso, castigavam-te (castigar-te-iam)
3 – «Would» emprega-se paralelamente a «will», no passado, significando «ser capaz de», «costumar» (ver o A – 2 – ... com «Will» pois é semelhante a este B – 3 –)
She would spend all her wages on a new dress
Ela era capaz de gastar todo o ordenado num vestido novo
He would read for hours in bed
Ele era capaz de (costumava) ler horas e horas na cama
E também em certas frases em que não se traduz em português:
His dogs would bite everybody
Os cães dele mordiam toda a gente
The glasses he used would take a pint of liquid
Os copos que ele usava levavam um quartilho de líquido
He started working at the factory, but that wouldn’t do for him
Ele começou a trabalhar na fábrica, mas isso não lhe servia
To do – convir, ser conveniente (fazer, realizar, trabalhar, representar, estudar, preparar, arranjar, cozinhar, etc.)
4 – Também se usa paralelamente a «will» em frases que indicam suposição – mas aqui confunde-se algumas vezes com o condicional (v. «Will» Nº 4)
That would be enough, I thought
Pensei que isso devia bastar (bastaria)
He would have heard the joke before
Ele devia ter ouvido a anedota (anteriormente)
They wouldn’t have noticed the difference
Eles não deviam ter notado (não notariam) a diferença
5 – Algumas vezes, «would» é sinónimo de «querer»; não dá apenas uma ideia vaga de vontade, indica teimosia, insistência sobre uma resolução:
That woman wouldn’t let me pass!
Aquela mulher não me queria deixar passar!
I asked them for some bread, but they wouldn’t give me any
Pedi-lhes pão, mas não me quiseram dar nenhum
As none of them would confess his guilt, they were all sent to prison
Como nenhum quis confessar a culpa, foram todos presos
Nota: A contração de «would» com «not» dá «wouldn’t» (´wudnt)
6 – Paralelamente a «will» (v. «Futuro Interrogativo») «would», em orações interrogativas, usa-se para pedir um favor:
Would you pass me the salt?
Eras capaz de me passar o sal?
Would you tell me the way to Piccadilly?
Podia ensinar-me o caminho para Piccadilly?
■
MAY – MIGHT
«May» (mei) e «might» (mait) são as duas formas únicas deste verbo e usam-se paralelamente –– «may» no presente e «might» no passado. «May» é a forma única do presente.
1 – Como verbo auxiliar, «may-might» emprega-se na formação do conjuntivo, em orações finais:
Modo Conjuntivo: modo que exprime a acção como uma possibilidade, uma eventualidade, uma expectativa ou dúvida, traduzindo a pouca responsabilidade assumida pelo falante relativamente ao que está a ser dito;
Nos Modos e Tempos Verbais o conjuntivo é o modo da eventualidade e possibilidade.
Presente do Conjuntivo: que eu venha
Pretérito imperfeito do Conjuntivo: se eu viesse
Futuro do Conjuntivo: quando eu vier
LINK
http://www.infopedia.pt/verbos-portugueses/vir
Oração final: exprime a intenção, ou o móbil da ação enunciada na oração subordinante/principal.
A oração subordinada é aquela cujo sentido depende do de outra, da principal, do mesmo período/frase.
Ex.: Amemos os nossos semelhantes, para que eles nos amem também a nós (oração final e subordinada/inferior/secundária)
I pray that he may succeed
Rogo a Deus que ele vença (Presente do conjuntivo)
Please let me go now, that I may catch the train
Por favor deixe-me ir agora, para que eu apanhe o comboio (Presente do conjuntivo)
He should have published his discovery, so that others might profit by it
Ele devia ter publicado a descoberta, para que outros se aproveitassem dela (Pretérito Imperfeito do Conjuntivo)
2 – «May-might» com um infinito, como verbo principal, pode indicar possibilidade:
He may go tomorrow, or he may not
Ele pode ir amanhã ou pode não ir
That might be dangerous
Isso podia ser perigoso
Might it not come true?
Isso não podia acontecer (vir a realizar-se)?
3 – «May-might», ainda como verbo principal e significando «poder», usa-se também para indicar ou pedir licença, permissão:
May I use your pen? – You may
Posso usar a tua caneta? – Podes
Might I give you some advice?
Podia dar-lhe um conselho?
You can do that, of course, but you may not
Tu podes fazer isso, é claro, mas não tens licença para isso
4 – Muitas vezes indica um pedido indireto ou desejo:
You might take this to my room
Podias levar isto para o meu quarto
May you be happy!
Que sejas feliz! (Oxalá sejas feliz!)
Aqui, «may» usa-se um pouco diferentemente de «might». «Might» serve para formular pedidos indiretos ou desejos, mas «may» indica apenas um desejo e usa-se sempre com inversão do sujeito (may you, may he, etc.), traduzindo-se em português por um conjuntivo. Quanto à forma, pode incluir-se este emprego de «may» no 1º grupo, isto é, pode considerar-se um auxiliar do conjuntivo. Apenas, neste caso, não se expressa a oração principal de que depende o conjuntivo:
I wish that …
(Eu desejo que…) (Oração principal)
■
CAN – COULD
«Can» (k"n; kEn) é a forma do presente e «could» (kud; kEd) a forma do pretérito do mesmo verbo, que significa «poder», no sentido de «ser capaz de», «ter possibilidades para»:
1 – I can do that for you
Eu posso fazer-te isso
I could do it very easily
Eu podia (poderia) fazê-lo muito facilmente
2 – O verbo «can-could» anda ligado à expressão «to be able to» (ser capaz de), que o substitui nos tempos que lhe faltam, visto que os verbos defetivos não se podem conjugar com auxiliares.
Exemplos:
He will be able to walk in a month
Ele poderá andar dentro de um mês
I have been able to get some oranges
Consegui (pude) arranjar umas laranjas
I told him we had been able to get in
Eu disse-lhe que tínhamos podido (conseguido) entrar
I hope you will be able to earn some money
Espero que poderás (possas) ganhar algum dinheiro
Como o verbo «can» não tem particípios nem infinito, não se usa nos tempos compostos nem no futuro, e daí a necessidade de o substituir por uma expressão equivalente.
3 – Mas em vez das formas do condicional «should be able to» e «would be able to», usa-se muitas vezes a forma could:
Oh! I couldn’t bear such a person in my house!
Oh, eu não poderia suportar uma pessoa assim na minha casa!
I couldn’t carry all this alone!
Eu não poderia levar tudo isto sozinha
He could never do such a thing!
Ele nunca poderia (seria capaz de) fazer tal coisa!
If she helped me, I could help you
Se ela me ajudasse, eu podia (poderia) ajudar-te (ou eu ajudava-te)
4 – «Can-could», ligado a certos verbos, pode significar «saber» (ter aptidão para):
She can sing very well
Ela sabe cantar muito bem
Can she speak English? No, she can’t (kA:nt)
Ela sabe falar inglês? Não, não sabe
Couldn’t (kudnt) he speak French when he came here?
Ele não sabia falar francês quando veio?
Notas: A contração de «can» com «not» dá «can’t» (kA:nt). Sem se contraírem, podem-se escrever as duas palavras juntas: «cannot» (´k"n#t).
A contração de «could» com «not» dá «couldn’t» (kudnt)
5 – «Can» substitui muitas vezes «may» no sentido de «poder», «ter licença», «ter permissão», «ter direito de»:
You cannot (can’t) do that!
Tu não podes fazer isso!
Can I borrow this book?
Posso pedir este livro emprestado?
You could not do (couldn’t do) such a thing!
Tu não podias (poderias) fazer tal coisa!
6 – «Can-could» emprega-se muito em frases interrogativas que denotam um pedido ou uma oferta:
Can I help you?
Posso ajudá-lo? (Nas lojas: Posso atendê-lo?)
Could you open the door for me?
Podias abrir-me a porta?
Can you wait a moment?
Pode esperar um momento?
Could you lend me sixpence?
Podes emprestar-me seis dinheiros?
7 – Com verbos que exprimem perceções como «to see», «to hear», «to feel», «to taste», «to smell», não se traduz em português:
Can you hear some music?
Estás a ouvir uma música?
Ouves uma música?
Can you see the aircraft?
Vês o aeroplano?
Estás a ver o aeroplano?
Put your hand on my head. Can you feel anything here?
Pôe-me a mão na cabeça. Sentes alguma coisa aqui?
■
MUST
O verbo «must» (m8st) só tem uma forma, que é a do presente. Contraído com «not», dá «mustn’t» (´m8snt). Exprime necessidade de fazer qualquer coisa, ou obrigação, e é algumas vezes sinónimo da expressão «to have to» (ter de).
1 – I must finish this today
Tenho de acabar isto hoje
Preciso de acabar isto hoje
He must find some way out of this trouble
Ele tem de arranjar uma saída para esta maçada
We must eat to live
Temos de comer para viver
You mustn’t do that
Não podes fazer isso
Não deves fazer isso
Neste último exemplo, «must» é mais forte que «should», significa, realmente, «É preciso que não faças isso.»
2 – Em certas expressões, «must» significa apenas necessidade lógica:
He must be very rich (to buy a house like that)
Ele deve ser muito rico (para comprar uma casa daquelas)
(É lógico que deve ser muito rico para comprar uma casa daquelas)
She must be over forty.
Ela deve ter mais de quarenta anos
You must first of all know that…
Primeiro que tudo, devo dizer-lhe que…
(À letra: Primeiro que tudo, deve saber que…)
( A expressão «À letra» significa: – de um modo rigoroso e claro)
3 – Quando há necessidade de usar a expressão «ter de» no passado ou no futuro, substitui-se «must» por «to have to»:
Present
I must go
Passado
I had to go
Tive de ir – tinha de ir
Futuro
I shall have to go
Terei de ir
You will have to go
Terás de ir
Algumas vezes, porém, «must» pode parecer um passado, devido à tradução portuguesa:
She knews she must go
Ela sabia que tinha (tem) de ir
He said he must talk to you
Ele disse que tinha (tem) de lhe falar
■
OUGHT
1 – O verbo «ought» (#:t) assemelha-se no sentido a «should» e «must», mas difere deles em parte: é mais forte que «should» e, ao passo que «must» indica necessidade de qualquer espécie, «ought» refere-se apenas a conveniência ou dever:
You should do that
Deves fazer isso
You must do that
Tens de fazer isso
You ought to do that
Tens (o dever) de fazer isso
Note-se que «ought» é sempre acompanhado de um infinito com a partícula «to», ao contrário dos outros verbos defetivos.
Como tem uma forma única, empregado com um infinito perfeito, traduz-se pelo imperfeito do indicativo (pretérito):
He ought to have come, oughtn’t he?
Ele devia ter vindo, não devia?
Note-se que tal como os outros verbos que temos visto, pode contrair-se com a negativa, pronunciando-se (´#:tnt).
2 – «Ought» emprega-se certas vezes para indicar probabilidade:
He ought to have seen them on the way
Ele deve tê-los visto pelo caminho
They ought to be waiting for us
Eles devem estar à nossa espera
Advertência – Para complemento do estudo dos verbos auxiliares de modo, é de toda a utilidade consultar o capítulo sobre o «Modo conjuntivo».
(Ainda por corrigir)