Noções de Fonética
Introdução ao estudo dos símbolos fonéticos
O estudo de uma língua estrangeira compreende dois aspetos essenciais: o estudo da linguagem escrita e o do idioma falado.
Aprender a forma escrita isoladamente é uma pretensão bastante limitada – ainda que não haja necessidade de saber falar a língua – porque a maioria dos traços caraterísticos de um idioma, que formam por assim dizer a sua «personalidade», encontram-se na forma oral, na linguagem falada.
As letras do alfabeto nem sempre representam os mesmos sons em línguas diferentes. E, ainda dentro da mesma língua, uma letra pode representar sons diversos. Por exemplo, em português, a letra «s» tem valores distintos nas palavras «serra», «casa» e «dias». Em inglês, a letra «a» lê-se de maneira diferente em «table», «apple», «hard» e «call».
Não podemos, portanto, considerar as letras do alfabeto símbolos representativos de um som único. Por esta razão se criaram os chamados «Símbolos Fonéticos», um conjunto de sinais cada um dos quais representa sempre o mesmo som. Com o uso dos símbolos, é possível escrever com apreciável exatidão a pronúncia de qualquer palavra em qualquer língua. Os símbolos fonéticos foram inventados por um grupo de estudiosos de diversos países e publicados pela «Associação Internacional de Fonética».
Há, infelizmente, quem pense que o estudo dos símbolos fonéticos não é proveitoso. Tal opinião é bastante insensata.
No estudo da língua inglesa, a maior dificuldade sentida pelos nossos alunos – à parte raríssimas excepções – é a que diz respeito à pronúncia. O professor deve, na aula, ensinar como se pronunciam os vocábulos de um determinado trecho – o que geralmente se faz. Mas acontece que os alunos não podem fixar tudo e, além disso, podem no decorrer dos seus trabalhos encontrar outros vocábulos cuja pronúncia ainda não foi ensinada. Sendo assim, como aprendê-la? Só por intermédio dos símbolos fonéticos – recorrendo a um dicionário ou às transcrições fonéticas do livro ( a não ser que tenham alguém que os auxilie fora do estabelecimento de ensino).
A escrita fonética constitui, portanto, o único meio de estudar a pronúncia das palavras sem a ajuda de outras pessoas.
Os estudantes mostram, geralmente a princípio, alguma relutância em aprender os símbolos fonéticos. Mas, uma vez recordadas certas noções de fonética que se aprendem no (antigo) primeiro ciclo do liceu e estabelecida definitivamente a diferença entre uma letra e o símbolo de um som, a aprendizagem da escrita fonética torna-se matéria fácil e até agradável, podendo tirar-se dela toda a utilidade que nos oferece. É isto, em resumo, o que nos propomos fazer neste capítulo.
Estudo dos Símbolos Fonéticos
Do grande «Alfabeto Fonético» (publicado pela «Associação Internacional de Fonética»), vamos estudar apenas os sinais que representam sons existentes na língua inglesa, segundo a pronúncia-padrão (o chamado «Standard English»), isto é, não tomando em consideração diferenças dialetais.
Particularidades da escrita fonética
Os símbolos fonéticos escrevem-se, geralmente, entre parêntesis.
Não há letras maiúsculas em fonética
Cada símbolo representa um som único e sempre o mesmo, isto é, não se pode ler o mesmo símbolo de maneiras diferentes como acontece com as letras
Sinais fonéticos
O sinal fonético (:) indica que a vogal que o precede imediatamente é longa.
O sinal fonético (´) indica que a sílaba que o segue imediatamente é acentuada.
Advertência – Como é óbvio, não se podem estudar todos os símbolos fonéticos de uma vez. Nos exemplos que vamos apresentar para os primeiros símbolos, aparecerão outros cujo estudo se faz no decorrer do capítulo. Procurou-se escolher exemplos fonéticos que o estudante não tivesse dificuldade em ler, mas não se puderam evitar símbolos como (E) cujo valor fonético deve ser estudado antecipadamente (consultar o «Estudo dos sons vocálicos ingleses»). Aconselhamos uma repetição geral da leitura dos exemplos, depois de se haverem estudado todos os símbolos fonéticos.
Estudo dos sons consonânticos da língua inglesa
Consoantes oclusivas surdas
(oclusiva – consoante produzida através do fechamento momentâneo da cavidade bucal num determinado ponto) (surdo – que é produzido sem vibração das cordas vocais)
(p) (p) – Este símbolo consonântico representa o som da letra «p», que apenas difere do português quando é aspirado, isto é, quando em sílabas acentuadas não aparece combinado com outras consoantes
(aspiração – ruído surdo ou sopro produzido quando o volume de ar que passa pela glote/garganta não basta para provocar a vibração das cordas vocais)
Exemplos:
pit (pit)(pit), impart (im´pA:t)(im´pα:t)
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(t) (t) – Em português o fonema (t) é dental. Em Inglês este som é alveolar, quer dizer, a ponta da língua coloca-se mais acima de encontro aos alvéolos, ou seja, em terminologia fonética, a parte posterior das gengivas. O som (t) também se pronuncia com aspiração, nos mesmos casos que o som (p).
Ex.:
tip (tip)(tip), attend (E´tend)(ə´tend), bitter (´bitE)(´bitə)
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(k) (k) – O som representado por este símbolo corresponde ao da nossa letra «c» antes de «a, o, u», mas pronuncia-se com aspiração nos mesmos casos que o som (p). Pode corresponder às letras «c, k, ou ch» (raras vezes a «qu»).
Ex.:
kid (kid)(kid), cold (kould)(kould), account (E´kaunt)(ə´kaunt), monarch (´m#nEk)(´monək)
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Consoantes oclusivas sonoras
(b) (b) – O «b» inglês é exatamente igual ao nosso «b». É uma consoante bi-labial.
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(d) (d) – Em português o fonema (d) (fonema – unidade menor do sistema fonológico de uma língua com valor distintivo; o som mais simples e ao mesmo tempo diferente/distinto de todos os outros sons) é dental. Em inglês é alveolar. (alveolar – a ponta da língua coloca-se mais acima de encontro à parte de trás das gengivas)
Ex.:
dip (dip)(dip), reader (´ri:dE)(´ri:də), adept (E´dept)(ə´dept)
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(g) (g) – Este símbolo representa o som da nossa letra «g» antes de «a, o, u». Em inglês, o som pode manter-se antes de «e ou i».
Ex.:
good (gud)(gud), Higgins (´higinz)(´higinz), Elgar (el´gA:)(el´gα:), get (get)(get), give (giv)(giv).
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Consoantes constritivas surdas
(constritiva – consoante cuja articulação implica uma constrição/aperto num ponto ou noutro do conduto vocal/garganta de forma que o ar sem ser detido por completo soa com um ruído de atrito; fricativa; com fricção) (surdo – que é produzido sem vibração das cordas vocais)
(f) (f) – Símbolo de um som que pode corresponder às letras «f, gh ou ph» e é exatamente igual ao da nossa letra «f».
Ex.:
farm (fA:m)(fα:m), laugh (lA:f)(lα:f), Griffin (´grifin)(´grifin), physics (´fiziks)(´fiziks)
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(θ) (θ) – Símbolo de uma fricativa surda que corresponde às letras «th» e se produz colocando a ponta da língua de encontro aos dentes superiores – quase entre os dentes de cima e os de baixo – e deixando passar o ar como se fôssemos pronunciar um «s». O som é línguo-dental.
Para a pronúncia do «s» colocaríamos a língua mais acima de encontro às gengivas – e é a diferente posição da língua que marca a distinção entre o som (θ) e o som (s). Há muitas pessoas que não sabem pronunciar o «s» sibilante e dizem (θ) em vez de (s).
Ex.:
three (θri:)(θri:), tenth (tenθ)(tenθ), thin (θin)(θin)
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(s) (s) – Este símbolo representa o som do nosso «s» inicial. Pode corresponder à letra «s» ou a um «c» antes de «e, i, y ou, ainda, às duas letras combinadas: «sc» (Entre vogais a letra «s» nem sempre tem valor de «z»).
Ex.:
house (haus)(haus), class (klA:s)(klα:s), cent (sent)(sent), civil (´sivil)(´sivil), cycle (´saikl)(´saikl), science (´saiEns)(´saiəns)
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(1) (∫) – a fricativa surda (1) (∫) tem o valor do nosso «ch» mas representa geralmente a pronúncia do grupo «sh» ou de um «s». É um som alveolar. Em algumas palavras de origem românica pode corresponder às letras «ch» e «ti»
Ex.:
shoe (1u:)
(∫u:), sugar (´1ugE)(´∫ugə), moustache (mEs´ta:1)(məs´ta:∫), condition (kEn´di1En)(kən´di∫ən)
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Consoantes constritivas sonoras correspondentes às fricativas surdas apresentadas
(constritiva – consoante cuja articulação implica uma constrição/aperto num ponto ou noutro do conduto vocal/garganta de forma que o ar sem ser detido por completo soa com um ruído de atrito; fricativa; com fricção) (surdo – que é produzido sem vibração das cordas vocais)
(v) (v) – Símbolo que representa o som da letra «v» que é igual ao «v» português.
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(ð) (ð) – A diferença entre (θ) e (ð) (ð) é a mesma que entre «t» e «d», isto é, a posição da boca é igual mas ao passo que o primeiro som é surdo, o segundo é sonoro. É um som línguo-dental.
O som (ð) (ð), como (θ), corresponde às letras «th»
Ex.:
this (ðis)(ðis), those (ðouz)(ðouz), father (´fA:ðE)(´fα:ðə)
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(z) (z) – Símbolo que representa o som da letra «z». Pode corresponder às letras «s, ss, z ou zz»
Ex.:
cars (kA:z)(kα:z), scissors (´sizEz)(´sizəz), zero (´ziErou)(´ziərou), dizzy (´dizi)(´dizi)
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([) (З) – Símbolo de uma fricativa sonora igual ao som do nosso «j». Geralmente corresponde à letra «s», mas em certas palavras de origem francesa pode corresponder a um «g». Tem o mesmo ponto de articulação que o som consonântico surdo (1)
(∫)
sendo, portanto, alveolar.
Ex.:
pleasure (´ple[E)(´pleЗə), measure (´me[E)(´meЗə), garage (´g"rA:[)(´gærα:З)
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Consoantes nasais
(m) (m) – Símbolo de uma consoante sonora nasal que tem o mesmo valor do nosso «m» nas palavras «mãe» e «combinar». Corresponde à letra «m» e, em geral, pronuncia-se sem nasalar a vogal anterior. (A letra «m» em inglês nunca serve meramente para nasalar vogais; pronuncia-se sempre). Trata-se de um som bi-labial. (bilabial - diz-se da consoante que se pronuncia por meio de uma oclusão/fechamento realizada pelos dois lábios)
Ex.:
mark (mA:k)(mα:k); member (´membE)(´membə); dim (dim)(dim)
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(n) (n) – Este símbolo tem o valor do nosso «n» nas palavras «ano» e «entrar». Corresponde à letra «n» e, em geral, pronuncia-se sem nasalar a vogal anterior. (A letra «n» em inglês pronuncia-se sempre; nunca se emprega apenas para nasalar vogais, como acontece em português). Este som é alveolar.
(alveolar significa que a ponta da língua coloca-se mais acima de encontro aos alvéolos, ou seja, em terminologia fonética, a parte posterior das gengivas.)
Ex.:
never (´nevE)(´nevə); enter (´entE)(´entə); then (ðen)(ðen)
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(N) (ŋ) – símbolo que representa um som velar (velar – som produzido pelo contacto da parte posterior da língua com o céu-da-boca/abóbada palatina/véu palatino) que ocorre apenas em fim de sílaba e precisa de estar apoiado a uma vogal – a vogal anterior. Quando se produz, a parte posterior da língua está levantada de modo a não deixar sair o ar pela boca. Este sai pelo nariz e por isso o som (N) (ŋ) é uma espécie de «g» nasalado. Corresponde às letras «ng» ou a «n» (antes de «k»).
Em português este som é produzido pelo fenómeno da assimilação (assimilação – fenómeno fonético que consiste na identificação (/assemelhar-se com/parecer-se com) de um som com outro que lhe fica próximo) em palavras com vogais nasais seguidas de consoantes guturais como: «cinco» e «vingar». (Gutural – que sai da garganta)
Ex.:
ring (riN)(riŋ); bringing (´briNiN)(´briŋiŋ); think (θiNk)(θiŋk)
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Outras consoantes
(l) (l) – Símbolo que corresponde a «l» ou «ll» sendo igual ao «l» português.
Ex.:
let (let)(let); slate (sleit)(sleit); fell (fel)(fel)
Nota: O «l» final representa-se muitas vezes pelo símbolo fonético (;) (l velar) – velar porque a constrição se produz na parte posterior do palato.
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(r) (r) – A consoante fricativa sonora (r) é um som mais fraco que o nosso «r» duplo, mas não bem igual ao do nosso «r» entre vogais. Para o «r» inglês a língua mantém-se numa posição mais baixa e o ar, na sua passagem para o exterior, encontra as gengivas o que dá ao som um caráter alveolar. Este som corresponde à letra «r», singela ou dobrada. O «r» final e o «r» antes de consoante ou antes de «e» final não se pronunciam. Excetuam-se os casos de ligação com a palavra seguinte.
Exemplos do «r» que se pronuncia:
Very (´veri)(´veri); sorry (´s#ri)(´sori); merry (´meri)(´meri); Quaker Oats (´kweikEr ´outs)(´kweikər ´outs)
Exemplos do «r» que não se pronuncia:
Paper (´peipE)(´peipə); fire (´faiE)(´faiə); where (weE)(weə); hard (hA:d)(hα:d); stir (stE:)(stə:)
Nota: No norte de Inglaterra e na Escócia o «r» é vibrante, isto é, forte, como o nosso «r» duplo
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(h) (h) – Este símbolo representa uma simples aspiração no princípio das palavras. Corresponde a um «h». A aspiração (aspiração – ruído surdo ou sopro produzido quando o volume de ar que passa pela glote/garganta não basta para provocar a vibração das cordas vocais) é considerada uma consoante fricativa surda.
Ex.:
hot (h#t)(hot); he (hi:)(hi:); hell (hel)(hel); harm (hA:m)(hα:m)
Notas: As palavras começadas por «wh» podem pronunciar-se com ou sem aspiração. Ex.: «when» (hwen)(hwen) ou (wen)(wen). Note-se que, quando se aspiram, dá-se uma metátese: o som (h) pronuncia-se antes do som «w».
(metátese – transposição/alteração da ordem de um fonema dentro do mesmo vocábulo) (fonema – unidade menor do sistema fonológico de uma língua com valor distintivo; o som mais simples e ao mesmo tempo diferente/distinto de todos os outros sons) (vocábulo – unidade de sentido constituída por fonemas organizados numa determinada ordem e que não admite a inserção/inclusão/junção/união de outros elementos)
A letra «h» nem sempre corresponde a uma aspiração. Há palavras em que o «h» inicial é mudo como em «hour», «honour» e «heir» que se pronunciam (´auE)(´auə), (´#nE)(´onə) e (3E)(εə)
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Consoantes africadas
As consoantes africadas consistem em dois sons pronunciados conjuntamente. (Africado – que se produz com fricção originada pelo estreitamento da garganta)
(t1) (t∫) – Como o símbolo fonético indica os dois sons consonânticos que formam este dígrafo (dígrafo - conjunto de duas letras que representam um único som) são (t) e (1) (∫). Ortograficamente corresponde a «ch» ou a «t» nas palavras terminadas em -ture
Ex.:
Cheap (t1i:p)(t∫i:p); teacher (´ti:t1E)(´ti:t∫ə); creature (´kri:t1E)(´kri:t∫ə)
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(d[) (dЗ) – Este é o símbolo da consoante africada sonora correspondente à anterior, que é surda. Corresponde às letras «g» ou «j» e algumas vezes a «dg».
Ex.:
gentle (´d[entl)(´dЗentl); joy (d[#i)(dЗoi); bridge (brid[)(bridЗ)
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As semivogais (j) e (w)
Chama-se semivogal a um som intermédio entre uma vogal e uma consoante. As semivogais são sempre sons breves que se encontram seguidos de vogais. Aproximam-se bastante das vogais mas não chegam a sê-lo porque sendo produzidas com certa rapidez, o ar, na sua passagem para o exterior, vibra ligeiramente de encontro aos órgãos da boca retirando a pureza ao som vocálico.
(j) (j) – Este símbolo representa uma semivogal que se assemelha a um «i» muito breve, mas não puro, pronunciado com certa fricção do ar de encontro ao palato.
Pode corresponder às letras «i» ou «y». Em algumas palavras constitui o primeiro elemento do «u» ditongado. (Ditongo – reunião/união de duas vogais que se pronunciam numa só emissão de voz)
Ex.:
onion (´8njEn)(´Λnjən); yes (jes)(jes); union (´ju:njEn)(´ju:njən)
Em português pronunciamos um som semelhante quando dizemos o «i» de palavras como «caiar» e «boiar»
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(w) (w) – A semivogal (w) (w) aproxima-se de um «u» muito breve, pronunciado com uma ligeira fricção do ar de encontro aos lábios. A posição da boca muda rapidamente do som (w) (w) para o seguinte, e é esta mudança brusca que dá origem à fricção do ar. Este som corresponde geralmente à letra «w» e algumas vezes a «u».
Ex.:
win (win)(win); wall (w#:l)(wo:l); when (wen)(wen); quick (kwik)(kwik)
Em português o som «u» de palavras como «quando» e «guarda» é uma semivogal semelhante a esta.
Notas: As palavras começadas por «wh» podem pronunciar-se com ou sem aspiração [ver (h)].
As palavras «one» e «choir» (choir - coro) que se pronunciam respetivamente (w8n)(wΛn) e (´kwaiE)(´kwaiə), são exceções ortográficas.
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Os Sons Vocálicos da Língua Inglesa
Tal como em português, há vogais longas e breves na língua inglesa. Em fonética o sinal (:) indica que a vogal precedente é longa.
As vogais são o apoio das consoantes na formação das sílabas. O sinal (´) indica que a sílaba seguinte é acentuada e, portanto, que a vogal dessa sílaba é acentuada.
A não ser em casos de assimilação, não há vogais nasais em inglês. (assimilação – fenómeno fonético que consiste na identificação (/assemelhar-se/parecer-se) de um som com outro que lhe fica próximo)
Os sons vocálicos ingleses são doze. Vamos enumerá-los por ordem fonética, isto é, partindo do som mais alto para o mais baixo e apresentando em seguida as vogais centrais.
Nº 1 – (i:) (i:) – Este símbolo representa o «i» longo. Ortograficamente, corresponde, em geral a «ee», «ie», «ei», «ea», mas há exceções. Trata-se de uma vogal anterior, fechada. (vogal anterior – som vocálico produzido através da elevação da língua na parte da frente da cavidade bucal em direção à parte de cima da boca/palato)
Ex.:
fee (fi:)(fi:); field (fi:ld)(fi:ld); conceive (kEn´si:v)(kən´si:v); please (pli:z)(pli:z)
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Nº 2 – (i) (i) – O som que este símbolo representa está a meio caminho entre o nosso «i» breve e o «e» mudo. É uma vogal anterior fechada. É sempre breve. Corresponde geralmente à letra «i» mas há exceções.
Ex.:
fit (fit)(fit); incident (´insidEnt)(´insidənt); slim (slim)(slim); Mickey (´miki)(´miki); city (´siti)(´siti)
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Nº 3 – (e) (e) – Este é o símbolo de um som breve um pouco menos fechado do que o nosso «e» fechado. Corresponde geralmente à letra «e», mas há exceções. É uma vogal anterior. (vogal anterior – som vocálico produzido através da elevação da língua na parte da frente da cavidade bucal em direção à parte de cima da boca/palato)
Ex.:
ten (ten)(ten); left (left)(left); head (hed)(hed)
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Nº 4 – (") (æ) – Este símbolo tem o valor de um som intermediário entre o nosso «a» e «e» aberto. É sempre breve. Corresponde geralmente á letra «a» mas há excepções. Trata-se de uma vogal anterior semiaberta.
Ex.:
fat (f"t)(fæt); that (ð"t)(ðæt); bad (b"d)(bæd); matter (´m"tE)(´mætə)
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Nº 5 – (A:) ou (a:) (α:) (a:) – Estes símbolos representam um «a» aberto bastante longo. Corresponde geralmente à letra «a», mas há exceções.
Ex.:
car (kA:)(kα:); half (hA:f)(hα:f); part (pA:t)(pα:t); father (´fA:ðE)(´fα:ðə); heart (hA:t)(hα:t)
Nota: Embora este som apareça representado por (A:) e (a:) a primeira versão é mais aconselhável porque se trata de um som velar (produzido na parte posterior da boca/palato) e o símbolo (a) é reservado ao «a» palatal (pronunciado na parte anterior da boca/palato – o «a» francês).
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Nº 6 – (#) (o) – A vogal assim representada é semelhante ao som do nosso «o» acentuado, mas não bem igual. A vogal inglesa é mais breve e a posição da língua é mais baixa, aproxima-se da posição requerida para a pronúncia de um «a». É uma vogal posterior aberta. É sempre breve e corresponde geralmente à letra «o», mas há exceções. (vogal posterior – som vocálico produzido através da elevação da língua na parte de trás da cavidade bucal, aproximando-a do véu palatino)
Ex.:
shot (1#t)(∫ot); pot (p#t)(pot); hot (h#t)(hot); body (´bodi)(´bodi)
Nota: Os americanos exageram a pronúncia deste som, produzindo-o quase sempre como se fosse um «a» palatal.
[No livro de gramática não se encontra explicação para «body» estar, aqui, escrito com o símbolo fonético (o)(o)]
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Nº 7 – (#:) ou (o:) (o:) – Estes são os símbolos de uma vogal que fica a meio caminho entre o som de «o» aberto e o do «o» fechado das palavras «tome» e «coma». É sempre longa. Corresponde geralmente a «aw», mas há exceções. Trata-se de uma vogal posterior, semiaberta.
Ex.:
saw (s#:)(so:); thaw (θ#:)(θo:); fought (f#:t)(fo:t); nor (n#:)(no:)
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Nº 8 – (u) (u) – Este é o símbolo de um «u» breve. Corresponde às letras «u» ou «oo», em geral. É uma vogal posterior fechada. (Vogal posterior – É um som vocálico produzido através da elevação da língua na parte de trás da cavidade bucal, aproximando-a do véu palatino/parte de trás do céu da boca)
Ex.:
put (put)(put); book (buk)(buk); foot (fut)(fut)
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Nº 9 – (u:) (u:) – Como o sinal (:) indica, trata-se de «u» longo.
Corresponde geralmente a «oo» ou «ou», mas há excepções. Esta vogal é posterior e fechada.
Ex.:
food (fu:d)(fu:d); group (gru:p)(gru:p); blue (blu:)(blu:)
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Nº 10 – (8) (Λ) – A vogal que este símbolo representa é uma das de mais difícil pronúncia para portugueses. O som é aberto, assemelhando-se aos primeiros ‘a’ das palavras «cava» e «bata», mas é um pouco mais fechado. É uma vogal central, quer dizer: ao pronunciá-la, a língua curva-se na parte central. É sempre breve. Corresponde geralmente à letra «u», mas há excepções.
Ex.:
but (b8t)(bΛt); hut (h8t)(hΛt); month (m8nθ)(mΛnθ)
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Nº 11 – (E:) (ə:) – Chama-se ao som representado por este símbolo a vogal neutra longa. É uma vogal central semi-fechada (Vogal central – som vocálico produzido com a parte do centro do «dorso/parte superior» da língua que se aproxima da região «palatal/céu da boca») – mas a curva que se produz no centro da língua não é muito pronunciada. Assemelha-se à pronúncia do primeiro ‘a’ da palavra «para», mas é mais prolongado.
Este som corresponde em geral às letras «i», «e» ou «u», seguidas de «r» (que não se pronuncia), mas há excepções.
Ex.:
burn (bE:n)(bə:n); fur (fE:)(fə:); bird (bE:d)(bə:d); fern (fE:n)(fə:n)
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Nº 12 – (E) (ə) – Este é o símbolo da vogal neutra breve, correspondente à anterior. Trata-se de uma vogal central semifechada. Aproxima-se muito do som do nosso «a» final. Ocorre em sílabas não acentuadas e geralmente no fim das palavras terminadas em «r» ou «re». Pode corresponder a várias letras.
Ex.:
about (E´baut)(ə´baut); doctor (´d#ktE)(´doktə); painter (´peintE)(´peintə); liar (´laiE)(´laiə); nature (´neit1E)(´neit∫ə); centre (´sentE)(´sentə); method (´meθEd)(´meθəd)
(Ainda por corrigir)